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No ano de 2014 ingressei em um curso de especialização em saúde da família. O curso teve como atividade principal o desenvolvimento de uma intervenção em serviço. Para que isso fosse possível na Unidade de Saúde Francisco Veloso da Costa, avaliaram-se as necessidades existentes na comunidade e as necessidades encontradas pelos profissionais que desenvolvem suas atividades. Com isso foi possível a equipe reunir-se com o gestor para que tivéssemos seu apoio com a finalidade de incorporar e acrescentar ações que beneficiariam a comunidade e que antes não eram realizadas pela equipe.

Diante de tais fatos, foi possível melhorar o serviço prestado para a comunidade, especialmente para gestantes e mulheres em período pós-parto (puérperas), através da organização do agendamento para que as pessoas sejam atendidas sem tumultos durante a marcação de consultas.

O objetivo principal é o acolhimento da mulher desde o início da gravidez, assegurando que no fim da gestação o nascimento do bebê ocorra de forma saudável e tendo como garantia o bem-estar da mãe e da criança. Para que a atenção ao pré-natal e ao puerpério seja qualificada e humanizada ela deve acontecer por meio da incorporação de condutas acolhedoras do fácil acesso a serviços de saúde de boa qualidade, com ações que integrem todos os níveis da atenção, como a promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante, da

puérpera e do recém-nascido, desde o atendimento ambulatorial básico ao atendimento hospitalar para alto risco.

Durante a intervenção, a equipe fez buscas para as gestantes e puérperas que faltaram às consultas e exames agendados. Promoveu educação em saúde com orientações individuais e coletivas, falando sobre vários temas como amamentação, cuidados com o bebê, higiene da boca, riscos do uso de cigarro, álcool e drogas, entre outros. Com a intervenção, conseguimos a incorporação do pré-natal odontológico na rotina das gestantes e priorizou-se o atendimento a este grupo. Agora todas as gestantes e puérperas consultam com a dentista e sua equipe na Unidade de Saúde, podendo cuidar adequadamente da saúde da boca.

A comunidade tem a possibilidade de se integrar totalmente nas ações, participando do planejamento e da melhoria do serviço, além disso, pode comunicar ao conselho de saúde o que acha que deveria melhorar na Unidade de Saúde e falar sobre suas necessidades de acolhimento, garantindo atenção resolutiva e articulação com os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência.

Com a participação da comunidade, as melhorias conseguidas com a intervenção poderão continuar na Unidade de Saúde, beneficiando toda a população, a equipe e também os gestores.

5 Reflexão crítica sobre o processo pessoal de aprendizagem

Durante a análise dos manuais propostos pelo Ministério da Saúde para a escolha do grupo que iríamos intervir foi possível observar como cada um propõe o modelo que a equipe deve trabalhar e como as atividades devem ser desenvolvidas. Por termos esses guias, inicialmente queria que a intervenção envolvesse todos os grupos, mas como tínhamos que escolher apenas um, escolhi o Pré-natal e Puerpério, por ser ações que eram desenvolvidas no dia-a-dia da UBS, mas que víamos que precisaríamos melhorar no intuito de haver um pré-natal e puerpério adequado.

Após a escolha, realizei um estudo minucioso pelos Cadernos de Atenção Básica como Saúde Bucal e Atenção ao Pré-natal de baixo risco, no qual seria impossível realizar tais ações propostas sem as orientações da UFPel de como seguir cada passo para que ao final atingíssemos pelo menos a maioria das metas.

Após concluir a intervenção a visão que tenho sobre a Saúde Pública e suas atividades, é que elas dependem de toda equipe para que seja desenvolvido o trabalho como um todo. Aprendi que isso só é possível quando se trabalha em equipe tendo como finalidade analisar dados e indicadores periodicamente para que através disso possa ser pensado em como melhorar o acolhimento de uma comunidade. É muito importante também que seja dada oportunidade para ouvir a comunidade para que eles se sintam confortáveis e facilite o trabalho, buscando o atendimento espontaneamente, evitando sempre a busca por profissionais.

Portanto, o projeto de intervenção foi de grande valia para que aprendêssemos a trabalhar junto da equipe e da comunidade; com a atribuição que nos foi dada de trabalhar por etapa foi possível verificar cada detalhe de estrutura, atividades e profissionais para que melhorássemos o desenvolvimento das ações.

Referências

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em agosto de 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco. Cadernos de Atenção Básica, n.32. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 318p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde Bucal. Cadernos de Atenção Básica, n.17. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 92p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Pré-natal e Puerpério: Atenção Qualificada e Humanizada. Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, n. 5. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 7- 8p.

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