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13.01 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Organograma Societário*

76,00% 99,90% 99,99% Energy Brazil Energy Brazil 68,71% 40,07% 78,53% 99,99% 99,99%

Energy Latin America Participações Ltda Energy Latin America

Participações Ltda 50,01% 100% 99,99% 99,99% 48,75% 2,82% 99,99% * Estrutura simplificada 99,99% Aquisições de Controladas

Em 29 de abril de 2008 a EAS - Energia América do Sul Ltda. (“EAS”), controlada integral da Companhia, concluiu a aquisição da Ponte de Pedra Energética S.A., que detém a concessão da Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra, pelo montante de R$ 645,0 milhões.

Por meio de sua controlada Gama Participações Ltda. (“Gama”), a Companhia adquiriu em 2008, por aproximadamente R$ 240,9 milhões, a totalidade do capital social da Tupan Energia Elétrica S.A. (“Tupan”) e a totalidade do capital social da Hidropower Energia S.A. (“Hidropower”). A Tupan detém autorização outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para explorar a Pequena Central Hidrelétrica Rondonópolis, com capacidade instalada de 26,6 MW, em operação comercial desde dezembro de 2007. A Hidropower detém autorização outorgada pela Aneel para explorar a Pequena Central Hidrelétrica Engenheiro José Gelazio da Rocha, com capacidade instalada de 23,7 MW, em operação comercial desde fevereiro de 2007.

13.01 - RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Em 22 de dezembro de 2008 a Gama anunciou ainda a aquisição da totalidade do capital social das seguintes empresas: Eólica Beberibe S.A., que detém autorização para explorar o Parque Eólico Beberibe, com capacidade instalada de 25,6 MW; Eólica Pedra do Sal S.A., que detém autorização para explorar o Parque Eólico Pedra do Sal, com capacidade instalada de 17,85 MW; Hidrelétrica Areia Branca S.A. que detém autorização para explorar a Pequena Central Hidrelétrica Areia Branca, com capacidade instalada de 19,8 MW; e Econergy Brasil Serviços Corporativos Ltda., sociedade prestadora de serviços para a implementação dos três ativos de geração anteriormente citados. O preço total das referidas aquisições atingiu R$ 200,0 milhões.

3_Ambiente Econômico

Em 2008 a economia brasileira apresentou um crescimento de 5,6%, apesar do agravamento da crise econômica internacional no último trimestre do ano.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) sofreu ligeiro aumento, mas manteve-se dentro da meta estabelecida pelo governo, fechando o ano em 5,9%. A redução do ritmo das atividades econômicas e os reajustes nos preços dos alimentos foram os principais responsáveis pela elevação do índice de inflação.

A taxa de juros Selic também apresentou alta e encerrou o ano em 13,75%, aumento de 2,5 p.p. em relação ao ano anterior, interrompendo a trajetória descendente observada desde 2006.

Em relação ao câmbio, apesar dos esforços do Banco Central em diversos leilões de dólares de reserva para evitar uma forte alta, a moeda norte-americana encerrou o ano cotada a R$ 2,33, o que representou uma valorização de 31,3% perante o real.

A produção industrial registrou elevação de 3,1% no ano, reflexo do aumento na produção em 17 setores, com destaque para outros equipamentos de transporte (42,2%), o segmento farmacêutico (12,7%) e minerais não-metálicos (8,3%). As categorias de uso também apresentaram expansão em bens de capital (14,4%), bens de consumo duráveis (3,8%), semi e não-duráveis (1,4%) e bens intermediários (1,6%). A expansão, porém, é menor em 2,9 p.p. quando comparada à de 2007, em consequencia da forte desaceleração da atividade industrial no último trimestre do ano.

O nível de emprego na indústria acompanhou a produção industrial e, ao longo de 2008, verificou crescimento de 2,1%. A folha de pagamento na indústria, por sua vez, registrou avanço de 6% em relação a 2007, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O fluxo cambial no país, que considera a soma dos resultados financeiro e comercial, fechou o ano com resultado negativo afetado pela crise, com a saída de US$ 983 milhões, pior resultado desde 2002.

Em meio à turbulência, contudo, o Brasil conquistou posição credora no exterior, pela primeira vez na história, ao fortalecer suas reservas internacionais e quitar sua dívida externa com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Como resultado do equilíbrio das contas públicas, o país passou a ser considerado investment grade pelas agências de classificação de risco, o que aumenta a confiança internacional e contribui para atrair novamente investimentos estrangeiros diretos.

4_Consumo de Energia Elétrica

O consumo faturado no Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2008 totalizou 445,4 TWh, indicando aumento de 2,8% em relação ao do ano anterior, conforme dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Esse crescimento foi bastante inferior ao registrado no mesmo período de 2007, que foi de 5,7%.

No primeiro trimestre do ano a redução no ritmo de crescimento da demanda foi decorrente dos elevados preços no mercado de curto prazo e das temperaturas amenas.

No período compreendido entre os meses de maio e setembro a demanda apresentou uma sensível recuperação no crescimento, sendo que em junho, julho e agosto o crescimento em relação aos mesmos meses do ano anterior foi de 5,2%.

No último trimestre do ano verificou-se a desaceleração do crescimento da demanda, decorrência enfim da crise financeira mundial.

5_Desempenho Operacional 5.1_Disponibilidade

O índice de disponibilidade das usinas operadas pela Tractebel em 2008 alcançou 98,7%, desconsiderando-se as paradas programadas. Esse valor corresponde a um aumento de 0,7 p.p. em relação ao ano anterior e estabelece o recorde histórico da Companhia. Ele é composto pela disponibilidade de 99,6% na geração hidrelétrica e 94,3% na termelétrica. Se consideradas as paradas programadas, a disponibilidade global foi de 96,4% nas hidrelétricas e 88,0% nas termelétricas. Os dados mencionados não contemplam as usinas que foram adquiridas em 2008. 5.2_Produção

Como preâmbulo desse item, cabe lembrar que a Tractebel adquiriu usinas novas e em operação ao longo de 2008.

No acumulado do ano, levando-se em conta somente as usinas pertencentes à Tractebel ao final de 2007, a produção alcançou 33.258 GWh (3.786 MW médios), uma redução de 1,8% em relação aos 33.858 GWh (3.865 MW médios) registrados em 2007. Ainda nos 12M08, agora adicionando-se as usinas incorporadas ao longo do ano, a produção atingiu 34.128 GWh (3.885 MW médios), um acréscimo de 0,8% em relação ao ano anterior, constituindo-se em outro recorde. Ainda levando-se em conta os 12M08, desta feita, porém, contabilizando-se a produção anual antes e depois das respectivas incorporações, as usinas operadas pela Tractebel produziram 34.709 GWh (3.951 MW médios), um acréscimo de 2,5% em relação a 2007.

13.01 - RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Usinas 12M07 12M08* 12M08* / 12M07 12M08** 12M08** / 12M07 12M08* ** 12M08* ** / 12M07 Hidrelétricas 3.294 3.164 -3,7% 3.260 -0,8% 3.304 0,6% Termelétricas 563 616 9,7% 616 9,7% 616 9,7% Complementares 8 6 -19,2% 9 15,6% 31 307,4% Total 3.865 3.786 -1,8% 3.885 0,8% 3.951 2,5%

(*) Considera a mesma base de ativos existente em 31/ 12/ 2007. (**) Considera somente o período pós-aquisição pela TBLE. (***) Considera os períodos pré e pós-aquisição pela TBLE.

(****) Em razão de 2008 ser bissexto e 2007 não, os dados de variação envolvendo 12M contemplam o cálculo em GWh, e não MW médios.

Cabe ressaltar que o aumento ou a redução da geração hidrelétrica da Companhia não resulta necessariamente em melhoria ou deterioração de seu desempenho econômico-financeiro no período em análise. A razão é a adoção do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), que dilui os riscos de geração hidrelétrica entre os seus participantes.

O aumento da geração termelétrica reduz a exposição ao Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), sendo o inverso também verdadeiro, mantidas todas as outras variáveis.

A capacidade instalada própria da Companhia em 31 de dezembro de 2008 totalizava 6.189 MW, um crescimento de mais de 66% em relação aos 3.719 MW existentes em setembro de 1998, época da aquisição do controle no leilão de privatização.

5.3_Clientes

A diversificada carteira de clientes da Tractebel Energia abrange distribuidoras de energia, comercializadoras e clientes livres (majoritariamente grandes consumidores industriais), atendidos por meio de contratos flexíveis no tocante ao volume e à duração. Adicionalmente, no segmento de clientes livres, a Companhia adota a estratégia de diversificação de vendas entre indústrias de diferentes setores da economia.

A Companhia mantém um relacionamento estreito com seus clientes, o que possibilita detectar suas necessidades e desenvolver produtos e serviços individualizados que contribuem para a sua fidelização.

Em 2008 a participação dos clientes livres nas vendas físicas da Companhia se manteve estável em relação a 2007, com 33,9%, enquanto que a sua participação na receita operacional bruta relativa às vendas contratadas aumentou 2,1 p.p., alcançando 30,1%.

Participação de Clientes nas Vendas Contratadas que compõem

a Receita Operacional Bruta Participação de Clientes

nas Vendas Físicas

Distribuidoras Comercializadoras Clientes Livres Exportação

46% 44% 17% 22% 34% 34% 3% 2007 2008 54% 50% 13% 19% 28% 30% 1% 5% 2007 2008

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