• Nenhum resultado encontrado

Ao construirmos um gráfico com todas os dados das tabelas relacionando módulo do campo magnético longitudinal com o índice S encontramos a Figura32. Nesta podemos

Figura 30: Perfil LSD da estrela V*DN Tau. Percebemos com clareza a assinatura da polarização circu- lar da luz através do parâmetro de Stokes V.

Fonte: Autora

visualizar a aparente distribuição das estrelas em dois grupos, um com crescimento lento do campo magnético e outro com crescimento rápido deste com relação ao índice S. Após a reclassificação das estrelas de nossa base restaram apenas 5 estrelas pertencentes ao grupo das subgigantes, sendo estas 14 Cet, 19 Pup, HD210460, HD218101 e V*EK Eri. Com os dados referentes à estas estrelas construímos um gráfico procurando relacionar o módulo do campo magnético longitudinal e o índice S, que encontra-se representado na Figura 33.

Percebe-se um crescimento do campo magnético com o crescimento do índice S, dessa forma temos duas grandezas proporcionais, porém devido à pequena quantidade de estrelas subgigantes com campo magnético e índice S determinados não é possível construir uma relação diretamente essas grandezas.

Figura 31: Perfil LSD da estrela V*BY Dra. Percebemos com clareza duas assinaturas de velocidade ra- dial através do parâmetro de Stokes I, uma delas apresentando uma assinatura também no parâmetro V.

Figura 32: Relação entre módulo do campo magnético longitudinal e índice S, com estrelas subgigantes destacadas em vermelho.

Fonte: Autora

Figura 33: Relação entre módulo do campo magnético longitudinal e índice S para estrelas subgigantes.

5 Conclusão

A ideia inicial deste trabalho era analisar o campo magnético e a atividade cromos- férica, através do índice S, em estrelas subgigantes, buscando uma possível relação entre estes parâmetros, uma vez que tal estudo já foi realizado para outros grupos de estrelas, como as gigantes.

Porém, nos depararmos com valores muito elevados de campo magnético e índice S, o que nos levou a crer que as estrelas escolhidas no diagrama HR na verdade são pertencentes a diferentes estágios evolutivos. Desta forma, estudamos especificamente as características espectropolarimétricas dessas estrelas.

Separamos então as estrelas subgigantes, além da região ocupada no diagrama HR, por um limite máximo de campo magnético de 45 G e de índice S de 0.75. Após essa nova classificação ficamos apenas com 5 estrelas subgigantes, número insuficiente para a análise inicialmente objetivada neste trabalho. Porém, mesmo com poucos dados, já foi possível observar uma tendência de crescimento do campo magnético com o crescimento do índice S, resultado já esperado, devido às teorias de surgimento de atividade cromosférica.

Como continuidade deste trabalho pretendemos desenvolver uma rotina compu- tacional que automaticamente calcule o módulo do campo magnético longitudinal e o índice S, destacando as estrelas subgigantes de um grupo de amostras, unificando as duas rotinas já construídas para determinação individual dessas grandezas. Isso nos permitirá aumentar nossa base de dados em estrelas nessa fase evolutiva, possibilitando estudos mais profundos sobre a relação entre as duas grandezas. Essa pesquisa viabilizaria uma melhor compreensão dos processos evolutivos de uma estrela e o desenvolvimento de modelos que poderão melhor representar este processo.

Mostrou-se também interessante um estudo mais aprofundado sobre as estrelas do tipo T Tauri, objetivando a melhor compreensão dos efeitos de campo magnéticos mais elevados na evolução estelar.

Referências

Appenzeller, I.; Mundt, R. T Tauri stars. A&A Rev., v. 1, n. 3-4, p. 291–334, Nov 1989. Citado na página 40.

Arfken, G. B.; Harris, F. E.; Weber, H.-J. Mathematical Methods for Physicists - A

Comprehensive Guide. [S.l.]: Elsevier-Academic Press, 2013. Citado na página 26.

Asplund, M. et al. The Chemical Composition of the Sun. ARA&A, v. 47, n. 1, p. 481–522, Sep 2009. Citado na página 33.

Babcock, H. W. The Solar Magnetograph. ApJ, v. 118, p. 387, Nov 1953. Citado na página 22.

Bastian, U. et al. The definition of T Tauri and Herbig Ae/Be stars. A&A, v. 126, n. 2, p. 438, Oct 1983. Citado na página 40.

Bohm-Vitense, E. Introduction to stellar astrophysics Volume 1. [S.l.]: Cambridge University Press, 1989. Citado na página 22.

Boro Saikia, S. et al. Variable magnetic field geometry of the young sun HN Pegasi (HD 206860). A&A, v. 573, p. A17, Jan 2015. Citado na página 15.

Chaisson, E.; McMillian, S. Astronomy Today. [S.l.]: Pearson, 2014. Citado na página 39.

Donati, J. F.; Brown, S. F. Zeeman-Doppler imaging of active stars. V. Sensitivity of maximum entropy magnetic maps to field orientation. A&A, v. 326, p. 1135–1142, Oct 1997. Citado 2 vezes nas páginas 10e 33.

Donati, J. F. et al. Spectropolarimetric observations of active stars. MNRAS, v. 291, n. 4, p. 658–682, Nov 1997. Citado na página 30.

Dotter, A. MESA Isochrones and Stellar Tracks (MIST) 0: Methods for the Construction of Stellar Isochrones. ApJS, v. 222, n. 1, p. 8, Jan 2016. Citado na página 19.

Duncan, D. K. et al. CA II H and K Measurements Made at Mount Wilson Observatory, 1966–1983. ApJS, v. 76, p. 383, May 1991. Citado na página 17.

Gaia Collaboration et al. Gaia Data Release 2. Observational Hertzsprung-Russell diagrams. A&A, v. 616, p. A10, Aug 2018. Citado na página 12.

Hall, J. C. Stellar Chromospheric Activity. Living Reviews in Solar Physics, v. 5, n. 1, p. 2, Mar 2008. Citado na página 15.

Herbig, G. H. The Spectra of Be- and Ae-Type Stars Associated with Nebulosity. ApJS, v. 4, p. 337, Mar 1960. Citado na página 39.

Herbig, G. H. The Properties and Problems of T Tauri Stars and Related Objects.

Advances in Astronomy and Astrophysics, v. 1, p. 47–103, Jan 1962. Citado na página 40.

INIESTA, J. C. del T. Introduction to Spectropolarimetry. [S.l.]: Cambridge University Press, 2003. Citado na página 20.

Joy, A. H. T Tauri Variable Stars. ApJ, v. 102, p. 168, Sep 1945. Citado na página 40.

Koleva, M.; Vazdekis, A. Stellar population models in the UV. I. Characterisation of the New Generation Stellar Library. A&A, v. 538, p. A143, Feb 2012. Citado na página 39.

Marsden, S. C. et al. A BCool magnetic snapshot survey of solar-type stars. MNRAS, v. 444, n. 4, p. 3517–3536, Nov 2014. Citado na página 17.

Montmerle, T.; André, P. The evolutionary status of weak-line T Tauri stars. In:

European Southern Observatory Conference and Workshop Proceedings. [S.l.: s.n.], 1989.

(European Southern Observatory Conference and Workshop Proceedings, v. 33), p. 407–422. Citado na página 41.

Petit, P. et al. PolarBase: A Database of High-Resolution Spectropolarimetric Stellar Observations. PASP, v. 126, n. 939, p. 469, May 2014. Citado na página 32.

Piana, C. F. de B.; Machado, A. de A.; Selau, L. P. R. Estatística Básica. 2009. Disponível em: <http://www.energiapura.net.br/alunos/planejamento experimentos-

/Aulas PAE/aula1 PAE/Apostila EB.pdf>. Acesso em: 04.11.2019. Citado na página 27.

Selesnick, I. Least square deconvolution. 2013. Disponível em: <http://eeweb.poly-

.edu/iselesni/lecture notes/least squares/LeastSquares SPdemos/deconvolution/html- /deconv demo.html>. Acesso em: 04.11.2019. Citado 4 vezes nas páginas 28, 29, 30 e 31.

Semel, M. Zeeman-Doppler imaging of active stars. I - Basic principles. A&A, v. 225, p. 456–466, Nov 1989. Citado na página 10.

Strömberg, G. The Distribution of Absolute Magnitudes among K and M Stars Brighter than the Sixth Apparent Magnitude as Determined from Peculiar Velocities. ApJ, v. 71, p. 175, Apr 1930. Citado 2 vezes nas páginas 13 e14.

Trujillo-Bueno, J.; Moreno-Insertis, F.; Sanchez, F. Astrophysical Spectropolarimetry. [S.l.]: Cambridge University Press, 2002. Citado na página 25.

Vidotto, A. A. et al. Stellar magnetism: empirical trends with age and rotation. MNRAS, v. 441, n. 3, p. 2361–2374, Jul 2014. Citado 2 vezes nas páginas 14e 15.

Walter, F. M. The naked T Tauri stars : the low-mass pre-main sequence unveiled.

PASP, v. 99, p. 31–37, Jan 1987. Citado na página 41.

Walter, F. M. et al. X-Ray Sources in Regions of Star Formation. III. Naked T Tauri Stars Associated with the Taurus-Auriga Complex. AJ, v. 96, p. 297, Jul 1988. Citado na página 41.

Waters, L. B. F. M.; Waelkens, C. Herbig Ae/Be Stars. ARA&A, v. 36, p. 233–266, Jan 1998. Citado na página 40.

Wilson, O. C. Chromospheric variations in main-sequence stars. ApJ, v. 226, p. 379–396, Dec 1978. Citado na página 16.

Wright, J. T. et al. Chromospheric Ca II Emission in Nearby F, G, K, and M Stars.

ApJS, v. 152, n. 2, p. 261–295, Jun 2004. Citado na página 16.

Zettili, N. Quantum Mechanics - Concepts and Applications. [S.l.]: Wiley, 2009. Citado na página 21.

Documentos relacionados