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O reconhecimento da importância da educação de adultos, cujos frutos são o desenvolvimento social, cultural e económico, implica um compromisso por parte de todos. A adesão das populações deve-se ao “potencial precioso e de inigualável riqueza concetual” desta iniciativa e também às dinâmicas iniciadas pelas várias instituições, de modo a relacionarem-se com as comunidades envolventes (2010, relatório avaliação; Carneiro, p.12).

No quadro síntese seguinte, podemos ver e analisar as relações existentes com os parceiros da comunidade que a Escola PV mantém e procura incentivar.

Quadro 27 – Categoria 3 – Relação com a Comunidade

Categ Subcategorias Indicadores Dir PCG Coo Med For Total

3. R el ão com a C om u n id ad Re la çã o co m a Co m u n id ad e Envolv/ representante do poder local/Outras Parcerias

O representante da autarquia reconhece a grande necessidade destes cursos

- 3

- - - 3

A autarquia acompanha os cursos e está sempre presente nas reuniões do CG

- 1

- - - 1

Outras Parcerias- -ajuda de uma professora da escola que está ligada a uma outra autarquia

- 1 - - - 1

Outras Parcerias – ONG - - 1 - - 1

Estágios / Carteira de

empresas / Mercado de

trabalho

Existe carteira de empresas para os estágios 4 - 1 2 - 7 Início – dificuldade de encontrar empresas para

parcerias

2 - 3 - - 5

Reconhecimento – atualmente são as empresas que se oferecem

1 - 1 1 - 3

Divulgação/ Promoção dos

cursos

Divulgação por folhetos distribuídos na cidade e escolas, site da escola

- - 1 - 2 3

Divulgação “boca a boca” - - 1 - 2 3

Publicidade em jornais - - 1 - 1

Informação dada na Escola - - - - 2 2

Divulgação na empresa através dos CNO - - - - 2 2

Segundo a perspetivados participantes e os documentos que consultámos, a capacidade da escola PV de mobilizar recursos e envolver as instituições locais e demais interessados

em parcerias de aprendizagem é um meio de alcançar os seus objetivos, proporcionar os estágios em contexto de trabalho e fazer a transição para o mercado do trabalho.

Há que referir o envolvimento da JF de Nª Sª de F. (com assento o CG); da JF de SDF (através da vereadora da cultura) e da CML. O envolvimento das autarquias é reconhecido e evidencia o papel importante que desempenham, funcionando como um elemento de proximidade às pessoas, sendo também colaboradores na construção das soluções mais adequadas para os problemas educativos locais.

“ao nível das autarquias, nós temos um representante da CML, um dos representantes que até foi cá aluno e que realmente reconhece a grande necessidade destes cursos e o envolvimento que existe da escola nesses cursos. Eles são favoráveis.”15 (PCG)

 

“(...) Ele informa quais são as disponibilidades e os serviços a que se pode recorrer junto da Câmara Municipal de Lisboa.” 18 “Em termos de parcerias, também temos o

contacto, vá lá, entre aspas, da nossa colega representante do corpo docente, a E. N., que também está ligada a uma autarquia, que sempre dá uma ajuda.”19(PCG)

A participação da autarquia na escola permite, entre outras coisas, a concretização de muitas das atividades constantes no projeto educativo, numa relação de cumplicidade educativa e de participação de cidadania. Relativamente aos cursos EFA, a vereadora da cultura da Junta de Freguesia de SDB tem dado apoio, recebendo alunos estagiários na autarquia e facilitando contactos com outras empresas que aceitaram estagiários e emergiram como novos parceiros educativos.

Segundo os entrevistados, no primeiro ano dos cursos, as empresas não estavam preparadas para aceitarem alunos em estágio e os responsáveis pelos cursos tiveram uma tarefa árdua na procura de parcerias empresariais. Nas palavras da Coordenadora, à medida que os anos decorrem, a Escola começa a ter a própria carteira, existindo, no momento, empresas muito satisfeitas com os estagiários recebidos e que esperam a chegada dos próximos ( §107; Med, §32).

Divulgação/Promoção dos cursos

 

Nos primeiros anos, houve a distribuição de folhetos pela cidade e pelas escolas, de forma a dar a conhecer os cursos, mas nunca se realizou a divulgação dos cursos em jornais, revistas ou qualquer tipo de comunicação social (Coordenadora).

Na análise ao quadro síntese 27, os indicadores que os alunos referenciam são diversos: divulgação “boca a boca”, site da escola, informação dada na Escola, divulgação na empresa. Podemos constatar que a difusão por amizade e a via laboral foram os meios privilegiados de divulgação, os quais podem ser potenciados, pois não necessitam de financiamento. Como foi referido, a escola PV não foi contemplada com nenhum apoio financeiro do POPH e, como tal, tendo grandes restrições financeiras, não tem realizado publicidade na comunicação social, mas segundo o extrato da entrevista:

“Este ano, parece que vai haver alguma forma de publicidade em jornais, pelo menos no que se refere aos cursos profissionais de dia; não sei se o mesmo se aplicará ao ensino noturno.72(Coo)

A Escola também faz a divulgação dos cursos por via telefónica ou e-mail, sempre que a comunidade a solicita, também pessoalmente, àqueles que se dirigem à Direção para informações sobre a oferta curricular. Os CNO informam também os cidadãos sobre as escolas que oferecem os cursos EFA, tal como as próprias empresas que orientam alguns dos seus empregados para as Escolas ou CNO mais próximas das respetivas residências.

“Eu tive conhecimento destes cursos através do meu emprego e escolhi esta escola porque é a escola mais perto da minha residência. 20 (FGrA)

Em síntese, podemos dizer que o papel da escola, as suas finalidades, processos e soluções educativas no seio da sociedade atual, implicou a sua abertura à comunidade. Existe um envolvimento geral de toda a comunidade, salientando o poder local, as instituições da formação profissional, empresas e Centros de Novas Oportunidades. Verificámos também uma estratégia organizada para a divulgação das ofertas formativas, prevalecendo as relações pessoais e toda uma rede social local, tanto informal, como formal.