INVESTIGANDO O COTIDIANO DAS CRECHES: O TRABALHO DOS MONITORES NOS BERÇÁRIOS
9- A Relação Afetiva, Nloniton>'Cr,anÇ
,or é outro ponto relevante q
da criança com o ^0 que se processam 0
O contato da cria as etapas g em
^alisamos, levando-se •fo nor Piaget, P°r mel° J a de desenvolvimento conhecimento estabelecido sensóri°'mot°r s relações afetivas
esPecial as apropriadas ao Per ^^y que afn‘llia
e o adulto nos primeiros anos de vida, são
estabelecidas entre a criança «sicológico.
• rf«ncia o movimento, a emoção,
Os estudos de Wallon ressalta a vidada
a inteligência e a personalidade da cnanç > . e .mportante
criança. A dimensão afettva, «^^^ão, asrelações entre as momtoras para o desenvolvimento da crtança. Por ess ° Levamos em
e as crianças, nos berçários, foram de desenvolto e
consideração as necesstdades das cna^ Evldencmmo
próprias exrgências na condução das t fflonitoras ftente aos
fortes relações afetivas e as expenecom as crianças, em que
trabalhos que executam, através quando se dnig13® a
mostravam cuidadosas e até mes verde
creches de Rio verue, Quando desenvolvemos as coffl as crianças, notamos
relacionadas ao cuidado que 0 nos foi apre
que são afetuosas e gentis' ss lar as crianças, que s»
comportamentos quando tentava» e outra afirmava
agitadas e chorosas, se^moiistrava muito cartnho Também
segurar a criança ao colo, geU pnrnei COm a
Podemos observar que as acredita q
• . . n íiue nos le das crianças, aproximação das monitoias, conlportamen
hsicas, exercem influências dir
s observações nas monitores Esse consolar as colo e acai entado em seus — "A mantinham Utna delas, ao entrevistas semi-estruturadas, a
tns obtidos através das a> principalmente,
Nos depoimentos a sua s g
«.«<,
»*£JL «-'■1"
A Coleta de Depoimentos
Após observarmos o desempenho dos monitores 11a execução de suas
atividades, 0próximo passo foi entrevistá-los, conforme roteiro em anexo, com 0
°bjetivo de coletar 0 maior número de informações e captarmos suas falas,
em°Ções, gestos e expressões fisionômicas e atémesmo 0 silêncio e as atitudes, 0 Çuc nos permitiu analisar qual a relação do cotidiano das creches e 0 binômio
cuidar/educar.
Ao nos dirigirmos às pesquisadas, levamos em consideração, os seus
«onhecimentos práticos de senso comum e as concepções de vida que orientaram
Sllas aÇões no trato com crianças pequenas.
Quanto à fonnação profissional verificamos a qualificação desses
pr°fissionais, tanto a inicial, quanto a continuada, a fim de assegurarmos as suas CaPacit8çaes ou não paradesempenharem suas funções.
Tivemos o cuidado de não nos deixamos influenciar pelas aparências
"r'^í;1<;is e procuramos valorizar as contradições dos fenômenos detectados.
Obsprx, . • monitora Para tanto, as deixamos
“servamos as formas e o modo agir de cada monnom.
livros . 1- a cAHfimentos através de um clima de vres Para expressarem suas idéias e sentimemos,
^tzade e respeito-mútuo.
» 4- • uma atitude silenciosa e, à medida Mantivemos durante a entievista, uma
que no ; f seus depoimentos, através de um
os informantes falavam, registravamos seus w
captando-os com a maior fidedignidade, o que nos pennitiu maior 'berdade para obsm,lr, em cada entrevistada suas expressões fisionômicas, suas
olhares. Ficamos, portanto, atentos aos atitudes, as gestualidades e o diadas das entrevistadas.
ou repuuia sentimentos e lembranças saudosas
. a ç à medida em que coletavamos as As entrevistas foram registra analisadas. Para melhores
informações e transcritas importantes.^^
esclarecimentos escrevemos os tiec 10 noS auxiliaram, urai
também, os aspectos quantitativ interpretação dos dados.
i
d nosso trabalho, pass—
Para rlustração de importa^e
depoimentos das ’se todas as profi®"* Sa tâ0 salarial, a
do problema em estudo. Q várias formas, P çQ
expressaram esse descontentamen ^casseZ dematerial e a falta de oportunidade para capaCltaÇ^timento de anulação, enquan
físico. Em algumas, notamos U’^esporfaltadeopça°-
desempenham suas funçõesnasc jescaso dos
todas expressa®" 0 S®d”pagamentos e péssimas
Prattcamente salàrios, atras maior
governantes, oferecendo-1 tividades nao afirmaram
condições de trabalho. O excesso de at^^ afetivas. Algum atençao às crianças, conforme ^ca direitos,
j Que só lhes atribuem devei es e . durante as entrevistas e esta
tr0 sentimento detectado, g q medo sâ0
• A resignação e ou fotnia intensa. cotidiano das
Presente em alguns depotmeno pesqulsadas.
j expressos nos semblantes e n desses sentiineU creches parecem ser o maio1 &
. nara atender a uma criança, cuidarda sua muito corrida. A todo momento param para
- i.e mie não provoque acidentes, higiene, dar-lhe de comereobserva-las p Q
n é a convivência comas famílias dascrianças,
QnandorndagamX—nto entre elas e as mães das todas mencionaram existir um boi
crianças, comopodemos observar neste depoimento
Graçasa Deus, até hoje,pelomenosprá mim, nenhuma
mãe reclamou nadaA gente sempre procurou tratá elas muito bem, né? Porque elas vão pró serviço e fica despreocupadas com os fios delas. Com a gente que
está aqui né? Porque se você não tiver um bom
relacionamento com as mãe, elas vai tê dúvida: Será cjue ela é boa? Será que ela é estúpida? Vai tratá meu fio bem?
Ao relatar sobre os seus sentimentos e o relacionamento com a família,
llma dasentrevistadas, volta-se, para as criançase respond
w n sim experiência de vida, como que para
Em um dado momento relata a sua expcn Jllstificar a sua fala:
• jzízm/ Ainda mais que num
Senhora! Era a coisa maiseifi■ „ão.ficava. Os o dia todo “ meu ficava sozinho,
cabeça preocupada.
das creches, um sentimento de das crianças
Ao mencionar a sa nitoras:
de saudade se apodera da acha rM, A
, „ criançasdeixaa a chorar, h o Quando aií dade deles. Ja gla Q pai
Criança ett Tf \abe> E saiu. Eu senti
caso da ci ianÇ" > bêbado, sabe, u ciúme em ve
, nas creches observamos que ans monitoras nas
Quanto ao ingresso de concUrso. Algumas
nenhuma delas foi contratada po jja4as pelas outros órgãos municipais e outr
declarou:
possee
-i delas vieram de coordenadoras. Uma delas
1 auando eu mudei (...) Nem co^a Tava morava
P°r‘° de umaP^^e, por acaso, e to
açuia^hho de experiências
,itores tesulta «um com seus
■ A PtátÍCa d°S.Sonantento pesquisa mostraram
i vtveuciadas,sem o menot q Os da unânimes em
\ conhecimentos e suas expen® daS recebida, no ! mandes lacunas no process as iiniitaÇ°es âtica de habilidades
( c°ostatarem suas dificuldades, eSpecífic0S e 1 í d^míni0 de técnicas e de conhecí
razão passam a ser meras
relacionadas às crianças ate
executoras de ordensdetei^
crianças
Por essa
Não tendo formação especifica,« menores de dois anos e
prática relacionada ao CU^*alidade difer®* ^'^cà fizeram despreparadas para lidar com orientações apropria sentem
atualmente. Os momtores não recear.® etaímSe^
cursos para desenvolver suasdlficul
falta de especialistas que p QU qualquer t p
Ação Social não tem oferecido faixaetária. . a crianças nes^
orientá-las,no atendimento a g
_ com os oeDCb.
, 1110 de estimulaça -ê cia com objetos
Não há nenhum tra^nenhumaexp^
recebem os cuidados básicos. seu vocabula • madeira. Não
concretos e nem há preocupaça do ball|10 ou . de
histórias Paiu dramatizam e nem contai «uiita coisa-
, iá entendem
acreditarem que os bebes ja externos Para 0
„ importa dos M atividades com as
Desconhecem a t das criai Ç atividades
, r o afetivo/so aoeaas Paia
desenvolvimento psicomoto s§0 vOltad carreira e os
r°tineiras de alimentação, assistê salários md
salários são baixos, variando eu cuidado e
Dessa forma, _ P^ devid0 a fali
assistência, o que também não
„ trabalho na creche permeiam a fala de Uma sensação de doação e entrega a
algumas monitoras.
A fim de não desperdiçar temp
- <- c enfatizando os planejamos as entrevistas,
desenvolvimento de nosso estudo,
trabalho de campo e evitar erros, dados importantes para o
enriqueceu as nossas observações.
observamos que sentiram
s„
diüwkMes em «mmr es slumí«es ec(0 relmsmc fw ° ■'
■!., .... ...
cada uma tinha de serem 0UV
frustrações. „ descrição literal dos depoimentos
• fizemos uma desc auwhou
Após cada entrevis Rportantes, o qi
ac em dados mm
(Anexo VII), transformando-
nacomprovação do problema em
de fundamental importância,
ns pesquisados foram duraate as
As entrevistas com daS crecheS. Racionados
auxiliando-nos na reflexão do c ereVelou-nos aproximação
entrevistasforam essenciais a° penuitindo-nos uma «
ao desempenho de cada profís
com o problema focalizado. , entrevistas e observações,
interpreta1' todas a coino Q prazer, o Após analisar e express ’ s ftmílias das
lecionamos os dados const ei dade> o conta“ • relacionamento com as crianças, a de nossa pesd
' . ímaram