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Sobre as aves endêmicas da Caatinga, ainda é um assunto muito discutido, pois seus limites propriamente ditos não são bem definidos (OLMOS et al., 2005). O autor Haffer (1985) afirmou que seriam 10 táxons endêmicos do domínio, Cracraft (1985) e Stotz et al. (1996) listaram 20 táxon, Olmos et al. (2005) apresenta em seu trabalho 23 táxons que podem ser considerados endêmicos por ocorrer no domínio da Caatinga e em florestas estacionais adjacentes.

Dentre as espécies endêmicas da Caatinga, 13 ocorrem na área da FLONA sendo elas Anopetia gounellei, Picumnus pygmaeus, Eupsittula cactorum, Herpsilochmus sellowi, Sakesphorus cristatus, Thamnophilus capistratus, Hylopezus ochroleucus, Megaxenops parnaguae, Pseudoseisura cristata, Synallaxis hellmayri, Agelaioides fringillarius, Paroaria dominicana, Sporophila albogularis (Olmos et al., 2005).

As espécies Agelaoides fringilarius, Paroaria dominicana e Sporophila albogularis tem atualmente sua distribuição mais ampla que as áreas de Caatinga, pois se beneficiarem de ambientes antropizados e são alvo do tráfico ilegal de animais silvestres, o que colabora com o deslocamento desses animais, principalmente para a região sudeste do Brasil (OLMOS et al., 2005; ARAUJO & RODRIGUES, 2011; ALVES et al., 2012).

De acordo com táxons também listados por Olmos & Albano (2012), das subspecies com distribuição alopátrica exclusiva da Caatinga são encontradas na área de estudo Crypturellus noctivagus zabele, Myrmorchilus strigilatus strigilatus, Xolmis irupero nivea, Stigmatura napensis bahiae, Canthorchilus longirostris bahiae. Desta forma a Floresta Nacional Contendas do Sincorá abriga uma parte considerável dos táxons endêmicos da Caatinga somando 18 representantes.

5.2.2 Ameaçadas

Dentre os táxons ameaçados de extinção (MMA, 2008), foram registrados Penelope

jacucaca e Crypturellus noctivagus zabele – C. n. zabele (Figura 4), considerados

vulneráveis. Na expedição realizada em 2013 foram avistados dois indivíduos de P. jacucaca na trilha da Sussuarana no período chuvoso e também foi registrado no trabalho de Freitas e Borges (2011), através de entrevista com moradores da região. O táxon Crypturellus n. zabele foi registrado no mês de setembro em três das quatro áreas de amostragem.

Espécies quase ameaçadas incluem Primolius maracana, Formicivora iheringi, Herpsilochmus sellowi, Hylopezus ochroleucus, Synallaxis hellmayri (IUCN, 2014).

Figura 4 – Táxons ameaçados de extinção. A - Dois indivíduos de Penelope jacucaca na trilha da Sussuarana, táxon ameaçado de extinção. (Foto: Kurazo Okada); B: Crypturellus noctivagus zabele (Foto: Ciro Albano).

5.2.3 Migrações

Quanto à migração foram registradas 37 espécies que realizam deslocamentos na própria Caatinga e/ou em outras regiões (OLMOS et al., 2005; ARAUJO & RODRIGUES, 2011; Las-Casas et al 2012, PEREIRA et al., 2013). São elas: Tachybaptus dominicus, Podilymbus podiceps, Dendrocygna viduata, Cairina moschata, Ardea alba, Bubulcus ibis, Laterallus melanophaius, Gallinula galeata, Himantopus mexicanus, Tringa solitaria, Jacana jacana, Zenaida auriculata, Columbina talpacoti, Claravis pretiosa, Chrysolampis mosquitus,

Chloroceryle amazona, Pachyramphus polychopterus, Pachyramphus viridis, Tachycineta

albiventer, Sporophila nigricollis, Volatinia jacarina, Sturnella superciliaris, Chrysomus

ruficapillus, Coccyzus melacoryphus, Phaeomias murina, Camptostoma obsoletum,

Euscarthmus meloryphus, Tyrannus melancholicus, Myiodynastes maculatus, Epidonomus

varius, Sporophila albugularis, Elaenia spectabilis, Turdus amaurochalinus, Progne chalybea Sporophila lineola, Myiopagis viridicata e Vireo chivi.

Algumas estimativas sugerem que 60-70% das espécies de Cerrado e Pantanal, realizam migrações sazonais, a Caatinga ainda não existe um valor definido, mas, segundo Olmos et al., (2005), o domínio deve possuir uma porcentagem próxima a esta.

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Do grupo de táxons citados que fazem migrações inter-regionais, estes podem abranger espécies aquáticas que se deslocam a fim de encontrar habitat com disponibilidade de água e/ou grupos de diferentes níveis tróficos que estão à procura de altas concentrações de alimento, como peixes, caramujos, insetos, flores, frutos e sementes (OLMOS et al., 2005). Os deslocamentos de movimentos sazonais, de menor distância, como por exemplo, dentro da própria Caatinga, são poucos documentados e mal compreendidos ainda, a maioria dos trabalhos apenas afirmam que existe a ausência de certas espécies em determinada região ou localidade durante um período do ano.

Essas migrações parecem estar envolvidas com oferta de alimento, no caso deste trabalho e em outros (OLMOS et al., 2005, ARAUJO & RODRIGUES, 2011, PEREIRA & AZEVEDO-JÚNIOR., 2013), espécies associadas ao grupo trófico de insetívoros e frugívuros estão mais presentes no período de chuva, onde ocorre a reprodução dos insetos e sua abundância (VASCONCELLOS et al., 2010), e a frutificação diferente do período da seca (STOTZ et al., 1996, PEREIRA et al., 2013).

5.2.4 Aquáticas

Um total de 24 espécies associadas ao ambiente aquático foram encontradas durante os trabalhos de campo, sendo elas Dendrocygna viduata, Amazonetta brasiliensis, Sarkidiornis

sylvicola, Cairina moschata, Nomonyx dominica, Nycticorax nycticorax, Tachybaptus

dominicus, Podilymbus podiceps, Tigrisoma lineatum, Butorides striata, Bubulcus ibis,

Ardea alba, Pilherodius pileatus, Aramides cajaneus, Gallinula galeata, Laterallus

melanophaius, Porphyrio martinicus, Himantopus mexicanus, Tringa solitaria, Jacana

jacana, Chloroceryle amazona, Xolmis irepero, Tachycineta albiventer e Fluvicola albiventer.

Das espécies que foram registradas na expedição de 2013, a maioria foi encontrada no mês de setembro, na amostragem de janeiro chegamos um pouco antes da chuva e os açudes estavam secos, não ocorrendo muitos registros desse grupo aquático.

Olmos et al., (2009) afirmam que as espécies Tachybaptus dominicanus, Dendrocygna viduata e Nomonyx dominica dependem de corpos d’água para nidificar. Os açudes temporários são de grande importância como sítio de alimentação dessas espécies associadas à água (NASCIMENTO & SCHULZ-NETO, 2000; OLMOS et al., 2005). Segundo Araujo et al. (2012) a variação pluviométrica irregular da Caatinga é responsável por forma ou manter corpos hídricos em variadas épocas do ano, influenciando a diversidade de espécies associadas a água de uma certa localidade.

5.2.5 Comentários sobre outras espécies

Foram registradas as espécies Herpsilochmus sellowi e H. atricapillus, no entanto, os autores Whitney et al. (2000) afirmam que mesmo possuindo uma grande simpatria, a sua ocorrência sintópica ainda é restrita a poucas localidades. Em contradição a esta afirmação, as duas espécies foram registradas coexistindo em várias localidades além desse estudo, como Minas Gerais (VASCONCELOS & D’ANGELO-NETO, 2007), Piauí (SANTOS, 2004, OLMOS et al., 2005, SILVEIRA & SANTOS 2012), Ceará (FARIAS et al., 2005), Rio Grande do Norte (SILVA et al., 2012) Sergipe (RUAN ESPARZA et al., 2012) e Bahia

(SILVEIRA & MACHADO 2012, DINIZ et al., 2012, SCHUNCK et al., 2012,

VASCONCELOS et al., 2012)

Olmos et al. (2005) fala sobre o registro de Herpsilochumus atricapillus e Hemitraupis guira no domínio da Caatinga pode ser associado a outros tipos de vegetação como Cerrados e Matas Semidecíduas, porém de acordo com os registros de vários inventários, como citados acima, e outros feitos no Wikiaves, eles estão amplamente distribuídos nas regiões de florestas deciduais mesmo no domínio da Caatinga. Essas espécies tem dependência florestal, sendo encontrada associada a florestas secas, caatinga arbórea ou matas de galeria (RIDGELY & TURDOR, 2009; VAN PERLO, 2009; VASCONCELOS et al., 2012; SANTOS et al., 2012).

Outro registro interessante foi da espécie Campylorhamphus falcularius que tem sua distribuição mais associada à Mata Atlântica e alguns registros na área de Cerrado dentro do município de São Paulo. Em área de Caatinga a sua distribuição atualmente se restringe a apenas dois registros, um no município de Wagner e outro em Contendas do Sincorá, ambos no estado da Bahia. No município de Boa Nova–BA, região de transição de área de Caatinga, Mata Atlântica e Mata Seca, a espécies utiliza dos três tipos de fisionomia, além das Matas de Cipó na Chapada Diamantina-BA (SICK, 1997; RIDGELY & TURDOR 2009; VAN PERLO, 2009, Comunicação pessoal de Ciro Albano).

5.4 Influência dos ambientes na composição da avifauna

A curva de abundancia de espécies registradas nos pontos de escuta, nos dois períodos de amostragem (janeiro e setembro), teve uma queda acentuada após a 25ª espécie mais abundante, por este motivo, utilizou-se essa quantidade mais representativa abundância das espécies para comparar as diferentes localidades e épocas de amostragem (Figura 5).

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Figura 5 – Curva de abundância de espécies nos dois períodos de amostragem (janeiro e setembro).

A similaridade de Bray-Curtis apontou a formação de 3 grupos: 1) Arbórea/arbustiva em setembro, 2) Arbórea/arbustiva em janeiro, 3) Arbustivo nos dois períodos de amostragem (Figura 6). Em seguida o resultado obtido pelo PERMANOVA suporta significativamente a formação desses grupos (F=38,285 e P=0,007). O arranjo observado no dendrograma demonstra principalmente diferença das abundâncias das espécies entre os períodos amostrados, com exceção do ambiente arbustivo que se manteve agregado, independente do período.

Apenas Anopetia gounellei foi a espécie que contribuiu isoladamente e

significativamente para diferenciar suportar os grupos 1 e 3 (ISA - p<0,05). Talvez, maiores diferenças não foram observadas com outras espécies porque as amostragens nos componentes arbóreos foram realizadas junto com componentes arbustivos, isso devido ao mosaico desses ambientes encontrado na FLONA.

Figura 6 – Dendograma mostrando a relação de similaridade entra as áreas amostradas, baseado na abundancia das espécies de aves.

Por fim, foi realizada uma comparação de riqueza, por meio de curvas de rarefação de espécies, entre cada grupo apontado na análise de similaridade de Bray-Curtis. As localidades de caatinga arbustiva apresentaram maior riqueza de espécies que a fisionomia de caatinga arbustiva/arbórea, quando observados os mesmos números de indivíduos detectados (Figura 7). Possivelmente, a maior riqueza observada nas áreas de caatinga arbustiva está associada a maior taxa de abundancia das espécies nessas localidades. Por exemplo, quando comparamos as taxas de captura entre os grupos observados, o grupo 1 (arbóreo/arbustivo) apresentou uma media de 46 indivíduos capturados, o grupo 2 (arbóreo/arbustivo) apresentou uma media de 45 indivíduos capturados, já o grupo 3 (arbustivo) apresentou uma media de 83 indivíduos capturados. Mesmo observando a abundancia relativa obtida com os dados de pontos de contagem, que podem minimizar números tendenciosos oriundos das amostragens por redes de neblina, o grupo 1 apresentou uma média de 178 indivíduos contactados, o grupo 2 apresentou uma media de 115 indivíduos, já o grupo 3 apresentou uma media de 247 indivíduos.

37 0 10 20 30 40 50 60 70 80 1 3 ,2 8 3 9 ,8 3 6 6 ,3 9 9 2 ,9 4 1 1 9, 5 1 4 6, 06 1 7 2, 61 1 9 9, 17 2 2 5, 72 2 5 2, 28 2 7 8, 83 3 0 5, 39 3 3 1, 94 3 5 8, 5 3 8 5, 06 4 1 1, 61 4 3 8, 17 4 6 4, 72

Arbustivo JS Arbustivo/arbóreo S Arbustivo/arbóreo J

Figura 7 – Curva de rarefação de espécies dos três grupos: arbustiva/arbórea setembro, arbustiva/arbórea janeiro e arbustivo.

6 CONCLUSÕES

Após a atualização da composição da avifauna listada no inventário da Floresta Nacional Contendas do Sincorá, publicado por Freitas & Borges 2011, colaboramos com novos registros através de expedição de campo e de registros feitos no Wikiaves, elevando a riqueza e composição das espécies. Unido a isso, a correção de algumas espécies listadas erroneamente pelos autores possibilitou um resultado mais real e atual da avifauna encontrada na FLONA.

A conservação dos habitats encontrados na FLONA é essencial para o fornecimento de recursos para o grupo de aves endêmicas e migratórias que são encontrados na área. Além disso, a Floresta Nacional comporta corpos hídricos que demonstram ser de extrema importância para a sobrevivência de muitas espécies, como as aquáticas e migratórias. A unidade de conservação tem um papel importante na conservação funcionando como um instrumento de preservação da biodiversidade e diversidade genética.

Foram citados trabalhos onde os inventários foram elaborados dentro de localidades protegidas por lei e outros em locais não protegidos, mostrando a diferença da riqueza e composição das espécies. Dentro de unidades de conservação os territórios são geralmente maiores, compostos por uma avifauna mais diversa, sendo encontradas espécies endêmicas e ameaçadas. Isto demonstra que a proteção dessas localidades é de extrema importância para preservação e manutenção das comunidades de aves.

A verificação da influencia de distintos ambientes e períodos de amostragem sobre a composição e riqueza de espécies de aves, permitiu observar a divisão de três grupos, um arbustivo/arbóreo amostrado em setembro, um arbustivo/arbóreo amostrado em janeiro e outro grupo arbustivo com os dois períodos de amostragem. A maior taxa de riqueza foi observada no grupo arbustivo sugerindo que os números de contatos feitos nesse tipo de fitofiosionomia são mais rápidos e mais numerosos do quem em caatinga arbórea, o que permite acumular uma maior riqueza comparativamente.

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