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Pesquisa de Mercado. Colômbia. Referência 1 Utensílios domésticos. Abril 2012

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Referência 1 – Utensílios domésticos

 

 

PROMOEX 

Elaborado para o Instituto Nacional do Plástico – Programa Export Plastic 

PROMOEX 

Elaborado para o Instituto Nacional do Plástico – Programa Export Plastic 

Pesquisa de Mercado

Colômbia

Abril 2012

(2)
(3)

 

ÍNDICE

1.

Introdução... 6

2.

Aspectos Gerais... 7

2.1.

Aspectos Geográficos ... 7

2.1.1. Dados Gerais ... 7

2.1.2. Companhias de navegação que realizam serviços desde o Brasil até a Colômbia ... 10

2.1.3. Companhias aéreas que realizam serviços desde o Brasil até a Colômbia... 12

2.2.

Aspectos Econômicos... 14

2.2.1. Introdução ... 14

2.2.1. Setores Econômicos (mineração, agropecuária, indústria, serviços)... 19

2.2.2.1. Mineração ... 19 2.2.2.2. Agropecuária ... 19 2.2.2.3. Indústria ... 20 2.2.2.4. Serviços ... 21 2.2.3. Comércio Exterior ... 22

2.3.

Legislação ... 28

2.3.1. Acordos Internacionais... 28

2.3.1.1. Acordos de Livre Comércio ... 28

2.3.1.2. Acordo de Livre Comércio EUA-Colômbia... 30

2.3.1.3. Preferências tarifárias... 32

2.3.2. Regime Alfandegário (Tarifas de importação)... 33

2.3.3. Restrições para importações: quantitativas x qualitativas... 37

2.3.4. Impostos Internos (Sales Tax, VAT, outros aplicáveis)... 37

2.3.5. Licenças ou Depósitos prévios ... 38

2.3.6. Importação em Zonas Livres... 39

2.3.7. Normas e Regulamentações... 41

2.3.8. Disposições sobre marcas e patentes ... 42

(4)

 

2.3.9.1. Embalagem ... 43

2.3.9.2. Rotulagem e Etiquetagem... 43

2.3.9.3. Operação Aduaneira ... 44

2.3.10. Legislação antidumping e preços mínimos ... 46

2.3.11. Disposições sobre envio de amostras comerciais ... 47

2.4.

Outros... 48

2.4.1. A classificação da indústria ... 48

2.4.2. Incoterms... 50

3.

Referência 1 – Utensílios domésticos... 51

3.1.

Descrição do produto ... 51

3.2.

Classificação do produto... 51

3.3.

Principais aplicações do produto ... 52

3.4.

Produção na Colômbia... 52

3.5.

Importação do produto ... 52

3.6.

Marcas que se destacam ... 55

3.7.

Condições de pagamento usuais... 56

3.8.

Época de demanda (sazonalidade) ... 56

3.9.

Normas e regulamentações específicas... 56

3.10.

Concorrência internacional ... 57

3.11.

Aspectos promocionais ... 62

3.12.

Comercialização e canais de distribuição... 62

3.13.

Agentes comerciais... 63

3.14.

Conclusões... 64

3.15.

Sumário executivo... 65

3.16.

Relação de compradores ... 68

4.

Conclusões finais e recomendações ... 69

(5)

 

4.2.

Considerações ... 70

4.3.

Principais concorrentes às empresas brasileiras... 71

4.4.

Aspectos favoráveis às empresas brasileiras... 71

4.5.

Recomendações ... 72

5.

Anexos ... 73

5.1.

Anexo I – Referências bibliográficas... 73

5.2.

Anexo II – Relação de entrevistas realizadas... 75

5.3.

Anexo III – Lista completa de Zonas Francas... 79

5.4.

Anexo IV – Diretório de Zonas Francas Permanentes 2012 (detalhado) ... 84

5.5.

Anexo V – Modelo de Contrato de Representante Comercial... 150

5.6.

Anexo VI – Programa de racionalização de sacos plásticos em Bogotá ... 158

 

(6)

 

1. 

Introdução 

A Colômbia é um país latino-americano que vem atraindo cada vez mais a atenção do cenário internacional, sendo recentemente marcada por medidas políticas e econômicas consideradas positivas e bem-sucedidas. Historicamente considerado um “típico” país da região sul do continente americano, com índices de pobreza e concentração de renda elevados, desenvolvimento socioeconômico baixo e pouca expressão no âmbito internacional, a Colômbia também foi marcada pela intensa e duradoura guerra ao tráfico de drogas e aos cartéis de entorpecentes e pelos constantes combates contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (popularmente chamadas de FARCs). Hoje, após os dois mandatos do presidente Álvaro Uribe, (2002 – 2010), o país vive um novo momento com relativa estabilidade, crescimento econômico e reduzida influência das FARCs em seu cenário interno.

Contando com a ajuda de algumas potências mundiais, como os Estados Unidos e a União Europeia, a Colômbia decidiu endurecer seu combate ao problema da violência pública, adotou uma política econômica de desenvolvimento por meio da internacionalização de seu mercado e intensificou a abertura de sua economia ao comércio internacional. As primeiras medidas começaram a valer desde o início da década de 1990, mas o processo se fortaleceu ao longo da última década e tomou proporções mais significativas durante os últimos dois anos.

A Colômbia sistematizou, de maneira mais consistente, o seu processo de abertura econômica. O governo formulou políticas administrativas internas com o objetivo de simplificar o trâmite do comércio exterior e também passou a atuar de maneira mais proativa na política internacional, negociando uma série de acordos bilaterais e mesmo multilaterais visando a ampliar a liberação comercial e a atração de investimentos. De forma geral, todas essas medidas foram consideradas positivas e bem-sucedidas, e trouxeram benefícios significativos ao desenvolvimento socioeconômico do país, que figura hoje como a quarta maior economia nacional da América Latina (atrás somente de Brasil, México e Argentina), além de reduzir substancialmente o tráfico de drogas, de diminuir a violência e de reforçar a legislação trabalhista.

Tal abertura não só aumentou o fluxo de comércio da Colômbia, como também trouxe mais duas características que impactam seu mercado: a mudança no perfil do empresário colombiano e a constante presença de marcas estrangeiras no universo de produtos comercializados. O colombiano, após vinte anos de abertura econômica, não entende a importação como uma coisa negativa. Pelo contrário, os empresários estão em busca de boas oportunidades comerciais em outros mercados que possibilitem, via alianças estratégicas (associações, joint-ventures, parcerias, etc.), ampliar sua competitividade local. Os colombianos, assim, tornaram-se familiarizados com o processo de importação e dão grande relevância ao aspecto competitivo do valor final dos produtos e serviços.

Além disso, a internacionalização da economia colombiana tornou comum que se observem marcas estrangeiras - principalmente as norte-americanas - entre as de maior destaque comercializadas no seu mercado.

Dessa forma, o presente estudo pretende abordar as características do mercado colombiano de plásticos, analisando porque ele se tornou relevante, os obstáculos e oportunidades para que as empresas brasileiras se firmem nesse país.

(7)

 

2. 

Aspectos Gerais 

2.1.  Aspectos Geográficos 

2.1.1.  Dados Gerais 

A República da Colômbia, ou simplesmente Colômbia, é composta por 32 departamentos e um distrito capital. O país se situa na região setentrional da América do Sul, fazendo terrestre com a Venezuela e o Brasil a leste, com o Equador e com o Peru ao sul, com o Panamá a noroeste, além de ser o único país sul-americano a ser banhado tanto pelo Oceano Atlântico quanto pelo Pacífico.

O território colombiano é formado, em sua maioria, por terras continentais, mas também por uma série de arquipélagos e ilhas isoladas localizadas no Pacífico e no mar do Caribe, além de ilhas fluviais, cujo conjunto se denomina Região Insular da Colômbia.

Os departamentos são divididos em municípios e estes, finalmente, subdivididos em corregimientos. Cada departamento tem um governo local com governador e Assembleia, eleitos por sufrágio universal para mandato de quatro anos. Cada município, por sua vez, é dirigido por um prefeito e um conselho, e cada corregimiento por um corregedor eleito ou líder local.

Além da capital, Bogotá, nove outras cidades foram designadas como distritos, ou seja, municípios com efeito especial, com base em características distintivas particulares. Barranquilla, Cartagena, Santa Marta, Cúcuta, Popayán, Bucaramanga, Tunja, Turbo, Buenaventura e Tumaco são os outros distritos.

(8)

 

em torno dos maiores centros urbanos, sobretudo Bogotá, que sozinha abriga mais de 15% da população nacional. As dez maiores cidades, de forma geral, merecem destaque não só devido ao seu elevado contingente populacional, mas também por serem os maiores centros dinamizadores da economia colombiana.

Assim, com alta concentração populacional e econômica, a Colômbia não constitui um país socioeconomicamente homogêneo, apresentando grandes disparidades entre as distintas regiões.

Superfície: 1.141.748 km2

População total: 46.359.166 habitantes, de acordo com estimativa projetada do censo realizado em 2005;

Principais Cidades (est. 2012 - DANE):

Nº MUNÍCIPIO DEPTO. POP.

1. Bogotá, D.C. Bogotá, D.C. 7.571.345

2. Medellín Antioquia 2.393.011

3. Cali Valle del Cauca 2.294.653

4. Barranquilla Atlántico 1.200.513

5. Cartagena Bolívar 967.103

6. Cúcuta Norte de Santander 630.971

7. Soledad Atlántico 566.784

8. Ibagué Tolima 537.467

9. Bucaramanga Santander 526.056

10. Soacha Cundinamarca 477.918

Departamentos mais populosos (est. 2012 - DANE):

Nº DEPARTAMENTO POP.

1. Bogotá, D.C. 7.571.345

2. Antioquia 6.221.817

3. Valle del Cauca 4.474.369

4. Cundinamarca 2.557.623 5. Atlántico 2.373.550 6. Santander 2.030.775 7. Bolívar 2.025.573 8. Nariño 1.680.795 9. Córdoba 1.632.637 10. Tolima 1.396.038

(9)

 

Principais portos e aeroportos

- Aeroportos por embarques em 2011 (em passageiros)

1. Bogotá - Aeropuerto Int’l El Dorado 20.258.888

2. Medellín - Aeropuerto Int’l José Maria Córdova 3.712.121 3. Cali – Aeropuerto Int’l Alfonso Bonilla 3.237.835 4. Cartagena - Aeropuerto Int’l Rafael Nuñez 2.140.907 5. Barranquilla - Aeropuerto Int’l Ernesto Cortissoz 1.637.256

- Aeroportos por carga em 2011 (em milhares)

1. Bogotá - Aeropuerto Int’l El Dorado 617.468 kg

2. Medellín - Aeropuerto Int’l José Maria Córdova 104.632 kg 3. Cali – Aeropuerto Int’l Alfonso Bonilla 34.241 kg 4. Barranquilla - Aeropuerto Int’l Ernesto Cortissoz 27.851 kg 5. Leticia - Aeropuerto Int’l Alfredo Vásquez Cobo 14.675 kg

- Portos / Distritos alfandegários (toneladas métricas em 2010)

1. SPR Cartagena 12.317.025,93

2. SPR Buenaventura 9.604.026,08

3. SPR Santa Marta 6.619.151,00

4. SPR Barranquilla 4.117.692,00

5. SPR Tumaco 21.671,40

O sistema portuário colombiano é extenso em decorrência da grande concentração de cidades populosas nas costas oceânicas do país e da proximidade com o Canal do Panamá. Contudo, apesar de possuir portos tanto no Pacífico quanto no Atlântico, pode-se perceber que o grande volume de bens importados chega pelos portos de entrada do Caribe. Isso decorre do fato do intenso fluxo marítimo dessa região e também de grande parceria comercial que têm com os Estados Unidos, México e países europeus, no mercado colombiano.

(10)

 

2.1.2.  Companhias de navegação que realizam serviços desde o Brasil até a Colômbia 

Aliança (Hamburg Süd) Aliança Navegação e Logística Ltda.

Rua Verbo Divino nº 1547 • Chácara Sto. Antônio CEP: 04791-002 São Paulo / SP

Tel.: (11) 5085-3100 Fax: (11) 5185-3193

E-mail: syndarma@sao.alianca.com.br Site: http://www.alianca.com.br

 

APL Agência Marítima Ltda.

R. Machado Bittencourt, 190 3º And. Sl. 311 - V. Clementino CEP: 04044-000 São Paulo/SP

Tel.: (11) 5087-9467 Fax: (11) 5087-9461 Site: http://www.apl.com

 

 

Companhia Sudamericana de Vapores (CSAV) - CSAV Group Agencies Brazil (Sao Paulo)

Alameda Rio Negro, 585, Bloco C, Cj 51 e 52 CEP: 06454-000 Alphaville/SP

Tel.: (11) 3306 9000 Fax: (11) 3306 9001 Site: http://www.csav.com

 

Hanjin Shipping - Hanjin Shipping do Brasil Ltda.

Alameda Santos, 787, Sala 61 - Cerqueira Cesar CEP: 01419-001 São Paulo/SP

Tel.: (11) 3089-4555 Fax: (11) 3089-4543

E-mail: ribeiro@us.hanjin.com (Amanda Munhoz Ribeiro - Customer Service) Site: http://www.hanjin.com/

(11)

 

MSC do Brasil - Mediterranean Shipping do Brazil Ltda

Av. Ibirapuera, 2332, Torre 2, 1º andar – Moema CEP: 04028-002 São Paulo/SP

Tel.: (11) 5054-9500 Fax: (11) 5052-2167

E-mail: com.spo@mscbr.com.br Site: http://www.mscbrazil.com/

 

NYK Line Brasil

Av. Paulista, 854 – 17º. Andar - Bela Vista CEP: 01310-913 São Paulo/SP

Tel.: (11)3371-4300 / 0800 77 22 695 Site: http://www.nykline.com.br/

 

Panalpina Ltda.

Av. Dr. Lino de Moraes Leme, 1138 CEP: 04360-000 - São Paulo/SP Tel.: (11) 2165 5500

Site: http://www.panalpina.com/

Uniline

Avenida Ibirapuera, 2033 – 7º andar - sala 73 – Moema CEP: 04029-100 - São Paulo/SP

Tel.: (11) 5051-7858 Fax: (55-11) 5051-8582 Site: http://www.uniline.com.br/

Yang Ming Line

Av. Ibirapuera, 2.033 - 8o andar - Sala 83 – Moema CEP: 04029-100 São Paulo/SP

Tel.: (11) 50517858 Fax: (11)50518582

(12)

 

Site: http://www.yml.com.tw/

 

Zim do Brasil Ltda. South America District

Av. Hugo Beolchi, 445, 11º e 12º andares - Vila Guarani CEP: 04310-030 São Paulo/SP

Tel.: (11) 5018-2900 Fax: (11) 5018-2930 E-mail: all@zimmkt-spo.zim.com Site: http://www.zim.com/

 

2.1.3.  Companhias aéreas que realizam serviços desde o Brasil até a Colômbia 

TAM S/A Passageiros: www.tam.com.br

Atendimentos capitais brasileiras: 4002-5700 Outros locais: 0800 570 5700

Encomendas e Carga: www.tamcargo.com.br

 

Atendimento: 0300 115 9999

Avianca

Passageiros e carga: http://www.avianca.com.br/ Atendimento: 0800-286-6543

Encomendas e Carga: (11) 3202-5656

FEDEX

Encomendas e Carga: www.fedex.com/br/  Central: 0800 703 3399

UPS

Encomendas e Carga: www.ups.com/br  São Paulo: (11) 5694-6600

(13)

 

DHL

Encomendas e Carga: www.dhl.com.br/pt.html

 

São Paulo (11) 3618-3200 e 5042-5500 Outros locais: 0800 771 3451

TNT Cargo

Encomendas e Carga: www.tnt.com/express/pt_br/site/home.html São Paulo: (11) 3573 770

ABSA Cargo

Encomendas e Carga: www.absacargo.com.br/pt/  São Paulo: (11) 2445-5901 e 2445-5966 

Panalpina Ltda.

Av. Dr. Lino de Moraes Leme, 1138 CEP: 04360-000 - São Paulo/SP Tel.: (11) 2165 5500

(14)

 

2.2. Aspectos Econômicos 

2.2.1.  Introdução 

A Colômbia ocupa a 29ª posição entre as economias mundiais em termos de PIB (paridade do poder de compra), sendo a quarta maior da América Latina, atrás somente de Brasil, México e Argentina.

Como podemos observar na tabela abaixo, o PIB colombiano vem em uma constante crescente, o que denota o grande desempenho que o país vem desenvolvendo, em termos relativos, ao longo dos últimos anos, também em decorrência das políticas de abertura econômica e de atração de capital estrangeiro.

PIB (Valores em US$ Bilhões)

Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 (est.) 2012 (est.)

PIB 346,36 381,15 403,26 416,58 438,04 462,14 482,47

Índice 79,07 87,01 92,06 95,10 100 105,5 110,14

Fonte: Banco Mundial e Governo da Colômbia

Comparação PIB Colômbia (US$ PPP x COP) 200 250 300 350 400 450 500 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 US $ Bi lh õ e s 200 250 300 350 400 450 500 CO P T ri lh õ e s

PIB Colômbia PPP (US$) PIB Colômbia (COP)

*Obs.: COP – Peso Colombiano

Mesmo passando pela crise financeira mundial do segundo semestre de 2008 e primeira metade de 2009, podemos perceber que, apesar de uma redução no ritmo de crescimento, a economia colombiana continuou crescendo. No gráfico acima, podemos perceber que, mesmo sob a análise de duas metodologias distintas para cálculo do PIB, o movimento de seu crescimento é constante.

(15)

 

PIB da Colômbia (US$ bilhões)

482,47 462,14 438,04 416,58 403,26 346,36 381,15 300,00 325,00 350,00 375,00 400,00 425,00 450,00 475,00 500,00 2006 2007 2008 2009 2010 2011 (est.) 2012 (est.)

Fonte: Banco Mundial e Governo da Colômbia

Apesar do PIB colombiano ter apresentado expressivo crescimento ao longo dos anos, temos que lembrar das disparidades internas do país. Apesar do bom rendimento, a economia colombiana é muito concentrada. Dos 32 departamentos que formam seu Estado, apenas dez correspondem por mais de 80% de toda a economia nacional, além de abrigar quase 70% da população. Analisa-se na tabela abaixo:

PIB por Departamento

Estado Participação no PIB

Nacional População

1 Bogotá y Cundinamarca 31,4% 9.985.019

2 Antioquia 13,7% 6.143.809

3 Valle del Cauca 10,0% 4.428.675

4 Santander 6,9% 2.020.604 5 Atlántico 4,2% 2.344.077 6 Bolivar 3,9% 2.002.531 7 Meta 3,7% 888.802 8 Boyacá 2,6% 1.269.405 9 Tolima 2,1% 1.391.876 10 Cesar 1,9% 979.054 Total 80,4% 68,3%

(16)

 

De maneira geral, a concentração se dá em torno, principalmente, das grandes cidades, localizadas na região central e na região litorânea. Nos cinco departamentos mais populosos, assinalados no mapa abaixo, está presente 53,75% da população colombiana. Essas regiões, também correspondem por 66,2% do PIB da Colômbia, formando o centro dinamizador do país.

Fonte: Daniel Dalet / d-maps.com Edição: Promoex

Além disso, a economia colombiana é altamente pautada em atividades de comércio e serviços, apesar de ser constituída por uma relativamente alta parcela de agricultura. No total, 69,5% do PIB colombiano é formado pelo setor terciário (como se pode observar na tabela abaixo), ou seja, o ramo de serviços na Colômbia corresponde a US$ 321,2 bilhões.

(17)

 

Composição do PIB por Segmento

Mineração 9,4% Indústria 14,1% Construções 7,7% Comércio e serviços 12,7% Sist. Financeiro 20,9% Serviços Sociais 17,3% Transporte 7,0% Agricultura 7,1% Serviços básicos (água, luz, gás) 3,9%

Fonte: DANE - Dirección de Síntesis y Cuentas Nacionales

Tal peso do setor terciário demonstra algumas características inerentes à economia colombiana, como a relativa fraqueza, de forma geral, da indústria nacional; uma alta participação da agricultura, representando um grande peso das commodities na pauta exportadora; e a intensa abertura aos mercados mundiais, pela qual tem passado a Colômbia na última década, sobretudo nos últimos dois anos.

Evolução da Conversão de 10.000,00 pesos colombianos

MOEDAS 1/1/10 1/1/11 1/10/11 1/11/11 1/12/11 1/1/12 1/2/12 1/3/12 1/4/12 Dólar norte-americano 4,88 5,19 5,19 5,28 5,13 5,16 5,57 5,64 5,57

Euro 3,39 3,93 3,86 3,87 3,80 3,98 4,23 4,24 4,19

Libra esterlina 3,01 3,38 3,33 3,31 3,26 3,33 3,52 3,54 3,49

Real 8,49 8,65 9,62 9,24 9,18 9,68 9,67 9,68 10,15

Fonte Banco Central do Brasil

A economia colombiana também se mostra forte quanto à taxa de câmbio: apresentou apreciação de sua moeda, o Peso colombiano (COP), nos últimos anos. Percebe-se na tabela acima que os mesmos 10.000,00 pesos colombianos passaram a valer mais em relação às moedas internacionais mais importantes.

Além disso, o fato de manter a moeda nacional valorizada, para a economia colombiana, constitui um grande estimulador de importações, já que pode se tornar mais barato trazer um bem de fora do que produzir localmente.

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Taxa de Câmbio

Peso Colombiano US$ Euros Libra esterlina Real

10.000,00 5,67 4,29 3,50 10,69

Fonte: Banco Central do Brasil 24/4/2012

 

Renda per capita (FMI - estimado para 2011):  Colômbia: US$ 10.155,00

 Brasil: US$ 11.845,00

Principais recursos naturais: os principais recursos naturais colombianos são os minérios, além da produção de petróleo e gás natural.

2008 2009 2010

Produto Unidade

Reserva Produção Reserva Produção Reserva Produção Petróleo milhões de barris 1.358,20 214,7 1.668,00 244,8 1.988,00 286,8 Gás Natural giga pés cúbicos 3.746,00 327,5 4.384,00 372,5 4.737,00 397,8 Fonte DANE - Departamento Administrativo Nacional de Estadística

(19)

 

2.2.1. Setores Econômicos (mineração, agropecuária, indústria, serviços) 

2.2.2.1. 

Mineração 

Segundo o Departamento Administrativo Nacional de Estadística (DANE), equivalente ao nosso Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as maiores produções de recursos naturais de origem mineral na Colômbia são carvão, níquel, cobre e ferro. Suas informações de produção seguem na tabela abaixo:

Recursos Naturais mais importantes

2008 2009 2010

Produto Unidade

Reserva Produção Reserva Produção Reserva Produção Petróleo milhões de barris 1.358,20 214,7 1.668,00 244,8 1.988,00 286,8 Gás Natural giga pés cúbicos 3.746,00 327,5 4.384,00 372,5 4.737,00 397,8 Carvão milhões ton métricas 6.814,00 73,5 6.740,50 72,8 6.667,70 74,3 Minério de Níquel mil ton métricas 56.460,90 5.119,10 65.378,50 6.657,30 52.587,60 5.617,10 Minério de Cobre mil ton métricas 115,30 61,8 156,9 73,2 134 71,3 Minério de Ferro mil ton métricas 76.067,4 1.095,42 87024,3 871,9 86.152,5 814,7 Fonte DANE - Departamento Administrativo Nacional de Estadística

2.2.2.2. 

Agropecuária 

Ainda de acordo com o DANE, do total de 37.603.381 hectares disponíveis, o solo na Colômbia, em 2011, apresentou a seguinte utilização:

Uso do Solo - Colômbia

Pecuária 77,5% Matas 9,7% Área perdida 2,5% Outros usos 2,5% Agricultura 7,8%

Fonte: Banco Mundial, Governo da Colômbia e DANE - Dirección de Síntesis y Cuentas Nacionales

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Ademais, a produção agrícola para o mesmo ano (2011) ficou distribuída conforme a tabela abaixo:

Cultivo Transitório Cultivo Permanente Produto ton. Produto ton.

Batata 1.709.949 Café 355.042

Milho 509.056 Banana 68.059

Cebolas 507.432 Cana-de-açúcar 102.331

Iuca 456.673 Cacau 63.680

Tomate 259.194 Laranja 18.861

Outras hortaliças 223.548 Manga 9.748

Algodão 94.410 Arroz 93.324 Feijão 71.467 Soja 36.672 Sorgo 17.184 Trigo 11.821 Tabaco 11.399 Cevada 1.922

Fonte DANE ENA 2011

A produção pecuária, por sua vez, foi tal como a tabela:

Rebanho Cabeças

Bovino 22.074.391

Suíno 855.404

Fonte DANE ENA 2011

2.2.2.3. 

Indústria 

A análise da indústria colombiana, realizada pelo DANE, concluiu que, em 2010, 69,7% da produção industrial se concentrou em 14 dos 63 grupos industriais:

Grupo Industrial % Refino de petróleo 12,0 Produtos químicos 8,7 Bebidas 6,4 Alimentos em geral 5,5 Minerais não-metálicos 4,4 Química básica 4,3 Produtos plásticos 4,3

(21)

 

Ferro e aço básicos 4,0

Carne e Peixe Conservas 3,8

Papel e papelão 3,8

Prod. Alimentícios 3,6

Produtos lácteos 3,4

Roupa e vestuário 3,0

Frutas, hortaliças, etc. 2,5

Outros 30,3

Fonte: DANE

2.2.2.4.

Serviços 

Como já mencionado, a economia colombiana confere grande peso ao setor terciário. Sendo responsável por quase 70% do Produto Interno Bruto da Colômbia, o setor de serviços denota algumas das características marcantes da economia deste país, com a relativa fraqueza geral da indústria nacional, talvez fruto da grande abertura de sua economia ao comércio internacional. Aliás, nos últimos dois anos, a Colômbia passou por nova fase de internacionalização de sua economia, através de uma maior atividade de sua política externa que acabou por possibilitar acordos de livre comércio assinados pelo seu governo.

Serviço % PIB (2010)

Serviços Básicos (Água, luz, gás, etc.) 3,9

Construções 7,7 Comércio e Serviços 12,7 Transporte 7,0 Sistema Financeiro 20,9 Serviços sociais 17,3 Total 69,5

Fonte: DANE - Dirección de Síntesis y Cuentas Nacionales

 

 

 

(22)

 

2.2.3.   Comércio Exterior 

Os governos colombianos têm adotado, ao longo das últimas duas décadas, diversas medidas de internacionalização de sua economia. O processo de abertura, que passou tanto por medidas de cunho administrativo - como a simplificação da burocracia e agilização das alfândegas - quanto por decisões mais políticas - tais como a eliminação de barreiras técnicas aos produtos importados e a assinatura de uma série de tratados internacionais visando à integração econômica e o estabelecimento de regiões de livre comércio -, sofreu uma significativa intensificação nos últimos dois anos, durante o fim do mandato de Álvaro Uribe (2009-primeiro semestre de 2010) e início dos trabalhos do atual presidente Juan Manuel Santos (agosto de 2010 em diante).

Na tabela e no gráfico abaixo podemos perceber como a tendência de crescimento do comércio internacional praticado pela Colômbia se acentuou durante esse período, logo após um breve retrocesso, que se deu em função dos reflexos da crise financeira do segundo semestre de 2008.

Comércio Exterior (FOB, em US$ milhões) Ano Exportações Importações Balança

Comercial Corrente de Comércio 2007 29.991 30.816 -824,3 60.807 2008 37.626 37.155 470,5 74.781 2009 32.853 31.188 1.665,2 64.041 2010 39.820 38.351 1.468,9 78.170 2011 56.954 51.998 4.955,5 108.952

Fonte: DIAN / Cálculos: DANE

A corrente de comércio (soma das exportações e das importações) sofreu um salto exponencial entre 2009 e 2011, fazendo também com que a balança comercial colombiana, variasse positivamente, em função do crescimento das exportações a uma razão maior do que a das importações.

Comércio Internacional (US$ milhões)

56.954 51.998 37.626 29.991 39.820 32.853 37.155 30.816 38.351 31.188 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000 50.000 55.000 60.000 2007 2008 2009 2010 2011 Exportações Importações

(23)

 

A pauta de exportações, entretanto, é muito dependente das commodities, como se observa no gráfico abaixo, demonstrando, talvez, uma aparente fraqueza da indústria colombiana, que representa apenas por 17,5% da parcela da venda a outros países.

Composição da Pauta de Exportação de Bens (2011)

Agropecuária 12,4% Manufaturas 17,5% Outros setores 4,9% Combustíveis e indústrias extrativas 65,2%

Fonte: DIAN e DANE

Além da dependência de commodities, o comércio internacional da Colômbia é altamente ligado aos Estados Unidos e aos seus países vizinhos, situação que compromete a diversificação de parceiros e aumenta o atrelamento da economia colombiana a esses países. Vale lembrar que a Colômbia tem firmado acordos internacionais, com algum nível especial de integração, com a maioria de seus mais importantes parceiros comerciais para exportação.

Parceiros Comerciais - Exportação (2011)

Outros 34,3% Peru 2,5% Brasil 2,4% China 3,5% Venezuela 3,1% Panamá 3,4% Chile 3,9% Países Baixos 4,4% Equador 4,4% Estados Unidos 38,1%

(24)

 

Já no que tange às importações, podemos perceber que são distribuídas sem grandes diferenças entre os componentes de sua pauta, o que pode simbolizar a carência por bens manufaturados de maneira geral. Além da importação de matérias-primas e produtos intermediários, que devem ter como destino a indústria de transformação, os restantes quase 60% da importação são de produtos já prontos para consumo e não estimulam o crescimento da indústria nacional. Pelo contrário, constituem obstáculo ao desenvolvimento desta.

Parceiros Comerciais - Importação (2011)

Estados Unidos 24,9% China 15,0% Outros 30,9% Equador 1,9% Espanha 1,1% Japão 2,6% Argentina 3,4% Alemanha 4,1% Brasil 5,0% México 11,1%

Fonte: DIAN e DANE Fonte: DIAN e DANE

(25)

 

Comércio Bilateral da Colômbia com o Brasil (2011) US$ milhares Part. % Exportações (para o Brasil) 1.370.308 2,4

Importações (do Brasil) 2.740.248 5,0

Fonte: MINCOMERCIO

Para os parceiros comerciais de quem a Colômbia importa verifica-se grande presença dos Estados Unidos, seguido pela China e pelo México. Somente esses três países respondem por mais da metade de todas as importações colombianas, constituindo um dado expressivo. Como Brasil, Alemanha, Argentina e Japão respondem por mais de 15% das importações colombianas, esses sete países somados, respondem por dois terços do total de importações. Ou seja, há concentração em parceiros comerciais de maneira acentuada, o que agrava a questão da diversificação de mercados.

Ao contrário das exportações, os países vizinhos não são responsáveis por parcelas consideráveis das importações colombianas, derivando também do fato de possuírem indústrias relativamente fracas.

Assim, podemos tecer algumas considerações:

 A participação do comércio internacional no mercado colombiano é intensa, resultado da grande abertura da economia do país em um passado recente;

 As exportações colombianas são marcadas por um forte peso de commodities e pouca diversificação de destinos. De forma geral, a indústria de bens para consumo não é bem desenvolvida e dependente de mercados vizinhos como os países da Comunidade Andina de Nações, enquanto as exportações de commodities se destinam em maior volume aos Estados Unidos e aos países europeus;

 As importações, por sua vez, são em maior parte de bens de capital e de consumo já manufaturados, e de um rol de parceiros ainda menor: EUA, China e México (que correspondem, sozinhos, a mais da metade das importações), Brasil, Alemanha, Argentina e Japão. Os países vizinhos não representam parcela significativa das importações colombianas, também em vista de sua indústria ser mais fraca que a da Colômbia.

Se nos concentrarmos na importação especificamente do “Capítulo 39 – Matérias Plásticas e suas manufaturas”, podemos perceber que este setor apresentou variação similar à da economia colombiana como um todo: tendência de crescimento refreada pela crise global do fim de 2008 e posterior crescimento substancial, acompanhando a maior internacionalização da sua economia do país.

(26)

 

Importações segundo capítulo importado e principais países de origem

US$ Milhões CIF

Capítulos Países 2007 2008 2009 2010 2011 Part. 2011 (%) Estados Unidos 491,9 533,3 467,6 580,6 672,6 30,7 México 148,2 220,4 172,2 231,8 296,5 13,5 China 87,3 112,2 105,8 144,3 205,1 9,4 Brasil 86,6 88,4 85,3 108,3 137,7 6,3 Coreia 68,7 112,2 72,8 86,5 120,7 5,5 Peru 49,2 70,5 63,3 71,2 103,6 4,7 Alemanha 49,8 55,2 45,1 58,2 79,7 3,6 Taiwan 30,5 41,8 31,1 42,2 79,6 3,6 Chile 44,9 54,4 42,1 43,2 62 2,8 Equador 26,3 29,5 24,7 32,1 39,8 1,8 Outros 320 279,2 204,7 281,2 392,4 17,9 Matérias Plásticas e suas Manufaturas Total 1.403,30 1.597,20 1.314,60 1.679,70 2.189,60 100,0

Fonte: DANE e DIAN

Além disso, se analisamos os países de origem das importações, perceberemos que também pouco se muda nas primeiras posições: EUA (30,7%), México (13,5%), China (9,4%) e Brasil (6,3%) continuam encabeçando a lista com quase 60% da parcela de mercado.

-500 1.000 1.500 2.000 2007 2008 2009 2010 2011

Evolução da Importação de Plásticos e suas Manufaturas

(em US$ milhões)

Outros Equador Chile Taiwan Alemanha Peru Coreia Brasil China México Estados Unidos

(27)

 

Vale, assim, fazermos três considerações sobre esse aspecto do setor de produtos plásticos da Colômbia:  Entre os cinco maiores fornecedores da Colômbia, apenas a China não possui acordo internacional

atualmente vigente ou em negociação com o país. Contudo, a sua presença em posição de destaque na lista é possível graças à grande importância atribuída pelos colombianos à questão do preço, característica pela qual a vantagem da China é mundialmente reconhecida;

 A importância de EUA, México e Brasil pode estar relacionada ao aumento de competitividade de seus preços, resultado de acordos de preferência tarifária existentes entre esses países e a Colômbia, sobretudo os acordos de livre comércio com o México e com os Estados Unidos (este já próximo de atingir período de vigência plena);

 O destaque dado à exportação de produtos plásticos do México pode estar relacionado à presença de empresas norte-americanas em solo mexicano, buscando vantagens competitivas como benefícios tarifários e mão-de-obra barata. Dessa forma, as exportações mexicanas poderiam configuram apenas um braço das exportações provindas dos EUA.

Balança de Pagamentos e Reserva de divisas:

Balança de Pagamentos

2010 2011

Tipo de Conta

US$ milhões % do PIB US$ milhões % do PIB

Variação (US$ milhões)

Conta Corrente -8.760 3,0 -9.980 3,0 1.219

Conta de capital e Financeira 11.770 4,1 13.322 4,0 1.551

Fonte: Banco de la Republica

Reservas Internacionais (US$ milhões)

Origem 2010 2011 Variação Variação bruta 3.099 3.839 741

Por transações da balança 3.136 3.744 609

Por variações monetárias -37 95 132

(28)

 

2.3. Legislação 

As informações fornecidas neste item se aplicam a todos os produtos em análise.

2.3.1. Acordos Internacionais 

2.3.1.1.

Acordos de Livre Comércio 

Cada acordo estabelece, em função das características do comercio bilateral, a redução gradual das alíquotas de importação entre os países até a eliminação total delas. O cronograma para a eliminação de todas as tarifas de importação varia de acordo para acordo e leva em conta as características dos países.

Acordos Comerciais Situação País (es)

Web site com informações sobre o acordo

Associação Europeia de Livre Comércio (AELC) - Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça

http://www.cancilleria.gov.co/footer/juridicainternacional/tr atados/tlc/vigor/aelc Canadá http://www.cancilleria.gov.co/footer/juridicainternacional/tr atados/tlc/vigor/canada Chile http://www.cancilleria.gov.co/footer/juridicainternacional/tr atados/tlc/vigor/chile Comunidade Andina de Nações

(CAN) http://www.cancilleria.gov.co/content/can

México http://www.cancilleria.gov.co/footer/juridicainternacional/tr

atados/tlc/vigor/mexico

Em vigor

Triângulo Norte - Guatemala, Honduras e El Salvador http://www.cancilleria.gov.co/footer/juridicainternacional/tr atados/tlc/vigor/triangulo CAN-MERCOSUR http://www.cancilleria.gov.co/footer/juridicainternacional/tr atados/tlc/multilaterales/mercosur Assinado (ainda não entrou

em vigor) Estados Unidos http://www.cancilleria.gov.co/footer/juridicainternacional/tratados/tlc/suscritos

Coreia do Sul http://www.cancilleria.gov.co/footer/juridicainternacional/tr atados/tlc/negociacion/corea Israel http://www.cancilleria.gov.co/footer/juridicainternacional/tr atados/tlc/negociacion/israel Panamá http://www.cancilleria.gov.co/footer/juridicainternacional/tr atados/tlc/negociacion/panama Turquia http://www.cancilleria.gov.co/footer/juridicainternacional/tr atados/tlc/negociacion/turquia Em negociação

União Europeia http://www.cancilleria.gov.co/footer/juridicainternacional/tr atados/tlc/negociacion/union

(29)

 

Existem dois acordos de livre comércio já assinados pela Colômbia, mas que ainda não foram ratificados e, portanto, ainda não entraram em período de vigência. O acordo multilateral CAN-MERCOSUR pretende ligar os dois grupos de países sul-americanos – a Comunidade Andina de Nações e o MERCOSUL - em um grande único bloco continental de livre comércio. Essa área de mercado livre é o objetivo final de um Acordo Quadro firmado, em 1998, entre os dois blocos, e previsto para se dar em dois passos: primeiro o estabelecimento de um acordo sobre fixação de preferências tarifárias – negociadas em termos (4+1) do bloco CAN com cada um dos países do MERCOSUL separadamente -, e sua posterior evolução a um acordo de livre comércio que abranja todos os países da região.

Os signatários são a Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai do lado do MERCOSUL e a Colômbia, o Equador e a Venezuela (então parte do CAN, agora do MERCOSUL), do lado da CAN. Todos miram, em comum, a expansão e diversificação do intercâmbio comercial e a eliminação das restrições tarifárias e não-tarifárias que afetem o comércio recíproco.

O primeiro passo já foi concluído, sendo o Brasil beneficiado por preferências tarifárias na Colômbia desde 1999, por esse acordo, como se perceberá ao longo deste trabalho, uma vez que os produtos plásticos brasileiros estão incluídos nos seus termos. A segunda parte, entretanto, está sob vigência provisional, aguardando ratificação por alguns países para só então entrar com força de lei.

Entretanto, apesar de o pacto CAN-MERCOSUR prever uma grande comunidade sul-americana de comércio, o acordo de livre comércio estabelecido pela Colômbia com os Estados Unidos da América é aquele sobre o qual os colombianos depositam maior expectativa.

De forma geral, as cláusulas preveem a eliminação progressiva de barreiras comerciais, além da maior proteção de direitos trabalhistas, meio-ambiente e propriedade intelectual, propiciando a criação de um ambiente comercial mais estável e transparente para o comércio e o investimento.

Analisaremos na próxima seção, com mais detalhes, o acordo EUA-Colômbia. O tratado já foi ratificado pelo país sul-americano e pelo Senado norte-americano, aguardando somente, sanção presidencial dos EUA para entrar em vigor.

Além desses dois tratados de livre comércio, o governo colombiano negocia outros cinco acordos bilaterais de mesma matéria, buscando diversificar seus parceiros econômicos e aumentar o fluxo de bens tanto importados quanto exportados.

(30)

 

2.3.1.2.

Acordo de Livre Comércio EUA‐Colômbia 

O Acordo de Promoção Comercial EUA-Colômbia (CTPA, da sigla em inglês) é um dos acordos de livre comércio atualmente pendentes. Apesar de já ratificado pelo Legislativo colombiano, o governo dos Estados Unidos continua analisando e averiguando a capacidade da Colômbia alcançar os termos acordados. As visões são bastante otimistas, uma vez que o país latino encaminhou para a aprovação o Plano de Ação Trabalhista e, planeja que ele seja implantado antes do início da vigência do CTPA. Ao menos é isto o que se percebe pela troca de notas que mantém com os Estados Unidos.

O CTPA pretende abrir o mercado de serviços colombiano de US$ 134 bilhões às altamente competitivas companhias norte-americanas. O U.S. International Trade Commission estima que o PIB norte-americano deva crescer cerca de US$ 2,5 bilhões a partir do momento de validação do acordo, aumentando as exportações de bens dos EUA em US$ 1,1 bilhão, uma vez que 80% dos tipos de mercadorias já comercializados pelos EUA com a Colômbia receberão isenção tributária imediata, e o restante será isento em até 10 anos. O aumento de exportações colombianas para os EUA, entretanto, seria menor que a metade deste valor: US$ 487 milhões. Ou seja, os EUA contam com um saldo positivo de perto de US$ 700 milhões.

Além da diferença em termos absolutos, a diferença relativa seria maior ainda, dada a diferença da economia colombiana em comparação à norte-americana e também à sua diversificação de parceiros comerciais. Ademais, os maiores efeitos gerados pela validação do CTPA aconteceriam em decorrência da liberalização de tarifas da Colômbia, uma vez que cerca de 90% dos bens de origem colombiana já entram isentos de imposto alfandegário nos EUA, condição que não é recíproca na conjuntura atual.

Entre os setores mais beneficiados pelo acordo estão os produtos da agricultura e equipamentos de construção, aeroespaciais, partes automotivas, fertilizantes e agroquímicos, equipamento para tecnologia da informação, equipamento médico e científico e o setor madeireiro.

Para a indústria química, em especial, a Colômbia representa o 14º maior mercado para os produtos norte-americanos, tendo movimentado uma média de US$ 2,5 bilhões anuais no triênio 2008-2010. Além disso, só os impostos alfandegários pagos à Colômbia pela exportação dessa indústria totalizaram aproximadamente US$ 480 milhões.

A estimativa é que os setores que mais cresçam, em números absolutos, sejam os setores de químicos, plástico e borracha, maquinário e equipamento, e partes automotivas dos EUA. Com a ratificação do acordo, é esperado que os empregos destes setores, nos EUA, aumentem significativamente, comparados aos números do ano de 2009.

Para o setor de plásticos, a Colômbia eliminará imediatamente com a implementação do acordo, as tarifas de 75% das exportações americanas. Os encargos de outros 2% serão cortados em até 5 anos, e os 23% restantes desaparecerão completamente ao fim de 10 anos da data da vigência do tratado.

Ademais, apesar de a Colômbia conceder acesso preferencial a países do MERCOSUL, CARICOM1 (Comunidade do Caribe, formada por 15 países da região e mais 5 territórios associados), Comunidade Andina

      

1

(31)

 

e outros países da América Central, a maior concorrência que os Estados Unidos podem enfrentar no mercado colombiano de químicos é o resultante do acordo comercial firmado com a União Europeia. Contudo, o CTPA prevê que os EUA invertam a sua atual situação de desvantagem tarifária em relação à U.E. e consigam obter vantagens aduaneiras. As porcentagens tarifárias encontradas hoje pelos Estados Unidos à exportação de químicos para a Colômbia variam entre zero e 20%, com uma média geral em torno de 7%.

Assim, as previsões dizem que bens norte-americanos podem substituir as importações colombianas de produtos de baixo custo de países latino-americanos. Caso isso aconteça, essa inversão não se dará por um ganho de eficiência produtiva, mas sim devido ao recebimento de tratamento preferencial quando do acesso ao mercado da Colômbia.

O período de vigência do acordo é indeterminado e seu término se dá em 180 dias a contar da notificação, por escrito, do não mais interesse em prosseguir com o vínculo por uma das partes. Para mais informações acesse o link: http://www.trade.gov/fta/colombia/

(32)

 

2.3.1.3.

Preferências tarifárias 

São acordos que preveem algum benefício tarifário (redução ou isenção) para certos produtos comercializados entre os países beneficiados e a Colômbia.

Há diversos acordos de concessão unilateral de privilégios alfandegários para a Colômbia; os dois principais são o Andean Trade Preference Act (ATPA) e o SGP Plus. O ATPA é concedido pelos EUA e abrange Bolívia, Colômbia, Equador e Peru, estimulando-os e auxiliando-os na luta contra a produção e o tráfico de drogas, expandindo suas alternativas econômicas. Já o SGP Plus, ou SGP Andino, é conferido pela União Europeia aos países da região andina da América Latina, com o mesmo objetivo do acordo de concessão unilateral dos EUA. Além desses acima mencionados, a Colômbia também firmou acordos recíprocos de preferências tarifárias, dentre os quais vários já foram mencionados na seção “Acordos de Livre Comércio”, mas abaixo resumimos suas metas:

1- Comunidade Andina de Nações (CAN) – Firmado pelo Acordo de Cartagena e funcionando sob o amparo da ALADI, a CAN forma uma área de livre comércio entre os países da região andina, aumentando sua integração.

2- Tratado de Libre Comercio de los Tres (TLC-G3) – Originalmente composto por Colômbia, México e Venezuela, o tratado prevê um roteiro assimétrico de redução das alíquotas, mas que em 10 anos iguale as tarifas entre os três países. Contudo, apesar da desistência da Venezuela, o acordo segue como acordo bilateral Colômbia-México, ou TLC-G2.

3- Acordo de Complementação Econômica com o Chile (ACE–TLC – Colômbia-Chile) - Similar ao acordo firmado com o México, as negociações entre os dois países se iniciaram como um acordo para redução mútua de tarifas alfandegárias e, dada a dimensão que atingiu, ambos os governos concluíram por ampliá-lo de forma que compreenda um tratado de livre comércio.

4- Acordo de Complementação Econômica CAN-MERCOSUR – Acordo amplo firmado entre CAN e os países integrantes do MERCOSUL, que leva em conta o estágio de desenvolvimento desigual entre os países dos blocos quando do prazo para redução das tarifas. Sendo assim, concede isenção imediata de tarifas para alguns bens e redução a longo prazo para outros produtos considerados sensíveis. Os benefícios de que o Brasil pode receber na alfândega colombiana derivam do âmbito desse acordo. 5- Comunidade do Caribe (CARICOM) – Também de mútua concessão de preferências, esse acordo

permite tanto que a Colômbia tenha maior acesso aos mercados dos países caribenhos quanto que outorgue redução de suas tarifas alfandegárias em 1128 subpartidas para países membros do bloco. Os níveis de preferências para os produtos negociados são de 100%.

(33)

 

2.3.2. Regime Alfandegário (Tarifas de importação) 

As informações fornecidas neste item se aplicam a todos os produtos em análise.

O sistema de classificação colombiano é muito semelhante ao sistema utilizado pelo Brasil. No Brasil utilizamos o NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul que categoriza e classifica os bens. A Colômbia utiliza o NANDINA – Nomenclatura Aduaneira Comum dos Países Membros do Acordo de Cartagena (Pacto Andino). Os seis primeiros dígitos são iguais aos do Sistema Harmonizado Internacional e, portanto, idênticos ao NCM. A diferença reside nos números seguintes, uma vez que o código NANDINA apresenta 10 dígitos.

As tarifas de importação aplicadas aos produtos constam do sistema tarifário harmonizado da Colômbia, conforme previsto no Decreto 4927 de 2011, mediante a Quinta Enmienda a la Nomenclatura arancelaria del Sistema Armonizado e sua correspondente avaliação alfandegária. O documento pode ser consultado no site

http://www.dian.gov.co/descargas/normatividad/2011/Decreto_4927_26122011.pdf, e traz a relação das mercadorias com o código NANDINA e as alíquotas dos impostos de importação e do Imposto ao Valor Agregado (IVA).

Existem quatro categorias tarifárias: 5% para bens de capital, 10 e 15% para produtos intermediários e 20% para bens manufaturados de consumo. Há também uma tarifa superior aplicada a automóveis, equivalendo a 35%. De maneira geral, animais e seus derivados, produtos vegetais, alimentos elaborados, plásticos e borracha, têxteis, calçados, armas e munições recebem uma tarifa superior à média (11,67%), enquanto maquinaria, equipamentos elétricos e instrumentos de precisão têm um gravame inferior ao médio.

O valor a ser declarado para os propósitos do DIAN – Dirección de Impuestos y Aduana Nacionales é o preço do produto em si, somado a quaisquer outros adicionais, bem como comissões de venda, assistência técnica, royalties, embalagem e procedimentos. Todos os valores e preços em moeda estrangeira devem ser convertidos em moeda legal colombiana para se avaliar o imposto sobre a quantidade. A tarifa de importação é atribuída conforme o valor declarado, incluindo-se os valores pagos a título de frete e seguro (imposto sobre valor CIF).

De forma geral, a tabela de tarifação da importação apresenta o código do bem na primeira coluna, a descrição da mercadoria na segunda e a taxa ad valorem a que está submetido na terceira coluna. A aplicação de preferências tarifárias, entretanto, pode variar de produto para produto e também segundo as regras de concessão de preferências tarifárias firmadas pela Colômbia.

(34)

 

Assim, para efeito de preferências tarifárias, quando houver, o Brasil recebe tratamento beneficiado para os bens elegíveis sob Acordos de Complementação Econômica firmados com a Colômbia nos âmbitos da ALADI e do CAN-MERCOSUL, podendo ter a tarifa de entrada reduzida ou mesmo receber a completa isenção dela.

Como exemplo, suponhamos que uma empresa brasileira pretenda exportar à Colômbia bens cujos códigos NANDINA sejam 3901.10.00.00, 3901.20.00.00 e 3924.10.10.00 e seja US$ 10.000,00 o valor de cada uma das mercadorias. Qual o encargo que incorreria sobre cada um dos produtos?

Sobre a mercadoria 3901.10.00.00 não existe encargo aduaneiro, independentemente do país de origem do produto, de tal forma que o valor de entrada na Colômbia permanece igual a US$ 10.000,00.

Para 3901.20.00.00, por sua vez, a tarifa ad valorem prevista é de 5%. Entretanto, o Brasil se beneficia dos Acordos de Complementação Econômica com a Colômbia para esse produto, e recebe isenção total de encargos para esse produto. Seu valor também permanece US$ 10.000,00.

A outra situação para o Brasil é no caso de exportação de 3924.10.10.00, em que o Brasil é taxado pela operação, mas com uma porcentagem inferior (1,35%) a aplicada aos países com os quais a Colômbia não outorga preferências tarifárias (15%). Nessa situação o bem entra sob o valor de US$ 10.135,00.

Pode ainda ocorrer casos em que o Brasil não seja beneficiado sob nenhum grau para determinado produto. Nessa hipótese, o valor integral da tarifa deve ser agregado quando da entrada do bem.

Os produtos analisados ao longo deste trabalho são dispostos de tal forma que seus encargos são os seguintes:

Código Descrição Regime de comércio Tarifa (%) Para o Brasil Tarifa (%) IVA (%)

Referência 1 – Utensílios domésticos

39.24

Vajilla y artículos de uso doméstico y artículos de higiene o tocador, de plástico.

3924.10 - Vajilla y demás artículos para el servicio de mesa o de cocina:

3924.10.90.00 -- Los demás Livre 15 1,35 16

3924.90.00.00 - Los demás Livre 15 1,35 16

39.26

Las demás manufacturas de plástico y manufacturas de las demás materias de las partidas 39.01 a 39.14.

3926.10.00.00 - Artículos de oficina y artículos escolares Livre 15 1,35 16

3926.90 - Las demás:

3926.90.90 -- Los demás:

(35)

 

Código Descrição Regime de comércio Tarifa (%) Para o Brasil Tarifa (%) IVA (%)

Referência 2 – Filmes plásticos não-tecido

56.03 Tela sin tejer, incluso impregnada, recubierta, revestida o estratificada.

- De filamentos sintéticos o artificiales:

5603.11.00.00 -- De peso inferior o igual a 25 g/m² Livre 10 2,60 16

5603.12 -- De peso superior a 25 g/m² pero inferior

o igual a 70 g/m²: 16

5603.12.90.00 --- Los demás Livre 10 2,60 16

5603.13.00.00 -- De peso superior a 70 g/m² pero inferior

o igual a 150 g/m² Livre 10 2,60 16

5603.14.00.00 -- De peso superior a 150 g/m² Livre 10 2,60 16

- Las demás:

5603.91.00.00 -- De peso inferior o igual a 25 g/m² Livre 10 2,60 16

5603.92.00.00 -- De peso superior a 25 g/m² pero inferior

o igual a 70 g/m² Livre 10 2,60 16

5603.93.00.00 -- De peso superior a 70 g/m² pero inferior

o igual a 150 g/m² Livre 10 2,60 16

5603.94.00.00 -- De peso superior a 150 g/m² Livre 10 2,60 16

Referência 3 – Rótulos e etiquetas

39.19

Placas, láminas, hojas, cintas, tiras y demás formas planas, autoadhesivas, de plástico, incluso en rollos.

3919.10.00.00 - Em rollos de anchura inferior o igual a 20

cm Livre 10 0,90 16

39.20

Las demás placas, láminas, hojas y tiras, de plástico no celular y sin refuerzo, estratificación ni soporte o combinación similar con otras materias.

3920.10.00.00 - De polímeros de etileno Livre 10 3,40 16

48.21 Etiquetas de todas clases, de papel o cartón, incluso impresas.

4821.10.00.00 - Impresas Livre 10 2,30 16

(36)

 

Código Descrição Regime de comércio Tarifa (%) Para o Brasil Tarifa (%) IVA (%)

Referência 4 – Estruturas Laminadas e Referência 5 – Sacolas plásticas

39.23

Artículos para el transporte o envasado, de plástico; tapones, tapas, cápsulas y demás dispositivos de cierre, de plástico.

- Sacos (bolsas), bolsitas y cucuruchos:

3923.21.00.00 -- De polímeros de etileno Livre 15 6,00 16

Serão providos dentro de cada referência estudada os respectivos códigos aduaneiros, as tarifas sobre eles aplicadas e exemplos de como devem ser calculados os encargos ad valorem.

Para informações mais detalhadas sobre as tarifas alfandegárias colombianas e os sistemas de preferências tarifárias acesse o web site da Dirección de Impuestos y Aduanas Nacionales (http://www.dian.gov.co/) e a

Ferramenta de Busca Tarifária (disponível em http://importacionescarga.dian.gov.co/WebArancel/DefMenuConsultas.faces).

(37)

 

2.3.3. Restrições para importações: quantitativas x qualitativas 

Nenhum dos produtos listados na pesquisa sofre qualquer restrição formal seja quantitativa, seja qualitativa para sua entrada na Colômbia, desde o Brasil.

De maneira geral, a Colômbia iniciou um processo de abertura à economia mundial no começo da década de 1990. Eliminou quase que em sua totalidade a lista de produtos submetidos ao regime de licença prévia, mantendo-se ainda presente, principalmente, aos insumos destinados a fabricação de drogas que produzam dependência física ou psíquica, produtos controlados por razão de segurança nacional, bens usados, imperfeitos, reconstruídos ou saldo de inventários. Além disso, diminuiu-se progressivamente a sobretaxa aplicada às importações e se reduziram, também de maneira geral, os níveis tarifários percentuais no código aduaneiro. Para alguns bens manufaturados foi aplicada isenção de tarifa alfandegária e também de IVA

Além dessa progressiva mudança, também se implantaram medidas para simplificar e agilizar o processo de importação. Foi elaborada reforma cambial para facilitar as operações financeiras de importação e diminuição da burocracia, pois mesmo para bens que necessitem de uma licença prévia de importação, o tempo médio para a concessão do documento é de três dias úteis.

Dessa forma, são poucas as restrições que podem incorrer pela alfândega colombiana, já que a cultura difundida no país é a de abertura econômica ao comércio internacional.

2.3.4. Impostos Internos (Sales Tax, VAT, outros aplicáveis) 

A Colômbia aplica como imposto interno de comércio, um sistema que mescla elementos do value-added tax (VAT) e do sales tax. O Impuesto sobre las Ventas, também chamado de Impuesto al Valor Agregado, ou somente IVA, é um imposto de caráter nacional, administrado pela Dirección de Impuestos e Aduanas Nacionales (DIAN) e que se aplica na prestação de serviços e na venda e importação de bens.

O IVA é gerado ao se realizar uma venda, prestar um serviço, ao se realizar uma importação ou praticar um jogo de azar, etc. Assim, só se gera o imposto se o bem já foi avaliado de maneira adequada pela autoridade governamental. Em caso negativo, o bem ou serviço fica isento de seu pagamento.

O DIAN reconhece dois regimes de IVA: comum e simplificado. O regime comum se refere a negócios com patrimônio superior a COP 68 milhões. Já o simplificado, por sua vez, se estende a todas as outras operações de valor menor que a primeira situação. Ainda que ambas estejam obrigadas a recolher a mesma porcentagem, a diferença é a não obrigação para que o pagador de impostos do regime simplificado proceda à escrituração ou gere faturas.

As alíquotas percentuais tarifárias variam de acordo com a classe de bens ou serviços, mas no geral o valor da taxa aplicada a ser recolhido como imposto é de 16% sobre o valor CIF da mercadoria. Além disso, podem existir bens excluídos do imposto, ou seja, não têm o dever de recolhê-lo, e bens isentos, cuja tarifa equivale à zero. O IVA ainda pode ser descontado, segundo alguns casos que não recaem sobre o estudo realizado.

(38)

 

Para exemplificar como esse imposto sobre valor agregado age, tomemos um comerciante que compra um produto no valor de $10.000, logo paga um IVA de $1.600, e o vende por $15.000, cobrando um IVA de $2.400. No momento de apresentar a sua declaração, o comerciante só pagará a diferença entre o IVA da venda e o da compra, ou seja, $800, que constituem os mesmos 16% aplicados ao valor agregado que ele aplicou ao produto, $5.000.

Vale ressaltar que todos os produtos pesquisados não são isentos de impostos, como alimentos e medicamentos prescritos, mas também não sofrem encargos de consumos especiais, como automóveis, produtos derivados do petróleo e álcool.

2.3.5. Licenças ou Depósitos prévios 

Nenhum dos produtos listados na pesquisa está sujeito a qualquer Licença ou depósito prévio.

Na Colômbia existem três regimes de importação:

1. Livre: regime estabelecido para mercadorias que podem entrar no território aduaneiro colombiano sem qualquer requerimento especial por parte da alfândega. O regime livre compreende a maioria das mercadorias e só requer como documentos o registro de importação e a licença de importação, a qual é automática;

2. Licença prévia: aplica-se a bens cuja importação necessita de aprovação por entidades estatais, como da Direção Nacional de Estupefacientes, Indústrias Militares da Colômbia (INDUMIL), Fundo Nacional de Estupefacientes, Ministério de Minas e Energia ou Instituto Colombiano de Geologia e Mineração (INGEOMINAS), além de outros, ou cuja importação não seja reembolsável (por exemplo, bens importados como investimento de capital estrangeiro, donativos, etc.), bens para os quais se solicita isenção de encargos tarifários, legalizações, produtos imperfeitos usados, reparados, reconstruídos ou restaurados, que não cumpram com padrões técnicos, remanufaturados, saldos (como veículos automóveis, tratores, ciclos e demais terrestres, cujo modelo seja anterior ao ano em que se solicita a importação), licenças anuais e as importações de entidades oficiais, exceto gasolina e ureia.

O regime de licença prévia serve para permitir ao Estado um maior controle sobre as importações, de forma que ele consiga proteger a indústria nacional colombiana. Além disso, a necessidade de concessão de uma licença tem o objetivo de controlar o nível de estoque de divisas e também de proteger o consumidor e a saúde pública.

A decisão sobre a listagem de produtos que requerem apresentação de licença prévia cabe ao Conselho Superior de Comércio Exterior e ao Comitê de Assuntos Aduaneiros, Tarifários e de Comércio Exterior. Com o mecanismo da licença prévia, o Governo pode restringir consumos considerados supérfluos e coordenar a política de importações de acordo com os planos de desenvolvimento econômico e social.

(39)

 

3. Produtos de importação proibida: armas químicas, biológicas e nucleares ou tóxicos que sejam considerados Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) (“Aldrín, Clordano, Deldrín, Endrín, Heptacloro, Hexaclorobenceno, Mirex, Toxafeno, Bifenilos Policlorados, DDT”), equipamentos e substâncias que contenham “Bifenilos Policlorados (PCB)”, em uma concentração igual ou superior a 50 mg/kg.

Os documentos que podem ser cobrados, a depender do modo de entrada, pela autoridade nacional alfandegária (DIAN) são:

 Declaración Andina Del Valor em Aduana (se o valor FOB for igual ou superior a US$5.000);

 Declaração de Importação;

 Registro ou Licença de Importação;

 Fatura Comercial;

 Documento de Transporte;

 Certificado de Origem;

 Certificado de Inspeção;

 Registro ou permissão sanitária ou de outra índole;

 Lista de embalagem, poder ou mandato

O procedimento para a apresentação e trâmite das solicitações de importação é realizado por meio da “Ventanilla Única de Comercio Exterior (VUCE)”. A informação dos trâmites pode ser consultada no site www.vuce.gov.co ou no endereço eletrônico do Ministério de Comércio, Indústria e Turismo (MINCOMERCIO) www.mincomercio.gov.co.

2.3.6. Importação em Zonas Livres 

As Zonas Francas da Colômbia foram criadas com o objetivo de estimular o investimento e a geração de emprego, promover o comércio, a competitividade regional e o desenvolvimento de economias de escala. Elas são áreas geográficas inseridas no território nacional e autorizadas pelas autoridades competentes onde se praticam atividades comerciais ou industriais de bens e serviços, sob um regime especial de matéria tributária e aduaneira.

Dentro de uma zona franca se pode desenvolver qualquer atividade comercial, produtiva ou de prestação de serviços, salvo as expressamente restringidas. As mercadorias ingressantes nestas zonas são consideradas fora do território alfandegário nacional para efeito de impostos sobre importações e exportações, além de receber outros tipos de benefícios, como:

(40)

 

 Tarifa única de Imposto sobre a renda de 15% (contra 33% fora dela);

 Isenção de tributos alfandegários (tarifa de importação, IVA);

 Possibilidade de reexportação também isenta de encargos aduaneiros da Zona Franca a terceiros países e ao mercado nacional;

 Aplicabilidade dos acordos comerciais internacionais (exceto Peru);

 Participação no mercado local.

Entretanto, alguns bens têm sua entrada limitada dentro desse território especial. É o caso de armas, explosivos, resíduos nucleares, dejetos tóxicos, substâncias para transformação, processamento ou fabricação de narcóticos e drogas.

Diversas atividades podem ser desempenhadas nas Zonas Francas dentre as quais podemos destacar:  Montagem;  Empacotamento;  Armazenamento;  Distribuição;  Triagem;  Classificação;  Testes;  Rotulagem;  Reparo das cargas.

Ademais, existem três tipos básicos de Zonas Francas:

 Zona Franca Permanente: o usuário operador administra a Zona na qual as empresas instaladas desenvolvem suas atividades industriais, comerciais ou de serviços;

 Zona Franca Uni-empresarial: autorizada para que uma empresa desenvolva suas atividades industriais ou de serviços em uma área determinada pela mesma, sempre que realize projetos de alto impacto econômico e social para o país;

 Zona Franca Transitória: permite que, no espaço físico onde se localizam feiras, exposições, congressos e seminários de caráter internacional, possam ingressar mercadorias provenientes do exterior livres de impostos aduaneiros e de IVA.

As Zonas Francas respondem ao MINCOMERCIO – Ministério de Comercio, Industria y Turismo. As listas completas de Zonas Francas aprovadas para 2012 se encontram nos Anexos III e IV.

(41)

 

2.3.7. Normas e Regulamentações 

A Superintendencia de Industria y Comercio (SIC), ligada ao Ministério de Comercio, Industria y Turismo, é o organismo nacional de acreditação e metrologia, além de se encarregar da vigilância e controle do cumprimento das regulamentações técnicas. Outras entidades do governo, entretanto, também podem desenvolver atividades de acreditação, normalização ou metrologia, como o Instituto Nacional de Vigilancia de Medicamentos y Alimentos (INVIMA), o Instituto Colombiano Agropecuário (ICA) e o Instituto Nacional de Salud (INS), entre outros.

De forma geral, a Colômbia vem passando por um grande processo de abertura econômica desde o início da década de 1990, pelo qual já reduziu substancialmente as barreiras fiscais e técnicas que aplicava aos produtos importados. Ainda existem regulamentações que podem dificultar a entrada de alguns bens, mas elas afetam a minoria das classes de produtos. São essas restrições:

 Registro sanitário: para alimentos, medicamentos e cosméticos, há necessidade de obtenção de um registro sanitário fornecido pelo Instituto Nacional de Vigilancia de Medicamentos y Alimentos (INVIMA), além do registro de importação;

 Inscrição prévia do estabelecimento: para derivados cárneos e lácteos é necessária a inscrição prévia perante o Instituto Colombiano Agropecuário (ICA);

 Controle a embalagens de madeira: o ICA ainda regulamenta procedimentos fitossanitários sobre o processo de embalagem das mercadorias importadas pela Colômbia;

 Tarifas variáveis: para determinados bens agropecuários ou agroindustriais o governo colombiano delimita uma tarifa alfandegária variável, juntamente com seus instrumentos operativos, o que pode tornar a liberação da carga impraticável;

Ademais, o governo da Colômbia, por meio do Consejo Nacional de Normas y Calidad, pode incorporar as normas técnicas estabelecidas por instituições de padronização nas regulações ou regulamentos técnicos das entidades governamentais correspondentes.

O principal organismo normalizador da Colômbia é o Instituto Colombiano de Normas Técnicas (INCOTEC), que de maneira geral, desenvolve padrões de aplicação voluntária pelos empresários – a menos que o governo adote legalmente como padrão nacional. O INCOTEC é dividido em Comitês Técnicos, entre os quais se referem à indústria de plásticos:

 Comitê 77 – Materias Primas para la Industria del Plástico  Comitê 91 – Tuberias, Ductos y Accesorios de Plástico

 Comitê 92 – Envases, Empaques y Embalajes de Materiales Plásticos  Comitê 93 – Productos de Plástico

Referências

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