• Nenhum resultado encontrado

E QUIPAMENTOS E R ESPOSTAS S OCIAIS DE A POIO À C RIANÇA E J OVEM COM

No documento Carta social do concelho de Faro (páginas 108-111)

PARTE II. PROTECÇÃO SOCIAL

II.4. Rede de Equipamentos e Serviços

1. I NFÂNCIA E J UVENTUDE

1.2. E QUIPAMENTOS E R ESPOSTAS S OCIAIS DE A POIO À C RIANÇA E J OVEM COM

COM

D

EFICIÊNCIA

No trabalho de Diagnóstico, a área da Deficiência constituiu-se como uma outra das áreas de intervenção prioritárias, nomeadamente, pela insuficiente cobertura de respostas sociais de apoio às crianças e jovens com deficiência, na área da prevenção, acolhimento e transporte.

Em 200135, segundo os Censos, residiam em Portugal 636.059 pessoas com deficiência (representativos de 6,2 % da população nacional), no Algarve 23.553 (6,0% da população residente no distrito) e no concelho de Faro 3.566 com deficiência (6,2% da população residente no concelho).

No que se refere à distribuição desta população por tipologia de deficiência, verifica-se que, a maior incidência se revela na proporção de indivíduos com “deficiência visual”, assumindo 24,9% do total da população residente no concelho com deficiência (889 indivíduos), segue-se “outra deficiência” com 24,8% (886 indivíduos) e a deficiência motora com 24,6% (878 indivíduos). Em menor proporção, com deficiência auditiva segundo os censos de 2001, residiam no concelho de Faro 518 indivíduos (14,5%), com deficiência mental cerca de 324 indivíduos (9,1%) e com paralisia cerebral 71 indivíduos, representativos de 2,0%. Relativamente à faixa etária, constata-se que, o maior número de registos se verifica particularmente em idades adultas. Aproximadamente 60% da população residente em Faro com deficiência (2001) tem idades compreendidas entre os 45 e os 89 anos. Verifica-se uma maior incidência na faixa etária dos 60 aos 74 (25,3%) e na dos 45 aos 59 anos (21,9%).

Dos 0 aos 14 anos

,

em 2001, registavam-se 179 casos de crianças com deficiência (5,0%), com idades compreendidas entre os 15 e os 29 anos cerca de 284 jovens/adultos (13,6%) e no escalão etário dos 30 aos 44 anos cerca de 554 munícipes, representativos de 15,5 % do total da população residente no concelho de Faro, com deficiência, em 2001.

A esta observação, associamos o facto de parte das incapacidades e deficiências poderem ter sido adquiridas ao longo da vida, bem como à tendência dos progressos ao nível da detecção e intervenção precoce, que condicionam a diminuição dos nascimentos de crianças com deficiência congénita, e inerente diminuição do número de indivíduos com deficiência nas faixas etárias mais jovens. Saliente-se que Faro (capital de distrito) aglutina grande parte das instituições/serviços, ao dispor da região, na área das crianças e jovens com deficiência, sendo nesse sentido a sua capacidade de resposta e âmbito de intervenção distrital.

I

NTERVENÇÃO PRECOCE

“Resposta desenvolvida através de um serviço que promove o apoio integrado, centrado na criança e na família mediante acções de natureza preventiva e habilitativa, designadamente do âmbito da educação, da saúde e da acção social”36.

Segundo os dados facultados pelo CDSS de Faro – Unidade de Protecção Social de Cidadania (NCRS - BD Acordos - Jan.2007), relativamente à Resposta “Intervenção Precoce” com acordo de cooperação com o CDSS de Faro, verifica-se que existe no concelho apenas 1 equipamento dinamizado pela Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (Núcleo Regional de Faro), cuja capacidade de resposta é de 45 utentes (a sua totalidade com acordo de cooperação). Em 2001, identificavam-se 101 crianças até aos 9 anos portadoras de deficiência e residentes em Faro, o que corresponderia a uma taxa cobertura de aproximadamente 45%.

Quadro 37. Taxa de Cobertura Intervenção Precoce (CDSS)

Rede Solidária Total

Concelhos Nº Cap. Ut. Acordo Taxa de Cobertura Nº Cap. Ut. Acordo Pop. Com deficiência 2001 [0, 9] anos Taxa de Cobertura Faro 1 45 45 44,6% 1 45 45 101 44,6% Total do Distrito 4 185 185 34,3% 4 185 185 25.839 34,3%

Nota: A taxa de cobertura é calculada tendo por base a população de referência com idades entre os 0 e 6 anos. No entanto, apenas nos foi possível aferir da população portadora de deficiência dos 0 aos 9 anos. Significa que as taxas de cobertura reais poderão ser ligeiramente superiores às calculadas. Fonte:

INE – Censos 2001 (Resultados Definitivos)/ CDSS de Faro – Unidade de Protecção Social de Cidadania (NCRS - BD Acordos - Jan.2007; Listagem de Estabelecimentos Lucrativos - 16.05.07). Tratamento dos dados – Equipa In Loco

L

AR DE APOIO

“Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada a acolher crianças e jovens com necessidades educativas especiais que necessitem de frequentar estruturas de apoio específico situadas longe do local da sua residência habitual ou que, por comprovadas necessidades familiares, precisem, temporariamente, de resposta substitutiva da família”37.

Segundo os dados facultados, relativamente à valência Lar de Apoio com acordos de cooperação com o CDSS de Faro, regista-se actualmente uma taxa de cobertura

36 Segurança Social (2006), Respostas Sociais. Nomenclaturas/Conceitos, MTSS, Lisboa. 37 Segurança Social (2006), Respostas Sociais. Nomenclaturas/Conceitos, MTSS, Lisboa.

concelhia de 5,4%, consideravelmente superior à taxa de cobertura distrital de 0,9%. No concelho de Faro, apenas a Associação Algarvia de Pais e Amigos de Crianças Diminuídas Mentais gere uma resposta desta natureza, apresentando uma capacidade de 14 utentes (na sua totalidade utentes comparticipados).

Quadro 38. Taxa de Cobertura Lar de Apoio (CDSS)

Rede Solidária Total

Concelhos Nº Cap. Ut. Acordo Taxa de Cobertura 1 Nº Cap. Ut. Acordo Pop. Com deficiência 2001 [5, 19] anos Taxa de Cobertura (Rede Solidária + Rede Lucrativa) 1 Faro 1 14 14 5,4% 1 14 14 260 5,4% Total do Distrito 1 14 14 0,9% 1 14 14 1.610 0,9%

Nota: A taxa de cobertura é calculada tendo por base a população de referência com idades entre os 6 e 18 anos. No entanto, apenas nos foi possível aferir da população portadora de deficiência dos 5 aos 19 anos. Significa que as taxas de cobertura reais poderão ser ligeiramente superiores às calculadas. Fonte:

INE – Censos 2001 (Resultados Definitivos) / CDSS de Faro – Unidade de Protecção Social de Cidadania (NCRS - BD Acordos - Jan.2007; Listagem de Estabelecimentos Lucrativos - 16.05.07). Tratamento dos dados – Equipa In Loco

T

RANSPORTE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

“Resposta social desenvolvida através de um serviço de natureza colectiva de apoio a crianças, jovens e adultos com deficiência, que assegura o transporte e acompanhamento personalizado”38.

Esta é uma resposta transversal a todas as franjas da população com deficiência e/ou com mobilidade reduzida (crianças, jovens e adultos), tendo sido referenciada nos vários fóruns sociais como problema estruturante e elemento facilitador da mobilidade desta população no geral.

A insuficiência de Transporte Adaptado (que assegure o transporte e acompanhamento personalizado da pessoa com dependência) é uma das dificuldades com que as famílias do concelho com dependentes a cargo se deparam diariamente, agravado no caso de não possuírem transporte próprio ou com transporte próprio mas limitado (não adaptado), ficando dependentes da insuficiente rede de transportes das instituições existentes (que face a frotas reduzidas acabam por cobrir apenas as necessidades da população utente).

Saliente-se que, existe no concelho uma viatura adaptada dinamizada pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Faro (protocolada com o Município desde 26/06/02), que actualmente se encontra com uma capacidade lotada de transporte. Sob a gestão de vagas efectuada pela Divisão de Acção Social – Equipa de Intervenção Directa, saliente-se que esta viatura adaptada dá apoio à inserção laboral e educativa de 12 utentes (crianças e adultos).

No documento Carta social do concelho de Faro (páginas 108-111)