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No 5º semestre: prática de ensino – Projeto Especial IV – 45 h/a: docência no ensino fundamental; elaboração de planos de aula; regência em séries iniciais do ensino fundamental. Já no 6º semestre: prática de ensino – Projeto Especial V – 45 h/a: docência no ensino fundamental (continuação); elaboração de planos de aula; regência em séries iniciais do ensino fundamental: relatório do estágio no ensino fundamental.

No 7º semestre – prática de ensino – Projeto Especial VI – 60 h/a: docência no ensino médio; elaboração de planos de aula; regência em 02 disciplinas pedagógicas do ensino médio – profissionalizante.

Avaliação (no estágio)

Segundo o Documento, o momento da avaliação coletiva ocorre no último semestre - 8º - prática de ensino – Projeto Especial VII – 60 h/a: docência no ensino médio (continuação); elaboração de planos de aula; regência; relatório do estágio no ensino médio e relatório final da prática de ensino.

O estágio supervisionado foi concebido como parte importante da relação trabalho- escola, teoria-prática, e ele poderia representar, em certa medida, o elo de articulação orgânica com a própria realidade. Ao final de cada semestre deveria haver um momento para avaliação da turma frente às atividades realizadas, onde o professor precisaria ter registros de aproveitamento, visto esta disciplina estar distribuída na Grade Curricular. O

estagiário obteria seu conceito final (refiro-me ao estágio) da somatória dos 07 (sete) conceitos conquistados ao longo do curso.

Foram definidos como critérios de avaliação do estágio alguns aspectos qualitativos e quantitativos: a participação, o interesse, a pontualidade, a responsabilidade e a criatividade no desenvolvimento das atividades propostas; o cumprimento da carga-horária prevista para cada etapa de estágio; a apresentação dos relatórios; a freqüência e a criatividade; e a regência.

Cada professor que trabalharia com o estágio deveria planejar suas atividades norteadas por sessões teóricas e práticas - presenciais, seminários orientados, círculos de estudos e oficinas pedagógicas. Cada um desses aspectos deveria pautar-se pelas seguintes orientações:

Aula presencial: Realizada na instância núcleo do curso; As oficinas pedagógicas, compostas por atividades que deveriam proporcionar a consolidação da ação, a produção de materiais concretos e de intervenção na prática educativa; Os círculos de estudos: Foram considerados como trabalho coletivo, partido das questões problemáticas surgidas nos encontros e nas situações diárias da sala de aula; e por último, os seminários orientados são atividades que deveriam requerer dos formandos investigação, estudo autônomo, reflexão e uso dos métodos e processo de um trabalho científico.

Sobre a sistematização desse trabalho, havia a recomendação que ao término de cada encontro, coordenador(a), professores, tutor e alunos fariam uma avaliação. Este momento contaria com um relator e o documento redigido seria encaminhado a coordenação do curso, em Palmas-TO. Não encontrei nenhum documento que desse conta desse aspecto, a não ser o material encaminhado à reitoria para o reconhecimento do curso que contém dados avaliativos. Vale lembrar que esse documento, apesar de auxiliar nesse trabalho, não satisfaz a necessidade mencionada acima.

Por último, o Documento de Reconhecimento orientou que para garantir o Registro profissional no órgão competente (reg. 02/69 – CFE, art. 6º e Portaria ministerial n.º 162/82 – MEC, art. 3º item XV e n.º 297/82 MEC) o aluno deveria, obrigatoriamente, cursar sob a forma de estágio supervisionado, uma disciplina da área de Fundamentos da Educação e

uma disciplina da área de Didática, dentre as disciplinas do currículo mínimo110. (ver o currículo nos anexos).

O Documento “PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO”

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Sobre o documento “Projeto Político Pedagógico” ocorreu um fato interessante durante o desenvolvimento da pesquisa que relatarei brevemente. O meu orientador sugeriu que incorporasse esse documento em minha pesquisa, fazendo uma leitura atenta sobre os seus elementos.

Já no trabalho de pesquisa, minha surpresa foi muito grande, pois após varias buscas, não conseguia encontrar o referido documento. Durante a releitura dos projetos de extensão, notei que o Projeto Pedagógico do Campus de Tocantinópolis ainda não havia sido escrito e que o encaminhamento para a sua escritura ficou a cargo de uma atividade extensiva do Campus. A idéia era de que a construção do projeto pedagógico fosse compartilhada por todos os segmentos da comunidade.

“È tempo de construir” foi o nome dado às iniciativas propostas para a construção

do referido projeto. O desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico seria coordenado por três professores que deveriam criar mecanismos e instrumentos para que os alunos, professores, administrativos, os seguimentos da sociedade do Município de Tocantinópolis e dos demais municípios, os quais o campus atende, pudessem fazer parte do processo de construção.

No projeto de extensão que trata desse assunto, ressalva-se que o processo de construção do projeto pedagógico objetivava: Ampliar, aprofundar e sistematizar conhecimentos sobre a realidade sócio-econômica, político, cultural e geográfica da região de Tocantinópolis e sua função no contexto estadual, dentro das perspectivas do desenvolvimento local, regional e nacional e; subsidiar a discussão sobre a consolidação do campus de Tocantinópolis, delimitando-se o porquê de sua existência, suas diretrizes políticas e sua estratégia de ação, obtendo-se assim um norte para a construção do Projeto Político Pedagógico do campus de Tocantinópolis.

110 A proposta curricular está nos anexos.

A justificativa dada, nesse documento, para a construção do Projeto Pedagógico partia da visão de que a universidade é uma organização complexa, formada por três grupos ( docentes, discentes e técnico-administrativos) cujos problemas, aspirações, necessidades, tendências e interesses diferenciados, determinam uma dinâmica de interação muito peculiar. Destaco na justificativa:

“Enquanto Instituição que se legitima por sua função social, a fidelidade aos fins tem sido ao longo do tempo, a responsável por sua sobrevivência. Entretanto percebe um certo descompasso entre algumas atividades realizadas pela Universidade e as reais necessidades da comunidade”.

O Documento apontava a existência paralela de muitos dados sistematizados que balizavam a ação do Campus e a percepção de que chegou o momento propício para o desenvolvimento de uma proposta político pedagógica que buscaria dar uma unicidade às ações do Campus, assim como mostrar sua cara e vocação natural. O tempo previsto para a construção projeto pedagógico era agosto de 1998 até outubro de 1999.

Vale lembrar que pedi o desligamento da universidade em Fevereiro de 2000 e até aquela data haviam sido realizadas duas ações, pelos responsáveis pela elaboração do projeto. Tratava-se de dois seminários onde foram convidadas as lideranças políticas da Região do Bico para expressarem suas expectativas em torno da universidade, no mês de Abril de 1999, e não foram realizadas outras atividades até a data de minha saída.

3. O Cotidiano do Curso de Pedagogia em Regime Especial

ministrado em Araguatins

Nessa parte do trabalho explicitei o cotidiano dos atores envolvidos no curso de Regime Especial da cidade de Araguatins.