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RELATO H – A DESCIDA

No documento Experiencias-Extrafisicas (páginas 36-39)

A VIAGEM ASTRAL NA MINHA VIDA

RELATO H – A DESCIDA

Na época desta projeção, eu já era médium “incorporante” e participava de atividades de desobsessão. Portanto, o meu contato com energias mais densas havia se intensificado. Obviamente que isto se refletiria em minhas tarefas extracorpóreas.

Numa noite, após ter dormido profundamente, recordo-me de ter chegado num lugar nada amistoso, sem saber como. Aparentemente eu estava dentro de uma caverna, em cujo ambiente predominavam vibrações de desolamento e medo. Apesar disso, eu estava apenas um pouco tenso. Normalmente eu não permaneceria em um local como aquele por muito tempo, mas uma força me impelia para baixo. Eu descia rapidamente por estreitos caminhos de terra batida, que ladeavam paredes de rocha, rumo aos subterrâneos da caverna. Havia uma iluminação fraca no lugar, que era realizada por tochas presas às paredes. Notei que algumas paredes haviam sido pintadas em tons de vermelho e preto.

Durante a descida, observei alguns esqueletos humanos presos às rochas, por correntes nos pulsos e tornozelos. Pude ver que um dos esqueletos, na realidade, era uma entidade aprisionada e vestida com uma roupa colante preta, sobre a qual estavam desenhados os ossos humanos. Aquilo parecia ser uma prisão em pleno Astral Inferior.

Após ter descido bastante, encontrei-me com um homem de bigode, cujos traços fisionômicos tipicamente nordestinos não me eram estranhos. Trajava roupas humildes, sendo uma calça social preta e surrada, bem como uma velha camisa de mangas curtas e de cor azul claro. Para meu espanto, eu o conhecia! O problema era distinguir exatamente quem ele era, de onde eu o conhecia e de que época. A seguir, ele também demonstrou me reconhecer, falando apressadamente: “- você! Aqui!” O homem parecia não compreender que fosse possível eu chegar até aquele lugar. Estava visivelmente feliz com a minha presença ali. Eu sabia que seria útil para ele de alguma forma, mas não recordo o que pude fazer naquelas circunstâncias.

Despertei com um sentimento agradável, com uma intuição de que o ajudei. A viagem não havia sido das mais aprazíveis, porém teve uma finalidade positiva. Na pior das hipóteses, creio que tenha visitado um velho amigo que estava meio solitário naquele ambiente tão lúgubre.

DATA: 1995

RELATO I – INTIMIDAÇÃO

Eu acabara de retornar de uma irmandade espiritualista, onde um casal amigo desenvolvia suas atividades bioenergéticas e assistencialistas. Ao entrar em casa, tive uma intuição, que se manifestou em minha mente na forma de uma frase: “tem um trabalho para ser feito”. Simplesmente ignorei o aviso, pois estava focado em outro assunto. Ainda meditava no que havia visto e sentido quanto às atividades espiritualistas presenciadas em poucos momentos atrás, baseadas preponderantemente em conhecimentos orientais, principalmente o Budismo e o Hinduísmo, com “pinceladas” de Espiritismo. A princípio, eu não estivera muito disposto a aceitar o convite dos meus amigos, pois, afinal de contas, eu já atuava em outras duas instituições espiritualistas. No entanto, foi uma vivência enriquecedora ter conhecido o lugar, embora eu estivesse bem cansado devido à hora tardia que cheguei no lar.

Após tomar um banho, recolhi-me à cama ainda pensativo. Minha mente permanecia um pouco acelerada. Eu observava as janelas fechadas do meu quarto, cujos vidros estavam fortemente iluminados pelas lâmpadas acesas no apartamento em frente. Aquilo me incomodava um pouco, sendo constante o vizinho apagar suas luzes muito tarde. Porém, desta vez, além disso, o sono não vinha.

Mantive-me deitado de barriga para cima e olhando para a claridade dos vidros da janela por um tempo. Então, de repente, surgiu um homem dentro do cômodo e em frente à janela. Somente via o seu contorno escuro no meio da luz que vinha de fora. Como poderia estar acontecendo aquilo? Não havia lógica, pois eu morava no terceiro e último andar do prédio. De onde ele teria vindo?

No entanto, não consegui reagir. Meu corpo estava paralisado na cama, em catalepsia projetiva (naquela época, não tinha conhecimento desse fato). Eu estava semi-projetado, ou seja, havia uma certa descoincidência do meu corpo astral com relação ao veículo físico, o que provoca a citada catalepsia. O homem era um desencarnado e não tinha boas intenções. Ele apresentava-se com um perispírito cinza bem escuro e não pude notar traços faciais ou outros detalhes. Sobressaíam apenas seus contornos e percebi que tinha estatura média, sendo relativamente magro. Ele aproximou-se rapidamente de mim e pude ouvir que gargalhava. Em seguida, atirou-se sobre o meu corpo estirado na cama, segurando-me pelos ombros. As risadas aumentaram de volume, ou minha percepção se aguçara. Ele aproximou o rosto dele do meu e ria abertamente da minha impossibilidade de reagir. A seguir, afastou o rosto e continuava rindo, senhor da situação. Ele percebeu que eu estava um pouco amedrontado e repetiu duas ou três vezes a aproximação de seu rosto do meu, gargalhando de forma desafiadora.

Então, surgiu uma voz clara em minha mente, que dizia: “- assopre, pois o sopro é energia.” Passei a assoprar o seu rosto com vigor, pois todo o resto do meu corpo estava paralisado. Logo notei que a imagem do “homem-sombra” começou a se distorcer e desmanchar diante da minha visão (na época, após a experiência, não consegui entender como eu havia conseguido assoprá-lo, mas, hoje, entendo que o fiz através do meu corpo astral). Houve um efeito energético evidente a partir da bioenergia que emiti contra o agressor. De alguma forma ele foi afastado.

Com o seu sumiço, comecei a sentir o corpo físico retornando ao normal. Primeiro mexi um dedo da mão esquerda, em seguida o braço e, enfim, o restante do corpo. Após, perdurou uma sensação geral de “formigamento” na pele por um tempo. A seguir, sentei-me na cama ainda assustado. Lembrei do aviso que tivera, quando adentrara o apartamento. Eu havia ignorado que tinha um “trabalho a ser feito”. Raciocinei que aquela entidade estivera ali para ser encaminhada por amparadores, através das minhas bioenergias. Desta forma tranqüilizei-me, acreditando que a “tarefa” estava cumprida. Dormi o resto da noite em relativa paz.

No documento Experiencias-Extrafisicas (páginas 36-39)

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