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Esta semana, caracterizou-se por ser a primeira vez que iria intervir sozinha em contexto de 1.ºCiclo. Admito que os nervos eram muitos, porque, como já referi anteriormente, nunca tinha estado a intervir neste contexto e não sabia muito bem como iria ser a experiência, nomeadamente se iria gostar ou não. Houve coisas que correram menos bem durante a semana, mas acredito que através dessas experiências, fiz muitas aprendizagens. Começando pelo início da semana, ou seja, segunda-feira, foi sugerido pela professora cooperante abordar um dos grafemas de origem estrangeira e, também, os animais domésticos e selvagens. Quanto ao primeiro conteúdo, penso que a maneira como a abordei não foi a mais correta porque devia ter levado as crianças a chegarem ao grafema que era para abordar naquele dia, mas tal não aconteceu. Isto porque dei logo o grafema para eles treinarem e eles é que deveriam ter chegado ao grafema. Além disso, esqueci- me de abordar os sons desse grafema antes de lhes dar a ficha, o que fez com que eles ficassem muito confusos de como se lia o grafema. No entanto, eu tinha essa atividade planeada, ou seja, explorar o som do grafema K e respetivas palavras, mas na altura esqueci-me de abordar essa atividade. Penso que para uma próxima vez seria importante levar a planificação para perto de mim para não me esquecer de abordar os conteúdos, já que a planificação é um documento de apoio e orientação para o professor. Quanto à segunda atividade, penso que já os levei a chegarem ao que eram animais domésticos e selvagens, através da visualização de duas imagens, uma de uma floresta e outra de uma quinta. No entanto, algumas crianças tiveram algumas dificuldades em perceber, por exemplo, porque é que a vaca não podia ser também um animal selvagem, já que podia fugir da quinta e ir para a floresta. Penso que para uma próxima vez tenho de pensar melhor nas estratégias a utilizar ao explicar temas subjetivos e controversos como este, já que, como pude apurar, existem várias ideias acerca desta questão.

Na terça-feira, foi-me sugerido pela professora cooperante, abordar outro dos grafemas de origem estrangeira; a temática da páscoa; adição, subtração e resolução de problemas, de números até 50; e a germinação da semente de milho. Assim sendo, tentei relacionar todas as temáticas do dia à páscoa. Comecei por levar um fantoche de um coelho e contar uma história. Penso que esta ideia resultou, já que todas as crianças pareciam entusiasmadas e, também, porque falaram do fantoche durante vários momentos do dia. Além disso, para tornar o dia um pouco mais significativo, fizemos uma caça aos ovos da

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páscoa pela sala de aula, o que penso que também foi uma atividade significativa para eles, porque puderam sair um pouco da rotina de estarem sentados todo o dia à frente da secretária. Quanto à atividade da germinação, penso que algo que poderia melhorar de uma próxima vez era arranjar algo para marcar as sementes de cada criança. Isto porque apenas atribui um número a casa criança, dependendo da posição da sua semente, mas enquanto elas não crescerem, vai ser um pouco confuso saber onde estão as sementes de cada criança. Por isso, será importante numa próxima vez, arranjar algo que marque a posição das sementes num vaso, com o nome de cada criança, como um lápis por exemplo. Além disso, deveria ter contextualizado melhor o tema durante o dia, para que esse não aparecesse isolado no final do dia. Este dia, também foi marcante para mim pelo facto de uma das fichas das crianças não estar bem elaborada, uma vez que o meu computador não gravou as últimas alterações que tinha feito no documento. Esta experiência serviu-me para perceber que antes de imprimir qualquer documento tenho de verificar se este se encontra feito corretamente. Esta situação alterou também um pouco a planificação do meu dia, uma vez que a ficha estava planeada para de manhã e tive de a fazer a tarde, já que tive de me dirigir a minha casa à hora de almoço para fazer as alterações necessárias. No entanto, tal como afirma a EDUCRIS (s.d.), as planificações são pontos de orientação, por isso não devem ser julgados como inalteráveis, ou seja, sempre que acharmos pertinente poderemos alterá-la.

No último dia de estágio da semana, tive algumas dificuldades em conseguir chegar a todas as crianças, porque, como umas acabaram primeiro a ficha que outros, começaram a fazer a atividade de expressão plástica e começou-se a tornar difícil auxiliar todas as crianças. Acho que nessas situações, numa próxima vez, terei de explicar muito bem primeiramente a ficha para ver se existem menos dúvidas, quando outros estiverem a fazer atividade prática.

Como estas ainda foram apenas os meus três primeiros dias de prática, ainda tenho alguns receios e medos, como por exemplo não conseguir gerir o grupo de crianças, não conseguir chegar a todos durante a minha intervenção ou não conseguir realizar aprendizagens significativas nas crianças. Penso que um dos meus aspetos a melhorar é projetar um pouco melhor o meu tom de voz, porque, por vezes, tenho tendência a esforçá-la. Também foi notório os diferentes níveis de aprendizagens das crianças, já que uns demoravam muito tempo a realizar as atividades e pediam muito apoio e outros realizavam as atividades muito rapidamente. Com isto, surgiu a necessidade de definir

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atividades de recurso para este último grupo de crianças, de modo a dar tempo aos restantes de porem em prática os seus conhecimentos.

Concluindo, penso que esta primeira semana deu para realizar muitas aprendizagens e serviu também para refletir sobre aspetos que vão ser essenciais para as próximas intervenções.

Referência Bibliográficas

EDUCRIS (s.d.). Planificação. Retirado a 16/11/2013, de

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