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Análise da viabilidade de um empreendimento de produção musical

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVA, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ROBERTA MALLMANN

ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UM EMPREENDIMENTO DE

PRODUÇÃO MUSICAL

Ijuí (RS),

2012

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ROBERTA MALLMANN

ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UM EMPREENDIMENTO DE

PRODUÇÃO MUSICAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Contábeis do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC) para obetenção do título de bacharel em Ciências Contábeis junto a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJUÍ.

ORIENTADORA: Maria Margarete Baccin Brizolla

Ijuí (RS),

2012

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus, por ter me dado à oportunidade de viver e por não ter me permitido desistir diante das dificuldades.

Agradeço aos meus pais, Romeu e Ireni pelo amor, carinho e dedicação e por terem me apoiado a realizar mais um curso de graduação.

Ao meu amor Marcelo, agradeço por todo incentivo, compreensão e amor. Agradeço de forma especial à minha orientadora Maria Margarete, pela sabedoria, apoio e dedicação, me auxiliando nesta tarefa tão importante do curso, o TCC.

Agradeço a todos os professores do curso que contribuíram para o meu conhecimento, crescimento profissional e pessoal.

Por fim, agradeço a todos familiares e amigos que acreditaram em mim e que de alguma forma contribuíram para que esta etapa fosse concluída.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01. Métodos para avaliação e análise de investimentos... 21

Quadro 02. Vantagens e desvantagens da TIR... 22

Quadro 03. Vantagens e desvantagens do Payback Descontado... 26

Quadro 04. Esquema de entradas e saídas de caixa... 28

Quadro 05. Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício. 30 Quadro 06. Demonstração do Valor Adicionado... 32

Quadro 07. Investimentos Pré Operacionais... 39

Quadro 08. Investimento Fixo... 40

Quadro 09. Investimento Inicial... 41

Quadro 10. Custos Variáveis... 43

Quadro 11. Depreciação... 44

Quadro 12. Estimativa de Despesa Pessoal... 47

Quadro 13. Pró-Labore... 48

Quadro 14. Despesas Operacionais Mensal e Anual... 48

Quadro 15. Alíquotas do Simples Nacional a partir 01/12... 50

Quadro 16. Tributação do Simples Nacional... 51

Quadro 17. Preço do Show... 51

Quadro 18. Receitas... 52

Quadro 19. Projeção do aumento da Receita... 54

Quadro 20. Cálculo do Simples Nacional... 55

Quadro 21. Despesas Operacionais... 55

Quadro 22. Estimativa de Custos Variáveis... 56

Quadro 23. Entradas e saídas monetárias da empresa... 57

Quadro 24. Payback Simples... 60

Quadro 25. Payback Descontado... 61

Quadro 26. Valor Presente Líquido... 63

Quadro 27. Taxa Interna de Retorno... 64

Quadro 28. Demonstrativo do Resultado do Exercício... 66

Quadro 29. Demonstrativo do Resultado do Exercício Resumida.... 68

Quadro 30. Demonstração do Valor Adicionado... 70

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01. Representação Investimentos Iniciais... 42

Figura 02. Representação das Despesas Operacionais... 49

Figura 03. Payback Simples... 60

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LISTA DAS SIGLAS E ABREVlATURAS

IRPJ – Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social PIS/PASEP – Programa de Integração Social

CPP – Contribuição Patronal Previdenciária ISS – Imposto sobre Serviços

DRE – Demonstrativo do Resultado do Exercício SWU – Forum Global de Sustentabilidade

TIR – Taxa Interna de Retorno TMA – Taxa Mínima de Atratividade VAUE – Valor Atual Uniforme Equivalente VPL – Valor Presente Líquido

VFL – Valor Futuro Líquido FC – Fluxo de Caixa

PB – Payback

PBD – Payback Descontado

NBC – Norma Brasileira de Contabilidade DVA – Demonstração do Valor Adicionado IR – Índices de Rentabilidade

IL – Índices de Lucratividade

I – Investimentos

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SUMARIO

INTRODUÇÃO ... 8

1.1 Contextualização do estudo ... 9

1.1.1Área de conhecimento contemplada ... 9

1.1.2 Caracterização do empreendimento ... 10 1.1.3 Problematização do tema ... 11 1.1.4 Objetivos ... 11 1.1.5 Justificativa ... 12 1.1.6 Metodologia do Trabalho ... 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 19 2.1 Contabilidade ... 19 2.1.1 Contabilidade gerencial ... 20

2.2 Metodologias de análise de viabilidade ... 21

2.2.1 Taxa Interna de Retorno – TIR ... 22

2.2.2 Taxa Mínima de Atratividade - TMA ... 23

2.2.3 Valor Presente Líquido – VPL ... 24

2.2.4 Período de recuperação do Investimento - Payback ... 25

2.2.5 Valor Atual Uniforme Equivalente – VAUE ... 26

2.2.6 Fluxo de Caixa ... 27

2.2.7 Demonstração de resultados- DRE ... 29

2.2.8 Demonstração de valor adicionado – DVA ... 31

2.2.9 Índices de Rentabilidade – IR ... 33

2.2.10 Índices de Lucratividade - IL ... 33

2.3 Receitas, Despesas e Custos ... 34

2.3.1 Custo do Investimento ... 35

2.3.2 Custos Operacionais ... 36

3 ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS ... 38

3.1 Ramo de atividade ... 38

3.2 Investimentos Necessários ... 39

3.3 Custos, Despesas e Receitas ... 42

(8)

3.3.2 Despesas ... 44

3.3.3 Receitas ... 51

3.4 Viabilidade Econômica e Financeira... 52

3.4.1 Fluxo de caixa ... 53

3.4.2 Método payback simples ... 59

3.4.3 Método Payback descontado ... 60

3.4.4 Taxa Média de Atratividade – TMA ... 62

3.4.5 Valor Presente Líquido – VPL ... 62

3.4.6 Taxa Interna de Retorno – TIR ... 63

3.5 Viabilidade Contábil ... 64

3.5.1 Demonstrativo do Resultado do Exercício – DRE ... 64

3.5.2 Demonstração do Valor Adicionado – DVA ... 69

3.6 Análise Econômica Financeira ... 72

CONCLUSÃO ... 74

(9)

INTRODUÇÃO

A música é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons, é uma forma de linguagem que se utiliza de voz, instrumentos musicais e outros artifícios para expressar algo. Expandiu-se ao longo dos anos, e atualmente se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas também como educacional e terapêutica. As melodias afetam as emoções e os sentimentos das pessoas.

Existem muitas divisões e agrupamentos da música em gêneros, estilos e forma. O estilo do empreendimento em estudo é pop reggae, que apresenta um ritmo dançante e suave, porém com uma batida característica. A guitarra, o contrabaixo e a bateria são os instrumentos musicais mais utilizados neste tipo de música (REGGAE, 2011).

Assim este estudo, tem como objetivo principal analisar a viabilidade econômica, financeira e contábil para instalação de uma empresa de prestação de serviços na área musical pop/reggae, num momento posterior à tomada de decisão de implantar o empreendimento.

Um estudo de viabilidade possibilita que se tomem decisões sobre aquisição, implantação, expansão ou modernização de novos empreendimentos, sob a análise de indicadores econômico-financeiros, projeções de fluxos de caixa que irão identificar as disponibilidades de recursos e o equilíbrio entre entradas e saídas de valores monetários. Também gera informações privilegiadas, identifica oportunidades e ameaças e facilita as decisões que o empreendedor deverá adotar para se tornar bem sucedido.

Segundo Lacruz, (2008, p. 3), “planejar detalhadamente significa antever nos mínimos detalhes o resultado futuro de ações que se pretendem tomar acerca de um empreendimento, objetivando indicar sua viabilidade ou inviabilidade”.

Vasconcelos e Crispim da Silva (2007, p. 57) afirmam que “o plano de negócios consiste em um documento que mostra a caracterização do negócio que se pretende empreender e do mercado no qual o empreendimento estará inserido”.

Para Giordani Junior (2009) “um plano de negócios bem feito funciona também como uma ferramenta de gestão, auxilia na tomada de decisão”.

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Inicialmente é apresentada a contextualização do assunto, com a definição do tema, a caracterização do empreendimento, a problematização do estudo, os objetivos geral e específicos, a justificativa quanto à escolha do tema e a metodologia da pesquisa.

Num segundo momento é apresentada a revisão bibliográfica para a fundamentação teórica do tema, realizada em diversas fontes tais como livros, sites e artigos que tratam sobre o assunto.

No terceiro capítulo apresenta-se o estudo aplicado, onde analisamos a viabilidade para implantação de um empreendimento prestador de serviços na área musical pop/reggae observando a rentabilidade da atividade.

Finalizando apresenta-se a conclusão e a bibliografia consultada durante a realização do estudo.

1.1 Contextualização do estudo

A contextualização do estudo tem por finalidade apresentar a análise e avaliação da viabilidade econômica e financeira de um empreendimento de produção musical, evidenciando a caracterização do empreendimento, a área de conhecimento contemplada, o tema e problema inerentes ao assunto, os objetivos geral e específicos, a justificativa para a escolha do assunto bem como a metodologia que foi utilizada para a realização do estudo.

1.1.1 Área de conhecimento contemplada

A contabilidade é uma ciência que tem como objeto de estudo o patrimônio das entidades, seus fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo como qualitativo, registrando os fatos e atos de natureza econômico-financeira. Os estudos em contabilidade envolvem várias ramificações, como: contabilidade de custos, contabilidade gerencial, auditoria contábil, análise de balanços, contabilidade financeira, entre outras.

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O presente trabalho contempla a área de Contabilidade Gerencial, que é uma ferramenta indispensável para a gestão de negócios, e que busca avaliar os resultados e os investimentos das organizações, auxiliando no processo decisório.

Conforme Warren, (2001, p. 3),

Contabilidade gerencial incluem dados históricos e estimados usados pela administração na condução de operações diárias, no planejamento de operações futuras e no desenvolvimento de estratégias de negócios integradas. Os relatórios de contabilidade gerencial fornecem medidas objetivas de operações passadas e estimativas subjetivas de futuras decisões.

Este estudo tem como foco a análise de viabilidade econômica e financeira para a implantação de uma empresa na área de produção musical.

1.1.2 Caracterização do empreendimento

O presente estudo apresenta a elaboração da análise de investimento de uma empresa prestadora de serviços na área de produção musical, e que está localizada e terá sede em cidade da região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

A estrutura física da empresa constitui-se de 2 salas, sendo uma para o setor administrativo e outra para ensaios da Banda.

A empresa é constituída por 07 sócios, sendo 5 músicos, 1 na área comercial e 1 na área administrativa e financeira. O capital inicial será composto de R$ 238.760,22 de capital próprio e será integralizado pelos sócios.

A empresa terá enquadramento fiscal pelo Simples nacional, onde as taxas deste imposto serão aplicados sobre o faturamento da empresa. Segundo a Lei nº 133/09 serão tributadas na forma do Anexo III desta Lei Complementar as seguintes atividades de prestação de serviços:

... XV - produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou apresentação, inclusive no caso de música, literatura, artes cênicas, artes visuais, cinematográficas e audiovisuais. (Incluído a partir de 1° de janeiro de 2010 pela Lei Complementar n° 133, de 28 de dezembro de 2009).

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As taxas deste imposto serão aplicados sobre o faturamento da empresa. Com relação aos clientes que se pretende atingir, estima-se, segundo os proprietários do empreendimento, que em sua maioria serão casas noturnas, feiras, eventos entre outros. Seu foco mercadológico inicialmente estará voltado para a região Noroeste, após o estado do Rio Grande do Sul, abrangendo posteriormente os estados vizinhos de Santa Catarina e Paraná, para depois atingir o país.

1.1.3 Problematização do tema

Este estudo tem como preocupação central analisar a viabilidade econômica da implantação de uma empresa de prestação de serviços na área musical, buscando suprir a necessidade de mercado de uma banda musical no estilo pop reggae, pois se observa que ultimamente estão surgindo apenas bandas no estilo sertanejo.

Mesmo com a existência de outras bandas na região e no próprio município, a Banda objeto desse estudo tem um estilo musical inovador, com letras e arranjos próprios.

No entanto, é necessário um estudo quanto à viabilidade de sua implementação, devido à grande dificuldade do estilo pop reggae entrar no mercado, pois atualmente o mercado musical é dominado pelo estilo sertanejo universitário. Porém como em 2011 no Rio de Janeiro teve mais uma edição do grande evento do Rock in Rio, acredita-se que o mercado vai mudar e abrir as portas para outros estilos musicais.

Diante disso, surge a questão de pesquisa para este estudo que é saber se

é viável econômica, contábil e financeiramente o investimento em uma empresa na área de produção musical?

1.1.4 Objetivos

A partir do tema e problema de estudo proposto, apresenta-se a seguir o objetivo geral e os objetivos específicos.

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1.1.4.1 Objetivo geral

Demonstrar se o investimento na implantação de uma empresa na área de produção musical é viável econômica, contábil e financeiramente.

1.1.4.2 Objetivos específicos

Revisar a Literatura pertinente ao tema objeto deste estudo;

Levantar os investimentos necessários a implantação da empresa e projetar os custos, despesas e receitas operacionais da empresa por período;

Apresentar os indicadores de retorno econômico, financeiro e contábil, com vista a identificar se o negócio avaliado apresenta o retorno desejado.

1.1.5 Justificativa

O tema escolhido para o estudo é de grande importância devido ao fato de haver grande números de bandas do estilo sertanejo e devido a carência de músicas novas especialmente no estilo pop reggae. Contribuiu para acadêmica aprofundar os conhecimentos desenvolvidos no decorrer do curso ajudando na sua formação profissional, e para a empresa oferecendo um resultado sobre o seu investimento.È importante o estudo pois colabora para o sucesso do empreendimento, através do planejamento da avaliação de custos e despesas e sua relação com as receitas.

Além disso, para a ciência contábil o desenvolvimento deste estudo é uma ferramenta necessária para auxiliar os empreendedores da organização e na tomada de decisão, pois o objetivo deste é através da contabilidade gerencial verificar se a empresa é viável econômica, contábil e financeira.

É essencial que haja um planejamento baseado em informações gerenciais, pois permite a percepção de nichos de mercado e antecipação de riscos evitando

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assim, a falência. Um empreendimento que passa por um planejamento, reduz consideravelmente os riscos inerentes e fornece maior segurança ao negócio.

Para a organização o estudo facilita o planejamento, o controle a tomada de decisões buscando um resultado satisfatório.

Para a Universidade em especial o curso de Ciências Contábeis, este trabalho contribui como subsídio e fonte de pesquisa para a elaboração de trabalhos nesta área.

E particularmente para a acadêmica a escolha deste estudo deu-se por ser integrante desta empresa e assim possui interesse pessoal e profissional em analisar a viabilidade econômica do empreendimento.

Busca-se com este trabalho, uma visão mais clara e segura para a implantação de tal empreendimento e é importante lembrar que em todo processo de criação, analise, estruturação e implantação de um negocio são exigidos dedicação e uma boa gestão para superar os obstáculos que possam surgir.

A realização do trabalho na área de viabilidade permite que os conhecimentos obtidos neste ramo sejam capazes de contribuir para a viabilidade e rentabilidade do investimento com uma situação financeira sustentável.

1.1.6 Metodologia do Trabalho

Metodologia é o método ou etapas seguidos para um determinado processo. É a explicação minuciosa sobre um determinado tema, de como o estudo foi efetuado para chegar a determinado ponto.

Neste item será explanado como o trabalho foi desenvolvido e quais os métodos utilizados para realização do mesmo.

1.1.6.1 Classificação da pesquisa

O presente estudo apresenta a seguinte classificação quanto à sua natureza, seus objetivos, procedimentos e quanto à abordagem do problema.

Quanto à natureza, pode-se definir pesquisa como “a realização de um

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chegar a respostas para determinadas questões, mediante a aplicação de método científico” (OLIVEIRA, 2003).

Segundo Gil (1999, p. 43), “a pesquisa aplicada depende das suas descobertas e enriquece com o seu desenvolvimento. Sua característica principal é o interesse na aplicação, utilização e consequências praticas dos conhecimentos”.

Neste trabalho, a presente pesquisa possui características de natureza aplicada, pois agregou conhecimento e prática aplicados a um estudo que analisa a viabilidade ou não do investimento incremental no empreendimento estudado.

Quanto aos objetivos, a pesquisa se caracteriza como descritiva e

explicativa. Segundo Gil (1999, p. 44) e Beuren (2004, p. 81), “a pesquisa descritiva tem como objetivo principal descrever características de determinada população, fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”.

Conforme Andrade (apud Beuren, 2004, p. 81) “a pesquisa descritiva preocupa-se em observar os fatos, registrar, analisar, classificar e interpretar. Assim os fatos são estudados e não manipulados pelo pesquisador”.

Para Beuren (2004, p. 81), “vários estudos utilizam a pesquisa descritiva para análise e descrição de problemas de pesquisa na área contábil”. Esta pesquisa é descritiva, pois foi descrita de forma detalhada todo o processo de análise e rentabilidade do negócio, bem como todos os seus custos, a fim de se obter conclusões econômicas e financeiras a respeito da viabilidade do empreendimento.

A presente pesquisa também é classificada como explicativa, pois, de acordo com Marion (2010, p. 57), “as metas da pesquisa explicativa incluem a compreensão das bases dos fenômenos naturais e a explicação das relações entre os mesmos; as causas ou a natureza do fenômeno”. Assim, a pesquisa explicativa busca identificar os fatores determinantes da viabilidade ou não do negócio.

Segundo Andrade (apud Beuren, 2004, p. 82),

A pesquisa explicativa é mais complexa, pois, além de registrar, analisar, classificar, e interpretar os fenômenos estudados, procura identificar seus fatores determinantes. A pesquisa explicativa tem por objetivo aprofundar o conhecimento da realidade, procurando a razão, o porquê das coisas e por esse motivo está mais sujeita a erros.

Quanto aos procedimentos técnicos, “referem-se a maneira pela qual se

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Podendo este estudo ser classificado em: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, levantamento e estudo de caso.

A pesquisa bibliográfica é indispensável em pesquisas e, de acordo com Cervo e Bervian (apud BEUREN, 2004, p. 86), “explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em documentos”.

Para Beuren, (2004, p. 86),

Esse tipo de pesquisa constitui parte da pesquisa descritiva, quando objetiva recolher informações e conhecimentos prévios acerca de um problema para o qual se procura resposta ou acerca de uma hipótese que se quer experimentar.

A pesquisa bibliográfica foi de grande importância para a elaboração do estudo, pois forneceu embasamento teórico para a análise da viabilidade do empreendimento.

Segundo Silva e Grigolo (apud BEUREN, 2004, p. 89):

A pesquisa documental vale-se de materiais que ainda não receberam nenhuma análise aprofundada. Esse tipo de pesquisa visa, assim, selecionar, tratar e interpretar a informação bruta, buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor, podendo, desse modo, contribuir com a comunidade científica afim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel.

No presente estudo foram levantados os dados necessários para a implantação do negócio. Gil (1999, p. 70), define levantamento da seguinte forma:

As pesquisas deste tipo se caracterizam pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante analise quantitativa, obter as conclusões correspondentes dos dados coletados.

De acordo com Gil (2002, p. 54), “o estudo de caso consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento”. Seguindo essa mesma ideia, Beuren (2004, p. 84) “destaca a importância desse tipo de estudo por reunir informações numerosas, detalhadas e ricas a respeito de uma situação, auxiliando num maior conhecimento e numa possível resolução de problemas acerca do assunto estudado”.

Assim o presente estudo também se caracteriza pelo levantamento a fim de se obter informações referentes aos nichos de mercados (clientes), concorrentes.

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Também se caracteriza como um estudo de caso, por se tratar de um estudo de viabilidade, onde não pode ser generalizado a outras empresas, visto que possuem características próprias.

Quanto à abordagem do problema, referente aos tipos de abordagem do

problema existem dois que podem ser aplicados em contabilidade: qualitativa e quantitativa, para o estudo foi usada a pesquisa qualitativa, por não fazer uso de bases estatísticas na análise dos dados.

Segundo Marion (2010, p. 58), pesquisa qualitativa “é aquela em que se busca conhecer os fenômenos sociais através dos significados que estes têm para as pessoas”. De acordo com Beuren (2004, p. 92), “esse tipo de pesquisa possibilita uma análise mais profunda em relação ao fenômeno que esta sendo estudado, visto que pela análise quantitativa o assunto é tratado superficialmente”.

1.1.6.2 Coleta de dados

Neste item do trabalho foram descritos os métodos utilizados para a coleta dos dados necessários à elaboração da pesquisa.

O plano de coleta de dados é a “etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos.” (MARCONI e LAKATOS, 1996, p. 30).

As fontes que compõem o trabalho de pesquisa são oriundas de estudos bibliográficos, artigos extraídos da internet, de diversas áreas da contabilidade, especialmente contabilidade gerencial e financeira contempladas neste trabalho.

Por se tratar do estudo de viabilidade de um empreendimento na área de produção musical, foi necessário coletar informações quanto aos custos, a estrutura necessária para iniciar as atividades, bem como outras informações necessárias ao estudo de viabilidade sendo usado para tanto a observação e entrevista semi- estruturada.

Intuitivamente o ser humano se vale da observação para estudar, analisar obter conhecimento de tudo o que o envolve (OLIVEIRA, 2003 p. 66).

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Observar consiste em aplicar os sentidos na obtenção de dados sobre determinado objeto, buscando conhecê-lo. É de grande importância nas ciências, pois permite ao pesquisador estudar uma realidade e as suas leis, sem se prender apenas à adivinhação.

Enfim, observar é uma técnica de coleta de dados para obter informações sobre determinado assunto.

Entrevista diz respeito à obtenção de dados relevantes para uma pesquisa mediante o diálogo com determinada fonte. É uma conversa orientada para o objetivo de recolher dados para a pesquisa (OLIVEIRA, 2003).

Para o mesmo autor, na entrevista não estruturada, há grande liberdade, ausência de padrões ou perguntas fechadas e os interlocutores têm total liberdade de perguntas e respostas. Assim, a entrevista é uma conversa entre duas pessoas, para que uma obtenha informações sobre um assunto.

Para a obtenção dos dados necessários à elaboração da presente pesquisa, foram efetuadas entrevistas informais junto aos empresários do setor e pessoas ligadas ao ramo de atividade musical, bem como utilizado o método da observação em relação ao mercado, concorrentes, entre outros.

1.1.6.3 Análise e interpretação dos dados

Após coletar os dados necessários à pesquisa foi realizada uma análise e interpretação dos mesmos, com o objetivo de encontrar resposta ao problema investigado.

Para Beuren (2004, p. 136):

Quando se fala em analisar dados, espera-se que o estudante consiga sumariar os dados coletados para transformá-los em informações que sustentem um raciocínio conclusivo sobre o problema proposto. Já na fase de interpretação dos dados, deverá haver uma correlação dos dados coletados com a base teórica que sustentou a pesquisa.

No presente estudo, após a obtenção dos dados necessários, os mesmos foram analisados para que se transformassem em informações úteis, e assim foram elaboradas planilhas, quadros, gráficos com a finalidade de garantir um bom desenvolvimento ao estudo de viabilidade do empreendimento. Assim, foram

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analisadas e interpretadas questões como investimentos necessários para a operacionalização da produção musical, custos, receitas e despesas relacionadas ao negócio para elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício, Fluxo de Caixa projetados e os cálculos e análises para identificar a rentabilidade do negócio.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo foi realizado um estudo aprofundado por meio de consultas a vários autores relevantes, tendo como objetivo principal dar embasamento a fundamentação teórica do trabalho para dar sustentação ao mesmo.

2.1 Contabilidade

A contabilidade é a ciência social que busca registrar, classificar, demonstrar, analisar, interpretar todos os fenômenos que afetam as situações patrimoniais das entidades. Seu objeto de estudo é o patrimônio das entidades, em seus aspectos qualitativos e quantitativos.

Basso (2011, p. 26) define contabilidade como:

Conjunto ordenado de conhecimentos próprios, leis científicas, princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira e, complementarmente, controla, registra e informa situações impactantes de ordem socioambiental decorrentes de ações praticadas pela entidade no ambiente em que está inserida.

Para Marion (1998, p. 24), “contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões, não devendo ser feita apenas para atender as exigências do governo, mas para auxiliar nas decisões da entidade”.

A contabilidade é imprescindível para uma entidade, pois atua na administração e gerenciamento de seu patrimônio constituído por um conjunto de bens, direitos e obrigações. “A Contabilidade é a linguagem dos negócios, mede os resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios, dando diretrizes para tomadas de decisões” (MARION, 2003, p. 24).

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A Contabilidade tem sido a base de dados da qual os empresários se valem para extrair as informações de que necessitam para uma eficiente gestão dos recursos, uma vez que as demonstrações contábeis servem de apoio ao gerenciamento da entidade, possibilitando conhecer com maior precisão a sua situação patrimonial e econômica financeira.

Toigo, citado por Basso (2011, p. 26) afirma: “Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio sob ponto de vista econômico-financeiro, observando e registrando seus aspectos quantitativos e qualitativos e as variações por ele sofridas”.

Para Basso (2011, p. 28) “a finalidade básica da Contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento- processo decisório”.

Ainda para o Basso (2011, p. 32):

a informação contábil se expressa por diferentes meios, como demonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes e sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, notas explicativas, mapas, pareceres, laudos, diagnósticos, descrições críticas ou quaisquer outros empregados no exercício profissional ou previstos em legislação.

Assim, a Contabilidade é uma ciência social, pois estuda o patrimônio de uma organização, fornecendo informações para a tomada de decisões.

2.1.1 Contabilidade gerencial

Contabilidade gerencial tem como objetivo coletar e registrar informações para auxiliar os gestores a tomar decisões na empresa, apurar a sua situação financeira e buscar tendências futuras de investimentos. “Ponto fundamental da contabilidade gerencial é o uso da informação contábil como ferramenta para a administração” (PADOVEZE, 2010, p. 47).

Para Warren, Reeve e Fess (2001, p. 3):

As informações de contabilidade gerencial incluem dados históricos e estimados usados pela administração na condução de operações diárias, no planejamento de operações futuras e no desenvolvimento de estratégias de negócios.

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Para se fazer contabilidade gerencial é necessário um sistema de informação contábil gerencial, um sistema de informação operacional, que seja um instrumento dotado de características tais que preencha todas as necessidades informacionais dos administradores para o gerenciamento de sua entidade.

O Sistema de Informações Contábil Gerencial em uma empresa pode auxiliar e direcionar a tomada de decisão por meio de relatórios com qualidade e confiabilidade (ZOUNAR, SANTIAGO e VIERIA, 2007).

Assim, mediante a competitividade do mercado, onde as organizações tem dificuldade de cumprir com suas obrigações e ainda gerar lucros é imprescindível que estejam munida de sistemas e controles que lhe forneçam informações para um bom gerenciamento e tomada de decisões.

2.2 Metodologias de análise de viabilidade

A análise de viabilidade busca identificar e quantificar as estimativas de um novo projeto que detectará a partir dos métodos de investimentos a melhor oportunidade que irá gerar valor à empresa.

Segundo Santos (2001, p. 144) “as decisões de investimentos são importantes para a empresa porque envolvem valores significativos e geralmente têm um alcance de longo prazo”.

Silva (2005, p. 51) “afirma que para analisar a viabilidade econômica do investimento, utiliza-se a engenharia econômica, que usa métodos de análise (Quadro 01) que facilitam a escolha da melhor alternativa de investimento”.

Quadro 01: Métodos para avaliação e análise de investimentos

Método do valor presente líquido – VPL: determina o valor no momento inicial de uma operação,

considerando um fluxo de caixa composto de receitas e dispêndios, descontados com a Taxa Mínima de Atratividade - TMA.

Método do valor futuro líquido – VFL: determina o valor no momento futuro de uma operação,

considerando um fluxo de caixa composto de receitas e dispêndios, aplicando-se a Taxa Mínima de Atratividade –TMA a cada valor do fluxo de caixa.

Método do valor uniforme líquido: determina transformar uma série diferente em valores

uniformes, através de uma Taxa Mínima de Atratividade - TMA.

Método de taxa de retorno: a taxa de juros que anula o valor presente líquido correspondente à

Taxa Interna de Retorno (TIR). Entre duas alternativas econômicas com TIR diferentes, a que tiver a maior taxa significa que o investimento vai proporcionar maior retorno. O investimento será

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Método do prazo de retorno: considera a apuração do tempo adequado para que o somatório dos

benefícios econômicos de caixa se nivele ao somatório dos dispêndios de caixa.

Índice de lucratividade: é a comparação de dois investimentos. Acha-se o Valor Presente Líquido

(VPL), que depois é dividido pelo valor do investimento inicial, e então se encontra o índice.

Payback simples: considera em quanto tempo se dará o retorno do investimento inicial.

Payback descontado: é o mesmo conceito do payback simples, mas o fluxo de caixa é analisado

depois que se deduz a capitalização da taxa de desconto, isto é, o VPL. Fonte: adaptado de Silva (2005, p. 51-52).

Existem várias metodologias para a análise de viabilidade do projeto devendo ser escolhidas aquelas que estão de acordo com os objetivos do empreendimento, pois é através desta análise de investimentos que saberemos se o empreendimento trará benefícios futuros.

2.2.1 Taxa Interna de Retorno – TIR

A Taxa Interna de Retorno (TIR) representa a rentabilidade gerada pelo investimento. De acordo com Santos (2001, p. 154):

A Taxa Interna de retorno de um investimento é o percentual de retorno obtido sobre o saldo do capital investido e ainda não recuperado. Matematicamente, a taxa interna de retorno é a taxa de juros que iguala o valor presente das entradas de caixa ao valor presente das saídas de caixa.

Segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 131) a TIR “é a taxa do projeto que faz com que o VPL do projeto seja nulo”.

Assim, quando a Taxa Interna de Retorno de um projeto de investimento for maior que a sua TMA, este investimento pode ser considerado vantajoso e trará lucros. Se a Taxa Interna de Retorno for menor que a TMA, este investimento não será vantajoso, pois não compensará o custo de oportunidade da empresa.

No Quadro 02 são apresentadas as vantagens e desvantagens da TIR:

Quadro 02: Vantagens e desvantagens da TIR

Vantagens Desvantagens

Considera o fluxo de caixa completo do projeto e o valor do dinheiro no tempo. Informa se o projeto simples cria ou destrói valor.

É uma taxa de juro, uma medida relativa, em vez de uma medida absoluta, como o VPL. A TIR é fácil de ser comunicada e,

Deve ser aplicada somente na avaliação de projetos com fluxo de caixa com uma única mudança de sinal, denominados projetos do tipo simples ou projetos simples.

É necessário determinar a priori a taxa requerida do projeto.

(24)

aparentemente, pode ser bem compreendida por muitos.

fluxo de caixa de um mesmo projeto.

A maior TIR não seleciona o melhor projeto de um grupo de projetos mutuamente excludentes com o mesmo prazo de análise, exceto aplicando a análise incremental, ou grupo de projetos independentes sob restrição orçamentária.

Há a dificuldade em reinvestir os retornos do projeto para garantir a rentabilidade periódica igual à TIR.

Fonte: adaptado de Lapponi (2007, p. 177).

Portanto, a Taxa Interna de Retorno (TIR) é uma taxa de juro que anula o VPL do projeto, ela detecta, mas não mede o valor do projeto, ou seja, é a taxa que com o valor atual das entradas seja igual ao valor atual das saídas de caixa.

2.2.2 Taxa Mínima de Atratividade - TMA

“A Taxa Mínima de Atratividade é a taxa requerida como a taxa mínima de juro que a empresa exige para aceitar um projeto, conhecida também como custo de oportunidade” (LAPPONI, 2007, p. 37).

Para Santos (2001, p. 153) essa taxa “é específica para cada empresa e significa a taxa de juros mínima aceitável quando ela faz um investimento ou a taxa de juros máxima a pagar por um financiamento”.

Lapponi (2007, p. 9) destaca que “a determinação da taxa requerida de um novo projeto é fundamentada no mercado de capitais e é definida pelo retorno oferecido por outros investimentos disponíveis com risco equivalente ao do novo projeto”.

Para Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 97)

Ao se analisar uma proposta de investimento deve ser considerado o fato de se estar perdendo a oportunidade de auferir retornos pela aplicação do mesmo capital em outros projetos. A nova proposta para ser atrativa deve render, no mínimo, a taxa de juros equivalente à rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco. Esta é, portanto, a Taxa Mínima de Atratividade.

(25)

Entende-se como Taxa de Mínima Atratividade a melhor taxa, com baixo grau de risco, disponível para aplicação do capital em análise. A decisão de investir sempre terá pelo menos duas alternativas para serem avaliadas: investir no projeto ou “investir na Taxa Mínima de Atratividade”. Fica implícito que o capital para investimento não fica mais no caixa mas, sim, aplicado à TMA. Assim o conceito de riqueza gerada deve levar em conta somente o excedente sobre aquilo que já se tem, isto é, o que será obtido além da aplicação do capital na TMA.

Para Santos (2001, p. 154) “a TMA de uma empresa é um parâmetro permanente e não é afetado pelas mudanças conjunturais do ambiente econômico onde ela atua”.

Portanto a TMA é definida num projeto baseada no que se espera ganhar e deve ser igual ou maior á seu custo de capital de modo que os investimentos da empresa deverão proporcionar lucro econômico.

2.2.3 Valor Presente Líquido – VPL

O método de Valor Presente Líquido analisa os investimentos considerando o valor do dinheiro no tempo. Segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 75), “VPL é o valor presente dos fluxos futuros de caixa menos o valor presente do custo do investimento”.

Santos (2001, p.155) diz que:

O VPL de um investimento é igual ao valor presente do fluxo de caixa líquido, sendo portanto, um valor monetário que representa a diferença entre as entradas e saídas de caixas trazidas a valor presente. É efetuado com a utilização da Taxa Mínima de Atratividade (TMA) da empresa como taxa de desconto.

Segundo Lapponi (2007, p. 132), “o VPL do projeto com prazo de análise n, custo inicial I na data zero, os retornos gerados FC1, FC2, FC3... , FCn e a taxa K é obtida com a expressão”:

n n 3 2 (1 k) FC ... k) (1 FC3 k) (1 FC2 k 1 FC1 l -VPL

(26)

Quando o Valor Presente Líquido (VPL) é maior do que zero, significa que o investimento é vantajoso, pois existe lucro econômico, já que o valor presente das entradas de caixa é maior do que o valor presente das saídas de caixa. Também indica que a taxa interna de retorno do projeto é maior que a TMA da empresa. Se for igual a zero, o investimento está numa situação de indiferença, pois o valor presente das entradas de caixa é igual ao valor presente das saídas de caixa. E para um VPL menor que zero, conclui-se que o investimento não é economicamente atrativo, pois o valor presente das entradas de caixa sendo menor do que o valor presente das saídas de caixa significa a existência de prejuízo econômico.

É importante ressaltar que o VPL é um cálculo que evidencia resultados financeiros e não econômicos como destaca o autor acima. Assim para um VPL menor que zero conclui-se que o investimento não é financeiramente atrativo.

Enfim, o melhor projeto de investimento será o que apresentar um maior VPL ou maior que zero o que significa que o investimento terá um retorno acima do custo de oportunidade da empresa, assim o mesmo é vantajoso e deve ser realizado.

2.2.4 Período de recuperação do Investimento - Payback

O método do payback representa o prazo de retorno do investimento inicial, ou seja, é o período de tempo necessário para que as entradas de caixa geradas por um determinado projeto se igualem ao valor do investimento. Conforme Santos (2001, p. 150) “este método estima em quanto tempo ocorrerá a recuperação do capital investido em função do fluxo de caixa gerado”.

O critério do período payback, na tomada de decisões de investimento, é simples. Seleciona-se certo período de corte, digamos, de dois anos. Todos os projetos que tiverem períodos de payback de dois anos ou menos serão aceitos, e todos os que proporcionarem recuperação do investimento em mais de dois anos serão rejeitados (ROSS, WESTERFIELD e JAFFE, 2002, p. 127).

Pode ser aplicado de duas formas: payback simples e payback descontado. Santos (2001, p. 151) “diz que uma alternativa para diminuir a imprecisão do critério do tempo de retorno é considerar os fluxos de caixa pelo seu valor presente”. Esse método é denominado tempo de retorno descontado.

Lapponi (2007, p. 242) “traz algumas vantagens e desvantagens de utilizar o Payback Descontado na avaliação de projetos simples”.

(27)

Quadro 03: Vantagens e desvantagens do Payback Descontado

Vantagens Desvantagens

- O método do PBD é fácil de ser aplicado, embora o procedimento de cálculo seja um pouco trabalhoso.

- O resultado do PBD é de fácil interpretação, quanto menor for o PBD, tanto melhor para o projeto.

- Dá uma noção da liquidez e do risco do projeto.

- O PBD não considera todos os capitais do fluxo de caixa do projeto, e a definição de tempo máximo tolerado é arbitrária. Avaliando somente o método do PBD, a empresa tenderá a aceitar projetos de curta maturação e menor rentabilidade, e tenderá a rejeitar projetos de maior maturação e rentabilidade.

- O PBD não é uma medida de rentabilidade do projeto.

- Não deve ser aplicado:

- Quando o desembolso do custo inicial for realizado em mais de um ano; como desembolsos do ano zero e no final do 1º ano e seguintes.

- Quando o projeto não for do tipo simples. - Seleciona o melhor de um grupo de projetos mutuamente excludentes, ou grupo de projetos independentes sob restrição orçamentária. O projeto com menor PBD poderá não ser o melhor projeto, pois não considera todo o fluxo de caixa, e o TMA é uma referência arbitrária. Fonte: adaptado de Lapponi (2007, p. 242).

Enfim, Payback é o tempo decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o lucro líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento, assim quanto menor for o tempo de recuperação, mais atrativo se torna o empreendimento.

2.2.5 Valor Atual Uniforme Equivalente – VAUE

O Valor atual uniforme equivalente é mais uma ferramenta utilizada na análise de investimentos.

“Este método consiste em obter um valor médio periódico dos fluxos de caixa positivos e compará-lo com o valor médio dos fluxos de caixa negativo” (KASSAI et. al, 2000).

Segundo Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 95):

Este método consiste em achar a série uniforme anual (A) equivalente ao fluxo de caixa dos investimentos à Taxa Mínima de Atratividade (TMA), ou seja, acha-se a série uniforme equivalente a todos os custos e receitas para

(28)

cada projeto utilizando-se a TMA. O melhor projeto é aquele que tiver maior saldo positivo de VAUE.

Para o mesmo autor o cálculo do VAUE consiste em determinar o que renderia o capital empregado à taxa mínima de atratividade e subtrair este valor, dos saldos líquidos anuais.

Segundo Kassai et. al ( 2000, p. 81) “enquanto o valor presente líquido (VPL) demonstra o resultado líquido de um fluxo de caixa a valor presente, o VAU mostra um resultado equivalente em bases periódicas (ex: por ano) e é apurado da seguinte forma”:

VAU= PMT (Fluxos Positivos; TMA) – PMT (Fluxos Negativos; TMA)

Portanto, a VAUE é um método de análise que tem como objetivo verificar o retorno do capital investido descontando as entradas de caixa.

2.2.6 Fluxo de Caixa

A administração financeira para ser eficaz precisa estar orientada pelo planejamento de suas disponibilidades, ou seja, o fluxo de caixa. Para Padoveze (2010, p. 83) “o fluxo de caixa é considerado peça-chave na administração financeira”.

Porém para Frezatti (1997, p. 35) “um fluxo de caixa não adequadamente estruturado leva a empresa a não entender, não analisar e não decidir adequadamente sobre sua liquidez”.

De acordo com Santos (2001, p. 145) “para efetuar a análise econômica de um projeto de investimentos, seus dados de entradas e saídas de dinheiro são dispostos na forma de um quadro denominado fluxo de caixa”. Novamente devemos ressaltar que o fluxo de caixa é uma análise financeira e não econômica como destaca o autor acima.

Então o fluxo de caixa demonstra todo o montante de recebimentos e pagamentos por uma entidade em um determinado período de tempo, podendo estar ligado a um projeto específico, sendo um importante instrumento gerencial.

(29)

Segundo Silva (2005, p. 3) “fluxo de caixa é o principal instrumento da gestão financeira que planeja, controla e analisa as receitas, despesas e os investimentos, considerando determinado período projetado”.

No fluxo de caixa orçado estarão as informações de compromissos e recebimentos futuros. Não existe regra de período e criação do fluxo de caixa (MEIRELLES JUNIOR e PINHEIRO DE SÁ, 2007).

O Fluxo de caixa representa uma importante ferramenta gerencial. Segundo Silva (2005, p. 12) “através dessas demonstrações, podem ser analisadas as alternativas de investimentos, os motivos que ocasionaram as mudanças da situação financeira da empresa, as formas de aplicação de lucro gerado pelas operações”.

Para Wbatuba, Fortes e Treter (2004, p. 66):

....este demonstrativo é incapaz de fornecer informações precisas sobre o lucro e sobre os custos dos produtos da empresa. Isto porque sua elaboração e demonstração são realizadas pelo regime de caixa e não pelo regime de competência.

O Quadro 04 apresenta o esquema geral do demonstrativo do fluxo de caixa.

Quadro 04: Esquema de entradas e saídas de caixa

F L U X O D E C A I X A E N T R A D A S Das Operações Recebimento de vendas Dividendos de participações Receitas financeiras líquidas

Outras receitas (aluguéis, comissões etc.)

Dos Financiamentos

Integralização de capital, em dinheiro Empréstimos diversos

Reservas de Capital (em dinheiro)

Dos Investimentos

Venda de outros valores do ativo

Lucro na venda de outros valores do ativo

S A Í D A S Das operações

Despesas financeiras líquidas Pagamento de despesas Pagamento de compras

Dos financiamentos

Pagamento de empréstimo

Pagamento de juros e outros ônus financeiros Pagamento de dividendos

Dos Investimentos

Aquisição de outros valores do Ativo Aplicação em Ativo Diferido

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Enfim, o fluxo de caixa é um retrato fiel da composição da situação liquida da empresa, constitui-se em instrumento essencial para que a empresa possa ter agilidade e segurança em suas atividades financeiras. Ele demonstra como a empresa gera e usa seus recursos de caixa, permite avaliar se as receitas geradas serão maiores do que as despesas envolvidas. É uma ferramenta que auxilia o gestor a planejar, organizar, coordenar e dirigir os recursos financeiros facilitando a tomada de decisões.

2.2.7 Demonstração de resultados- DRE

A Demonstração do Resultado do exercício fornece aos seus usuários o resultado operacional e o resultado não operacional da empresa.

Conforme Basso (2011, p. 306), “a demonstração do resultado do exercício é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um determinado período ou exercício social”.

Para Marion (1998, p. 81) “a DRE é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período. E apresentada de forma dedutiva, ou seja, das receitas subtraem-se as despesas obtendo o resultado”.

Ainda segundo Silva (2005, p. 6) “esse demonstrativo relata a história da atividade da empresa durante um exercício social ou durante períodos mais curtos, que podem ser, por exemplo, um trimestre ou um semestre”.

A Resolução do Conselho Regional de Contabilidade nº 1283/10 aprova a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T.3.3 e diz quea demonstração do resultado evidenciará, no mínimo, e de forma ordenada:

a) as receitas decorrentes da exploração das atividades-fins; b) os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, as devoluções e os cancelamentos;

c) os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviços prestados;

d) o resultado bruto do período; e) os ganhos e perdas operacionais;

f) as despesas administrativas, com vendas, financeiras e outras e as receitas financeiras;

g) o resultado operacional;

h) as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das atividades-fins;

(31)

j) as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado; l) as participações no resultado;

m) o resultado líquido do período.

A estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício se compõe da seguinte forma:

Quadro 05: Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração do Resultado do Exercício

1- RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA

Venda de Mercadorias Venda de Produtos Prestação de Serviços

2- DEDUÇÕES DA RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA

Impostos faturados

Devoluções e Abatimentos

3- RECEITA (OPERACIONAL) LÍQUIDA (1-2) 4- CUSTOS

Das Mercadorias Vendidas Dos Produtos Vendidos Dos Serviços Prestados

5- LUCRO (OPERACIONAL) BRUTO (3-4) 6- DESPESAS (OPERACIONAIS)

De vendas

Receitas Financeiras Despesas Financeiras Gerais e Administrativas

7- OUTRAS RECEITAS E DESPESAS (OPERACIONAIS)

Receitas Despesas

8- RESULTADO (OPERACIONAL) LÍQUIDO (5-6+-7) 9- RESULTADO NÃO OPERACIONAL (opcional)

Receitas Despesas

10- RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (8+-9)

11- PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 12- PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES Debenturistas Administradores Empregados Outros Beneficiários Outras Contribuições

13- RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (10-11-12) 14- RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO

Fonte: Basso (2011, p. 313).

Segundo Meirelles Junior e Pinheiro de Sá (2007, p. 51) “essa estrutura representa um trabalho eficiente dos contadores ao confrontar os itens pertinentes das receitas com os itens pertinentes de custos e despesas para o período que envolve o regime de competência”.

(32)

A DRE projetada pode fornecer informações antecipadas sobre a capacidade econômica - financeira da empresa. Para Zdanowicz (2001, p. 104) “essas informações serão importantes para que o gestor possa analisar e concluir se o retorno sobre o investimento será ou não aceitável”.

Para o mesmo autor, os objetivos da DRE projetada são:

a) avaliar a eficiência do plano geral de operações, obtendo relações significativas entre as receitas, os custos e as despesas operacionais; b) analisar e comparar as situações econômicas atuais e futuras da

empresa;

c) constituir-se instrumento de planejamento e controle econômico;

d) informar aos atuais e novos proprietários e acionistas sobre a remuneração de capitais investidos na empresa;

e) projetar todas as contas diferenciadas resultantes ou não da atividade fim da empresa.

Assim, a demonstração do resultado do exercício é o demonstrativo que compara receitas com despesas do período, reconhecidos e apropriados pelo regime de competência.

2.2.8 Demonstração de valor adicionado – DVA

A demonstração de valor adicionado representa a riqueza criada por uma empresa num determinado período.

A Resolução do Conselho Regional de Contabilidade nº 1162/09 aprova a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 09 e diz que:

A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinado período e a forma como tais riquezas foram distribuídas. A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte forma: (a) pessoal e encargos;

(b) impostos, taxas e contribuições; (c) juros e aluguéis;

(d) juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos; (e) lucros retidos/prejuízos do exercício.

Para Padoveze (2010, p. 94) “esta demonstração é considerada fundamental, tanto para análise da geração e distribuição do lucro, como para o processo de integração da empresa com a comunidade”.

(33)

A DVA indica de forma clara e precisa a parte da riqueza que pertence aos sócios ou acionistas, a que pertence aos demais capitalistas que financiam a entidade (capital de terceiros), a que pertence aos empregados e a parte que fica com o governo.

Ainda para Padoveze (2010, p. 94):

A demonstração do valor adicionado compõe-se basicamente de duas partes: a evidenciação do valor adicionado gerado e a evidenciação do valor adicionado distribuído. Esta demonstração tem forte cunho gerencial. Através dela pode-se identificar a estrutura básica de custos da empresa. Retrabalhando as informações nela contida, é possível identificar quanto é a participação de materiais, salários, encargos sociais, impostos, despesas e depreciações.

Para Lenza (2011, p. 821) “valor adicionado é a diferença entre a receita gerada e os insumos”.

A Demonstração do Valor Adicionado pode ser apresentada conforme mostra o Quadro 06.

Quadro 06: Demonstração do Valor Adicionado

Demonstração do Valor Adicionado I- Geração do Valor Adicionado – Elementos:

Receitas Operacionais e não Operacionais

(-) Custo das Mercadorias, Produtos e Serviços Vendidos (-) Serviços adquiridos de terceiros

(-) Materiais e Insumos, Energia, Comunicação, Propaganda, etc. (-) Outros valores

(=) Valor Bruto Adicionado

(-) Despesas de Depreciação, Amortização e Exaustão

(=) Valor Adicionado Líquido

(+) Valores remunerados por terceiros (Juros, Aluguéis e outros)

(=) Valor Adicionado à Disposição da Empresa II- Distribuição do Valor Adicionado

Remuneração do Trabalho

Remuneração do Governo (Impostos e Contribuições) Remuneração do Capital de Terceiros (Juros, Aluguéis, etc.) Remuneração do Capital Próprio (Dividendos e Lucros Retidos) Outros

(=) Total do Valor Distribuído (igual ao total gerado) Fonte: Neves e Viceconti (2003 p. 303).

“A DVA é construída a partir da DRE. De forma resumida, a DVA é subdividida em duas partes. Na primeira, calculamos o valor adicionado a distribuir, e na segunda, quem se beneficiou com a distribuição” (LENZA, 2011, p. 825).

(34)

Enfim a DVA é um importante relatório gerencial, pois ajuda a empresa evidenciar a geração de valor econômico e a sua distribuição.

2.2.9 Índices de Rentabilidade – IR

A rentabilidade é uma análise conclusiva no que diz respeito ao sucesso ou não de um investimento.

“Os índices de rentabilidade medem a capacidade de produzir lucro de todo o capital investido nos negócios (próprios e de terceiros)” (REIS, 2003, p. 153).

De acordo com Brizolla (2008, p. 103) “representa o quanto a empresa conseguiu obter de lucro líquido para cada R$ 1,00 de ativo total”.

O Índice de Rentabilidade é definido pela divisão do Lucro Líquido do Exercício pelo ativo total (investimento) multiplicado por 100 para obter o resultado em porcentagem.

Indice de Rentabilidade (IR) = Lucro Líquido do Exercício x 100 Investimento

Enfim, o índice de rentabilidade busca mensurar num projeto qual o retorno obtido após os valores investidos, ou seja, a capacidade que os ativos apresentam de gerar lucros.

2.2.10 Índices de Lucratividade - IL

Outra ferramenta usada para avaliar os projetos é chamada de índice de lucratividade (IL).

Segundo Brizolla (2008, p. 99) “representa o valor que permanecerá na empresa sob a forma de lucro após cobrir todos os custos e despesas incorridas na atividade a cada R$ 1,00 de vendas líquidas”.

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O índice de lucratividade é definido com o resultado de dividir o lucro líquido do exercício pelas receitas operacionais líquidas, multiplicado por 100 para obter o valor em porcentagem.

IL= Lucro Líquido do Exercício____ x100 Receitas Operacionais Liquídas

Portanto, o índice de lucratividade é mais um método de avaliação de projetos, onde se utiliza o lucro líquido do exercício pelas receitas operacionais líquidas.

2.3 Receitas, Despesas e Custos

Toda organização tem como objetivo crescer patrimonialmente e gerar lucros. Segundo Casarotto Filho e Kopittke (1996, p. 198) “para analisar uma análise econômica de um investimento, é necessário um perfeito levantamento dos custos e receitas decorrentes deste investimento”.

Para o Conselho Regional de Contabilidade (2010, p. 41) “receita é um aumento do patrimônio líquido que se origina no curso das atividades normais da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, lucros distribuídos, royalties e aluguéis”.

A Resolução do Conselho Regional de Contabilidade nº 1187/09 aprova a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 30 e define receita como:

aumento nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos que resultam em aumentos do patrimônio líquido da entidade e que não sejam provenientes de aporte de recursos dos proprietários da entidade. As receitas englobam tanto as receitas propriamente ditas como os ganhos. A receita surge no curso das atividades ordinárias da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos e royalties.

(36)

Basso (2011, p. 369) afirma que “as despesas, na maioria das vezes, representam consumpção de ativos que, tanto podem ter sido pagos em períodos passados, quanto no próprio período, ou ainda virem a ser pagos no futuro”.

Despesas para o Conselho Regional de Contabilidade (2010, p. 41) é:

Uma redução do patrimônio liquido que surge no curso das atividades normais da entidade e inclui, por exemplo, o custo das vendas, salários e depreciação. Ela geralmente toma a forma de desembolso ou redução de ativos como caixa e equivalentes de caixa, estoques, ou bens do ativo imobilizado.

“Os custos podem ser classificados da seguinte forma: custos de investimento: decorrentes das transações do ativo e custos operacionais: decorrentes da operação dos ativos” (CASAROTTO FILHO E KOPITTKE, 1996, p. 198).

Contudo na empresa temos receitas que serão obtidas através da atividade fim da organização e as despesas representam os gastos operacionais necessários ao funcionamento desta entidade.

2.3.1 Custo do Investimento

Custo de investimentos representam os investimentos realizados pela empresa. Segundo Alieve (1999, p. 57) “investimentos são dispêndios efetuados com o objetivo de melhorar as instalações e os equipamentos e alavancar o empreendimento”.

Para Padoveze (2010, p. 319) “investimentos são os gastos efetuados em ativo ou despesas e custos que serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados em função de sua vida útil ou benefícios futuros”. De acordo com Lenza (2011, p. 58) “é o gasto em um bem ou serviço que poderá ser ativado para uso e que contribuirá para produzir resultado em mais de um exercício”.

Os investimentos podem ser classificados de duas formas: investimentos fixos e investimentos de giro.

(37)

O investimento fixo representa os equipamentos, as instalações industriais para operação dos equipamentos, a montagem e o projeto quando houver, as construções civis necessárias e outros investimentos como móveis e transportadores.

Neste empreendimento os investimentos fixos são os gastos na estrutura necessária ao funcionamento da empresa, neste caso os instrumentos, objetos musicais e o investimento inicial de divulgação do empreendimento.

Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 192) também faz uma definição de investimento em capital de giro:

O investimento em capital de giro é o capital de giro próprio adicional necessário para a operação do equipamento ou da nova fábrica, sendo constituído principalmente pelo estoque de matérias-primas, produtos em elaboração e produtos acabados, além dos recursos disponíveis em caixa e para sustentar as vendas a prazo.

Os investimentos de giro nesta entidade serão necessários para cobrir o caixa dos gastos com publicidade da empresa nos primeiros meses de atividade.

Então, custos de investimentos são necessários para iniciar um empreendimento ou mesmo para melhorar as instalações e trazer um benefício futuro.

2.3.2 Custos Operacionais

Os custos operacionais são necessários para a atividade da empresa. De acordo com Casarotto Filho e Kopittke (1996, p. 198):

Os custos são subdivididos em custos de produção e despesas gerais. Os custos de produção são aqueles que ocorrem até a fabricação do produto. Como exemplos, tem-se o custo da matéria - prima ou o custo de manutenção. As despesas gerais ocorrem do término da fabricação até a complementação da venda, e como exemplo há as despesas com vendas e impostos sobre receitas.

Assim, o custo operacional é o total dos recursos utilizados para a atividade do empreendimento, sendo relacionados custos e despesas.

(38)

Teoricamente a distinção é fácil: custos são gastos (ou sacrifícios econômicos) relacionados com a transformação de ativos, (exemplo: consumo de matéria-prima ou pagamento de salários) e despesas são gastos que provocam redução do patrimônio (exemplo: impostos, comissões de vendas, etc.). Gastos é o termo genérico que pode representar tanto um custo como uma despesa.

Alieve (1999, p. 57) afirma que despesas gerais são:

os gastos necessários ao funcionamento e desempenho das atividades comerciais e administrativas, tais como: salários, encargos sociais, aluguel, telefone, água, energia, honorários, retiradas de administradores, viagens, despesas com veículos, publicidade e depreciações, dentre outras.

Para Padoveze (2010, p. 320) “despesas são gastos necessários para vender e enviar os produtos. De modo geral, são os gastos ligados às áreas administrativas e comerciais”.

Portanto os custos operacionais estão ligados à atividade da empresa, são necessários para o funcionamento do empreendimento. Nesta atividade de prestação de serviços, teremos custos e despesas. O custo é o sacrifício de ativos no processo de produção de bens ou serviços, neste caso serão considerados os gastos com transporte, alimentação e estadia da equipe. As despesas são divididas em fixas, que não tem seu valor modificado em função do volume de prestação de serviços, como por exemplo, aluguéis, telefones, despesas administrativas, e as despesas variáveis variam de acordo com o volume de prestação de serviços, por exemplo, impostos, comissões de vendedores, entre outros.

(39)

3 ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS

Este capítulo do estudo objetiva analisar a viabilidade de implantação de um empreendimento de produção musical. Com o intuito de atingir o propósito do estudo ora proposto, este capítulo é dividido em três itens: a) investimentos necessários para implantação do empreendimento; b) levantamento das projeções dos custos, despesas e receitas; e c) cálculo da viabilidade econômica, financeira e contábil do empreendimento musical.

3.1 Ramo de atividade

O mercado para este estilo musical está abrindo portas. Através de suas viagens e conversas com vários locutores de diversas rádios do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina um dos sócios enfatizou que os radialistas destacam a importância de surgir músicas de qualidade em outros estilos. Destacam que todos os dias chegam muitas músicas de duplas e bandas na área sertaneja e muito pouco no estilo pop reggae e rock. Comentam que precisam de músicas em outros estilos, pois os ouvintes querem novidades. Segundo Alcyr Boza, (2011) locutor da rádio 98,3 FM de São Jose dos Pinhais do Paraná o estilo musical pop reggae tem uma magia e está em falta no mercado.

Percebemos também que na região noroeste e também no estado do Rio Grande do Sul predomina muito o estilo sertanejo, mas analisando algumas casas noturnas da região como, por exemplo, a Estação da Mata de Ijuí-RS, observamos que no ano de 2011 trouxeram várias bandas no estilo pop reggae e rock como por exemplo: Armandinho e banda, Maskavo, Nego Joe, Reação em Cadeia entre outras. Isso enfatiza que os responsáveis por eventos estão procurando bandas de outros estilos e não só no ritmo sertanejo.

Em 2011 no Brasil também ocorreu dois grandes festivais de musica com shows de estilos pop, rock e reggae. Um deles é o Rock in Rio no Rio de Janeiro e o outro Festival da Música SWU em São Paulo que reuniu artistas de diversos

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