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Regulamentações sobre etiquetagem, embalagem, rotulagem e operações aduaneiras

2.2. Aspectos Econômicos

2.3.9. Regulamentações sobre etiquetagem, embalagem, rotulagem e operações aduaneiras

De maneira geral, a autoridade alfandegária colombiana não determina grandes regulamentações quanto à etiquetagem, embalagem e rotulagem. Contudo, vale se ter em conta que prepará-los de maneira correta e clara, facilita e agiliza o processo de liberação da carga, podendo ainda evitar possíveis enganos por parte do oficial responsável pelo processo.

2.3.9.1. 

Embalagem 

Não existe grande número de normas regendo a embalagem dos bens que serão vendidos à Colômbia, de forma que somente existem condições especiais de embalagem, empacotamento e rotulagem para importação de produtos comestíveis, farmacêuticos e materiais considerados perigosos ou tóxicos.

O Instituto Colombiano Agropecuário (ICA), assim, expediu a resolução Nº 01079 (disponível em http://www.ica.gov.co/Embalajes/Legislaciones/2004r1079.aspx), por meio da qual se regulamentam os procedimentos fitossanitários aplicados a embalagens de madeira utilizadas no comércio internacional. Seu objetivo é evitar a chegada de pragas que possam ser introduzidas com as importações que utilizem pallets e embalagens de madeira.

Assim, desde 2005 o ICA vigia portos, aeroportos e demais portas de entrada para que as embalagens ingressantes na Colômbia cumpram com a marca de garantia de tratamento adequado, segundo as normas internacionais, no país de origem, sob pena de sanções em caso de descumprimento.

2.3.9.2. 

Rotulagem e Etiquetagem 

As regulamentações sobre rotulagem e etiquetagem na Colômbia são muito pouco exigentes. O governo colombiano só requer etiqueta assinalando o país de origem principalmente para o caso de alimentos processados, sem incluir nessa lista, entretanto, os vegetais congelados.

Os produtos destinados á alimentação, processados, engarrafados ou empacotados por supermercados, redes, etc. devem ser rotulados claramente com o nome do produto, lista de ingredientes, conteúdo e peso, nome e endereço do fabricante e importador, embalador ou re-empacotador do alimento, identificação do lote, data e instruções para conservação, instruções para uso, número de licença sanitária oficial.

 

Já para os produtos farmacêuticos – outra regulamentação -, deve-se indicar no rótulo o nome comercial do medicamento e a indicação de sua utilização (médica, veterinária e odontológica), indicar o peso e o volume do produto e sua composição, assim como a data de validade do medicamento e o número de licença sanitária oficial. E no caso de produtos perigosos ou tóxicos, é necessário mencionar no rótulo o grau de toxicidade do produto e cumprir com as disposições da ONU a respeito de embalagem e rótulos.

Para conferir a Resolução 0485 de 25 de fevereiro de 2005, que versa sobre normas para rotulagem e etiquetagem, acesse http://www.fedepanela.org.co/pdfs/Resolucion485de2005.pdf.

2.3.9.3. 

Operação Aduaneira

 

O processo de importação teve de ser substancialmente simplificado para que a Colômbia pudesse se abrir aos mercados globais, no início da década de 1990. Dessa forma, tanto a documentação, quanto o tempo do trâmite alfandegário não são custosos, agilizando a liberação da mercadoria.

Os documentos que podem ser cobrados, a depender do modo de entrada (livre ou licença prévia), pela autoridade nacional alfandegária (DIAN) são:

 Declaración Andina Del Valor em Aduana (se o valor FOB for igual ou superior a US$5.000);  Declaração de Importação;

 Registro ou Licença de Importação;  Fatura Comercial;

 Documento de Transporte;  Certificado de Origem;  Certificado de Inspeção;

 Registro ou permissão sanitária ou de outra índole;  Lista de embalagem, poder ou mandato

De maneira resumida, o processo de importação se dá conforme abaixo:

1. Solicitação de permissões de importação, obtidas junto às agências de governo apropriadas, como é o caso do Ministerio de Protección Social (para medicamentos), do Ministério de Agricultura (no caso de produtos alimentícios), etc.;

2. Obtenção e preenchimento do Formato de Registro de Importação e, posteriormente, apresentá-lo diante do MINCOMEX. O formato exige uma completa e detalhada descrição do produto, contendo também sua classificação tarifária;

 

3. Obtenção da aprovação do MINCOMEX para o Formato de Registro de Importação ou para as Licenças de Importação (nos casos que estes sejam requisitados);

4. Condução dos trâmites necessários diante de uma entidade financeira para execução do pagamento da importação;

5. Solicitação do Manifesto de Carga junto à empresa transportadora;

6. Contratação do serviço de uma “Sociedad de Intermediación Aduanera” para receber a mercadoria e retirá-la das alfândegas, seguindo os passos abaixo:

a. Preencher a Declaração de Importação. Caso o valor da importação seja igual ou superior a US$ 1.000, um agente alfandegário deverá realizar o trâmite;

b. Completar a Declaración Andina de Valor en Aduana quando o valor da importação seja igual ou superior a US$ 5.000;

c. Acionar uma autoridade financeira e pagar os impostos aduaneiros, o imposto de valor adicionado e executar demais pagamentos;

d. Apresentar os documentos à Alfândega;

e. Caso a Alfândega julgue necessário, revisará a carga para checar se está tudo correto. Logo após é autorizada a retirada da mercadoria.

Certificado de Origem

O Certificado de Origem CAN-Mercosul foi estabelecido no Acordo de Complementação Econômica ACE 59 e configura as vantagens a que produtos de origem brasileira podem receber quando de sua entrada na alfândega colombiana. Deve ser expedido com base na declaração juramentada do produtor e/ou exportador da mercadoria e à respectiva fatura comercial de uma empresa domiciliada no país de origem.

Para que o Brasil seja considerado país de origem de um bem e receba os benefícios providos pelo Certificado de Origem, contudo, é necessário que as exportações ao mercado colombiano devam ter um valor de conteúdo regional de pelo menos 60%.

Regime cambial

Todos que efetuam operações financeiras na Colômbia devem apresentar uma Declaração de Câmbio junto às entidades devidamente autorizadas, como intermediários financeiros, corretoras de Bolsa e casas de câmbio. A declaração deverá ser apresentada e assinada pessoalmente por quem realiza a operação ou por seu representante, constando informações sobre o montante, suas características e demais condições da operação. As divisas que devem ser canalizadas obrigatoriamente por meio de intermediários de câmbio, bem como as divisas que, embora estejam isentas dessa obrigação, sejam canalizadas voluntariamente por meio desses

 

empresários, estruturam o mercado cambial colombiano. São obrigatoriamente canalizadas por meio do mercado de câmbio:

a. a importação e exportação de bens;

b. as operações de endividamento externo celebradas por residentes no país, assim como os custos financeiros inerentes às mesmas;

c. os investimentos de capital estrangeiro no país, assim como seus rendimentos;

d. os investimentos financeiros em títulos emitidos ou em ativos existentes no exterior, assim como seus rendimentos, salvo os que se encontram em divisas no mercado livre;

e. os avais e garantias em moeda estrangeira; f. as operações cambiais;

g. as operações de derivados

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