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Regulagem automática da força de frenagem em função da carga (ALB)

Descrição do funcionamento

6.4 Funções de freio

6.4.3 Regulagem automática da força de frenagem em função da carga (ALB)

O Reboque EBS inclui a regulagem da força de frenagem em função da carga, diferenciando-se entre semirreboques ou reboques de eixos de eixos centrais e reboques.

O estado de carga atual é obtido ao determinar a pressão dos amortecedores da suspensão pneumática e a pressão hidráulica com sensores, analisando o percurso da suspensão ou calculando as diferenças de rotações entre as rodas em dois eixos com sensores ABS.

Se a pressão de suspensão for inferior a 0,15 bars ou supõe 50 % da pressão de suspensão no vácuo parametrizada, a linha característica do ALB “carregado” é ativada.

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No Reboque EBS E, a linha característica de transferência consta como máximo de quatro pontos. O número de pontos utilizados na linha característica (de três a quatro) pode ser selecionado nos parâmetros TFL.

De forma padrão, são especificados os seguintes valores:

Área de contato Área de desgaste Área de transição Área de estabilidade Pressão no cabeçote do acoplamento de pilotagem pm[bar] p ≤ 0,7 0,7 < p ≤ 2,0 2,0 < p≤ 4,5 4,5 < p ≤ 6,5 Frenagem calculada

do veículo [%] 0 com 2 bares 11,3 4,5 bares com 38

com 6,5 bares

55 A ativação da pressão de frenagem é reduzida proporcionalmente à carga medida. O objetivo é alcançar uma freada de 55 % em todos os estados de carga e quando a pressão do cabeçote de acoplamento de pilotagem for de 6,5 bars.

A função de transferência da pressão da câmara de freio à pressão do cabeçote de acoplamento de serviço (pm) para semirreboques está dividida em duas áreas:

fig. 6-1: Linha característica para semirreboques

A Área de contato B Área de estabilidade

Neste exemplo, a pressão da câmara de freio na área de contato sobe de p= 0 bar a pm = 0,7 bars e de 0 a 0,4 bars.

Quando pm = 0,7 bars, alcança-se a pressão de resposta do freio da roda, de

modo que, a partir deste momento, o veículo já possa gerar força de frenagem Este ponto, isto é, a pressão de resposta de todo o sistema de freios do reboque, pode ser parametrizado no estipulado pela CE.

No percurso do processo, com o veículo carregado, a linha característica reta segue a pressão de freio, atravessando o valor calculado de pm = 6,5 bars.

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Reboque

EBS E1

Descrição do funcionamento

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Quando o veículo estiver vazio, a pressão de resposta é ativada com pm = 0,7 bars.

A seguir, a frenagem é reduzida conforme a carga.

A função de transferência para reboques de eixos separados está dividida em 4 áreas:

fig. 6-2: Linha característica para reboques de eixos separados

A Área de contato B Área de desgaste C Área de transição D Área de estabilidade

Ao final da área de contato, as pressões de resposta dos freios voltam a ser controladas, já que essas pressões podem ser diferentes. Na área de frenagem parcial, as pressões são selecionadas de modo otimizado de carga ao desgaste. No caso do reboque com, por exemplo, câmaras T-24 no eixo dianteiro e câmaras T-20 no eixo traseiro, a pressão no eixo traseiro é reduzida conforme o desenho e aumenta no eixo traseiro. Isso permite conseguir, com maior exatidão, que com a função da válvula adaptadora empregada hoje em dia, um desgaste homogêneo de todos os freios das rodas.

Na área de estabilidade, são controladas as pressões conforme ele mesmo, aproveitamento da aderência, dependendo da carga sobre o eixo.

Determinação da carga dos eixos

A carga do eixo principal (eixo c, d) é medida sempre com um sensor; existem as seguintes possibilidades:

• Medição da pressão de suspensão em veículos com suspensão pneumática mediante o sensor de pressão integrado no modulador TEBS E.

• Medição da pressão da suspensão em veículos com suspensão pneumática/hidráulica mediante um sensor de pressão externo.

• Medição do percurso da suspensão em veículos com suspensão mecânica mediante um sensor de percurso.

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A carga do eixo adicional (eixo e, f) pode ser medida com um sensor; existem as seguintes possibilidades:

• Medição da pressão da suspensão em veículos com suspensão pneumática/hidráulica mediante um sensor de pressão externo.

• Medição do percurso da suspensão em veículos com suspensão mecânica mediante um sensor de percurso.

• Determinação da carga dos eixos mediante a detecção de deslizamento em sistemas 4S/3M.

6.4.4 RSS (Sistema de ajuda contra capotamento)

A função RSS utiliza as magnitudes de entradas do Reboque EBS como p. ex., a velocidade das rodas, a informação de carga e a desaceleração nominal, assim como um sensor adicional de aceleração transversal (integrado no modulador TEBS E).

Mediante a função RSS pode ser determinado quando existe perigo de capotamento devido a uma aceleração transversal crítica provocada por uma descarga importante das rodas do lado interior da curva.

Assim, se a aceleração transversal crítica calculada para o capotamento do veículo rebocado for ultrapassada, serão ativadas pressões de teste com escassa pressão.

A duração e a intensidade depende do desenvolvimento da aceleração transversal. O perigo de capotamento é detectado segundo a relação das rodas freadas

durante um teste.

Quando o perigo de capotamento é detectado, como mínimo, as rodas do veículo rebocado são freadas com pressão máxima do lado exterior da curva reguladas individualmente (IR); assim, são reduzidos a velocidade do veículo, a aceleração transversal e, consequentemente, o perigo de capotamento.

A sensibilidade da função RSS pode ser ajustada no diagnóstico.

A pressão de frenagem das rodas no interior da curva continua invariável. A não ser que se trate de um eixo MAR.

Uma regulagem RSS é iniciada com o veículo sem frear ou parcialmente freado. Se o motorista freia com a força suficiente (desaceleração acima da

desaceleração RSS), não será iniciada nenhuma regulagem RSS.

Se o cavalo mecânico emitir um valor nominal de frenagem pneumática ou elétrica ao veículo rebocado, com uma regulagem RSS em curso, será interrompida, quando o valor nominal do cavalo ultrapasse o da regulagem RSS e a pressão de frenagem no veículo rebocado será controlada, conforme seja exigido pelo cavalo até o final da frenagem.

Segundo o sistema, nos eixos MAR, a pressão de frenagem “interior/exterior” não pode ser ativada separadamente.

O tipo de ativação da pressão geral das rodas do eixo e, f depende do tipo de veículo e da configuração do sistema ABS:

• Para os semirreboques com eixos autodirecionais e as configurações

4S/3M y 4S/2M+1M, o eixo MAR é freado basicamente com pouca ou com a

mesma pressão no caso de uso normal do ABS (estabilidade em curva dos eixos dirigidos por aderência).

Segundo o sistema, isso também é válido para 2S/2M+SLV.

• Para os reboques com configuração 4S/3M e para semirreboques sem eixo

autodirecional ou reboques de eixos centrais com as configurações 4S/3M

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Reboque

EBS E1

Descrição do funcionamento

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interior da curva durante a regulagem RSS Em seu lugar, no eixo MAR, a pressão é ativada em função do estado da marcha (especificação de valor teórico).

Enquanto a roda interior do eixo MAR não estiver em ponto de ser elevada, o eixo MAR continuará freando com pouca pressão para evitar que sejam produzidos planos no pneu.

Quando a roda interior do eixo MAR estiver a ponto de se levantar, p. ex., a pouca pressão mostre uma tendência ao bloqueio, a pressão irá aumentar (até a pressão de alimentação) dependendo do comportamento das duas rodas interiores e do estado de carga.

Se a intervenção do ABS for necessária, a pressão extraída do eixo MAR pode ser reduzida na roda do exterior da curva.

Para veículos com eixo autodirecional, o RSS somente poderá ser utilizado em comunicação com uma configuração 2S/2M+SLV (eixo autodirecional regulado através de uma válvula Select Low) ou uma configuração 4S/2M+1M ou 4S/3M

EBS/ABS (eixo autodirecional regulado em MAR).

No programa de diagnóstico, deve-se selecionar um eixo autodirecional.

6.4.4.1 Função de parada

Com a função de parada, quando o veículo estiver parado, ele é freado unicamente mediante o circuito redundante. O controle de pressão eletropneumático é desativado.

A função de parada serve para evitar um consumo elétrico desnecessário se o veículo estacionar com o freio de mão puxado e o interruptor aceso é acionado. A função é desativada quando começar o deslocamento (v > 2,5 km/h).

6.4.4.2 Função de freio de emergência

Está integrada uma função de freio de emergência, esta função permite aplicar a máxima força de frenagem possível.

Quando o uso do freio (elétrico ou pneumático) que tenta fazer o motorista superar 90 % da pressão de alimentação disponível ou > 6,4 bars, assim como no caso de freadas mais bruscas, as pressões de frenagem aumentam em rampa até

alcançar a curva característica do veículo com carga utilizando a regulagem ABS na medida do possível.

A função de freio de emergência é desconectada quando a pressão da freada abaixa de 70% da pressão de alimentação disponível.

6.4.4.3 Modo de teste

Para poder testar a distribuição elétrica da pressão de frenagem com o veículo parado, o sistema de freios eletrônico deve ser colocado em modo de teste. Neste caso, a função de parada e a de freio de emergência devem ser desconectadas. Para ativar o modo de teste, será preciso conectar a luz com o conduto de comando purgado (sistema de freios de serviço e sistemas de freio de estacionamento inativos).

A regulagem automática da força de frenagem em função da carga pode ser testada neste modo de teste, dependendo do cabeçote de acoplamento e da carga sobre o eixo atual ou da pressão de suspensão atual.

Quando o veículo for colocado em movimento, a função de parada e de freio de emergência voltarão a ser ativadas.

Quando o veículo ultrapassar os 10 km/h, nos veículos rebocados, a distribuição da pressão de frenagem é realizada por critérios de deslizamento ou em função das duas pressões de suspensão medidas.

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PERIGO Ao soltar os condutos pneumáticos, o veículo pode se mover.

Perigo de ferimentos, caso o veículo rode sozinho

– Certifique-se que a caixa de velocidades está na posição "Neutro" e que o travão de mão está accionado.

– Imobilize ou calce o veículo para que não gire sozinho.

– Fixe de forma visível uma nota no volante na qual seja explicada que estão sendo realizados trabalhos no veículo e os pedais não devem ser tocados.

Simular o estado “Carregado”:

Quando o veículo está vazio, é possível simular o estado “Carregado” purgando os amortecedores de suspensão < 0,15 bares ou soltando os condutos pneumáticos do modulador TEBS E aos amortecedores de suspensão. Assim, as pressões de frenagem podem ser ativadas completamente.

O diagnóstico por PC também inclui a possibilidade de simulação.

Ao finalizar o teste, deve-se conectar novamente o conduto ou aplicar ar nos amortecedores de suspensão.

6.4.4.4 Supervisão da pressão de alimentação

O sistema TEBS E controla a pressão de alimentação no veículo rebocado. Se a pressão de alimentação cair para abaixo de 4,5 bares, o motorista será avisado, acendendo as luzes de aviso vermelha e amarela.

Ao preencher o sistema de freios, serão apagados os pilotos de aviso de pressão de alimentação no veículo rebocado que supere os 4,5 bares.

Se, durante a marcha, a pressão de alimentação diminuir de 4,5 bares, isso será registrado adicionalmente em forma de mensagem na memória do diagnóstico.

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