• Nenhum resultado encontrado

Reações Leves 3 Reações Moderadas 4 Reações Graves

Reações à doação de sangue

2. Reações Leves 3 Reações Moderadas 4 Reações Graves

- Palidez cutânea; - Perspiração

(principalmente face e palmas das mãos); - Suspiros ou bocejos; - Hiperventilação; - Sensação de calor ou falta de ar; - Sensação de "cabeça leve";

- Náusea com ou sem vômitos; - Ausência de perda de consciência. - Evolução dos sintomas anteriores; - Bradicardia; - Respiração "curta"; - Hipotensão (PA Sist. ≤ 60 mmHg); - Perda de consciência sem convulsões ou tetania; - Demora na recuperação (≥ 15 minutos). 5. - Qualquer ou todas das anteriores; - Rigidez ou tremor das extremidades; - Coloração de pele variada: Palidez à Cianose; - Incontinência urinária; - Convulsões.

Profilaxia das Reações

Além das orientações sobre manter o candidato orientado a respeito de todo o procedimento, mantê-lo relaxado, num ambiente apropriado (calmo, silencioso, sem filas de espera, etc...), com atendimento cordial, sem jejum, recomenda-se a ingestão de aproximadamente 500mL de líquidos (2 copos d´água por exemplo) antecedendo a doação.

Conduta nas Reações

Como já citado anteriomente, o mais importante é a atuação preventiva. Alguma medidas podem ser adotadas visando-se minimizar a freqüência das reações:

- um atendimento cordial e maior atenção individual - adequação da relação pessoal técnico/doador - diminuição do tempo de espera

- ambiente calmo, climatizado (temperatura entre 20-24oC) - minimizar a visualização do sangue

- tempo apropriado na cadeira de coleta

A equipe que atende ao doador deve estar treinada para poder detectar precocemente qualquer dos sintomas das reações, pois a atuação rápida pode limitá-las, impedindo sua intensificação.

As reações devem ser descritas nas fichas do doador. Doadores com reações anteriores devem ter atenção redobrada.

O doador nunca deve ser deixado só!

As condutas a serem adotadas na ocorrência de reações estão relacionadas a seguir:

Reações leves

• Pode ser necessário interromper a coleta; • Estimular o doador a tossir;

• Afrouxar roupas apertadas;

• Elevar membros inferiores (melhora do retorno venoso);

• Conversar com o doador enquanto se realiza os procedimentos citados; • Na hiperventilação:

- relaxar o doador através de comunicação verbal;

- orientar a "segurar"a respiração mantendo intervalos na contagem de 1 a 5;

- orientar a tossir com o intuito de interromper o padrão de hiperventilação;

- instruir o doador a respirar em um saco plástico colocado sobre o seu nariz e a boca.

Reações moderadas

• Medidas citadas acima;

• Proteger o doador inconsciente contra traumatismos (quedas, etc.); • Se necessário, colocar o doador em posição de Trendlenburg; • Retirar o doador do local de coleta ou utilizar biombos para isolá-lo.

Reações Graves

• Previnir lesões e traumas ao doador; • Interromper a coleta;

• Manter vias aéreas permeáveis (se necessário, utilizar uma cânula de Guedel);

• Não oferecer nada ao doador por via oral;

• Se necessário: infundir de 300 a 500mL de solução salina a 0.9% associada ou não à glicosada a 5% (à critério médico);

• Se não houver recuperação espontânea em 30 minutos, deve-se acionar o médico. Deve-se transferir o doador para um local aonde se possa assistí-lo adequadamente.

• Orientar o doador a não doar sangue novamente, para sua própria proteção.

Após uma reação, o doador deve ser observado cuidadosamente. Antes de liberá-lo para ir embora, este deve receber orientações adicionais.

Dependendo da intensidade, razão ou frequência das reações, o doador deve ser orientado a não doar sangue novamente, tendo-se o cuidado de não lhe causar medo ou relacionar a doação a uma experiência ruim.

O bom senso é o principal pré-requisito aos profissionais envolvidos no atendimento ao doador, em qualquer de suas etapas !

BIBLIOGRAFIA

- AHR, J. et al. Contre-indications medicales au don du sang. 2.ed. Paris: Frison-Roche, 1994. 194p.

- AMERICAN ASSOCIATION OF BLOOD BANKS. Technical Manual. 14. ed. 2002.

- BARJAS-CASTRO, M.L.R. et al. Screening blood donors for

Trypanosoma cruzi infection in a non endemic area of Brazil. Transfusion, v.38, p. 611-2, 1998.

- BEAUPLET, A., DANIC, B. La0 sélection médicale des candidats à un don de sang: algorithmes décisionnels. Transf. Clin. Biol., v.7, p. 373- 468, 2000.

- BEUTLER, E., LICHTMAN, M.A., COLLER, B.S., KIPPS, T.J., SELIGSOHN, U. Williams Hematology. 6.ed. New York: McGraw-Hill, 2001.

- BRASIL. Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. Biossegurança em unidades

hemoterápicas e laboratórios de saúde pública. Brasília,1999. 74p.

(Série TELELAB).

- BRASIL. Ministério da Saúde, Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. Triagem Clínica de Doadores de

Sangue. Brasília, 2001. (Série TELELAB).

- BRASIL. Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde,Centro Nacional de Epidemiologia. Doenças infecciosas e parasitárias: aspectos clínicos, vigilância epidemiológica e medidas de controle: guia de bolso. Brasília,1999. 218p.

- BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Resolução da Diretoria Colegiada – RDC 153. Regulamento Técnico dos

Serviços de Hemoterapia. Brasília, 2004 (DOU 24/06/2004).

- DICIONÁRIO DE ESPECIALIDADES FARMACÊUTICAS - DEF-00/01 - Editora de Publicações Científicas - 2000;

- GALEA, G., GILLON, J., URBANIAK, S.J. Study on medical donor deferrals at sessions. Transf. Med., v. 6, p. 37-43, 1995.

- GOLDMAN, B.D., BENNETT J.C., Cecil: Textbook of Medicine. 21.ed. Philadelphia: W.B. Saunders, 2000.

- GREEN, T.S., STECKLER, D. - Donor Room Policies and Procedures - 1st Printing - American Association of Blood Banks (AABB) - 1985;

- GRUPO MERCADO COMUM. Resolução 42/00. Regulamento técnico

Mercosul de Medicina transfusional. Buenos Aires, 2000. 1v.

- KLEINMAN, S. Blood donor screening: principles and policies. In: PETZ, L.D. et al. Clinical practice of blood transfusion. 3.ed. New York: Churchill Livingstone, 1996. p. 245-69.

- KRISHNAN, L.A., BRECHER, M.E. Transfusion-transmitted bacterial infection. Hematol. Oncol. Clin. North Am., v.9, p.167-85, 1995.

- LAWSON-AYAYI, S.L., SALMI, S.R. Risque infectieux et efficacité des techniques de sélection clinique des volontaires au don du sang. Transf.

Clin. Biol., v.4, p. 513-21, 1997.

- MOLLISON, P.L., ENGELFRIET, C.P., CONTRERAS,M. (Ed.). Blood

transfusion in clinical medicine. 10. ed. Oxford: Blackwell, 1997.

- MOSLEY, J.W. Who should be our blood donors? Transfusion, v.8, p. 684-5, 1991.

- ROBINSON, E.A., MURRAY, A. Altruism: is it alive and well? Transf.

Med., v. 9, p. 351-82, 1999.

- RUDMANN, S.V. - Textbook of Blood Banking and Transfusion Medicine -Saunders -1995.

- SMIT SIBINGA, C.T., DAS, C., CASH, J.D. Transfusion Medicine: Fact and Fiction - Kluwer Academic Publishers - 1991.

- TIPPLE, M.A. et al. Sepsis associated with transfusion of red cells contaminated with Yersinia enterocolitica. Transfusion, v.30, p. 207-13, 1990.

- TROUERN-TREND, J.J et al. A case controlled multicenter study of vasovagal reactions in blood donors: influence of sex, age, donation status, weigth, blood pressure and pulse. Transfusion, v.39, p.316-320, 1999.

Anexo I –

Documentos relacionados