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Em 2000, o governo de Taiwan, acabou por mudar para o sistema Europeu, DVB-T, por ex- igência das associações de radiodifusão, que afirmavam que o DVB-T tinha uma melhor eficácia em alguns aspectos. Eficácia esta que levou mesmo à integração de partes do DVB-T no sistema ATSC.

Na Europa, todos os países da União Europeia adoptaram o sistema de DVB-T na TDT. O Reino Unido, em 1998, foi o primeiro país da Europa a iniciar as transmissões, a Espanha e a Suécia iniciaram um ano mais tarde. Finlândia, Alemanha e Países Baixos iniciaram o TDT em 2002 e 2003 respectivamente. Na figura seguinte é apresentada a organização da transmissão da televisão digital no Reino Unido.

Figura 2.14: Organização do mercado britânico de televisão digital terrestre [4].

Como já foi dito, Portugal iniciou as transmissões de TDT em Abril de 2009 e prevê-se que em finais de 2012 a televisão analógica deixe de ser transmitida por completo. A organização da nossa transmissão está distribuída como indicado na tabela2.5. O multiplexer de acesso livre é o multiplexer A. Para os restantes multiplexers ainda não está atribuido o concessionário.

Tabela 2.5: Índice de modulação nos diferentes locais com valores reais para o canal C34 e C67 Multiplexer Continente Madeira Açores

A C67 C67 C67,C47,C56,C61,C64,C67

B,C,D,E e F ND ND ND

A atribuição dos canais aos multiplexers pagos não é mencionada porque devido à interferência com a TDT espanhola, os multiplexers serão transmitidos em canais diferentes consoante a área geográfica.

2.5

Recepção de televisão

Na recepção de televisão é possível tomar medidas contra a recepção de sinais provenientes de multipercurso. A utilização de antenas direccionais em vez de omnidireccionais leva a que se privilegie os sinais vindos de uma direcção e se rejeite sinais de outras direcções.

As antenas “Yagi” são particularmente bem sucedidas. Este tipo de antenas são direccionais, contêm um certo ganho dependendo da sua geometria e ainda um reflector para sinais provenientes da retaguarda. A utilização de uma antena receptora com ganho numa dada direcção, é importante dado que ao receber sinais de multipercursos, o sinal que chega vindo da direcção à qual a antena

18 Sistema de televisão

tem ganho será melhor que os sinais provenientes de outras direcções, figura 2.15. O valor do ganho é máximo numa dada direcção, para outras direcções varia com o valor do ângulo β entre a direcção de ganho máximo e a direcção pretendida [3].

A figura2.15ilustra uma situação comum da chegada à antena receptora de dois sinais com direcções diferentes. No entanto as antenas receptoras não são todas iguais, umas são direccionais outras são omnidireccionais. Para a recepção de televisão o mais comum é o uso de antenas direccionais, dado que o interesse é receber um único sinal e em boa qualidade. O uso de antenas direccionais, privilegiam uma dada direcção, descartam os ecos e ainda apresentam um ganho na direcção de orientação dos seus directores.

Figura 2.15: Recepção de dois sinal provenientes de difracções diferentes [3].

A figura2.17ilustra uma antena convencional de recepção de televisão. Este tipo de antenas contém um dipolo, reflectores e directores, sendo que apenas o dipolo é alimentado, os elementos directores e refletores são elementos parasitas. Antenas com esta geometria podem apresentar ganhos na ordem dos 12dB e relações frente/costas na ordem de 28 dB dependendo do número de elementos. Estas antenas contêm uma grande largura de banda indo desde o canal 21 ao canal 69. Em termos de frequências recebe desde os 470MHz até próximo dos 900MHz. No entanto, em certas áreas, a cobertura de televisão da RTP1 é realizada em bandas mais baixas, sendo por isso necessário utilizar outras antenas do tipo da figura2.16.

Em comparação, ambas as imagens2.16e2.17são do tipo antenas Yagi – Uda e ambas con- têm os mesmos componentes, reflector, dipolo e directores. Apenas varia a geometria que tem a ver com a quantidade de ganho directivo que se pretende dar (número de elementos) e relação frente/costas (reflectores).

Numa situação de difusão de televisão digital, os componentes necessários à recepção de sinal de televisão são os mesmos que na televisão analógica. As frequências de operação continuam

2.5 Recepção de televisão 19

Figura 2.16: Apresentação de uma antena Yagi comum usada na recepção de televisão para a VHF3

Figura 2.17: Apresentação de uma antena Yagi comum usada na recepção de televisão para UHF

a ser a banda UHF que anteriormente já se utilizava e os bits de informação são difundidos pelo emissor em sinal de rádio frequência, de forma semelhante à televisão analógica. A figura2.18 apresenta um gráfico comparador de antenas a usar em TDT.

Figura 2.18: Imagem comparativa do ganho das diversas antenas para a banda UHF obtida em [5].

Como se observa na imagem2.18, existe uma grande gama de antenas, com variados ganhos para as diversas frequências. A antena a utilizar para a realização os testes é a Antena DAT 45 DIGITAL que se encontra muito bem cotada a nível de ganho e de relação frente/costas. As características técnicas desta antena serão explicadas num dos capítulos seguintes, mas pode-se referir que esta antena é uma Yagi semelhante às usadas no sistema analógico, apenas com umas ligeiras alterações na sua geometria e número de elementos. A figura2.19ilustra a antena usada.

Apesar de esta antena não se encontrar marcada no gráfico comparativo das diversas antenas, esta antena é em tudo semelhante à antena da DAT 75 Digital, que se encontra marcada na figura 2.18com a letra D, mas com menos 2 dB de ganho. São poucas as diferenças entre a antena da figura2.17e a da figura2.19entre as quais é de referir o aumento do número de directores e a utilização do dipolo em forma de duplo U. Na figura2.20temos o diagrama de radiação da antena DAT 45 que comprova a elevada directividade.

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Figura 2.19: Antena DAT 45 Digital usada nos testes efectuados [6].

Figura 2.20: Diagrama de radiação da antena DAT 45 [6].

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