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Capítulo VI – Territórios e fronteiras: reflexões e conclusões Este capítulo finaliza o trabalho apresentando uma síntese sobre os principais

Coment 10: “ olha eu achei bem difícil compreender os passos e já tive que refazer o procedimento 2 vezes para conseguir Mas, o

6. Acessando o e-mail

4.2.3 Integração dos cenários: atividades exploratórias desenvolvidas na (e em) rede

4.2.3.1 Registros do cotidiano

O objetivo geral da atividade era solucionar o problema relacionado à falta de informação sobre os serviços realizados pelo PSF e o relevante papel do Agente Comunitário de Saúde para o funcionamento deste. Especificamente pretendia-se, por meio da coleta de materiais audiovisuais, debater, reelaborar, produzir e divulgar um “produto” capaz de informar à comunidade sobre a qualidade dos serviços prestados orientando-os para a melhor utilização dos mesmos.

O problema foi levantado pelos participantes do Grupo B por meio da interação realizada com os participantes do Grupo A em um anúncio

sobre a qualidade da saúde pública divulgado na Vila na Rede. O anúncio, que significava mais um desabafo sobre a precariedade dos serviços de saúde pública (Figura 42), foi criado por uma usuária de Campinas-SP, envolvida no projeto e-Cidadania, e identificado por um participante do Grupo A em uma das atividades realizadas na rede.

Figura 42: Anúncio Críticas na Vila na Rede

Conforme exibido na Figura 42, o anúncio criado com apenas uma frase faz uma afirmação sobre o sistema de saúde dizendo que era “muito precário”. Entretanto, a publicação chamou a atenção de um dos participantes do Grupo A que sentiu-se motivado a escrever algo sobre a questão.

O anúncio criado na Vila na Rede permitia a interação por meio de Comentários e, em resposta à autora do anúncio, o participante do Grupo A escreveu um comentário identificando-se como um usuário do Telecentro de Pedreira-SP (Figura 43).

Figura 43: Comentário ao anúncio Críticas na Vila na Rede

Na sequência, outra usuária de Campinas-SP respondeu ao comentário incluindo informações e questionamentos sobre a qualidade do serviço de saúde no município de Pedreira-SP dando início, então, a uma discussão frutífera sobre o assunto (Figura 44).

Em um dos encontros presenciais com os participantes do Grupo B foi-lhes solicitado que se posicionassem na rede sobre a questão, já que atuavam na área. E, assim o fizeram dando continuidade ao debate (Figura 45).

Figura 45: Continuação do debate

Resposta ao comentário do anúncio Críticas na Vila na Rede

Os participantes do Grupo B, no caso os agentes comunitários de saúde, sentiram-se à vontade para responder aos comentários usando texto. Apenas uma participante perguntou se poderia incluir uma imagem para ilustrar seu comentário. Explicaram quais eram as atribuições do trabalho de um agente comunitário de saúde enfatizando o contato que estabeleciam com as famílias da comunidade que atendiam. Na sequência uma nova resposta da usuária de Campinas-SP (Figura 46) acabou motivando o Grupo B à amadurecer a ideia de divulgação do Programa de Saúde da Família.

Figura 46: Continuação do debate - resposta ao comentário

Anúncio Críticas na Vila na Rede

O comentário exibido na Figura 46, mais que elogiar as iniciativas dos integrantes do PSF, favoreceu a ideia de divulgação e compartilhamento, atitude que o Grupo B vinha colocando nas “rodas de conversa” e que era esperada para ser desenvolvida dentro da CVA em formação no Tidia- Ae/Sakai.

Para completar a discussão, outros membros da rede interviram comentando o anúncio com duras críticas ao serviço de saúde prestado no município de Pedreira-SP. Diante da situação encontrada os participantes do Grupo B reforçaram a necessidade de um esclarecimento à população do município sobre o serviço prestado pelo PSF e, em especial, sobre o papel que os profissionais de saúde desempenhavam no mesmo (Figura 47).

Figura 47: Finalização do debate - resposta ao comentário

anúncio Críticas na Vila na Rede

Assim surgiu uma situação concreta ideal para ser explorada no âmbito desta investigação.

Planejamos 3 semanas de incursão “em campo”, ou seja, um período em que cada equipe coletaria material audiovisual junto aos postos de saúde e comunidades onde atuavam com a finalidade de elaborar um “produto” que sintetizasse e expressasse o que de fato representava o PSF para o município. A dinâmica de trabalho consistia em coletar material, em vários formatos (texto, áudio, foto e vídeo), capaz de reconstruir a rotina de trabalho da equipe de profissionais que atuavam no PSF.

Para as atividades “em campo” foram utilizados como ferramentas a Câmera digital e o Aparelho de Mp6, disponibilizados para coleta de áudio, vídeo e fotos pelos integrantes do projeto. Em esquema de rodízio os participantes se revezavam para o uso destes equipamentos. Eles gravaram a própria atuação no ambiente de trabalho (Figura 48), fizeram entrevistas com as famílias atendidas e documentaram o trabalho dos demais integrantes da equipe de Saúde da Família nos postos.

Figura 48: Fotos dos agentes de saúde, enfermeiro e educador físico em atividade Re@ge Atividade: Registros do Cotidiano

Na Figura 48, a foto (a) mostra uma visita do enfermeiro e agente comunitária de saúde à uma família que luta contra o diabetes e a hipertensão. A foto (b) ilustra uma campanha contra estes problemas (hipertensão e diabetes) realizada periódicamente no bairro Jd. Marajoara. Agente comunitária de saúde e enfermeiro atendem e orientam as pessoas. A foto (c) mostra o educador físico atuando na mesma campanha.

Dando sequência à atividade os agentes do Jd. Andrade simularam o ciclo completo de atendimento a um paciente (Figura 49) desde que ele chega ao balcão do PSF até a entrega dos medicamentos receitados.

Figura 49: Fotos da atuação dos profissionais do PSF – Jd Andrade

Re@ge Atividade: Registros do Cotidiano

a b c

A Figura 49 apresenta algumas atividades realizadas no posto de Saúde da Família do Jardim Andrade. A foto (a) mostra a recepção e o encaminhamento de um usuário do PSF para a triagem com a enfermeira (foto b). A foto (c) mostra o usuário recebendo o medicamento na farmácia do posto.

Dando sequência às atividades “Registros do Cotidiano” os participantes do Grupo B seguiram documentando as visitas e atividades nos Postos (Figura 50).

Figura 50: Fotos da atuação dos profissionais do Posto Saúde da Família – Jd Andrade Re@ge Atividade: Registros do Cotidiano

Na Figura 50 a foto (a) mostra uma agente comunitária de saúde orientando uma mãe sobre os cuidados com o bebê. O procedimento é iniciado no posto de saúde, em um atendimento denominado puericultura, realizado pelos enfermeiros (fotos b e c).

Também faz parte do material coletado na atividade “Registros do Cotidiano” imagens que ilustram o dia-a-dia do agente comunitário de saúde (Figura 51).

Figura 51: Fotos da atuação dos profissionais do PSF Jd Marajoara

Re@ge Atividade: Registros do Cotidiano

Na Figura 51 vemos os agentes saindo do posto de saúde para visitar as famílias no bairro Jd. Marajoara (foto a); a atuação dos agentes na casa da família atendida (foto b) e o retorno ao posto de saúde para encaminhamento das informações verificadas nas visitas (foto c).

Além de registrarem em fotos o Grupo B documentou várias atividades utilizando vídeo. As Figuras 52 e 53, a seguir, ilustram trechos de vídeos coletados na atividade “Registros do Cotidiano”.

Figura 52: Trechos de vídeo elaborado pelos participantes do Grupo B

Re@ge Atividade Registros do Cotidiano

a b c

Nos trechos do vídeo, apresentados na Figura 52, enfermeiro e agente comunitária de saúde são registrados em visita à uma família atendida pelo PSF no bairro Jardim Andrade. No trecho (a) o enfermeiro orienta a moradora depois do exame de rotina. Na sequência o trecho (b) mostra o momento em que ele orienta a moradora sobre os medicamentos que ela necessita tomar.

Na Figura 53 o trecho de vídeo (a) exibe uma parte da gravação em que o enfermeiro atende mãe e bebê no momento da puericultura no posto de saúde do bairro Jd. Andrade.

Figura 53: Trechos de vídeo elaborado pelos participantes do Grupo B

Enfermeiro em atividade de puericultura no PSF

No vídeo cujos trechos são apresentados na Figura 53, depois de cumprimentar a mãe (a), fazer perguntas e realizar algumas explicações, o enfermeiro examina o bebê (b). Analisando o vídeo, o enfermeiro pode perceber alguns delizes cometidos durante o atendimento como, por

exemplo, o capacete da motocicleta deixado em cima da maca onde examinava o bebê. Sobre essa possibilidade comentou:

Coment 10 “... o fator mais importante [da utilização do vídeo] é a