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RECEITA ESTADUAL

No documento LAYAL JOALHERIAS S.A. (páginas 41-48)

4 PROCEDIMENTOS PARA CONSTITUIÇÃO DE UMA SOCIEDADE ANÔNIMA

4.5 RECEITA ESTADUAL

É o órgão responsável pela arrecadação de tributos estaduais, tem a responsabilidade de projetar, sistematizar, comandar e controlar o regime tributário estadual. O empresário que desejar abrir uma empresa deverá se cadastrar no site da Receita Estadual como contribuinte do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), dentre os documentos essenciais fornecidos pela Receita Estadual está o CICAD (Comprovante de Inscrição Estadual) este documento comprova que a empresa é contribuinte do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ICMS, de tributação exclusiva do estado a inscrição como contribuinte deste tributo dar-se-á por meio da Junta Comercial ou pela Receita Estadual.

Após efetuar o Cadastro de Contribuinte na Receita Estadual que confirma a inscrição da Sociedade na administração tributária do estado, a empresa assinará o Termo de Responsabilidade do Cadastro de Contribuinte no qual confirma a sua obrigatoriedade no cumprimento aos tributos estaduais.

Para um funcionamento fidedigno e eficiente de todas as operações financeiras e contábeis a cerca da empresa se torna necessário realizar um Contrato de Prestação de Serviços Profissionais Contábeis ressaltando o interesse entre as duas partes para a realização de um interesse em comum, onde são evidenciados os serviços que o profissional contador prestará para a empresa, divididos em diversas cláusulas contento o objetivo do contrato, quais áreas o contador será responsável (previdenciária, folha de pagamento, escrita fiscal, contabilidade), honorários e remuneração, prazos, vigência, rescisão e quais a obrigatoriedades de ambas as partes.

42 5 PLANO DE CONTAS

O plano de contas baseia-se na estrutura da escrituração contábil, formado por contas previamente determinadas, concordando com as informações necessárias à elaboração de relatórios gerenciais e demonstrações contábeis, de acordo com as características gerais da empresa, objetivando a padronização dos registros contábeis (ROBERTO, 2014).

Assim sendo, Roberto p 21 (2014) conceitua Conta como:

Conta é uma denominação ou título que identifica cada elemento patrimonial- contas do ativo e passivo e de resultado- contas de receita de despesa. O título qualifica os elementos patrimoniais e suas variações, que são quantificados por meio dos movimentos de débito e crédito de mesma natureza (ROBERTO, 2014).

Dentre os processos iniciais para o funcionamento de qualquer entidade é preciso elaborar um plano de contas, que será observado obrigatoriamente na empresa. Com isso, o contador estuda a natureza da organização, observando os tipos de operações que provavelmente ocorrerão e planeja a forma que tais operações serão registradas (Equipe de Professores da FEA/USP 2006).

Para que haja uma escrituração dos fatos de maneira correta e apropriada, a demonstração será fundamentada pelo plano de contas, instruindo o seu usuário como registrar os lançamentos contábeis, demonstrando também o ponto inicial da escrituração contábil (LOPES DE SÁ, 2006).

O plano de contas tem como função principal possibilitar adequada forma de controle do patrimônio da entidade contabilizada. Assim, esse controle se fará pelo registro de todas as transações dos eventos econômicos, em rúbricas para que se tenha de forma precisa o valor e descrição dos elementos patrimoniais da entidade (PADOVEZE, 2010).

Os elementos que integram a empresa são controlados por meio de contas, cujo objetivo é registrar os bens, os direitos, as obrigações e a situação liquida do patrimônio (contas patrimoniais), além das receitas e despesas (contas de resultado). Esses itens variam de empresa para outra empresa, já que cada organização pode ter um ramo diferente e cada uma terá um registro de contas próprio (FERREIRA, 2010).

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As contas registram os fatos patrimoniais que contém elementos de controle que facilitam a obtenção de informações mais completas. Cada fato patrimonial tem sua própria conta que vai auxiliar na classificação e organização dos registros, formando o plano de contas. (LOPES DE SÁ, 2006)

Na contabilidade, Conta representa o título de cada registro dos fatos contábeis de mesma natureza. O número de contas que uma empresa utiliza em sua contabilidade deve estar descrito no seu plano de contas, que irá descrever em cada entidade o que deve ser registrado em cada conta. (MONTOTO 2012)

Contas analíticas são aquelas que representam os elementos patrimoniais com mais detalhamento podendo ser configurado quando a obtenção do seu saldo é conseguida através do registro de cada fato.

São nomeadas as contas sintéticas, aquelas cujo saldo é obtido através da soma do saldo de duas ou mais contas. Essas contas não recebem lançamento. As contas sintéticas reúnem várias contas da mesma natureza e podem se subdividir em várias subcontas, essas outras contas são chamadas de contas analíticas.

6 ATIVO

É considerado o conjunto de todos os bens e direitos circulantes e não circulantes correspondentes ao patrimônio da empresa. São os bens obtidos ou construídos a fim de gerar à empresa a realização de seus objetivos e benefícios futuros.

Conforme define o CPC 00, Ativo é um recurso controlado pela empresa como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.

As contas do Ativo possuem natureza devedora e suas contas retificadoras, credoras. O total do ativo será apurado somando-se suas contas devedoras e deduzindo suas contas credoras retificadoras. Seus grupos e as contas contábeis serão organizados em ordem decrescente pelo grau de liquidez. Portanto, as contas que serão rapidamente conversíveis em dinheiro, estarão no topo do ativo do balanço patrimonial (ROBERTO, 2014).

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É composto por dois grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. Enquanto o Ativo Circulante exibe as disponibilidades financeiras, os direitos realizáveis de curto prazo e as aplicações de recursos em despesas de exercício seguinte, o Ativo Não Circulante é composto pelo ativo realizável a longo prazo e pelos Investimentos, Imobilizado e Intangível.

6.1 ATIVO CIRCULANTE

O ativo circulante integra todas as contas que geram dinheiro para a empresa pagar suas dívidas a curto prazo. São classificadas nesta conta o caixa e equivalente de caixa, os estoques, contas a receber, as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos como os títulos de crédito e os direitos (HOOG, 2013).

Em decorrência do Art 179 da Lei n 6.404/1976:

As contas serão classificadas do seguinte modo: I-no Ativo Circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (BRASIL. 1976).

São bens, direitos e valores a receber no prazo máximo de um ano, ou seja, realizável a curto prazo. Fazem parte desse grupo os subgrupos: Disponibilidades, contas a receber, aplicações financeiras e estoques.

6.1.1 Disponibilidades

Compreendem valores existentes em Caixa e Equivalentes de Caixa, assim como as aplicações de curto prazo e liquidez absoluta. Os equivalentes de caixa são mantidos com finalidade de atender a compromissos de caixa e não de investimento ou outros fins. Para ser caracterizado como equivalente de caixa, a aplicação financeira deve ter imediata conversibilidade em dinheiro e estar sujeita a qualquer mudança no seu valor. (HOOG, 2013).

45 Disponibilidade é usada para designar dinheiro em caixa e em bancos, bem como valores equivalentes, como cheques em mãos e em trânsito querepresentam recursos com livre movimentação para aplicação nas operações da empresa (IUDÍCIBUS, 2010).

No disponível estão presentes as contas de bens e direitos que estão à disposição da empresa para uso imediato, como por exemplo o caixa, bancos e aplicações de mercado financeiro.

6.1.2 Contas a receber

Cada empresa possui operações de vendas de mercadorias, produtos e serviços, quando essas vendas são realizadas a prazo, é registrado um direito no ativo, como contas a receber.

As contas a receber são valores a receber decorrentes de vendas a prazo de mercadorias e serviços a clientes e são divididos em montantes a receber de clientes, pré-pagamentos e outros valores (IUDÍCIBUS, 2010).

Desta forma, as contas a receber representam os direitos que a empresa tem a receber e são decorrentes da atividade da empresa. Alguns exemplos são os títulos a receber boletos bancários, duplicatas a receber, notas a Receber, etc.

6.1.3 Aplicaçoes financeiras

Apresentam os investimentos feitos pela entidade em titulos de liquidaçao imediata. Ou seja,sao investimentos por um prazo menor, pois quando a empresa precisar do dinheiro, ela pode se desfazer da aplicaçao e usá-lo.

Essa conta tem como funçao registrar a movimentaçao das aplicaçoes e resgates efetuados pela empresa.

6.1.3 Estoques

É toda aplicaçao de recursos que, diretamente relacionada à atividade operacional da empresa, gera beneficios economicos futuros.

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Todos os bens materiais destinados a venda ou sujeitos a uso próprio para a atividade empresarial são registrados na conta estoque. Podem ser matérias-primas ou outros insumos designados para produção e para comercialização, assim como todos materiais reservados para lucratividade da entidade.

O estoque é um subgrupo do ativo circulante que abrange todas as contas sujeitas a comercialização ou produção de bens ligados a atividade empresarial. Compreende os estoque de produtos acabados, mercadorias para revenda, estoque de matéria prima, insumos e os em consignação (HOOG, 2013).

Podem fazer parte do estoque bens tangíveis e intangíveis, produzidos pela própria empresa, ou adquiridos de outras empresas, que serão vendidos ou utilizados para o exercício diário de suas atividades (IUDÍCIBUS, 2010).

O Lucro Bruto será encontrado pela diferença entre o CMV e a Receita Bruta, ou seja, o CMV nada mais é o custo de produção ou de aquisição de cada mercadoria que for revendida. Uma forma básica de se encontrar o Custo das Mercadorias vendidas é por meio do Inventário que são as matérias primas, produtos e mercadorias em estoque, até mesmo outros bens.

1ª Inventário Permanente trata-se de um controle contínuo do valor do estoque, este controle contínuo será realizado pela contabilização dos custos de cada venda realizada (Equipe de Professores da FEA/USP, 2010).

2ª Inventário Periódico a cada fim de um determinado período estabelecido pela empresa será apurado (MARION, 2015).

Outra forma básica de se encontrar o CMV é pela famosa fórmula descrita abaixo.

Quadro 1: Fórmula CMV

CMV = ESTOQUE INICIAL + COMPRAS - ESTOQUE FINAL Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

Em outras palavras o CMV é a soma dos custos que foram utilizados para produzir ou armazenar determinados produtos até que seja realizada a sua venda

Podem ser encontrados três métodos de controle de estoque essenciais para as operações envolvendo mercadorias de qualquer empresa que serão descritos no decorrer deste tópico, tais como Primeiro que Entra, Primeiro a Sair (PEPS), Ultimo a Entrar, Primeiro a Sair (UEPS) e a Média Ponderada Móvel (MPM).

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“First in, First Out” traduzindo-se para o português entende-se como “Primeiro que Entra, Primeiro que Sai” (PEPS), a aquisição de produtos para revenda, insumos, matéria prima para produção será devidamente registrado na ficha de controle de estoque da empresa conforme sua data de entrada a medida que for efetuada uma venda os primeiros itens que entraram no estoque serão baixados (MARION, 2015).

Tabela 3: Ficha controle de estoque PEPS

Data ENTRADA SAIDA SALDO

Qtda. Vl. Unit. Total Qtda. Vl. Unit. Total Qtda. Vl. Unit. Total

02/04 10 100 1.000 10 100 1.000 05/04 20 200 4.000 20 200 4.000 10/04 8 100 800 2 100 200 TOTAL 30 300 5000 8 100 800 22 100 200 200 4000 Fonte: Elaborado pelos autores (2016).

O valor Total na Coluna de Saída será o saldo acumulado equivalente ao CMV.

“Último que Entra, Primeiro que Saí” (UEPS) proveniente do “Last In, First Out” neste caso a entrada de mercadorias no estoque de uma empresa será registrado normalmente em conformidade a data de aquisição a medida em que for realizada uma venda o estoque será baixado pelos itens que entraram mais recentemente no estoque.

De acordo com Maríon, p. 318, 2015, este critério se aproxima do custo de reposição, e atendo ao princípio do “conservadorismo”, mas é considerado ilegal na legislação brasileira.

Tabela 4: Ficha de controle de estoque UEPS

Data ENTRADA SAIDA SALDO

Qtda. Vl. Unit. Total Qtda. Vl. Unit. Total Qtda. Vl. Unit. Total

02/04 10 100 1.000 10 100 1.000 05/04 20 200 4.000 20 200 4.000 10/04 8 200 1600 12 200 2400 TOTAL 30 300 5000 8 100 800 22 100 200 1000 2400 Fonte: Elaborado pelos autores (2016).

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Ao vender primeiramente a última mercadoria que entrou no estoque possivelmente ela custou um preço maior do que a primeira, diminuindo-se então o valor do Lucro ao final do exercício afetando-se o Imposto de Renda recolhido pela empresa.

O FISCO não permite este método de controle de estoque, pois levando-se em consideração itens mais recentes tendem a ter um custo mais elevado, quanto maior o custo menor o lucro e para o governo quanto menor o lucro menor será o recolhimento do Imposto de Renda.

Os métodos apresentados anteriormente são divididos por lotes, ou seja, as mercadorias ficam separadas, por meio da Média Ponderada Móvel (MPM) é possível encontrar o custo médio de todas as mercadorias no estoque.

A Equipe de Professores da FEA/USP, p. 113, 2012 descreve o MPM como “O valor médio de cada unidade em estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preço diferente. Assim, ele será calculado dividindo-se o custo total do estoque pelas unidades existentes.”

Tabela 5: Ficha de controle de estoque MPM

Data ENTRADA SAIDA SALDO

Qtda. Vl. Unit. Total Qtda. Vl. Unit. Total Qtda. Vl. Unit. Total

02/04 10 100 1.000 10 100 1.000

05/04 20 200 4.000 30 166,67 5.000

10/04 8 166,67 1333,33 22 166,67 3666,67

TOTAL 30 300 5000 8 166,67 1333,33 22 166,67 3666,67

Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

Portanto a cada aquisição de mercadorias soma-se com as existentes já no estoque, após isso dividi-se o valor do salto total pelo número total de unidades encontrando-se então o valor médio unitário de cada unidade.

No documento LAYAL JOALHERIAS S.A. (páginas 41-48)

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