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Redes sociais

No documento Vera Lia de Oliveira Sequeira (páginas 54-58)

CAPÍTULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1.2. Redes sociais

No que à análise das redes sociais diz respeito, verificou-se que todas as instituições selecionadas marcam presença em pelo menos uma das redes estudadas, sendo que o

Facebook é a mais utilizada (96%;apenas uma instituição não a utiliza) e o Instagram a menos

(48%) (Figura 5). Apenas 39% (N = 9) das instituições marca presença simultânea nas quatro redes sociais analisadas e uma (SCRIPPS) utiliza no total oito redes sociais.

A rede social com maior média de seguidores entre as instituições analisadas é o

Twitter (25 540,27) e a menor o YouTube (2 421,06), mas o número de interações conseguidas

é em média muito superior no YouTube (14 294,00) quando comparado com as outras redes, nomeadamente com o Twitter que tem a menor média registada (9,80) (Figura 6).

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Fig. 5 – Percentagem de instituições que utilizam cada uma das redes sociais analisadas. N, Não; S, Sim.

Fig. 6 – Média de seguidores/subscritores (a) e de interações (b) nas quatro redes sociais tendo em conta as instituições alvo do estudo.

Comparando as instituições dentro de cada rede social, verifica-se que algumas unidades portuguesas se destacam: o Oceanário de Lisboa, que se encontra entre as cinco instituições analisadas com maior número de seguidores nas três redes sociais em que está presente (Facebook, Instagram e YouTube), o IGC que também se destaca no Facebook,

Twitter e YouTube e a FC Research que se destaca no Facebook. Apenas cinco das instituições

nacionais analisadas marcam presença no Twitter e duas no Instagram (Figura 7). 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Instagram Twitter Youtube Facebook

N S

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Fig. 7 – Número médio seguidores/subscritores das instituições analisadas, por rede social estudada. Série azul escuro, valores no eixo primário dos y; série azul claro, valores no eixo secundário dos y.

Quanto à média do número de interações nas últimos dez publicações, por instituição e rede social, novamente surgem destacadas algumas instituições nacionais, nomeadamente o Oceanário de Lisboa, o IGC, a FC Research e o ITQB em três das redes analisadas, sendo que no Twitter o número médio de interações nas publicações nacionais é mais reduzido (Figura 8).

Quanto à frequência das publicações nas redes sociais, no Facebook 87% das instituições analisadas publica entre uma a várias vezes por dia, no Twitter esta frequência diminui para 69% das instituições, no Instagram para 60% e por fim o YouTube cuja frequência de publicação é bastante variável podendo ser semanal até anual com períodos mais ou menos prolongados em que não ocorrem publicações, não se denotando uma estratégia concreta de atualização de conteúdos, ao contrário do que se deduz da análise das restantes redes sociais.

Quanto ao tipo de publicações colocadas, no Facebook as instituições analisadas publicam preferencialmente sobre os eventos que organizam (seminários, debates, conferências, workshops), notícias que elaboram ou aproveitam para partilhar notícias de outros órgãos de comunicação em que tenham saído, publicações científicas da instituição, oportunidades de emprego/bolsas. Algumas instituições que desenvolvem atividades de

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outreach dirigidas a públicos não científicos também utilizam o Facebook para divulgar

conteúdos nesse âmbito (e.g. vídeos curtos sobre informação científica e/ou biológica, presença em escolas, vídeos dos seus investigadores a falar sobre o seu trabalho de investigação). Em algumas instituições denota-se um aumento da utilização de conteúdos vídeo em detrimento de conteúdos mais estáticos obtendo maior número de interações nessas publicações. Outras privilegiam a partilha de conteúdos de terceiros, embora no contexto do trabalho da sua instituição. Para muitas das instituições que estão também presentes no Twitter, há um aproveitamento dos conteúdos, nomeadamente científicos (eventos, publicações) promovidos no Facebook, embora a linguagem seja mais telegráfica e científica. O retweet de publicações de outros é muito comum (algumas instituições baseiam a sua estratégia de atualização unicamente no retweet).

Fig. 8 – Número médio de interações nas últimas dez publicações analisadas, por instituição alvo e rede social analisada. Série azul escuro, valores no eixo primário dos y; série azul claro, valores no eixo secundário dos y.

No Instagram, o número de conteúdos partilhados a partir dos websites, Facebook e

Twitter é menor, até porque nesta rede se partilham essencialmente fotografias e vídeos

curtos (3 a 60 segundos). As instituições que já promovem nos seus websites a fotografia do dia, da semana ou do mês, partilham o conteúdo no Instagram. Os temas centram-se na

42 promoção da instituição, da investigação desenvolvida, divulgação de eventos científicos e das atividades de outreach. Percebe-se que, em algumas instituições, a alimentação desta rede social é algo estrategicamente planeado que pressupõe a existência de bancos de imagem com legendas sobre as mesmas que remetem para projetos em curso e para o trabalho dos investigadores e que são colocadas na rede segundo um plano previamente estabelecido. Algumas instituições utilizam hashtags institucionais que permitem a qualquer um dos investigadores individualmente publicar fotografias ou vídeos onde referenciam esses

hashtags e depois a instituição fará uma seleção dessas publicações republicando os

conteúdos.

No YouTube, tendo em conta a especificidade desta rede, os conteúdos são diferentes dos publicados nas outras redes e implicam produção dedicada. Centram-se na investigação desenvolvida (incluindo entrevistas aos investigadores da instituição sobre os projetos em curso, apresentação de trabalhos por parte dos alunos de doutoramento e pós doutoramento, saídas de campo, trabalho de laboratório), na comunicação institucional (vídeos de promoção); no geral, os vídeos não ultrapassam os dois minutos possibilitando a sua partilha, nomeadamente no Facebook, mas muitos são mesmo inferiores a um minuto o que possibilita inclusive a partilha no Instagram. Algumas instituições aproveitam o canal para colocar os vídeos de seminários, palestras ou conferências resultando em vídeos muitas vezes superiores a uma hora.

Quanto a outras redes sociais utilizadas identificou-se a Yelp e o Vimeo cada uma numa instituição, o Flickr e o Google+ em duas instituições, o Pinterest é utilizado em três e o

Linkedin em sete.

No documento Vera Lia de Oliveira Sequeira (páginas 54-58)

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