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Ao analisarmos o uso dos recursos naturais nos eventos, podemos constatar que:

Gráfico 1 - Ações para redução do consumo de água e energia Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

No gráfico 1 (um) observa-se que a maioria dos gestores desenvolve ações para minimizar o consumo de água e energia (primária), visto que estes são recursos não renováveis e não devem ser desperdiçados.

A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1991) afirma que os padrões atuais do uso de energia, e suas alterações, já ditam padrão para o próximo século. Portanto, esse período que se inicia na sociedade deve ser considerado de transição de uma era onde a energia foi usada de forma não sustentável.

A água é um recurso absolutamente fundamental à vida e se apresenta como elemento insubstituível nas mais diversas atividades humanas, além de ser a base para o equilíbrio ambiental (POLETO et al, 2010).

O economista americano Ian McKee, em entrevista ao Portal ECOD da Editora Abril (2012), cita o exemplo dos estádios de futebol, que têm vida útil que varia entre 50 e 70 anos.

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Então, nas suas construções ou reformas, é necessário pensar que nos próximos anos os custos de energia e água serão cada vez maiores, tornando extremamente necessária a implantação de sistemas de uso racional de água e fontes de energia renováveis.

O gráfico 2 (dois) representa a priorização da utilização de objetos duráveis ao invés dos descartáveis nos eventos esportivos.

Gráfico 2 - Priorização do uso de objetos duráveis ao invés dos descartáveis Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

Todos afirmaram que priorizam o uso de objetos duráveis ao invés dos descartáveis. Poleto et al. (2010) destacam que em nenhuma outra fase do desenvolvimento se produziu tamanha quantidade de resíduos sólidos como atualmente. A composição dessa quantidade está diretamente relacionada ao modo de vida dos povos, condições socioeconômicas e a facilidade de acesso aos bens de consumo. Portanto, quanto maior for a utilização desse tipo de objeto, evita-se desperdício de materiais e se produz o mínimo de lixo possível.

O gráfico 3 (três) questiona a priorização do uso de recursos naturais renováveis e a valorização da iluminação e ventilação natural.

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Gráfico 3 - Priorização do uso de recursos naturais renováveis e valorização da iluminação e ventilação natural Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

Ao analisarmos o uso de recursos naturais renováveis, falamos sobre as energias que são renováveis, tais como a energia solar, eólica, madeira e até mesmo a força muscular humana. No gráfico acima, a maioria respondeu que prioriza esse tipo de energia.

É evidente que, para chegarmos a um futuro mais sustentável, é necessário que haja um menor consumo de energia. Daqui a uns anos, as sociedades terão a oportunidade de gerar energia no mesmo nível que se gera hoje, utilizando metade das fontes primárias (não renováveis) de hoje (CMMAD, 1991).

O uso da iluminação e ventilação natural é uma forma de diminuir esse consumo de energia primária, e a grande maioria dos pesquisados respondeu que utiliza dessa ferramenta durante os eventos, contribuindo para uma redução nos gastos energéticos não renováveis.

O gráfico seguinte representa as respostas relacionadas à priorização do uso de materiais recicláveis ou recicladas.

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Prioriza o uso de recursos naturais renováveis?

Valoriza a iluminação ou ventilação natural?

NÃO SIM

Gráfico 4 - Priorização do uso de materiais recicláveis ou reciclados. Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

O gráfico 4 (quatro) demonstra que a maioria dos organizadores de eventos esportivos utiliza materiais recicláveis ou reciclados. Quando falamos sobre esse tipo de material, significa produtos de baixo impacto ambiental na sua produção, sendo vital que a mesma esteja inserida no Trade Fair – comércio justo. Um ponto positivo nessa questão é que há uma conscientização maior do mercado em relação ao consumo de materiais sustentáveis, aumentando o leque de fornecedores e diminuindo, assim, os preços (FERREIRA; WADA, 2010).

O documento Agenda 21 do Movimento Olímpico, do Comitê Olímpico Internacional (1999), sugere o uso de equipamentos desportivos que respeitem o meio ambiente, como por exemplo, os que utilizam produtos naturais renováveis, produzidos com materiais não poluentes, materiais reciclados ou cuja fabricação poupe matéria-prima e energias deverão ser favorecidos. E, na medida do possível, promover a utilização dos materiais locais tradicionais nos equipamentos e instalações desportivas.

No gráfico a seguir é possível verificar se, na organização do evento, utiliza-se de sistema de coleta seletiva de resíduos e encaminhamento dos resíduos para a reciclagem e compostagem. 0 1 2 3 4 5 6 7 SIM NÃO

Gráfico 5 – Coleta seletiva e encaminhamento de resíduos para reciclagem e compostagem Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

A coleta seletiva de resíduos é efetuada pela maioria dos organizadores dos eventos, mas quando se trata do encaminhamento para a reciclagem e compostagem, o resultado ficou dividido, e uma metade encaminha e a outra não.

Transformar os produtos que não atendem mais ao seu fim em outros que possam suprir necessidades diferentes, retornando-o ao ciclo de vida do produto, está diretamente relacionado ao conceito de desenvolvimento sustentável (POLETO et al., 2010).

O gráfico 6 (seis) analisa o incentivo ao transporte coletivo ou solidário.

Gráfico 6 - Incentivo ao transporte coletivo ou solidário Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

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Possui sistema de coleta seletiva de resíduos?

Encaminha resíduos para a reciclagem e compostagem? NÃO SIM 0 1 2 3 4 5 6 SIM NÃO

A maioria dos organizadores utiliza a estratégia de incentivar o transporte coletivo e solidário. Os meios de transporte particulares utilizam energias que, em sua maioria, não são renováveis. Quando se incentiva o transporte coletivo e solidário, diminui-se o gasto de energia, pois quanto mais pessoas utilizarem do mesmo espaço, não desperdiçando lugares, se contribui para a diminuição de gases poluentes e de trânsito nas grandes cidades.

Os transportes contribuem para muitos problemas ambientais como a poluição do ar, o consumo de energia não renovável e o uso excessivo do solo sob a forma de pistas de rolamento ou de estacionamento. No caso das distâncias curtas, há também o incentivo dos meios de locomoção que utilizam a força muscular e a prática do esporte, como a marcha ou a bicicleta (COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL, 1999).

O gráfico a seguir apresenta as respostas em relação ao oferecimento de alimentos orgânicos quando o evento possui uma ou mais praças de alimentação.

Gráfico 7 - Oferecimento de alimentos orgânicos quando possuir praça de alimentação Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

No gráfico 7 (sete) houve uma igualdade nas respostas, sim e não, em relação ao oferecimento de alimentos orgânicos quando se mantém praça de alimentação no local do evento.

A prefeitura de Londres, sede dos Jogos Olímpicos de 2012, em parceria com organizações locais, iniciou uma campanha que traz como objetivo principal o incentivo ao consumo de alimentos orgânicos. Após a finalização dos Jogos Olímpicos de 2012, o Rio de Janeiro será a próxima cidade a sediar as Olimpíadas, com o desafio de superar a capital britânica no quesito sustentabilidade. As ações previstas para esta área devem ser implantadas

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no país em meados de 2013, antes da Copa do Mundo em 2014. Os eventos esportivos em si, ao adotarem essa ação, representam uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento da agricultura familiar e orgânica, beneficiando pequenos produtores que optam pelo não uso de agrotóxicos e pesticidas no cultivo dos alimentos (PORTAL ECOD, 2012).

Ou seja, quando esse consumo “saudável” é incentivado, contribui-se para a economia nesse setor da agricultura, além de favorecer a alimentação saudável de todos que participam dos eventos esportivos, sejam eles atletas, organizadores e participantes. Contribui-se para uma manutenção da qualidade de vida, se relacionando diretamente com o termo “esporte é saúde”.

4.2 SOCIAL

O próximo gráfico diz respeito às ações relacionadas com a comunidade espectadora dos eventos e as atividades promovidas para sua interação e participação no local.

Gráfico 8 – Interação e participação do público Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

Quando observado sobre as atividades proporcionadas à população para a vivência e experimentação destes durante o evento, 5 (cinco) de 8 (oito) responderam que isso ocorre em seus eventos. E em relação à criação de momentos culturais e promoção de espaços de encontros, quase a todos responderam que sim, há o incentivo. Isso nos remete ao raciocínio de que a sustentabilidade não está relacionada somente às questões ambientais, possui também relações com a promoção da vida no seu sentido mais

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Prevê atividades para a vivência e experimentação da população? Cria momentos culturais (para apreciação do viver popular)? Promove espaços de encontros? NÃO SIM

amplo. É um processo de reflexões e ações que cuidam do relacionamento entre as opções humanas e o meio envoltório, em circunstâncias específicas (NÁDIA et al., 2008).

Durante um evento esportivo, essa relação está presente na participação do público junto ao evento, sejam em gincanas, palestras e/ou cursos, aulas experimentais do esporte, sessões de autógrafo, mutirões de limpeza (quando, por exemplo, o evento é na natureza), espaços de confraternização, etc.

O gráfico 9 (nove) representa a utilização de ações referentes ao respeito às sensibilidades e necessidades da comunidade do entorno.

Gráfico 9 - Respeito às sensibilidades e necessidades da comunidade do entorno Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

Em relação ao respeito às sensibilidades e necessidades da comunidade do entorno, evitando incômodos, como por exemplo, ruídos intoleráveis e presença de lixo no entorno, todos responderam que respeitam a comunidade.

O gráfico seguinte diz respeito à logística do evento de modo a favorecer a integração e a proximidade das pessoas e da escolha do local do evento que seja de fácil acesso.

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Gráfico 10 - Logística de modo a favorecer integração e escolha do local do evento Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

Ao abordarmos sobre essa logística, a análise nos remete ao que o gráfico 8 (oito) caracterizava. É necessário que haja a proximidade das pessoas para um maior aproveitamento destas durante o evento, fazendo parte das atividades de vivência propostas, espaços de encontro e aproveitando das situações da melhor maneira possível. Todos responderam que trabalham dessa forma. Para isso, é necessário que primeiro haja a proximidade e integração das pessoas, para então implantar ações para a vivência e experimentação da comunidade.

Ainda no gráfico 10 (dez), todos responderam que há a escolha de locais que sejam de fácil acesso. Essa escolha também remete às ações de incentivo ao transporte coletivo e solidário e aos gastos de energia. Quando o evento situa-se num local de fácil acesso, supõe- se que haja transporte coletivo, estacionamentos e boas rodovias no entorno, o que facilita o deslocamento durante o evento. Mas esse fácil acesso pode se tornar tumultuoso quando tratamos de grandes eventos, é necessário, algumas vezes, criar ações para a redução do incômodo aos espectadores e participantes do evento. Ações como transportes coletivos destinados somente aos eventos, nesses casos, é uma alternativa viável e de baixo custo energético.

O próximo gráfico é referente à adequação do espaço físico para pessoas com dificuldade de locomoção. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Trabalha a logística do evento de modo a favorecer a integração e a

proximidade das pessoas?

Escolhe o local do evento que seja de fácil acesso?

NÃO SIM

Gráfico 11 - Adequação do espaço físico para pessoas com dificuldade de locomoção Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

No gráfico 11 (onze), a maioria dos organizadores dos eventos respondeu que adequam seus espaços físicos para pessoas com dificuldade de locomoção. Dentro desse quesito, além das questões como a adoção de medidas de acessibilidade, pode ser incluída também a produção de materiais em braile, sonorização especial, intérprete de libras, etc., inseridas no contexto da sustentabilidade. Permitem a inclusão social, sem marginalização ou preconceitos (FERREIRA; WADA, 2010).

O gráfico seguinte responde às estratégias dos gestores esportivos em relação à manutenção ou restauração do ambiente do evento.

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Gráfico 12 – Manutenção ou restauração do ambiente do evento Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

A maioria dos organizadores se preocupa com essa questão, e quando perguntado o que era realizado, grande parte respondeu que se preocupava com a limpeza do local do evento durante e após sua realização. O documento Agenda 21 do Movimento Olímpico, do Comitê Olímpico Internacional (1999), incentiva a melhor utilização possível das instalações desportivas existentes, de conservá-las em bom estado e melhorá-las, de aumentar sua segurança e diminuir o seu impacto sobre o meio ambiente.

4.3 PLANEJAMENTO

O gráfico seguinte refere-se à busca de parcerias dos organizadores dos eventos com instituições que compartilham o princípio da sustentabilidade, multiplicando assim experiências nesse sentido.

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Gráfico 13 - Busca de parcerias com empresas que compartilham o princípio da sustentabilidade Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

A maioria desses organizadores busca essa parceria, Ferreira e Wada (2010) destacam que a relação com empresas que tenham o mesmo pensamento preservacionista e sustentável é condição indispensável para o pleno processo dos eventos verdes.

Quando você relaciona seu evento com uma empresa com princípios sustentáveis, o resultado é a associação da imagem do evento com os princípios da empresa, multiplicando experiências e ideais.

O gráfico 14 (quatorze) analisa as respostas em relação à divulgação do evento em diferentes ambientes e setores.

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Gráfico 14 - Divulgação do evento em diferentes ambientes e setores Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

O resultado indica que grande parte dos gestores dos eventos esportivos divulga seus eventos em diferentes ambientes e setores. A estratégia de divulgação de um evento consiste na definição e adequação dos meios e mensagens a serem utilizadas, na busca de informar, sensibilizar e motivar o público-alvo. Os meios de comunicação são os condutores das mensagens ao público pretendido, portanto cada tipo de público possui meios adequados ao seu perfil, que podem ser: jornais, revistas, rádio, TV, internet, redes sociais, outdoors, cartazes, etc. (MATIAS, 2002).

Nádia et al. (2008) explica que é necessário divulgar o evento em diferentes mídias, diferentes ambientes e setores urbanos para levar a informação à pessoas interessadas em diferentes níveis socioculturais.

O gráfico seguinte diz respeito ao planejamento em relação ao desenvolvimento sustentável durante a fase de projeto do evento.

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Gráfico 15 – Planejamento do evento em relação ao desenvolvimento sustentável Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

A maioria dos gestores esportivos não planeja seus eventos com o foco no desenvolvimento sustentável. O planejamento é um fator fundamental para a organização de eventos, permite a racionalização das atividades, o gerenciamento dos recursos disponíveis e a implantação do projeto (MEIRELLES, 1999). Se uma empresa ou entidade esportiva busca relacionar seus eventos com a sustentabilidade, é necessário que se faça um planejamento com base nessas ideologias.

O planejamento estratégico é o ponto de referência para os planos táticos e operacionais, nele se determina os objetivos da empresa e, nesse caso, do evento. Portanto, planejar o evento com o foco na sustentabilidade tem que fazer parte desde a elaboração do projeto do evento esportivo, se este quiser ser visto como “evento verde”.

O gráfico 16 (dezesseis) é referente à capacitação dos funcionários da empresa/evento com o foco no desenvolvimento sustentável.

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Gráfico 16 - Capacitação dos funcionários com o foco na sustentabilidade Fonte: Elaboração dos autores, 2012.

Em relação à capacitação dos funcionários da empresa e/ou entidade, a questão ainda não se encontra bem desenvolvida, apenas metade da amostra afirmou capacitar seus funcionários com o foco na sustentabilidade.

Quando se capacita as pessoas, há a transferência de conhecimento, ampliando as habilidades em relação ao assunto e se tornando essencial para a implementação cada vez melhor do desenvolvimento sustentável nos eventos esportivos. Portanto, se o interesse for de contribuir para as gerações futuras sem comprometer o meio ambiente e social, é necessário o estudo e aprofundamento no assunto.

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5. CONCLUSÃO E SUGESTÕES

O tema sustentabilidade vem ganhando visão e espaço na sociedade com as muitas especulações ao seu respeito durante esse século. Muito se fala sobre preservar o meio ambiente hoje em dia, e ações começam a ser realizadas, tanto pela população nos domicílios e no dia-a-dia, nas escolhas de alimentos, materiais e estilos de vida, tanto por instituições, empresas e governos.

O Brasil passa por um momento de visibilidade em relação a seus eventos e o foco está, em sua maioria, direcionado para a Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas. Esses eventos já se preocupam com o desenvolvimento sustentável e possuem planejamentos visando à sustentabilidade em todas as suas variáveis. De certa forma, as suas ações são espelhos para outros eventos esportivos no país e no mundo.

Ao analisar e discutir os dados obtidos na pesquisa de campo foi observado que a maioria dos pesquisados se preocupa com a sustentabilidade de seus eventos, utilizando de ações que visam diminuir o impacto referente ao uso dos recursos naturais, adotam ações para a participação da comunidade, difundem o esporte em níveis distintos da população, além da preocupação com a inclusão social e de pessoas com necessidades especiais durante os eventos.

Caso não haja uma preocupação com essas variáveis, um evento pode causar muitos danos e impactos negativos para as cidades e comunidades locais. O lixo pode gerar poluição, se mal gerido, assim como distúrbios sonoros causam desconforto para a comunidade do entorno durante o período de evento, bem como outros danos.

Apesar da região da Grande Florianópolis ser considerada uma região onde a preocupação com o meio ambiente é levada muito a sério, a resposta positiva durante a pesquisa com os organizadores de eventos esportivos locais é questionada quanto a sua veracidade, pois ao perguntarmos sobre um planejamento do evento em relação ao desenvolvimento sustentável, as respostas não se relacionaram com os outros resultados.

É necessário que a gestão do evento esportivo tenha ligação com o desenvolvimento sustentável. Planejar o evento dessa forma, pensando em todas as suas ações com vertentes preservacionistas desde o projeto, como contratação de funcionários, materiais, patrocínios, despesas, etc., além de dirigir e controlar essas ações sustentáveis tem que fazer parte da organização do evento num todo.

O fato de serem realizadas algumas ações sem o controle e análise posteriormente pode não ser eficaz. Somente quando planejamos e controlamos temos o feedback do que o evento gerou de resultado e suas possíveis melhorias.

O que se pôde concluir quanto a esses resultados é que há uma preocupação de se sentir sustentável, de pensar que é correto para todos no presente e no futuro realizarem de ações que difundam desse princípio.

Sugerem-se mais estudos relacionando eventos esportivos e sustentabilidade socioambiental, e que, ao se fazerem estudos referentes a esse tema, que, de preferência, aconteça de maneira silenciosa e sigilosa, para que não haja qualquer tipo de influência do tema, questionário e pesquisadores nas respostas e verificação da realidade no que diz respeito às ações sustentáveis nos eventos esportivos.

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