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CAPÍTULO V – PRÁTICA PEDAGÓGICA: 3º CICLO

A.7. Reflexão da aula: 04.03.2015

A professora projetou o PPT e a turma participou e esteve atenta às questões colocadas. Quando algum aluno teimava em conversar ou baixar a cabeça para dormir, a professora ia pedindo e insistindo ora para ler a questão à turma ora para responder à questão. Apesar de uma das alunas teimar constantemente em deitar a cabeça e demonstrar total desinteresse, foi possível fazê-la ler as questões e responder, participando na aula.

A professora colocou questões sobre no que consiste a estrutura e o andamento da música, ao invés de explicar imediatamente, fazendo-os pensar e chegar à definição por eles mesmos. Uma aluna em tom de gozo, tentando ser engraçada para os colegas, disse que andamento era andar e a professora, ao invés de a reprimir, jogou com essa resposta dizendo que era esse o caminho e perguntou que ela podia andar… e a aluna respondeu lento ou rápido. Quando a professora lhe disse muito bem, a aluna nem queria acreditar que fosse a resposta certa. A professora ao reparar que uma das alunas estava distraída à conversa, perguntou o que era o andamento. A aluna disse não saber e a professora disse para perguntar à colega que havia respondido certo. Desta forma, a professora jogou com a distração da aluna dando oportunidade à colega para lhe explicar o que já sabia.

A professora optou por introduzir apenas dois conceitos de andamento para que não criar confusões, no entanto o aluno já falava em moderato e tentava se recordar do nome de outros andamentos.

Antes de dar início aos jogos auditivos, a professora deu instruções sobre como pretendia que a atividade se desenvolvesse. Explicou que à medida que iam ouvindo uma música, iriam aparecer sequencialmente várias questões alusivas à música e que pretendia que a cada resposta um aluno fosse ao quadro e escrevesse a resposta. Uma das alunas comentou à professora que isso não seria possível pois a turma não iria conseguir fazer a atividade de forma ordeira. Bastou a professora afirmar que sim, que achava possível fazê-lo, uma vez que achava que eram tudo alunos civilizados, que a aluna automaticamente concordou que eram civilizados.

Os jogos auditivos decorreram de forma ordeira, os alunos respondiam à questão e só se levantavam para escrever no quadro quando recebiam o consentimento da professora. Um dos exemplos musicais era referente ao recente

149 género musical Dubstep que foi rapidamente identificado por uma das alunas. Esta surpreendeu-se assim que a professora projetou a definição do género musical e lhe pediu para ler aos colegas. A aluna achou que era uma realidade muito próxima para estar a ser transmitida por uma professora de música, uma vez que se notou que adorava aquele género musical.

Durante o primeiro bloco foi possível cativar a turma e fazê-la prestar atenção, bem como participar no que se estava a fazer, apesar de uma das alunas insistir constantemente em deitar a cabeça. No início do segundo bloco a aula terá começado 10 minutos depois do toque da campainha, pois à medida que a aula vai decorrendo os alunos têm tendência a chegar cada vez mais tarde.

A professora deixou projetado o diapositivo referente à banda sonora propositadamente para chamar a atenção dos alunos. Não querendo esperar mais pelos restantes colegas, sabendo já que se atrasam, a professora começou a dar aula, perguntando se sabiam no que consistia o conceito banda sonora. Responderam várias coisas, mas nenhuma estava correta, quando a professora estagiária falou em filme, os alunos perceberam onde a professora queria chegar. Desse modo, foi projetada a curta-metragem Paperman sem som e com som, para que pudessem ver o impacto que o som e a música podem ter nas imagens. Acharam imensa piada à curta-metragem.

Por fim, a professora demonstrou o vídeo para o qual teriam de fazer a banda sonora e explicou que iriam gravar sons para que depois tivessem material para desenvolver uma montagem sonora. Os alunos reagiram de forma negativa, dizendo que não o queriam fazer por estar cansados. A professora não desistiu. Duas alunas atrasadas apareceram nesta altura, porque uma delas havia tingido o casaco com lixívia e tinha tentado tirar a nódoa. A professora pediu à turma para explicar às colegas o que iriam fazer e voltou a reproduzir os vídeos para que vissem.

Voltaram a dizer que não queriam gravar os sons, mas a professora foi buscar o teclado e alguns instrumentos e disse que podiam fazer grupos de pares e um trio, mas que a ideia seria trabalharem em conjunto na gravação dos sons para depois terem muito material com que trabalhar para fazer a montagem. A uma das alunas que dizia insistentemente que não queria gravar, a professora respondeu-lhe que então não fazia e ignorou-a pois a aluna estava a querer chamar a atenção. Quando os

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colegas do seu trio se chegaram ao teclado para pensar em sons para gravar, esta acabou por se lhes juntar, sentindo-se excluída.

A professora deixou o vídeo a reproduzir e sugeriu a outras duas colegas que fossem ao quadro escrever o que viam no vídeo e assinalar os sons que poderiam fazer, como por exemplo, o som de uma porta a bater, um grito, etc. A outra aluna, que estava sentada dizendo não querer fazer sons para gravar, a professora deu a função de ficar com o gravador e de gravar o trabalho dos colegas. Acabou por se entusiasmar com a sua função que até chegou a sugerir ideias de sons para gravar. Apesar de inicialmente não quererem gravar, acabaram por o fazer de forma entusiástica.

O último bloco é sempre o mais difícil, pois os alunos já não conseguem manter a concentração e a atenção e acabam sempre por pedir para cantar. A professora, não conseguindo pô-los a gravar mais sons, acabou por lhes projetar canções que pediam para cantar, como uma espécie de karaoke. Neste último bloco os alunos acabam sempre por sair mais cedo da aula. Talvez não fosse mal pensado no último bloco pensar em atividades musicais que incluam o tema karaoke.

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