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Rede de incêndios armada do tipo carretel

8 CONDIÇÕES DOS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE

8.7. M EIOS DE INTERVENÇÃO

8.7.1. M EIOS DE PRIMEIRA INTERVENÇÃO

8.7.1.2. Rede de incêndios armada do tipo carretel

Todos os locais do Estádio do Dragão, com exceção do local afeto à UT III, devem ser servidos por redes de incêndio armadas, guarnecidas com bocas-de-incêndio do tipo carretel.

As bocas-de-incêndio devem ser dimensionadas em número suficiente capaz de cobrir todos os pontos a uma distância máxima de 5 m, espaçadas no máximo de 50 m, valor duplo do comprimento das mangueiras existentes no estádio. Estas bocas devem ser localizadas a menos de 3 m das saídas dos caminhos horizontais de evacuação e junto das saídas de locais com efetivo superior a 200 pessoas. O manípulo de manobra deve estar no máximo a 1,5 m do pavimento. As condições de pressão e caudal devem ser asseguradas por depósito privativo localizado no piso -4, associado a grupos sobrepressores, apoiados por fontes de energia de emergência, conforme indica o RT-SCIE.

As plantas do Anexo B indicam a posição das bocas-de-incêndio armadas atrás descritas. Fez-se uma análise da locação das mesmas que a seguir se desenvolve. Como resumo dessa análise resultou o Quadro 8.2:

Quadro 8.2 – Resumo do número de bocas-de-incêndio armadas tipo carretel por piso

Piso Zona

Número de bocas-de-incêndio armadas tipo carretel

existentes

Número de bocas-de-incêndio armadas tipo carretel a

adicionar 5 Nascente 2 1 Poente 2 1 4 Nascente 0 3 Poente 1 2 3 Nascente 3 2 Poente 3 2 2 Nascente 0 3 Poente 0 3 1 Nascente elevada 4 0 Nascente inferior e intermédia 5 3 Poente 7 0 0 Nascente 1 2 Poente 0 3 -1 Estacionamento 8 3 Norte 0 3 Sul 0 3 Nascente 0 3 Poente 0 3 -2 Estacionamento 18 0 -3 Norte, Sul, Nascente e Poente 27 0 -4 Nascente e Poente 0 10

Segurança Contra Incêndio em Estádios de Futebol – Estudo de Caso

Ao nível do piso 5, identificam-se duas bocas-de-incêndio em cada ala, afastadas por uma distância superior a 50 m. Junto da via vertical de evacuação não se encontra nenhuma boca-de-incêndio, pelo que a instalação de uma nesse local colocaria todo o piso em regularidade perante as exigências do RT-SCIE.

No piso 4, na ala nascente, não existe nenhuma rede de incêndios armada do tipo carretel. Sugere-se a instalação de três bocas-de-incêndio tipo carretel junto aos acessos às três caixas de escadas da ala. Relativamente à ala poente, pôde identificar-se uma boca-de-incêndio tipo carretel anexa à caixa de escadas CE2+4, pelo que se sugere a instalação de mais duas bocas-de-incêndio idênticas a esta junto às restantes vias verticais de evacuação.

Na ala nascente do piso 3 verificou-se a existência de 3 bocas-de-incêndio tipo carretel. A sua disposição mostra-se desadequada e insuficiente. Seria necessário a colocação de uma junto à caixa de escadas CE4+5 e a deslocação de uma das existentes para um local mais próximo da caixa de escadas CE1+5 ou instalação de nova boca-de-incêndio tipo carretel nesse local. Também na ala poente deste piso se podem identificar três bocas-de-incêndio tipo carretel. À semelhança da outra ala, sugere-se a colocação de uma boca deste género junto à caixa de escadas CE5+5 e a aproximação das restantes às duas vias verticais sobrantes da ala em análise.

No piso 2 não se verifica a existência de qualquer boca-de-incêndio tipo carretel. Pelo facto de este piso estar por si só associado a duas galerias com efetivo superior a 200 pessoas, já lhe era exigido a instalação das bocas-de-incêndio supracitadas. Desta forma, o autor sugere que se instalem 3 bocas- -de-incêndio tipo carretel junto às caixas de escadas de cada ala. Assim, estarão a cumprir-se todos os requisitos regulamentares.

Na ala nascente elevada do piso 1, existem 4 bocas-de-incêndio do tipo carretel. Em termos de distâncias é um número suficiente, no entanto, nenhuma se encontra a 3 metros das caixas de escadas CE3+1 e CE4+1. Na ala nascente inferior e intermédia, contabilizam-se 5 bocas-de-incêndio tipo carretel, no entanto estão todas localizadas junto aos camarotes, pelo que o patamar intermédio desta ala se encontra descompensado. Junto aos camarotes bastariam três bocas-de-incêndio como as descritas e na parte superior seriam necessárias outras 3, em que uma delas deveria ser instalada junto à caixa-de-escadas CE1+1, outra junto ao foyer camarotes 4* e 3*, por ter um efetivo superior a 200 pessoas e por fim uma junto ao restaurante, de forma a que todo o piso esteja ao alcance das mangueiras das bocas-de-incêndio. Na ala poente deste piso existem 7 bocas-de-incêndio tipo carretel que abrangem toda a área da ala. No entanto, nenhuma delas se encontra a menos de 3 m de distância da entrada das vias verticais de evacuação, constatando-se assim uma incongruência regulamentar. A norte e a sul do piso 0, não existem bocas-de-incêndio tipo carretel. Dadas as características destes locais e a existência de duas bocas de incêndio de tipo teatro, o autor entende não ser necessária a instalação de bocas-de-incêndio tipo carretel. Na ala nascente e poente apenas se identifica uma boca- -de-incêndio tipo carretel, que se localiza no átrio nascente. Neste caso, considera-se que é um número insuficiente, pelo que se sugere a instalação de uma boca-de-incêndio no átrio poente e duas bocas-de- -incêndio em cada foyer, nascente e poente, todas do tipo carretel. De relembrar que os foyers referidos têm efetivo superior a 200 pessoas.

O estacionamento do piso -1 tem 8 bocas-de-incêndio do tipo carretel. Este número não é suficiente para cobrir toda a sua área, pelo que o autor sugere a implantação de mais 3 localizadas estrategicamente para que se permita a cobertura de toda a área pelas suas mangueiras. Ao longo das galerias do piso -1 não se identifica nenhuma boca-de-incêndio do tipo carretel. Identificam-se bocas- -de-incêndio tipo teatro, e bocas-de-incêndio não armadas tipo STORZ, que cobrem toda a área das galerias. No entanto, o autor entende que as indicações do RT-SCIE deveriam ser seguidas neste locais

de grande afluência de público, pelo que sugere a inclusão, para além das bocas-de-incêndio lá instaladas, de bocas-de-incêndio tipo carretel.

No piso -2 do estádio identificam-se 18 bocas-de-incêndio tipo carretel. Este valor é suficiente para cobrir toda a área do piso, no entanto, na opinião do autor, as bocas estão mal distribuídas, uma vez que essencialmente na ala poente e norte estas estão afastadas segundo uma distância superior a 50 m. Desta forma sugere-se que se proceda a uma redistribuição das bocas-de-incêndio existentes, ou que se instalem mais cinco sistemas destes nas alas referidas.

Na avaliação do número de bocas-de-incêndio do tipo carretel do piso -3 não se faz a distinção entre os espaços da UT II e os das restantes, uma vez que estes estão interligados, podendo, por exemplo, uma boca-de-incêndio prestar auxílio em caso de emergência a espaços de diferentes utilizações-tipo. Assim, foi possível contabilizar 27 bocas-de-incêndio tipo carretel espalhadas ao longo do piso. Este valor é suficiente para se elevarem os níveis de segurança do piso, no entanto, no entender do autor, estas bocas-de-incêndio deveriam ser redistribuídas de forma equidistante ao longo do piso, dado haver locais servidos por mais do que uma e caixas de escadas sem nenhuma num raio de 3 m.

No piso -4 não se identifica, na planta respetiva do Anexo B, qualquer boca-de-incêndio tipo carretel. Esta incongruência face ao exigido no RT-SCIE deve ser colmatada procedendo-se à instalação de 10 bocas-de-incêndio no piso. Este número sugerido pelo autor irá permitir que se cumpram os requisitos relativos às distâncias entre bocas-de-incêndio ao longo dos corredores do piso.

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