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LAYAL JOALHERIAS S.A.

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Academic year: 2021

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras”

LAYAL JOALHERIAS S.A.

LAYAL ALI KASSEM VICTOR HUGGO ALVES

FOZ DO IGUAÇU 2016

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LAYAL ALI KASSEM VICTOR HUGGO ALVES

LAYAL JOALHERIAS S.A.

Relatório de Estágio apresentado ao Centro Universitário Dinâmica das Cataratas – UDC, como requisito parcial para obtenção da avaliação da disciplina de Orientação de Trabalho de Conclusão do Curso de Ciências Contábeis,

Orientador: Profº Rafael Carminati

FOZ DO IGUAÇU 2016

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RESUMO

A Contabilidade é responsável por fornecer e registrar informações importantes para o funcionamento de uma empresa. Este trabalho visa demonstrar todos os procedimentos contábeis necessários para a abertura da empresa fictícia, começando com a constituição empresarial, elaboração do plano de contas, todas as rotinas do departamento pessoal, escrituração contábil e os relatórios financeiros da empresa. As atividades apresentadas procuram mostrar as práticas do dia-a-dia de um profissional contábil e perceber tal importância para administração da entidade. Diante do exposto, a Contabilidade tem como objetivo prestar informações aos gestores de uma empresa para que os mesmos possam ter o controle do Patrimônio, auxiliando nas tomadas de decisões e aprimorando sua qualidade.

Palavras chaves: Contabilidade, Constituição, Registros contábeis, Rotinas Trabalhistas

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ABSTRACT

Accounting is responsible for providing and recording information that are required for the functioning of a business. This work aims to describe all of the

necessary accounting procedures for opening a fictitious company, starting with the

company constitution, the elaboration of a chart of accounts, the entire routine of the personal department, the balancing books and the financial reports of the company.

The activities presented seek to show the day-to-day practices of an accounting professional and to demonstrate the importance of administration in an organization.

Considering the above, accounting can contribute with the managers of a company helping them to improve their business with quality, and to have precision while taking decision.

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LISTA DE SIGLAS

ASO Atestado de Saúde Ocupacional

CLT Consolidação das Leis Trabalhistas

CMV Comissão dos Valores Imobiliários

CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

CPF Cadastro Nacional de Pessoa Física

CTPS Carteira de Trabalho e Previdência Social

DFC Demonstração do Fluxo de Caixa

DLPA Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados

DMPL Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

DRE Demonstração do Resultado do Exercício

DSR Descanso Semanal Remunerado

FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

INSS Instituto Nacional Seguro Social

IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte

IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica

ISSQN Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

LALUR Livro de Apuração do Lucro Real

MPM Média Ponderada Móvel

PEPS Primeiro a Entrar Primeiro a Sair

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RIR Regulamento do Imposto de Renda

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Fórmula CMV ... 46

Quadro 2: Balanço Patrimonial ... 60

Quadro 3: Demonstração do Resultado do Exercício ... 61

Quadro 4: Análize Horizontal... 68

Quadro 5: Análise Vertical ... 69

Quadro 6: Índice de Liquidez Corrente ... 70

Quadro 7: Índice de Liquidez Seca ... 70

Quadro 8: Índice de Liquidez Imediata ... 71

Quadro 9: Índice de Liquidez Geral ... 72

Quadro 10: Demonstração do Valor Adicionado ... 82

Quadro 11: Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido ... 83

Quadro 12: Demonstração do Fluxo de Caixa ... 84

Quadro 13: Alíquotas do INSS ... 91

Quadro 14: Cálculos de hora extras ... 93

Quadro 15: Cálculo de Adicional Noturno ... 95

Quadro 16: Cálculo DSR ... 96

Quadro 17: Tetos de Salário Maternidade ... 97

Quadro 18: Cálculo de Vale Transporte ... 99

Quadro 19: Adicional de Insalubridade ... 100

Quadro 20: Cálculo de Adicional de Periculosidade ... 101

Quadro 21: Cálculo de Faltas ... 101

Quadro 22: Cálculo de Atrasos ... 102

Quadro 23: Cálculo de Provisão de Férias ... 103

Quadro 24: Cálculo de Décimo Terceiro Salário ... 104

Quadro 25: Cálculo Provisão Décimo Terceiro Salário ... 104

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Livros contábeis... 33

Tabela 2: Diferenças entre Companhias e Empresas ... 34

Tabela 3: Ficha controle de estoque PEPS ... 47

Tabela 4: Ficha de controle de estoque UEPS ... 47

Tabela 5: Ficha de controle de estoque MPM ... 48

Tabela 6: Base de Cálculo IRPJ sobre Lucro Presumido ... 73

Tabela 7: Tributos incidentes sobre o Lucro Real ... 79

Tabela 8: Imposto de Renda Pessoa Física ... 90

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 15

2 CONSTITUIÇÃO EMPRESARIAL ... 17

2.1 ESTUDO DO MERCADO ... 19

2.2 MODALIDADES DE EMPRESAS ... 19

2.2.1 Sociedade em nome coletivo ... 21

2.2.2 Sociedade comandita simples ... 21

2.2.3 Sociedade limitada ... 22

2.2.4 Sociedades cooperativas ... 23

3 SOCIEDADES ANÔNIMAS ... 23

3.1 SOCIEDADE ANÔNIMA DE ECONOMIA ABERTA E FECHADA ... 25

3.2 AÇÕES ... 26

3.3 ASSEMBLÉIA GERAL ... 28

3.4 CONSELHO FISCAL ... 29

3.5 DEBÊNTURES ... 30

3.6 SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA ... 31

3.7 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ... 32

3.8 AUDITORIA ... 32

3.9 COMISSÃO DE VALORES IMOBILIÁRIOS ... 32

3.10 LIVROS OBRIGATÓRIOS PARA SOCIEDADES ANÔNIMAS ... 33

3.11 DIFERENÇAS ENTRE SOCIEDADES ANÔNIMAS E EMPRESAS LIMITADAS ... 34

4 PROCEDIMENTOS PARA CONSTITUIÇÃO DE UMA SOCIEDADE ANÔNIMA 35 4.1 PROCESSOS OBRIGATÓRIOS DE SOCIEDADES ANÔNIMAS ... 35

4.2 ESTATUTO SOCIAL ... 36

4.3 JUNTA COMERCIAL ... 36

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4.3.2 NIRE – número de identificação no registro de empresas ... 37

4.3.3 FCN – ficha de cadastro nacional ... 38

4.3.4 CNPJ – cadastro nacional de pessoa jurídica ... 38

4.3.5 DBE – documento básico de entrada ... 38

4.4 PREFEITURA MUNICIPAL ... 38

4.4.1 Alvará de licença para localização e funcionamento ... 39

4.4.2 Consulta Prévia de Instalação ... 39

4.4.3 DUC – documento único de cadastro ... 39

4.4.4 Termo de responsabilidade do ministério do trabalho ... 40

4.4.5 Licença Sanitária ... 40

4.4.6 Certificado de vistoria do corpo de bombeiros ... 40

4.4.7 Conselho regional de contabilidade do Paraná ... 41

4.5 RECEITA ESTADUAL ... 41 5 PLANO DE CONTAS ... 42 6 ATIVO ... 43 6.1 ATIVO CIRCULANTE ... 44 6.1.1 Disponibilidades ... 44 6.1.2 Contas a receber ... 45 6.1.3 Aplicaçoes financeiras ... 45 6.1.3 Estoques ... 45

6.2 ATIVO NAO CIRCULANTE ... 48

6.2.1 Investimentos... 49

6.2.2 Imobilizado ... 50

6.2.3 Intangível ... 50

6.2.4 Depreciação, amortização e exaustão ... 51

7 PASSIVO ... 52

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7.1.1 Fornecedores... 53

7.1.1 Salários e encargos sociais a pagar ... 53

7.1.2 Impostos a recolher ... 54

7.1.3 Provisões ... 54

7.2 PASSIVO NAO CIRCULANTE ... 54

8 PATRIMONIO LIQUIDO ... 55 8.1 CAPITAL SOCIAL ... 55 8.2 RESERVAS DE CAPITAL ... 56 8.3 RESERVA DE LUCROS ... 56 8.3.1 Reserva legal ... 57 8.3.2 Reserva estatuária ... 57

8.3.3 Reserva para contingência ... 58

8.3.4 Reserva de lucros a realizar ... 58

8.3.5 Reserva de lucros para expansão ... 59

8.3.6 Reservas de incentivos fiscais ... 59

8.3.7 Reserva especial para dividendo obrigatorio não distribuido ... 59

8.4 AÇÕES EM TESOURARIA ... 59

9 BALANÇO PATRIMONIAL ... 60

10 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) ... 61

10.1 RECEITAS ... 62

10.2 DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA ... 63

10.3 DESPESAS ... 63 10.4 LUCRO LÍQUIDO ... 64 11 PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE ... 64 11.1 PRINCÍPIO DA ENTIDADE ... 65 11.2 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE ... 65 11.3 PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE ... 66

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11.4 PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ... 66

11.5 PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA ... 66

11.6 PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ... 67

12 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL ... 67

13 ÍNDICES DE LIQUIDEZ ... 69 14 REGIMES TRIBUTÁRIOS ... 72 14.1 LUCRO PRESUMIDO ... 72 14.2 SIMPLES NACIONAL ... 74 14.3 LUCRO ARBITRADO ... 75 14.4 LUCRO REAL ... 77

15 IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS) 80 16 PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL (PIS) E O PROGRAMA DE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO DO SERVIDOR PÚBLICO (PASEP) ... 80

17 CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS ... 81

18 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE LUCRO LÍQUIDO (CSLL) ... 81

19 IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (ISSQN ... 81

20 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA) ... 82

21 DEMONSTRAÇÃO DE LUCRO OU PREJUIZO ACUMULADO (DLPA) ... 83

22 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA (DFC) ... 84

23 NOTAS EXPLICATIVAS ... 85

24 CONTRATO DE TRABALHO ... 86

24.1 MODALIDADES DE CONTRATOS DE TRABALHO... 87

24.1.1 Contrato Individual ... 87

24.1.2 Contrato de Experiência ... 87

24.1.3 Contrato de Aprendizagem ... 88

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24.2 DOCUMENTAÇÃO PARA CONTRATO DE TRABALHO ... 89

24.3 IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA FÍSICA (IRPF)... 89

24.4 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS) ... 91

24.5 FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO (FGTS) ... 92

24.6 HORAS EXTRAS ... 93

24.7 ADICIONAL NOTURNO ... 94

24.8 DESCANSO SEMANAL REMUNERADO ... 95

24.9 SALÁRIO FAMILIA ... 97 24.10 ADIANTAMENTO SALARIAL ... 98 24.11 VALE TRANSPORTE ... 98 24.12 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE ... 99 24.13 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE ... 100 24.14 FALTAS ... 101 24.15 ATRASOS ... 101 24.16 FÉRIAS ... 102 24.17 PROVISÃO DE FÉRIAS ... 103 24.18 ATESTADO MÉDICO ... 103

24.19 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO ... 103

24.20 PROVISÃO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO ... 104

24.21 RECIBO DE PAGAMENTO DE AUTÔNOMO ... 105

24.22 LICENÇA MATERNIDADE ... 105

24.23 ESTABILIDADE ... 106

24.24 RECISÃO TRABALHISTA ... 106

24.25 AVISO PRÉVIO ... 107

24.26 DIREITOS PROVENIENTES DE RECISÕES TRABALHISTAS ... 107

24.27 DISPENSA POR JUSTA CAUSA ... 108

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24.29 PEDIDO DE DEMISSÃO INDENIZADO ... 109

24.30 DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA INDENIZADA ... 109

24.31 DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA TRABALHADO ... 109

24.32 TÉRMINO DE CONTRATO COM PRAZO DETERMINADO ... 109

24.33 ANTECIPAÇÃO DO TÉRMINO DE CONTRATO COM PRAZO DETERMINADO PELO EMPREGADOR ... 110

24.34 ANTECIPAÇÃO DO TÉRMINO DE CONTRATO COM PRAZO DETERMINADO PELO EMPREGADO ... 111

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1 INTRODUÇÃO

Com base na Lei das Sociedades Anônimas nº 6.404 de 1976 a constituição de uma sociedade no Brasil é altamente burocratizada necessitando-se de uma grande quantidade de tempo e mão de obra, além disto, manter-se funcionando, gerar empregos, extrair benefícios e futuramente Lucros, para isso é necessário seguir uma série de procedimentos, o objetivo deste trabalho seria a orientação para que isto se torne possível, partindo desde o início de como se constituir uma Sociedade Anônima, evidenciando quais as principais cláusulas que devem estar constadas no Estatuto Social, qual o primeiro passo a ser tomado para a sua legalização e quais obrigações o empresário deve seguir para que possa manter-se legalmente no mercado.

A contabilidade tem um papel fundamental de auxiliar todas as entidades empresariais, não importando qual o seu tamanho pequena, média ou de grande porte, se tornando uma ferramenta de suma importância auxiliando os gestores da empresa na tomada de decisão, utilizando-se como método de pesquisa qualitativa, ou seja, uma pesquisa exploratória com ênfase na constituição da empresa, princípios da contabilidade, plano de contas, departamento pessoal e escrituração contábil, quanto maior a qualidade da informação, quanto mais precisa, melhor será a decisão tomada, adotando como ferramenta de pesquisa além da Lei das Sociedades Anônimas, obras literárias de autores renomados da contabilidade no Brasil, publicações de artigos e referenciais online.

A contabilidade parte dos Princípios Contábeis, sem a sua observância os dados coletados, lançamentos gerados estarão incorretos, ocasionando impactos negativos nas demonstrações contábeis, entre outros resultados incorretos, afim de conhecimento, esclarecimento e prudência para que isto não venha acontecer será evidenciado um a um estes princípios.

O cotidiano de qualquer empresa tanto em território brasileiro quanto em outros países é necessário mão de obra, fundamentado pela Constituição das Leis Trabalhistas e por Convenções Coletivas de Trabalho será apresentado todos os direitos que estão a cerca dos empregados e deveres do empregador demonstrando-se as alíquotas vigentes no Brasil, modelos de contrato de trabalho e

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como se calcular a folha de pagamento devida ao empregado, atentando-se a aquilo que for de maior benefício para o colaborador.

Juntamente com a constituição de uma Sociedade vem a obrigatoriedade do recolhimento de tributos com base em sua receita bruta, para isto o Governo Federal disponibiliza formas de recolhimento dos impostos sendo eles Lucro Presumido, Lucro Arbitrado, Simples Nacional e Lucro Real a empresa deverá optar por uma destas formas observando em qual destas opções mais se enquadra.

Em dado momento será apresentado o quão benéfico e importante pode se tornar para a empresa a utilização correta de um Plano de Contas bem elaborado, demonstrando-se como estruturá-lo de acordo com a necessidade da sociedade, quanto mais detalhado, mais precisa se tornará a informação extraída por ele.

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17 2 CONSTITUIÇÃO EMPRESARIAL

O novo Código Civil de 2015 traz uma nova percepção as empresas, antes a divisão era feita em Sociedades Civis (prestadora de serviços) e Sociedades Comerciais (atividades mercantis), com a atualização do Código Civil passaram a ser divididas em Sociedade Empresária e Simples.

Toda sociedade que é considerada Empresária tem a finalidade de exercer uma atividade de empresário, caso contrário as demais serão consideradas Simples (IUDÍCIBUS e MARION, 2010).

Portanto Sociedade Simples é voltada para a prestação de serviços provenientes de atividades intelectuais, como por exemplo, um médico ou dentista em seu consultório e um advogado em seu escritório.

Denominadas também de Pessoas Jurídicas as empresas que nascem já com um objetivo traçado, nada mais é do que a obtenção de lucros. As empresas são criadas a partir de variáveis que podem surgir da necessidade do mercado financeiro ou até mesmo o desejo pessoal em si de uma pessoa.

Art. 966 do Código Civil destaca que, “considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.”

O empresário deve estar em pleno gozo da capacidade civil e não estarem impedidos legalmente para que possa ser exercida a atividade comercial.

Para exercer uma Atividade Econômica o Empresário deve se registrar na Junta Comercial. Caracterizam-se Atividades Econômicas indústrias, comércio e prestadora de serviços (Art. 967, Código Civil).

Uma empresa deve ser lucrativa, ou seja, seu objetivo é o lucro, seu crescimento deve ser crescente, também deve estar preparada para as flutuações do mercado sobrevivendo a essas e ser prestigiosa se destacando perante as demais no mercado (BETHLEM, 2008).

A Sociedade Empresarial surge da união de duas ou mais pessoas que juntas irão trabalhar com o objetivo de um fim comum, unindo seus haveres monetários para a constituição de uma sociedade por meio de um Contrato Social que será devidamente registrado na Junta Comercial trazendo o objetivo de modo geral da empresa.

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O surgimento de uma Sociedade dar-se-á com a formalização de um contrato de no mínimo duas pessoas, que se unirão com uma finalidade em comum, também podendo ser descrito como o contrato onde pessoas físicas que juntas se comprometem através de serviços e bens exercer uma atividade econômica visando futuramente partilhar dos lucros resultantes desta atividade (IUDÍCIBUS e MARION, 2004).

Ressaltando que a união de duas pessoas na constituição de uma sociedade não necessariamente deverá ser constituída com haveres monetários, podendo ser por meio de bens e/ou até mesmo mão de obra.

A reunião de duas ou mais pessoas físicas que tem o objetivo de exercer/explorar uma atividade em comum se chama de Sociedade (RIBEIRO, 2011).

Ao constituir uma sociedade deve se atentar ao ramo de atividade principal que esta ira exercer, pois por meio desta atividade uma série de obrigações fiscais deverão ser apresentadas a Receita Federal do Brasil, tais como em qual quadro tributário a empresa se encaixa para ser tributada de forma correta. O objeto ofertado pela empresa não pode ter natureza ilícita, que afete a ordem moral e pública.

Devem constar na elaboração do Contrato Social da empresa quais serão as principais normas que regerão a sociedade divididas por cláusulas, estas cláusulas constarão o tipo de atividade que será exercida pela empresa, qual o tipo de sociedade será adotada limitada, simples, sociedade anônima (neste caso será regido por Estatuto Social ao invés de Contrato Social), qual o ramo da empresa, ou seja, seu objeto social, de quanto será o Capital Social integralizado por cada sócio, todos os dados referentes a cada sócio, sua denominação social, localização, se a empresa atuará por tempo indeterminado, ou seja, sem previsão para cessão de sua atividade (IUDÍCIBUS e MARION, 2004).

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2.1 ESTUDO DO MERCADO

Quando abrir uma empresa? Onde abrir uma empresa? Qual a demanda do mercado? São questionamentos que devem ser realizados antes de se concretizar tal ato.

Para a constituição de uma empresa o futuro empresário e/ou administrador deve levar em consideração uma série de variáveis que virão a afetar sua empresa, tais como aproveitar a melhor oportunidade do mercado no momento certo, se livrar de uma crise, encontrar e solucionar problemas, qual a hora exata de demitir ou contratar novos colaboradores. Planejamento é a melhor ferramenta para se preparar e se adequar ao mercado financeiro.

A coleta de informações precisas e fidedignas do mercado financeiro é de suma importância para a constituição de uma empresa, uma vez que uma falsa informação pode prejudicar a empresa.

Pode ser dizer que os clientes são os donos da empresa, o objetivo da empresa é a obtenção de lucros, mas para que isso se concretize é necessário buscar a satisfação do cliente, ela deve além disso atender suas necessidades e desejos. A realização de pesquisas qualitativas e quantitativas que envolvam o produto que a empresa irá comercializar é uma ferramenta eficiente para coleta de informações (BETHLEM, 2008).

Sempre haverá mercado para um produto que consiga satisfazer a necessidade do consumidor. Observar a concorrência que o empresário enfrentará ao constituir sua empresa auxiliará este a se atentar na qualidade de seu produto e no seu preço, pois para se destacar perante os demais isto é necessário.

2.2 MODALIDADES DE EMPRESAS

Com base no novo Código e Processo Civil Empresas que exercerem atividades como comércio, indústria e prestação de serviços em geral são denominas de Sociedades Empresariais e devem ser registradas na Junta Comercial. Sociedades Civis que praticam atividades intelectuais como consultas médicas, dentistas, contadores, o contrato social desta modalidade de empresa será

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registrado em Cartório de Registro Cível, ressaltando que se estes constituírem uma união entre mais profissionais de outra área qualquer passa a ser uma Sociedade Empresarial.

Simplificadamente de acordo com Ramos, p. 301, (2009), “sociedades empresárias, que exploram atividade empresarial, ou seja, exercem profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”.

Para Mamede, p. 39, (2009), “As sociedades, pessoas jurídicas constituídas com finalidade econômica, dividem-se em sociedades simples e sociedades empresárias”.

Atualmente podemos encontrar dois tipos de sociedade, as Empresárias e as Simples, anteriormente a isso de acordo com o Código Civil as sociedades eram divididas em Comercial, ou seja, aquelas que exerciam atividades mercantis, e a sociedade Civil, na qual prestava serviços (IUDÍCIBUS e MARÍON, 2010).

Portanto as Sociedades Simples são as que exercem atividades intelectuais que também são denominadas de Sociedades Civis e as Empresárias que também são nomeadas de Sociedades Empresariais são aquelas que exercem uma atividade própria.

Na definição de Mamede, p.40, (2009):

Já as sociedades simples são aquelas nas quais não se verifica tal organização de bens materiais e imateriais, de procedimentos, como meio para a produção, ordenada de riqueza; pelo contrário, nesses casos se verifica trabalho não organizado, autônomo, desempenhado por cada um dos sócios sem conexão maior com a atuação dos demais. É o que se teria, por exemplo, numa sociedade entre três dentistas, cada qual com sua clientela própria; não há uma empresa (MAMEDE, 2009).

Outra classificação possivelmente dada as sociedades são Sociedades Personificadas e Não Personificadas. A Sociedade Não Personificada são aquelas que surgiram de forma informal, oralmente, que não detém registros em Cartório ou Junta Comercial. Já as Sociedades Personificadas foram devidamente registradas nas entidades competentes (IUDÍCIBUS e MARION, 2010).

As Sociedades Empresárias podem ser divididas em Sociedade de Nome Coletivo, Sociedade em Comandita Simples e Sociedade Limitada. As Sociedades

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que exercem atividades intelectuais são elas Sociedade Simples e Cooperativa, no qual irão ser mais detalhadas a seguir.

2.2.1 Sociedade em nome coletivo

Este tipo de sociedade é de baixa constituição, é pouco utilizada no Brasil, pois a responsabilidade de cada sócio é de forma ilimitada podendo responder além do capital integralizado com seus próprios bens sobre atos provenientes da empresa. Cada sócio responde por si apenas, não assumindo a responsabilidade dos demais, ressaltando que este tipo de decisão deve estar registrado no ato da constituição da sociedade. É vedada a participação de Pessoas Jurídicas neste tipo de sociedade (IUDÍCIBUS e MARION, 2010).

No fundamento histórico Ramos, p. 466, (2009):

Trata-se, segundo a doutrina comercialista, do mais antigo tipo societário medieval. Sua origem está nas comunidades familiares italianas da Idade Média, que consistiam, grosso modo, em associações decorrentes de laços familiares, às quais se atribuem diversas nomenclaturas: fraternitates, societates, collegia etc (RAMOS, 2009).

Ressaltando que a sociedade em nome coletivo é regida pelas mesmas normas das sociedades simples. Conforme apresentado na descrição acima a responsabilidade civil dos sócios é ilimitada, ou seja, se o capital social investido na sociedade coletiva não for suficiente para suprir o saldo devedor será utilizando o patrimônio particular dos sócios.

2.2.2 Sociedade comandita simples

É constituída por duas partes, os Comanditados e os Comanditários. Os Comanditados são Pessoas Físicas detendo responsabilidade ilimitada sobre a empresa, podendo responder com seus bens sobre ações envolvendo a empresa. Os Comanditários detêm responsabilidade apenas sobre o valor da sua quota instituído na constituição da empresa.

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Para Mamede, p. 103, (2009):

O verbo comanditar traduz a idéia de prover fundos para uma atividade negocial, simples ou empresária, que será gerida por terceiros. A sociedade em comandita simples, assim, tem dois tipos diversos de sócios: (1) sócio comanditário, que provém os fundos para a atividade negocial, e (2) sócio comanditado, que se encarrega de administrar a atividade negocial (MAMEDE, 2009).

Neste tipo de sociedade aplicam-se as mesmas normas de uma Sociedade em Nome Coletivo, sendo assim os Comanditados também se enquadram neste caso

Pode ser delegado procurador da sociedade e deter poderes especiais os Comanditários, aqueles que respondem limitadamente as quotas da sociedade

A sociedade de comandita simples encontra-se em desuso, admitindo a existência de sócios comanditários sem responsabilidade ilimitada, tornando-se um pouco melhor que a sociedade em nome coletivo (IUDÍCIBUS e MARION, 2010).

2.2.3 Sociedade limitada

É a sociedade de maior predominância no Brasil, regidas por um Contrato Social. Cada sócio corresponde solidariamente apenas pelas cotas que forem integralizadas no Capital da Empresa. As cotas do Capital Social podem ser dividas de formas igualitárias ou não.

Existem duas características que levam a sociedade limitada a ser a mais constituída no Brasil, a responsabilidade limitada dos sócios citada acima e sua contratualidade, ou seja, os sócios podem traçar no contrato social a vontade deles, diferente de uma sociedade anônima que ao adquirir uma pequena parte do capital o acionista está se submetendo a um regime já imposto pela sociedade (RAMOS, 2009).

Cabe a administração de uma Sociedade Limitada a um ou mais sócias que nela existam, devendo estar registrados tais administradores no Contrato Social ou em ato individual (IUDÍCIBUS e MARION, 2010).

Caso os administradores não sejam os sócios integrantes da empresa estes deverão ser aprovados por unanimidade dos sócios.

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A sociedade limitada deverá ser registrada no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas em casos de sociedade simples, em situações de sociedade empresária será registrada na Junta Comercial (MAMEDE, 2009).

2.2.4 Sociedades cooperativas

São regidas pela Lei nº 5.764/71, caracteriza-se pela não necessidade de integralização de capital, as cotas de cada sócio são intransferíveis para terceiros mesmo que sejam herdeiros. O resultado é distribuído para cada sócio proporcionalmente pelas operações que o sócio efetuou, o sócio detém também direito de voto em todas as Assembléias Gerais e Extraordinárias.

Para a constituição de uma cooperativa é necessário um número mínimo de sócios, por outro lado não existe um limite máximo para sócios, podendo ter milhões de Cooperados (IUDÍCIBUS e MARION, 2010).

De acordo com Mamede, p. 195, (2009):

As cooperativas são sociedades simples que, não obstante tenham finalidade econômica, não tem finalidade de lucro. Lucro é a remuneração pelo capital investido, resultado direto do valor do investimento em quotas ou ações; nas cooperativas, em oposição, as vantagens econômicas auferidas pelo cooperado são resultado direto de sua atuação pessoal e não do seu investimento em dinheiro (MAMEDE, 2009).

As atividades exercidas pelas cooperativas são voltadas diretamente para seus cooperados, ficando facultativo a elas se irão ou não atender os não associados.

3 SOCIEDADES ANÔNIMAS

Este tipo de sociedade é regido por duas leis em específico, Lei 6.404/76 sendo atualizada pela Lei 11.638/07.

Lei 6.404/76, Art. 3, “a sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões “companhia” ou (sociedade anônima), expressas por

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extenso ou abreviadamente, mas vedada a utilização da primeira ao final” (BRASIL, 1976)

Esta entidade pode ser encontrada em duas formas societária, Sociedade Anônima e Sociedade Comandita por Ações no qual se encontram quase em extinção.

Se constitui uma Sociedade Anônima com a finalidade de movimentar capitais, sendo criada com base no capitalismo com a intenção de autorizar um grande volume de haveres monetários proporcionando desta forma a realização de investimentos gigantescos, com um baixo nível de risco, diferenciando-se das demais sociedades (NETO, 2005).

Ramos, p. 383, (2009), realça que, “Dentre as principais características da sociedade anônima, podemos destacar quatro: a) sua natureza capitalista; b) sua essência empresarial; c) sua identificação exclusiva por denominação; d) a responsabilidade limitada dos seus sócios”.

Em uma Sociedade Anônima o sócio acionista é irrelevante, o que realmente interessa é a movimentação de haveres monetários.

De acordo com a Lei 6.404/76, Art. 1, “a Companhia ou Sociedade Anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço das emissões das ações subscritas ou adquiridas” (BRASIL, 1976).

Uma Sociedade Anônima é classificada como uma Sociedade Empresária, ou seja, pratica uma atividade própria podendo ser prestação de serviços, indústria ou comércio. O capital social de uma Sociedade Anônima é fracionado em ações igualitárias, estas ações detêm uma origem desvinculada do ato de constituição da sociedade podendo ser negociadas independentemente de sua alteração (NETO, 2005).

A Sociedade Anônima deve ter seu nome regido por uma denominação social, ou seja, em seu nome empresarial deve conter o objeto da sociedade, podendo constar o nome do fundador e ser finalizado por “Sociedade Anônima”, “Companhia” ou suas abreviações, cooperativas de crédito, podendo ser utilizada por sociedades limitadas e comanditas por ações de forma facultativa.

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Em cumprimento com o Código Civil, Art. 1160, parágrafo único, “pode constar na denominação o nome do fundador, acionista ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa.”

A partir do momento em que uma pessoa física ou jurídica adquire ações emitidas por uma companhia se tornam sócios acionistas, estes irão responder solidariamente apenas pelo valor das ações que foram adquiridas. Caso a Companhia não detenha de haveres monetários suficientes para a liquidação de suas dívidas os acionistas não necessitarão responder a essa dívida com seus bens particulares, eles não assumem esta obrigação (NETO, 2005).

Em caso de falência a Sociedade terá de responder sozinha a seus credores com seu patrimônio, independente se os sócios acionistas integralizaram ou não o valor total das ações adquiridas. A Sociedade detém o direito de cobrar os sócios acionistas as ações que não foram totalmente integralizadas, ocorrendo falência ou não da Sociedade essa cobrança ainda é exigível.

Os sócios administrarão a Companhia da melhor forma possível para impulsionar os negócios. Cabe a administração da Companhia destinar qual a melhor forma de divisão da empresa, se optarão pela descentralização da diretoria subdividindo-as em várias diretorias, ou a concentração de todos os poderes dar-se-á apenas a uma diretoria. Devendo atentar-se a três obrigações que devem estar presentes na Companhia, a Sociedade deve eleger um Conselho Fiscal, Realizar uma Assembléia Geral e ter uma Diretoria que executará as políticas adotadas pela Companhia (NETO, 2005).

3.1 SOCIEDADE ANÔNIMA DE ECONOMIA ABERTA E FECHADA

A Companhia de capital aberto se caracteriza pelo fato da comercialização de ações ou debêntures no mercado, a venda é realizada por meio de pregões e no mercado de balcão.

A captação de recursos de uma Companhia Aberta por meio da comercialização de suas ações e debêntures no mercado é extremamente alta e eficaz, uma vez que o numero de investidores são numerosos, não se limitando

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apenas aqueles que integralizaram o capital para a constituição da Sociedade (NETO, 2005).

Para que uma sociedade anônima possa comercializar suas ações na bolsa de valores deverá ser concedida uma autorização pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que esta unida ao Banco Central, agindo em conjunto com o Banco Central na gestão e policiamento das operações no mercado de capitais (RAMOS, 2009).

Diferente a Companhia de capital aberta, este caso de Sociedade se caracteriza pelo fato da não comercialização das quotas de seu capital no mercado, a captação de recursos é pequena dependendo apenas dos sócios integrantes na constituição da empresa (NETO, 2005).

3.2 AÇÕES

A Sociedade Anônima tem o seu capital divido igualitariamente em pequenas porções que são comercializadas no mercado de ações.

Segundo Ramos, p. 403, (2009), “Ação é o principal valor mobiliário emitido pela companhia. Trata-se de valor mobiliário que representa parcela do capital social, conferindo ao seu titular o status de sócio, o chamado acionista”

Portanto, pode se dizer que compra de ações é uma troca de haveres monetários, onde a pessoa física ou jurídica concede a Companhia que está emitindo ações seus haveres monetários e em troca passa a deter parte do capital social da Companhia, visando receber os dividendos provenientes dos lucros que forem captados. Outra forma de interpretar a ações é denominando-a como títulos de créditos (NETO, 2005).

O número de ações que poderão ser dividias por uma Sociedade Anônima deverá estar evidenciado no Estatuto Social, o valor e o número das ações só poderão ser alteradas caso ocorra uma modificação no capital social (Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976, Art. 12, Planalto do Governo).

A ação pode ser representada como a menor fração da divisão do capital da sociedade, sendo representados como cotas-partes (IUDÍCIBUS e MARÍON, 2010).

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Contudo, o sócio acionista torna-se dono da Companhia em que adquiriu as ações e no final de cada exercício receberá proporcionalmente ao valor de ações adquiridas um montante referente ao lucro que for capitado. As ações podem ser divididas em naturezas distintas em quatro modalidades:

Ações Ordinárias: Basicamente são ações comuns, o sócio acionista que adquiri-las deterá direito de recebimento dos dividendos provenientes dos lucros, além deste direito os acionistas detêm o poder do voto, podendo votar nas deliberações sociais da Companhia e também fiscalizar sua administração, portanto as ações ordinárias são as mais simples, carentes de limitações, mas não possuem nenhum privilégio, apenas o direito de voto (IUDÍCIBUS e MARIÓN, 2010).

Ações Preferenciais: Esta ação em específico concede ao seu acionista o direito de priorização na distribuição dos dividendos provenientes dos lucros, ou seja, eles recebem primeiro que as ações comuns. Caso a Companhia sofra uma liquidação os acionistas preferenciais receberão o reembolso do capital investido primeiramente, mas diante de tais preferências esta natureza de ação não detém direito de voto (IUDÍCIBUS e MARIÓN, 2010).

Ações Nominativas: Carregam com si o nome dos acionistas que adquiriram as ações, são devidamente registradas no Livro de Registro de Ações, por intermédio deste livro é que se conhece o titular ou proprietário da ação (NETO, 2005)

O Livro de Registro de Ações Nominativas fornece a Companhia uma relação de todos os acionistas que nela adquirem ações, trazendo assim mais segurança e controle da rotatividade das operações a cerca da venda de ações.

A pessoa jurídica ou física que adquirir ações de uma Companhia pode alienar suas ações a terceiros, mas se esta estiver inscrita no Livro de Registro de Ações deverá comunicar a Companhia a transferência de seus direitos e posteriormente registrar o novo acionista no livro. Caso esta comunicação não ocorra e o acionista que alienou suas ações a terceiros a Companhia não está sujeita a pagar os dividendos a parte que adquiriu as ações (NETO, 2005).

Ações de Fruição: Em casos e liquidação da Companhia esta deve devolver aos sócios acionistas a quantia de haveres monetários que nela foi investida, as ações de fruição tratam-se de uma antecipação a este caso, ou seja, a Companhia

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antecipa ao acionista os valores que nela foram investidos se ocorresse sua liquidação (NETO, 2005).

Para que possam ser ofertadas ações de fruição elas devem estar devidamente registradas no Estatuto Social da Companhia ou por meio de convocação de uma Assembléia Geral Extraordinária.

3.3 ASSEMBLÉIA GERAL

O ato de constituição de uma Sociedade Anônima dar-se-á por meio de uma Assembléia Geral de Constituição, nela devem estar presentes os sócios acionistas legalmente capazes de subscrever no mínimo metade do Capital Social que será integralizado na Companhia.

Este ato para a constituição de uma Sociedade Anônima é de caráter obrigatório, exigido pela lei 6.404 de 1976, tem como objetivo traçar o funcionamento da Sociedade, deliberar a vontade dos acionistas e o interesse social da Companhia. A assembléia geral de constituição deve ser publicada em jornais, contendo local em que ocorrerá a assembléia, data e hora (NETO, 2005).

O intuito da ata é resumir todos os artigos deliberados e ressaltados nas assembléias, logo após isto ela será lavrada em um livro próprio e de caráter obrigatória a sua publicação em jornais (IUDÍCIBUS e MARÍON, 2010).

De caráter obrigatório instituído pela Lei 6.404 de 1976 das Sociedades Anônimas a ata de assembléia deve ser sempre subscrita em todas as assembléias por fim lavradas.

Art. 87, inciso 3, Lei 6.404/76;

Verificando-se que foram observadas as formalidades legais e não havendo oposição de subscritores que representem mais da metade do Capital Social, o presidente declarará constituída a Companhia, procedendo-se, a seguir, à eleição dos administradores e fiscais (BRASIL, 1976).

Entende-se como fiscais os membros do Conselho Fiscal, que se enquadra dentro de uma das obrigações de uma Sociedade Anônima, dentre outras obrigações são a Assembléia Geral e a publicação das Demonstrações Financeiras

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da Sociedade. As assembléias gerais dividem-se em duas naturezas, Assembléia Geral Ordinária e Assembléia Geral Extraordinária (IUDÍCIBUS e MARÍON, 2010).

No primeiro quadrimestre do ano os administradores da Companhia reúnem-se para em uma Asreúnem-sembléia Geral Ordinária, com o objetivo de deliberar a destinação dos lucros do exercício do ano anterior, se houver, eleger os administradores e os membros do conselho fiscal e discorrer sobre as possíveis alterações do Capital Social decorrentes de correções monetárias.

Art. 132, lei 6.404/76, “anualmente nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social, deverá haver 1 (uma) assembléia geral.”

A Assembléia Extraordinária ocorre em ocasiões especiais, não tem uma data em especifico para ser realizada, os assuntos nela tratadas são assuntos que não estão incluídos na assembléia geral ordinária (NETO, 2005).

3.4 CONSELHO FISCAL

De caráter obrigatório em concordância com a Lei 6.404 de 1976, toda Sociedade Anônima deve eleger um Conselho Fiscal, as atribuições dos conselheiros deverão estar devidamente expressas no Estatuto Social da Companhia. O Conselho Fiscal deve ser composto por no mínimo 3 (três) integrantes e no máximo 5 (cinco), podendo ser acionistas ou não, eleitos por meio da Assembléia Geral (BRASIL, 1976).

Conforme Coelho, p. 228, (2004):

O conselho fiscal é o órgão de assessoramento da assembléia geral, na votação de matérias atinentes à regularidade os atos de administração da companhia. É, por outras palavras, o principal instrumento, conferido pela lei aos acionistas, de fiscalização da gestão da empresa. No desempenho de suas atribuições, o conselho requisita informações, examina documentos e opina sobre a legalidade e adequalidade contábil dos atos da administração, tendo ao seu alcance todos os meios indispensáveis ao exercício de sua competência (COELHO, 2004).

Art. 161, inciso 6, lei 6.404 de 1976, “os membros do conselho fiscal e seus suplentes exercerão seus cargos até a primeira assembléia geral ordinária que se realizar após sua eleição, e poderão ser reeleitos.”

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Portanto, o prazo do cargo dos membros do conselho fiscal é de um ano, podendo ser reeleitos. O exercício do conselho fiscal nada mais é que exercer o controle das atividades sociais, portanto o acionista acompanha e fiscaliza a administração da gestão da Companhia.

É de suma importância o papel do conselho fiscal nas Sociedades Anônimas, revelando aos acionistas o comportamento dos administradores e demonstrando como anda os negócios da Sociedade (NETO, 2005).

3.5 DEBÊNTURES

Relacionada diretamente na obtenção de recursos de terceiros as Debêntures, também denominadas de títulos de emissão, são outra forma de Companhias Abertas aumentarem seu capital, evitando assim a necessidade de realizar investimentos ou financiamentos.

Debêntures podem ser descritos como títulos representativos entre a Sociedade e pessoas físicas (determinadas ou indeterminadas) que obtêm desejo de investir na Companhia sem a necessidade de ser acionista (NETO, 2005).

Já Mamede, p. 149, (2009) descreve que:

As sociedades anônimas podem emitir debêntures, isto é, títulos que conferem aos seus titulares direito de crédito contra elas, nas condições constantes da escritura de emissão e, se houver, do respectivo certificado (MAMEDE, 2009).

Portanto, se uma pessoa jurídica ou física desejar investir em uma Sociedade Anônima, mas não detêm o interesse de se tornarem acionistas podem adquirir Debêntures, os títulos emitidos pela Companhia são devidamente registrados em documentos, contendo uma promessa de pagamento, a data e a quantia que será reportado a cada investidor. As Debêntures sofrem incidência de juros no momento da liquidação da promessa de pagamento com seus investidores.

Basicamente a diferença entre ações e debêntures dar-se-á decorrente da situação econômica atual tanto da Companhia quando dos investidores. A vantagem das Debêntures para investidores é que eles sabem exatamente quanto irão receber

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e quando, independente das oscilações do mercado, oscilações esta que afetam diretamente as ações, podendo diminuir ou aumentar seu valor.

De acordo com Mamede, p. 149, (2009):

A companhia fará constar da escritura de emissão, por instrumento público ou particular, os direitos conferidos pelas debêntures, como juros, fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia, prêmio de reembolso, garantias e demais cláusulas ou condições, podendo estipular cláusula de correção monetária, com base nos coeficientes fixados para correção de títulos da dívida pública, na variação da taxa cambial ou em outros referenciais não expressamente vedados em lei, bem como assegurar ao debenturista a opção de escolher receber o pagamento do principal e acessórios, quando do vencimento, amortização o resgate, em moeda ou em bens (MAMEDE, 2009).

Diante da Companhia, esta deve analisar qual a melhor opção a ser emitida perante o mercado, ações são ótimas em casos no interesse em aumentar o número de sócios e não existe a obrigatoriedade de pagar juros sobre o valor nela investido. Debêntures, por outro lado, existe a incidência de juros sobre os recursos nela investidos, mas não se altera o número de sócios.

3.6 SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

Seu capital é proveniente de haveres monetários privados e públicos, sua administração será regida por entidades Jurídicas de direito público, estando sujeita as responsabilidades e deveres do acionista que está no controle, orientando as atividades da Sociedade visando atender o interesse público.

Pode ser considerar a Sociedade de Economia Mista como uma Sociedade Anônima, podendo ser aplicando a legislação de Sociedade Pública ou Privada, previsto no Código Civil (NETO, 2005).

Dentre as características de uma sociedade de economia mista encontram-se a finalidade no interesse público, existe a participação ativa do poder público na gestão da Companhia, participação de pessoas jurídicas públicas e privadas no capital social, tem a forma de Sociedade Anônima e é criada por lei (IUDÍCIBUS e MARÍON, 2010).

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3.7 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Em concordância com a Lei 6.404 de 1976, todas as Sociedades Anônimas devem apresentar suas demonstrações financeiras ao término do exercício:

1 - Balanço Patrimonial;

2 - Demonstrações dos Lucros e Prejuízos Acumulados 3 - Demonstração do Resultado do Exercício;

4 - Demonstração do Fluxo de Caixa.

Estas demonstrações devem ser apresentadas com clareza e transparência as atividades exercidas pela Companhia ao longo do ano, contendo todas as alterações, oscilações e mutações que afetaram o patrimônio da empresa. Além do mais as demonstrações devem ser acompanhadas por quadros notas explicativas que irão facilitar a elucidação dos fatos ocorridos.

3.8 AUDITORIA

Com o intuito de confirmar a veracidade das informações apresentadas pela Companhia, a Lei 6.404 de 1976, artigo 177, inciso três decretou que as Sociedades Anônimas Abertas devem ter suas demonstrações financeiras obrigatoriamente auditadas por auditores externos, também conhecidos como auditores independentes, as Companhias devem seguir também o padrão de normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) (BRASIL, 1976).

3.9 COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Criada pela Lei nº 6.385 de 1976, com o intuito de supervisionar, regularizar, padronizar o comércio de valores mobiliários no Brasil. Entre as atividades exercidas, fiscalizadas e disciplinadas pela CVM está a auditoria das companhias abertas.

Entende-se como valores mobiliários, debêntures, bônus de subscrições e ações, portanto a Comissão de Valores Mobiliários está arduamente envolvida nas

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atividades exercidas pela Companhia para a captação de haveres monetários, que estarão de acordo com a Lei nº 6.385 de 1976 (BRASIL, 1976).

3.10 LIVROS OBRIGATÓRIOS PARA SOCIEDADES ANÔNIMAS

A constituição de uma Companhia vem acompanhada da obrigatoriedade da apresentação de livros contábeis, ressaltando a veracidade dos fatos ocorridos durante o exercício, a baixo segue uma tabela demonstrando quais livros devem ser apresentados pela Sociedade Anônima, entre outros:

Tabela 1: Livros contábeis

Livros Obrigatórios Livros auxiliares Livros Fiscais Livro de registro de ações

nominativas Livro caixa

Livro de apuração do lucro real (LALUR) Livro de transferência de

ações nominativas Livro de clientes Livro apuração IPI Livros de atas de

assembléias gerais Livro de estoque

Livro de registro de entrada e saída de mercadorias Livro de presença dos

acionistas

Livro com registro de

empregados Livro de apuração do ICMS

Livro diário Livro de inventário

Livro razão Livro apuração ISS

Livro de partes beneficiárias Livro de apuração de documentos fiscais externos

Livro de utilização de documentos fiscais e

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34 Livro de registro de controle

de produção de estoque Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

Os livros auxiliares são livros facultativos, ou seja, não existe uma obrigatoriedade em sua descrição, mas é um ótimo controle para as atividades da Sociedade. Entendem-se como livros fiscais aqueles que são exigidos pelo FISCO municipal, estadual ou federal.

De acordo com a Instrução Normativa da RFB nº 787, de 19 de novembro de 2007 os livros contábeis não precisam mais ser impressos e sim transmitidos digitalmente, sujeitos a avaliação do Programa Validador Assinador (PVA) devendo conter a assinatura digital dos responsáveis legais registrados na Junta Comercial do Estado que estiver localizado. A transmissão será realizada pelo programa do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), logo após de ser dirigido a Junta o Requerimento para Autenticação.

3.11 DIFERENÇAS ENTRE SOCIEDADES ANÔNIMAS E EMPRESAS

LIMITADAS

Abaixo segue uma breve elucidação das diferenças encontradas entre Sociedades Anônimas e Empresas Limitadas que predominam 90% das empresas no Brasil:

Tabela 2: Diferenças entre Companhias e Empresas

Sociedade Anônima Empresa Limitada

Pode negociar títulos mobiliários na bolsa Não pode negociar títulos mobiliários na bolsa

Emite ações e debêntures Não emite ações nem debêntures

Denominação Social Razão Social

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35 Captação de recursos é maior Captação de recursos reduzida

Sistema mais burocrático Sistema menos burocrático Capital Social é dividido em ações Capital Social é dividido em cotas A responsabilidade dos acionistas é apenas

sobre as ações adquiridas

Responde legalmente pelo valor do montante investido para a constituição da

empresa Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

Como apresentado no quadro, é visível que a rentabilidade de uma Sociedade Anônima é mais elevada que uma Empresa Limitada, porém a constituição de uma Sociedade Limitada é mais simples, não passando por um sistema burocrático mais complexo.

4 PROCEDIMENTOS PARA CONSTITUIÇÃO DE UMA SOCIEDADE

ANÔNIMA

Para legalizar-se em território brasileiro uma Sociedade Anônima deve estar em concordância a Lei nº 6.404 de 1976, além disto, para sua constituição será necessária a coleta de documentos e inscrição da empresa em órgãos públicos, como Junta Comercial, Receita Estadual e Prefeitura Municipal, abaixo serão listados os documentos que cada órgão fornece.

4.1 PROCESSOS OBRIGATÓRIOS DE SOCIEDADES ANÔNIMAS

Conforme a Lei das Sociedades Anônimas é obrigatória a publicação da Assembléia Geral em Editais de Convocação, jornais locais informando a data, local onde será realizada a assembléia e o horário. Após a publicação do edital e a realização da Assembléia Geral, no qual é apresentado o Estatuto Social, caso seja aprovado serão escolhidos os membros do conselho fiscal e prosseguirão com a abertura da Sociedade, durante a assembléia o boletim de subscrição de ações

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deverá ser apresentado, é uma carta onde os sócios confirmam a integralização de haveres monetários para a constituição da Sociedade, contendo o montante que será integralizado e seus dados pessoais, ressaltando que para cada sócio integrante na constituição da Sociedade deverá emitir um boletim de subscrição de ações

A Ata de Assembléia Geral formaliza todos os assuntos deliberados na assembléia geral de constituição, no final da assembléia deverá ser lavrado em três vias de igual teor, sendo assinada por todos os sócios, portanto são essenciais quatro passos para a constituição da Sociedade, Edital de Convocação, Assembléia Geral, Ata de Assembléia Geral e Boletim de Subscrição de Ações.

4.2 ESTATUTO SOCIAL

Diferente de uma Sociedade Limitada que é regida por contrato social, a Sociedade Anônima tem sua formalidade inscrita sobre Estatuto Social, nele deverá ser constatado o prazo de duração da Sociedade, o local da sede, denominação social, o objeto social da empresa, os sócios, qual o valor integralizado por cada sócio no capital social, como será realizada a integralização deste capital, quais as espécies de ações que serão comercializadas, qual será o destino das reservas provenientes de lucros, quem serão os diretores e entre outras cláusulas que vier a calhar.

O estatuto social deve ser apresentado juntamente com o boletim de subscrição de ações na assembléia geral.

4.3 JUNTA COMERCIAL

É um órgão público responsável pela inscrição das atividades de pessoas jurídicas, em cada estado do território brasileiro pode ser encontrado uma Junta Comercial.

A inscrição publica das atividades de uma empresa tem o objetivo de dar fidedignidade, eficiência, estabilidade e difusão as ações das sociedades mercantis,

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cadastrando-as em funcionamento no Brasil, abaixo estão mencionados os documentos fornecidos pelas Juntas Comerciais necessários para a constituição de uma empresa.

O site Empresa Fácil do Estado do Paraná nasceu com a finalidade de facilitar a abertura de empresas, baixa, alteração, segurança e agilidade pelo setor público, este site interliga os órgãos Estaduais, Municipais e a Receita Federal no qual interferem diretamente do processo de abertura de uma empresa, realizando todo o processo de constituição com apenas uma entrada de dados, ressaltando que o procedimento abaixo utilizado para a constituição de uma sociedade não foi realizado pela Empresa Fácil.

4.3.1 Busca de Nome Empresarial

Sociedades Anônimas são regidas com denominação social, ou seja, sua atividade deve estar descrita no nome empresarial acompanhado de “Sociedade Anônima” ou “Companhia”. Nos estados brasileiros não podem se constituir duas empresas com a mesma Razão Social ou Denominação Social, o relatório de Consulta de Viabilidade fornecerá essa informação ao empresário, se já existe alguma empresa no País com o nome que ele deseja abrir, este documento é fornecido pela Junta Comercial Estadual.

4.3.2 NIRE – número de identificação no registro de empresas

Fornecido pela Junta Comercial Estadual, este número confirma o registro da empresa oficialmente, toda empresa que deseja efetuar sua constituição necessita deste número.

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38 4.3.3 FCN – ficha de cadastro nacional

Ficha com os dados como endereço do estabelecimento, capital que será integralizado pelo quadro de sócios, qual a atividade que a empresa ira exercer, dados que serão utilizados pela Junta Comercial para a emissão de futuros documentos, por exemplo, o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CNPJ.

4.3.4 CNPJ – cadastro nacional de pessoa jurídica

É o número de identificação da Sociedade em território nacional, após a emissão do documento básico de entrada, juntamente com o NIRE a Receita Federal do Brasil poderá emitir o CNPJ, cadastro que confirmará a inscrição da Sociedade nas entidades de administração tributárias dos Municípios, Estados, Federais e da União. O CNPJ contém os dados da Sociedade, como CNAE, nome da Sociedade, endereço, data de abertura entre outras informações relevantes a administração tributária.

4.3.5 DBE – documento básico de entrada

A Sociedade que desejar exercer atividade comercial deverá possuir o documento básico de entrada de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), tal documento pode ser fornecido no sítio da Receita Federal do Brasil.

4.4 PREFEITURA MUNICIPAL

É a autoridade competente de poder executivo predominante em todos os municípios do território brasileiro. A prefeitura será responsável pela liberação de licenças básicas para a constituição de uma empresa, tais licenças serão citadas abaixo, cada município pode solicitar uma série de documentos divergentes, portanto uma prefeitura pode solicitar um determinado número de documentos e outra prefeitura não.

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Para a coleta dos documentos abaixo será necessário apresentar na Prefeitura Municipal o Estatuto Social, Ata de Assembleia Geral, Boletim de Subscrição de Ações e o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.

4.4.1 Alvará de licença para localização e funcionamento

De competência da Prefeitura de onde será a sede da Sociedade, este documento autoriza a abertura da empresa, por mais que toda a documentação restante esteja correta, sem este documento a Sociedade não pode iniciar suas atividades. O Empresário deverá comparecer a Prefeitura de sua cidade unida dos documentos que lhe forem solicitados, a documentação solicitada pela Prefeitura para o fornecimento do Alvará de Funcionamento pode variar de uma cidade para outra, abaixo se encontram documentos básicos que podem ser requisitados.

4.4.2 Consulta Prévia de Instalação

A guia azul é um documento obtido através da Consulta Prévia de Instalação, fornecido pela Prefeitura Municipal da cidade em que será estabelecida a Sociedade. Para o fornecimento deste documento é necessário o código CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e o Número de Inscrição Imobiliária do local de onde será o estabelecimento, com essas informações a guia azul poderá ser emitida informando ao empresário se a empresa com determinado ramo de atividade poderá ser constituída naquele local desejado.

4.4.3 DUC – documento único de cadastro

Juntamente com a guia azul, CNPJ, estatuto social, boletim de subscrição de ações, ata de assembleia geral e edital de convocação poderá comunicar a Prefeitura local da Sociedade sobre a sua constituição solicitando assim o documento único de cadastro que posteriormente será emitido o alvará de funcionamento da Sociedade.

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40 4.4.4 Termo de responsabilidade do ministério do trabalho

É uma declaração onde os sócios administrativos da empresa declaram estar cientes e de acordo com a Consolidação das Leis Trabalhistas, que o trabalho infantil perante a legislação brasileira é vedado, salvo em casos de menores aprendizes. Este termo é de caráter facultativo das prefeituras municipais do Brasil, podendo ou não ser exigido e fornecido por órgãos públicos.

4.4.5 Licença Sanitária

A Sociedade só poderá exercer sua atividade após a licença sanitária ser emitida pela Prefeitura, a licença autoriza seu funcionamento declarando que o estabelecimento possui boas condições sanitárias, não oferecendo riscos a saúde de seus colaboradores e clientes.

4.4.6 Certificado de vistoria do corpo de bombeiros

Deverá ser solicitada a vistoria do corpo de bombeiros ao estabelecimento, para averiguar se as instalações estão de acordo com a política de prevenção de incêndios, caso estejam de acordo será emitido o certificado de vistoria do corpo de bombeiros, em casos de reformas nos estabelecimentos será necessária uma nova vistoria,

Estabelecimentos com menos de 200 (duzentos) metros quadrados não se enquadram na obrigatoriedade de exigibilidade de vistoria. Para solicitar uma vistoria o empresário pode comparecer pessoalmente até a sede do corpo de bombeiros no município em que se localizará a empresa, ou através do site www.prevfogo.pr.gov.br ressaltando que este site varia de um estado para outro.

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41 4.4.7 Conselho regional de contabilidade do Paraná

O ato de constituição de uma Sociedade deve ser acompanhado por um Contador, este profissional deve estar devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade. O certificado de regularidade do contador deverá ser apresentado a Prefeitura Municipal.

4.5 RECEITA ESTADUAL

É o órgão responsável pela arrecadação de tributos estaduais, tem a responsabilidade de projetar, sistematizar, comandar e controlar o regime tributário estadual. O empresário que desejar abrir uma empresa deverá se cadastrar no site da Receita Estadual como contribuinte do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), dentre os documentos essenciais fornecidos pela Receita Estadual está o CICAD (Comprovante de Inscrição Estadual) este documento comprova que a empresa é contribuinte do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ICMS, de tributação exclusiva do estado a inscrição como contribuinte deste tributo dar-se-á por meio da Junta Comercial ou pela Receita Estadual.

Após efetuar o Cadastro de Contribuinte na Receita Estadual que confirma a inscrição da Sociedade na administração tributária do estado, a empresa assinará o Termo de Responsabilidade do Cadastro de Contribuinte no qual confirma a sua obrigatoriedade no cumprimento aos tributos estaduais.

Para um funcionamento fidedigno e eficiente de todas as operações financeiras e contábeis a cerca da empresa se torna necessário realizar um Contrato de Prestação de Serviços Profissionais Contábeis ressaltando o interesse entre as duas partes para a realização de um interesse em comum, onde são evidenciados os serviços que o profissional contador prestará para a empresa, divididos em diversas cláusulas contento o objetivo do contrato, quais áreas o contador será responsável (previdenciária, folha de pagamento, escrita fiscal, contabilidade), honorários e remuneração, prazos, vigência, rescisão e quais a obrigatoriedades de ambas as partes.

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42 5 PLANO DE CONTAS

O plano de contas baseia-se na estrutura da escrituração contábil, formado por contas previamente determinadas, concordando com as informações necessárias à elaboração de relatórios gerenciais e demonstrações contábeis, de acordo com as características gerais da empresa, objetivando a padronização dos registros contábeis (ROBERTO, 2014).

Assim sendo, Roberto p 21 (2014) conceitua Conta como:

Conta é uma denominação ou título que identifica cada elemento patrimonial- contas do ativo e passivo e de resultado- contas de receita de despesa. O título qualifica os elementos patrimoniais e suas variações, que são quantificados por meio dos movimentos de débito e crédito de mesma natureza (ROBERTO, 2014).

Dentre os processos iniciais para o funcionamento de qualquer entidade é preciso elaborar um plano de contas, que será observado obrigatoriamente na empresa. Com isso, o contador estuda a natureza da organização, observando os tipos de operações que provavelmente ocorrerão e planeja a forma que tais operações serão registradas (Equipe de Professores da FEA/USP 2006).

Para que haja uma escrituração dos fatos de maneira correta e apropriada, a demonstração será fundamentada pelo plano de contas, instruindo o seu usuário como registrar os lançamentos contábeis, demonstrando também o ponto inicial da escrituração contábil (LOPES DE SÁ, 2006).

O plano de contas tem como função principal possibilitar adequada forma de controle do patrimônio da entidade contabilizada. Assim, esse controle se fará pelo registro de todas as transações dos eventos econômicos, em rúbricas para que se tenha de forma precisa o valor e descrição dos elementos patrimoniais da entidade (PADOVEZE, 2010).

Os elementos que integram a empresa são controlados por meio de contas, cujo objetivo é registrar os bens, os direitos, as obrigações e a situação liquida do patrimônio (contas patrimoniais), além das receitas e despesas (contas de resultado). Esses itens variam de empresa para outra empresa, já que cada organização pode ter um ramo diferente e cada uma terá um registro de contas próprio (FERREIRA, 2010).

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As contas registram os fatos patrimoniais que contém elementos de controle que facilitam a obtenção de informações mais completas. Cada fato patrimonial tem sua própria conta que vai auxiliar na classificação e organização dos registros, formando o plano de contas. (LOPES DE SÁ, 2006)

Na contabilidade, Conta representa o título de cada registro dos fatos contábeis de mesma natureza. O número de contas que uma empresa utiliza em sua contabilidade deve estar descrito no seu plano de contas, que irá descrever em cada entidade o que deve ser registrado em cada conta. (MONTOTO 2012)

Contas analíticas são aquelas que representam os elementos patrimoniais com mais detalhamento podendo ser configurado quando a obtenção do seu saldo é conseguida através do registro de cada fato.

São nomeadas as contas sintéticas, aquelas cujo saldo é obtido através da soma do saldo de duas ou mais contas. Essas contas não recebem lançamento. As contas sintéticas reúnem várias contas da mesma natureza e podem se subdividir em várias subcontas, essas outras contas são chamadas de contas analíticas.

6 ATIVO

É considerado o conjunto de todos os bens e direitos circulantes e não circulantes correspondentes ao patrimônio da empresa. São os bens obtidos ou construídos a fim de gerar à empresa a realização de seus objetivos e benefícios futuros.

Conforme define o CPC 00, Ativo é um recurso controlado pela empresa como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.

As contas do Ativo possuem natureza devedora e suas contas retificadoras, credoras. O total do ativo será apurado somando-se suas contas devedoras e deduzindo suas contas credoras retificadoras. Seus grupos e as contas contábeis serão organizados em ordem decrescente pelo grau de liquidez. Portanto, as contas que serão rapidamente conversíveis em dinheiro, estarão no topo do ativo do balanço patrimonial (ROBERTO, 2014).

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É composto por dois grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. Enquanto o Ativo Circulante exibe as disponibilidades financeiras, os direitos realizáveis de curto prazo e as aplicações de recursos em despesas de exercício seguinte, o Ativo Não Circulante é composto pelo ativo realizável a longo prazo e pelos Investimentos, Imobilizado e Intangível.

6.1 ATIVO CIRCULANTE

O ativo circulante integra todas as contas que geram dinheiro para a empresa pagar suas dívidas a curto prazo. São classificadas nesta conta o caixa e equivalente de caixa, os estoques, contas a receber, as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos como os títulos de crédito e os direitos (HOOG, 2013).

Em decorrência do Art 179 da Lei n 6.404/1976:

As contas serão classificadas do seguinte modo: I-no Ativo Circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (BRASIL. 1976).

São bens, direitos e valores a receber no prazo máximo de um ano, ou seja, realizável a curto prazo. Fazem parte desse grupo os subgrupos: Disponibilidades, contas a receber, aplicações financeiras e estoques.

6.1.1 Disponibilidades

Compreendem valores existentes em Caixa e Equivalentes de Caixa, assim como as aplicações de curto prazo e liquidez absoluta. Os equivalentes de caixa são mantidos com finalidade de atender a compromissos de caixa e não de investimento ou outros fins. Para ser caracterizado como equivalente de caixa, a aplicação financeira deve ter imediata conversibilidade em dinheiro e estar sujeita a qualquer mudança no seu valor. (HOOG, 2013).

Referências

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