• Nenhum resultado encontrado

6 Considerações finais

6.3 Recomendações para trabalhos futuros

Diante dos resultados deste estudo, impactos e limitações, recomenda-se definitivamente abrir o leque de pesquisas sobre o fenômeno da fofoca nas organizações, em contexto brasileiro, tal como propôs Foster (2004), cujos métodos sugeridos não foram aqui aplicados em sua grande maioria.

Realizar estudos de caráter qualitativo se mostrou muito revelador, mesmo sendo um método trabalhoso, mas especialmente útil para se compreender as dificuldades no entendimento das diversas perguntas excluídas na pesquisa quantitativa. Ao fim da pesquisa quantitativa, vimos a necessidade de ser clarificar melhor alguns conceitos, nomeadamente em relação às questões ligadas com a subcategoria “Indignidade”.

Sugere-se, também, ampliar as pesquisas realizadas, considerando explorar melhor as diversas estratégias subjetivas para lidar com o sofrimento no trabalho, especialmente em estudos de caso, para que em algum momento estes casos possam ser comparados.

Como este estudo reuniu um conjunto de dados bastante rico, é possível reutilizá-lo para, inclusive, simular e conceber outros modelos de equações estruturais, a partir de desenhos mais complexos, criando múltiplos relacionamentos entre as categorias.

Por fim, é importante voltar a citar que a revelação sobre o efeito da escolaridade foi, para nós, uma surpresa, fato que se coloca útil no desenvolvimento de estudos futuros, especialmente para avaliar o impacto da educação executiva enquanto blindagem para o indivíduo no trabalho.

107

Referências bibliográficas

AKTOUF, O. Management and theories of organizations in the 1990s: toward a critical radical humanism? Academy of Management Review, p. 407-431, 1992.

BAGOZZI, Richard; YI, Youjae. On the Evaluation of Structure Equation Models.

Journal of the Academy of Marketing Science, v. 16, n. 1, p. 74-94, 1988.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BAUMEISTER, R. F.; ZHANG, L; VOHS, K. D. Gossip as Cultural Learning. Review

of General Psychology, v. 8, n. 2, 111–121, 2004.

BEERSMA, B., KLEEF, G. Why People Gossip: An Empirical Analysis of Social Motives, Antecedents, and Consequences. Journal of Applied Social Psychology, v. 42, n. 11, 2012.

BERGER, P.L.; LUCKMAN, T. A Construção social da Realidade: Tratado de Sociologia do Conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2004.

BOURDIEU, P. O Poder Simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand, 1989.

CHAPMAN, S e SHARKEY, B. The No-Gossip Zone. Naperville, IL: Sourcebooks Inc, 2009.

CHIN, Wynne W. The Partial Least Squares Approach to Structural Equation

Modeling. New Jersey: LEA Publisher, 1998.

CLEGG, Stewart R.; VAN ITERSON, Ad. Dishing the dirt: Gossiping in organizations.

Culture and Organization, v. 15, n. 3–4, p. 275–289, 2009.

COHEN, J. Statistical power analysis for the behavioral sciences. Statistical Power

Analysis for the Behavioral Sciences, v. 2nd, p. 567, 1988.

COUTINHO, Clara Pereira. Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e

Humanas: teoria e prática. Lisboa: Edições Almedina, 2014.

CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

DAVIS, Keith. Management communication and the grapevine. Harvard business

108

DECOSTER, Stijn et al. Standing by Your Organization: The Impact of Organizational Identification and Abusive Supervision on Followers’ Perceived Cohesion and Tendency to Gossip. Journal of Business Ethics, v. 118, n. 3, p. 623–634, 2013. DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo sobre psicopatologia do trabalho. São Paulo, Cortez/Oboré, 1992.

______. A banalização da injustiça social. 4. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2001.

______. Subjetividade, trabalho e ação. Revista Produção, São Paulo, v. 14, n. 3, p. 27-34, 2004.

______. Psicodinâmica do Trabalho na Pós-Modernidade. In: Mendes, A. M.; Lima, S.

C. C. & Facas, E. P. (orgs). Diálogos em Psicodinâmica do Trabalho. Brasília: Paralelo 15, 2007.

______. Novas formas de servidão e suicídio. In: Mendes, Ana Magnólia. Trabalho e

saúde. Curitiba: Juruá, 2008.

______. A carga psíquica do trabalho. In: Dejours, C., Abdoucheli, E., Jayet, C., Betiol, Maria I. S. (coords.). Psicodinâmica do trabalho: contribuição da escola

dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas,

2009.

______. Texto Introdutor: Psicopatologia do trabalho - Psicodinâmica do trabalho.

Laboreal, v. 7, n. 1, p. 13–16, 2011.

DEJOURS, C.; ABDOUCHELI, E. Intinéraire théorique en psychopathologie du travail.

Prévenir, n. 20, p. 127–151, 1990.

DIFONZO, N. e BORDIA, P. Rumor psychology: Social and organizational approaches. Washington, DC: American Psychological Association, 2009.

DUNBAR, R. Grooming, gossip and the evolution of language. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1996.

______. Gossip in Evolutionary Perspective. Review of General Psychology, v. 8, n.

2, 2004.

ELLWARDT, L. Gossip in Organizations: A Social Network Study. The Netherlands: Ridderprint, Ridderkerk, 2011.

109

FACAS, E. e MENDES, A. Transgressão. In: Vieira, F. O.; Mendes, A. M.; Merlo, A. R. C. Dicionário Crítico de Gestão e Psicodinâmica do Trabalho. Curitiba: Juruá, 2013. FACAS, E. Protocolo de Avaliação dos Riscos Psicossociais no Trabalho - Contribuições da Psicodinâmica do Trabalho. Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor. Brasília, 2013.

FEINBERG, Matthew; WILLER, Robb; SCHULTZ, Michael. Gossip and Ostracism Promote Cooperation in Groups. Psychological Science, v. 25, n. 3, p. 656–664, 2014.

FERREIRA, M. C.; MENDES, A. M. Trabalho e Riscos de Adoecimento: O Caso dos Auditores-Fiscais da Previdência Social Brasileira. Brasília: LPA Edições, 2003. FORNELL, C.; LARCKER, D. F. Evaluating structural equation models with unobservable variables and measurement error. Journal of Marketing Research, v. 18, n. 1, p. 39-50, 1981.

FOSTER, E. K. Research on gossip: taxonomy methods and future directions. Review

of General Psychology, n. 8, p. 78-99, 2004.

GAIARSA, J.A. O Tratado Geral Sobre a Fofoca: uma análise da desconfiança humana. São Paulo: Ágora, 2015.

GLUCKMAN, M. Gossip and Scandal. Current Anthropology. Chicago, n. 4, 1963. GONZAGA JR., Lucas Eurico. As relações de trabalho contemporâneas e a perversão. Belo Horizonte: Reverso, 30, n. 56, p. 103-110, 2008.

GOUVEIA, V; GUERRA, V.; SOUSA; D.; SANTOS, W; COSTA, J. Escala de

Desejabilidade Social de Marlowe-Crowne: Evidências de sua validade fatorial e

consistência interna. Avaliação Psicológica, v. 8, n. 1, 2009.

GOUVEIA, V.; SOUSA, D.; ALBUQUERQUE-SOUZA, A.; SÁ-SERAFIN, R.; GONÇALVES, C. Escala de Atitude Frente à Fofoca: Evidências de Validade e Confiabilidade. Revista Psicologia: ciência e profissão, v. 31, n. 3, 2011.

GRÉGOIRE, Y.; FISHER, R. J. The effects of relationship quality on customer retaliation. Marketing Letters, v. 17, n. 1, p. 31-46, 2006.

110

GROSSER, Travis J.; LOPEZ-KIDWELL, Virginie; LABIANCA, Giuseppe. A Social Network Analysis of Positive and Negative Gossip in Organizational Life. Group &

Organization Management, v. 35, n. 2, p. 177–212, 2010.

HAIR, J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.; BLACK, W. C. Análise Multivariada

de dados, 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

HAIR, J. F.; RINGLE, C. M.; SARSTEDT, M. PLS-SEM: Indeed a silver bullet. The

Journal of Marketing Theory and Practice, v. 19, n. 2, p. 139-152, 2011.

HAIR, J. F.; SARSTEDT, M.; RINGLE, C. M.; MENA, J. A. An assessment of the use of partial least squares structural equation modeling in marketing research. Journal of

the Academy of Marketing Science, v 40, n. 3, p. 414-433, 2012.

HAVILAND, J. B. Gossip as competition in Zinacantan. Journal of Communication, 27, p. 186– 191, 1977.

HENSELER, J.; RINGLE, C. M.; SINKOVICS, R. R. The use of partial least squares path modeling in international marketing. Advances in International Marketing, v. 20, p. 277–319, 2009.

IBGE. Classificação Nacional de Atividades Econômicas. 2. ed. Rio de Janeiro: Comissão Nacional de Classificação, 2004.

KNIFFIN, Kavin M.; WILSON, David Sloan. Utilities of gossip across organization levels: Multilevel selection, free-riders, and teams. Human Nature, v. 16, n. 3, p. 278- 292, 2004.

KOCK, N. WarpPLS 3.0 User Manual. Laredo, TX: ScriptWarp Systems, 2012.

______. WarpPLS 5.0 User Manual. Laredo, TX: ScriptWarp Systems, 2015.

KÓVACS, I. Novas formas de organização do trabalho e autonomia no trabalho.

Sociologia, Problemas e Práticas, n. 52, p. 41-65, 2006.

KUO, Chien-Chih; CHANG, Kirk; QUINTON, Sarah; LU, Chiu-Yi; LEE, Iling. Gossip in the workplace and the implications for HR management: a study of gossip and its relationship to employee cynicism. The International Journal of Human Resource

111

KURLAND, Nancy B.; PELLED, Lisa Hope. Passing the word: Toward a model of gossip and power in the workplace. Academy of Management Review, v. 25, n. 2, p. 428-438, 2000.

LACAN, Jacques. Ato de Fundação. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

LITMAN, J. A.; PEZZO, M. V. Individual differences in attitudes towards gossip.

Personality and Individual Differences, n. 38, p. 963–980, 2005.

LUNA, A; CHOU, S. Y. Drivers for Workplace Gossip: an application of the theory of planned behavior. Journal of Organizational Culture, Communications and

Conflict, v. 17, n. 1, p. 115-129, 2013.

MAY, T. Pesquisa Social: questões, métodos e processos. 3ª. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

MCANDREW, Francis T.; BELL, Emily K.; GARCIA, Contitta Maria. Who Do We Tell and Whom Do We Tell On? Gossip as a Strategy for Status Enhancement. Journal of

Applied Social Psychology, v. 37, n. 7, p 1562–1577, 2007.

MENDES, A. M. Valores e vivências de prazer-sofrimento no contexto

organizacional. Tese de Doutorado. Instituto de Psicologia. Brasília: Universidade de

Brasília, 1999.

MENDES, A. M.; ARAÚJO, L. K. R. Clínica Psicodinâmica do Trabalho. 2a. edição. Curitiba: Juruá, 2012.

______.______. Violência e sofrimento ético: contribuições da psicodinâmica do Trabalho. Em Mendes, A. M. (org.). Violência no Trabalho -Perspectivas da

psicodinâmica, da ergonomia e da sociologia clínica. São Paulo: Universidade

Presbiteriana Mackenzie, 2010.

MENDES, A. M.; MERLO, A. R. C.; DUARTE, F.; ARAÚJO, L. Práticas clínicas no

contexto da psicodinâmica do trabalho brasileira. São Paulo: Atlas, 2014.

MENDES, A. M; FERREIRA, M. C. Inventário sobre trabalho e risco de adoecimento - ITRA: Instrumento Auxiliar de Diagnóstico de Indicadores Críticos no Trabalho. In:

Psicodinâmica do trabalho: teoria, método e pesquisas. São Paulo: Casa do

112

______. ______. Contexto de Trabalho. In: Mirlene Matias Siqueira (Org.). Medidas

de Comportamento Organizacional: Ferramentas de Diagnóstico e Gestão. Porto

Alegre: Artmed, p. 111-123, 2008.

MERLO, A. R. C.; MENDES, A. M. Perspectivas do uso da psicodinâmica do trabalho no Brasil: teoria, pesquisa e ação. São Paulo: Cadernos de Psicologia Social do

Trabalho, v. 12, n. 2, p. 141-156, 2009.

MESQUITA, Simone et al. Ergonomia, Psicodinâmica e Riscos. ECOS | Estudos

Contemporâneos da Subjetividade, v. 6, p. 136–149, 2016.

MICHELSON, G., VAN ITERSON, A., WADDINGTON, K. Gossip in Organizations: Contexts, Consequences, and Controversies. SAGE Publications, 2010.

NEVO, Ofra; NEVO, Baruch; DERECH-ZEHAVI, Anat. The development of the

tendency to gossip questionnaire: construct and concurrent validation for a sample

of Israeli college students. Israel: Educational and Psychological Measurement, 1993. NEWSTROM, J., MONCKZA, R., REIF, W. Perceptions of the grapevine: Its Value and Influence. Arizona State University, 1974.

PIAZZA, Jared; BERING, Jesse M. Concerns about reputation via gossip promote generous allocations in an economic game. Evolution and Human Behavior, v. 29, n. 3, p. 172–178, 2008.

REISINGER, Yvette; TURNER, Lindsay. Structural equation modeling with Lisrel: Application in tourism. Tourism Management, v. 20, n. 1, p. 71–88, 1999.

RICHARDSON, Deborah R; GREEN, Laura R. Circuitous harm: Determinants and consequences of nondirect aggression. In: Aversive interpersonal behaviors. p. 171–188, 1997.

ROSNOW, Ralph L. Rumor as Communication: A Contextualist Approach. Journal

of Communication, v. 38, n. 1, p. 12–28, 1988.

SHAW, A. et al. The Effect of Gossip on Social Networks. Complexity, v. 16, n. 4, p.39-47, 2011.

SMITH, Eliot R. Evil acts and malicious gossip: a multiagent model of the effects of gossip in socially distributed person perception. Personality and Social Psychology

113

THIRY-CHERQUES, H. R. Saturação em Pesquisa Qualitativa: estimativa empírica de dimensionamento. São Paulo: Revista PMKT, v.3, n. 4, p.20-27, 2009.

VERGARA, Sylvia C. Métodos de Pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas, 2005.

VIEIRA, Fernando. “Quem vê cara, não vê coração”: aspectos discursivos e eufemísticos da sedução organizacional que disfarçam a violência e o sofrimento no trabalho. Revista Economia & Gestão, v. 14, n. 36, p. 194-220, 2014.

VIEIRA, Valter Afonso. Moderação, mediação, moderadora-mediadora e efeitos indiretos em modelagem de equações estruturais: uma aplicação no modelo de desconfirmação de expectativas. R. Adm., v. 44, n. 1, p. 17-33, 2009.

WASSERSTEIN, R. L.; LAZAR, N. A. The ASA's Statement on p-Values: Context, Process, and Purpose. The American Statistician, v. 70, n. 2, p. 129–133, 2016. WU, L., BIRTCH, T., CHIANG, F., ZANG, H. Perceptions of Negative Workplace Gossip: A Self-Consistency Theory Framework. Journal of Management, 2016. YUE, A. Talking About Gossip at Work. Thesis Submitted to Saint Mary‘s University, Halifax, Nova Scotia in Partial Fulfillment of the Requirements for the Degree of Doctor of Philosophy in Business Administration. 2013.

ZANINI, M.T. (Org.). Gestão Integrada de Ativos Intangíveis. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2007.

114

Documentos relacionados