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Toda organização tem como objetivo crescer patrimonialmente e gerar lucros. Segundo Casarotto Filho e Kopittke (1996, p. 198) “para analisar uma análise econômica de um investimento, é necessário um perfeito levantamento dos custos e receitas decorrentes deste investimento”.

Para o Conselho Regional de Contabilidade (2010, p. 41) “receita é um aumento do patrimônio líquido que se origina no curso das atividades normais da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, lucros distribuídos, royalties e aluguéis”.

A Resolução do Conselho Regional de Contabilidade nº 1187/09 aprova a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 30 e define receita como:

aumento nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos que resultam em aumentos do patrimônio líquido da entidade e que não sejam provenientes de aporte de recursos dos proprietários da entidade. As receitas englobam tanto as receitas propriamente ditas como os ganhos. A receita surge no curso das atividades ordinárias da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos e royalties.

Basso (2011, p. 369) afirma que “as despesas, na maioria das vezes, representam consumpção de ativos que, tanto podem ter sido pagos em períodos passados, quanto no próprio período, ou ainda virem a ser pagos no futuro”.

Despesas para o Conselho Regional de Contabilidade (2010, p. 41) é:

Uma redução do patrimônio liquido que surge no curso das atividades normais da entidade e inclui, por exemplo, o custo das vendas, salários e depreciação. Ela geralmente toma a forma de desembolso ou redução de ativos como caixa e equivalentes de caixa, estoques, ou bens do ativo imobilizado.

“Os custos podem ser classificados da seguinte forma: custos de investimento: decorrentes das transações do ativo e custos operacionais: decorrentes da operação dos ativos” (CASAROTTO FILHO E KOPITTKE, 1996, p. 198).

Contudo na empresa temos receitas que serão obtidas através da atividade fim da organização e as despesas representam os gastos operacionais necessários ao funcionamento desta entidade.

2.3.1 Custo do Investimento

Custo de investimentos representam os investimentos realizados pela empresa. Segundo Alieve (1999, p. 57) “investimentos são dispêndios efetuados com o objetivo de melhorar as instalações e os equipamentos e alavancar o empreendimento”.

Para Padoveze (2010, p. 319) “investimentos são os gastos efetuados em ativo ou despesas e custos que serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados em função de sua vida útil ou benefícios futuros”. De acordo com Lenza (2011, p. 58) “é o gasto em um bem ou serviço que poderá ser ativado para uso e que contribuirá para produzir resultado em mais de um exercício”.

Os investimentos podem ser classificados de duas formas: investimentos fixos e investimentos de giro.

O investimento fixo representa os equipamentos, as instalações industriais para operação dos equipamentos, a montagem e o projeto quando houver, as construções civis necessárias e outros investimentos como móveis e transportadores.

Neste empreendimento os investimentos fixos são os gastos na estrutura necessária ao funcionamento da empresa, neste caso os instrumentos, objetos musicais e o investimento inicial de divulgação do empreendimento.

Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 192) também faz uma definição de investimento em capital de giro:

O investimento em capital de giro é o capital de giro próprio adicional necessário para a operação do equipamento ou da nova fábrica, sendo constituído principalmente pelo estoque de matérias-primas, produtos em elaboração e produtos acabados, além dos recursos disponíveis em caixa e para sustentar as vendas a prazo.

Os investimentos de giro nesta entidade serão necessários para cobrir o caixa dos gastos com publicidade da empresa nos primeiros meses de atividade.

Então, custos de investimentos são necessários para iniciar um empreendimento ou mesmo para melhorar as instalações e trazer um benefício futuro.

2.3.2 Custos Operacionais

Os custos operacionais são necessários para a atividade da empresa. De acordo com Casarotto Filho e Kopittke (1996, p. 198):

Os custos são subdivididos em custos de produção e despesas gerais. Os custos de produção são aqueles que ocorrem até a fabricação do produto. Como exemplos, tem-se o custo da matéria - prima ou o custo de manutenção. As despesas gerais ocorrem do término da fabricação até a complementação da venda, e como exemplo há as despesas com vendas e impostos sobre receitas.

Assim, o custo operacional é o total dos recursos utilizados para a atividade do empreendimento, sendo relacionados custos e despesas.

Teoricamente a distinção é fácil: custos são gastos (ou sacrifícios econômicos) relacionados com a transformação de ativos, (exemplo: consumo de matéria-prima ou pagamento de salários) e despesas são gastos que provocam redução do patrimônio (exemplo: impostos, comissões de vendas, etc.). Gastos é o termo genérico que pode representar tanto um custo como uma despesa.

Alieve (1999, p. 57) afirma que despesas gerais são:

os gastos necessários ao funcionamento e desempenho das atividades comerciais e administrativas, tais como: salários, encargos sociais, aluguel, telefone, água, energia, honorários, retiradas de administradores, viagens, despesas com veículos, publicidade e depreciações, dentre outras.

Para Padoveze (2010, p. 320) “despesas são gastos necessários para vender e enviar os produtos. De modo geral, são os gastos ligados às áreas administrativas e comerciais”.

Portanto os custos operacionais estão ligados à atividade da empresa, são necessários para o funcionamento do empreendimento. Nesta atividade de prestação de serviços, teremos custos e despesas. O custo é o sacrifício de ativos no processo de produção de bens ou serviços, neste caso serão considerados os gastos com transporte, alimentação e estadia da equipe. As despesas são divididas em fixas, que não tem seu valor modificado em função do volume de prestação de serviços, como por exemplo, aluguéis, telefones, despesas administrativas, e as despesas variáveis variam de acordo com o volume de prestação de serviços, por exemplo, impostos, comissões de vendedores, entre outros.

3 ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS

Este capítulo do estudo objetiva analisar a viabilidade de implantação de um empreendimento de produção musical. Com o intuito de atingir o propósito do estudo ora proposto, este capítulo é dividido em três itens: a) investimentos necessários para implantação do empreendimento; b) levantamento das projeções dos custos, despesas e receitas; e c) cálculo da viabilidade econômica, financeira e contábil do empreendimento musical.

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