5. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL
5.2 Tratamento dos Resíduos Sólidos no Município de São Paulo
5.2.3 Recuperação de Resíduos Recicláveis e Reutilizáveis
O processo de reciclagem no Município obedece duas formas de coleta distintas. A coleta diferenciada, realizada porta a porta pela própria concessionária gestora dos serviços divisíveis de coleta domiciliar e hospitalar, e a coleta solidária, prestada porta à porta pelas cooperativas de catadores conveniadas com a Prefeitura.
A coleta seletiva também é processada por entrega voluntária dos resíduos recicláveis nos Pontos de Entrega Voluntária – PEV´s, que consiste em contêineres plásticos de 2.500 litros, instalados em locais de afluência habitual da população, facilmente identificáveis e explicativos quanto à correta separação dos resíduos recebíveis, da seguinte forma:
Plásticos; Vidros; Metais; Papéis.
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Os materiais mais comuns encontrados em meio aos resíduos sólidos urbanos passíveis de reciclagem são:
Plásticos:
Garrafas, embalagens de produtos de limpeza; Potes de cremes, xampus;
Tubos e canos; Brinquedos;
Sacos, sacolas e saquinhos de leite; Isopor.
Alumínio:
Latinhas de cerveja e refrigerante; Esquadrias e molduras de quadros;
Metais ferrosos:
Molas, latas e artefatos metálicos.
Papel e papelão:
Jornais, revistas, impressos em geral; Papel de fax;
Embalagens longa-vida.
Vidro:
Frascos, garrafas; Vidros de conserva.
Materiais não recicláveis: Cerâmicas;
Vidros pirex e similares; Acrílico;
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Papéis plastificados, metalizados ou parafinados (embalagens de biscoito, por exemplo);
Papéis carbono, sanitários, molhados ou sujos de gordura; Fotografias;
Espelhos;
Pilhas e baterias de celular (estes devem ser devolvidos ao fabricante); Fitas e etiquetas adesivas.
Atualmente o programa de coleta seletiva conta com um total de 4.323 contêineres disponibilizados para a população sendo: 2.871 contêineres de 1.000 litros disponibilizados para condomínios residenciais e outros 947, de mesma capacidade, instalados em escolas, outros órgãos públicos e Ecopontos. Estão disponibilizados também em locais públicos 345 contêineres de 2.500 litros - PEV’s pelas concessionárias dos serviços divisíveis, além de 575 unidades de mesma capacidade já instalados, dentre os 1.500 a cargo das prestadoras dos serviços indivisíveis. A listagem completa pode ser consultada no portal da Prefeitura www.prefeitura.sp.gov.br/amlurb, bem como as vias públicas que recebem coleta seletiva semanalmente.
A separação do material reciclável por tipo é feita nas Centrais de Triagem operadas por cooperativas de catadores, por catação manual em esteiras mecânicas transportadoras. O trabalho por elas realizado consiste, além da separação, na prensagem e armazenamento dos resíduos sólidos para comercialização futura e direta pela própria cooperativa recicladora.
Conta com uma frota de 44 caminhões gaiolas, 19 caminhões guindastes e 8 caminhões leves (VUC´s) e 22 caminhões HR. Está distribuída em 20 Centrais de Triagem, com um efetivo de 1.085 colaboradores.
As cooperativas são conveniadas com a Prefeitura e hoje respondem, ao todo, pelo processamento de 55 mil toneladas/ano de resíduos sólidos para reciclagem
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e reutilização, incluídas as entidades autorizadas à título precário para recebimentos dos excedentes.
5.2.4 Eletroeletrônicos e seus componentes
Subsidiariamente à responsabilidade da cadeia produtiva de eletroeletrônicos, o Município de São Paulo, por meio das cooperativas conveniadas que atuam na coleta seletiva solidária, também promove a coleta de equipamentos eletrônicos inservíveis.
Dentre as referidas cooperativas, a cooperativa COOPERMITI já se qualificou e vem procedendo à recepção, coleta e tratamento deste tipo de resíduo, processos estes que pelas suas reconhecidas qualidades, estão em vias de compor o Sistema Integrado de Gestão da Qualidade e Meio Ambiente – SIGQMA.
Os aparelhos eletrônicos inservíveis e seus componentes recepcionados na cooperativa de produção, recuperação, reutilização, reciclagem e comercialização de resíduos sólidos eletroeletrônicos – COOPERMITI são devidamente tratados, com a desmontagem e descontaminação dos componentes que apresentam risco potencial à saúde e ao meio ambiente, evitando a contaminação dos aterros sanitários e dos recursos hídricos com metais pesados. Além disso, ao comercializar os subprodutos, a cooperativa gera renda e supre as necessidades econômicas e sociais de seus cooperados.
Para destinar de forma socioambientalmente correta os seus eletroeletrônicos inservíveis à Central de Triagem de Eletroeletrônicos para reciclagem, o munícipe interessado poderá agendar junto à cooperativa Coopermiti a coleta no seu domicílio ou proceder a entrega do material na própria CT, evitando assim que os resíduos eletrônicos sejam indevidamente encaminhados aos aterros sanitários.
Ao se abordar as questões sobre o e-trash, concentram-se as atenções apenas ao material físico e químico, esquecendo-se dos dados e das informações
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mantidas dentro de alguns de seus itens, como por exemplo, celulares, computadores, dispositivos portáteis, dispositivo de armazenamento, etc. Nesse particular, a COOPERMITI, a fim de garantir que os dados e informações contidas em tais equipamentos não sejam acessados, oferece ao mercado o serviço de “Descaracterização Segura de Dados”,que pode ser feito de duas formas:
Em parceria com uma empresa internacional, podendo obter licenças de uma ferramenta (software) internacionalmente certificada e utilizada para apagar os dados e emitir um certificado de que os dados foram apagados (para celulares e computadores desktop e portáteis);
Destruição física documentada (fotos ou vídeo) dos dispositivos que contêm dados e/ou informações armazenados.
Por conseguinte, no aguardo da efetivação da sua responsabilidade pós- consumo, as empresas da indústria e da cadeia varejista do setor de eletroeletrônicos podem, através de parceria com a Coopermiti e com baixo investimento, cumprir as novas regras da Política Nacional de Resíduos Sólidos, destinar corretamente os resíduos de sua responsabilidade, certificar-se disto e ainda apoiar a cooperativa em seus projetos de inclusão social, educação ambiental, proteção e preservação do meio ambiente.
Seguem imagens das instalações da Central de Triagem de Eletroeletrônicos Barra Funda, situada na Rua Sérgio Meira, nº 268/80, bairro da Barra Funda, operada pela COOPERMITI:
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Ainda no desenvolvimento de ações integradas para a gestão dos resíduos eletroeletrônicos, a Prefeitura do Município de São Paulo, a Câmara Municipal de São Paulo e a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais– ABRELPE, estabeleceram acordo de cooperação com a implantação de pontos de coleta em alguns locais, com o objetivo de adotar ações conjuntas visando à implementação de um projeto piloto de sistema de logística reversa de resíduos de eletroeletrônicos.
Para viabilizar esta ação integrada, foi constituída através da Portaria Intersecretarial nº 004/SVMA/SMPS/SES/SECOM/2011 a comissão responsável pela gestão do Projeto Piloto de Sistema de Logística Reversa de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos nesta capital, cujas atribuições dos integrantes da PMSP baseiam-se em definir os pontos de coleta na cidade, além da previsão de ampliação constante da ação em São Paulo, enquanto a ABRELPE fica responsável pela instalação dos contêineres para acondicionamento dos e-trash bem como pela coleta e destinação ambientalmente correta.
5.2.5 Tratamento dos Resíduos Provenientes da Limpeza do