• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO VIII ACTIVIDADES DE CARÁCTER RECREATIVO E DESPORTIVO

12. Remo e canoagem

a. Por razões de segurança da navegação, com especial relevo para a dos praticantes de Remo, e respetivas embarcações, é proibida a prática do Remo a jusante do canal do ferry-boat de Caminha.

b. Os praticantes de remo, devem fazê-lo sempre acompanhados de uma embarcação de apoio, que velará pela sua segurança e pela segurança da navegação no rio, evitando acidentes com outras embarcações, nomeadamente com embarcações de pesca em faina e respectivas artes.

c. É proibida a prática de remo e canoagem entre o pôr e o nascer-do-sol.

d. É obrigatório o uso de colete de salvação para os praticantes de canoagem, rafting e outras atividades similares que utilizem pequenas embarcações.

e. A prática destes desportos náuticos não deve interferir com a atividade de pesca profissional local.

13. Natação

Por razões de segurança específica, não é permitida a prática de natação no Portinho de Vila Praia de Âncora, a menos de 100 metros da barra do Portinho de Vila Praia de Âncora, respectivos molhes e canais de acesso ou de aproximação, a menos de 100 metros das barras de Caminha, respectivos canais de acesso ou de aproximação e no canal de navegação do ferry-boat de Caminha.

CAPÍTULO IX DIVERSOS

1. Comunicação de achado ou de objeto suspeito

a. Qualquer indivíduo que, no mar, na orla marítima ou em qualquer outro local sob jurisdição da autoridade marítima encontrar objeto cuja aparência apresente indícios que levem a admitir tratar-se de material de guerra, engenho explosivo ou outro de natureza suspeita, deverá:

(1). Abster-se de lhe tocar, direta ou indiretamente, ou de o alar para bordo se o achado for no rio ou no mar.

(2). Assinalar, se possível, o local e providenciar, tanto quanto as circunstâncias lho permitam, para que ninguém dele se aproxime até à chegada da Autoridade.

(3). Comunicar o achado, com a maior brevidade possível, à Autoridade Marítima mais próxima (Capitania, ou Comando Local da Policia Marítima), ou, se isso não for viável, a qualquer autoridade militar, força de segurança ou autoridade civil, descrevendo o objecto e sua localização, o melhor que puder.

b. Qualquer indivíduo que achar ou localizar bem que testemunhe a presença humana, possuidor de valor histórico, artístico ou científico, situado no espaço jurisdição da Autoridade Marítima, deverá comunicar o facto à Capitania do porto de Caminha, estância aduaneira, autoridades policiais ou diretamente ao Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico, I.P. (IGESPAR, I.P.), no prazo de 48 horas, sob pena de perder os direitos de achador consignados no Decreto-Lei n.º 164/97, de 27 de Junho, sem prejuízo da responsabilidade civil, criminal ou contraordenacional a que haja lugar.

2. Utilização de detetores de metais

a. De acordo com o artigo 2.º da Lei n.º 121/99, de 20 de Agosto, conjugado com a alínea g) do n.º 1 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 96/2007, de 29 de Março, a emissão de licenças de utilização de detetores de metais e de qualquer outro equipamento de deteção é da competência do diretor do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico, I.P. (IGESPAR, I.P.) não sendo autorizado a utilização de tais equipamentos no espaço de jurisdição da Capitania do porto de Caminha sem licenciamento daquela entidade.

3. Operações de Scooping

a. As operações de Scooping consistem no reabastecimento de água, de aeronaves empenhadas no combate a incêndios florestais sendo que nalguns locais, o Rio Minho, pelas suas características, satisfaz os requisitos operacionais necessários àquele tipo de operações, quer reais quer em exercícios, que a Autoridade Nacional de Proteção Civil entenda realizar. Assim:

(1). Definem-se como área de operações de Scooping do Rio Minho, os seguintes locais:

(a). Caminha, no canal principal do Rio Minho, nas imediações da posição geográfica 41º 52’ 30’’ N – 008º 51’ 00’’ W (Datum WGS84);

(b). Lanhelas, Caminha, no canal principal do Rio Minho, nas imediações da posição geográfica 41º 55’ 30’’ N – 008º 47’ 00’’ W (Datum WGS84);

(c). Vila Nova de Cerveira, no canal principal do Rio Minho, nas imediações da posição geográfica 41º 56’ 00’’ N – 008º 45’ 20’’ W (Datum WGS84); (d). Segadães, no canal principal do Rio Minho, nas imediações da posição

geográfica 42º 01’ 05’’ N – 008º 39’ 26’’ W (Datum WGS84);

(2). Sempre que necessário, assumindo-se como prioritária a missão em que aquelas aeronaves estejam empenhadas, será ativada a área ou áreas de operações de Scooping do Rio Minho. No sentido de se garantirem as condições de segurança adequadas, mesmo com um pré-aviso que pode não ir além de 20 minutos, esta ativação implicará de imediato a interdição de toda a navegação, de qualquer tipo, no raio de 500 metros da área de operações das aeronaves.

4. Pouso e descolagem de hidroaviões/helicópteros no leito ou margens dos

rios

a. Apenas é permitido o pouso e descolagem de hidroaviões/helicópteros afetos à Autoridade Nacional de Proteção Civil ou entidade congénere, as quais deverão comunicar previamente as suas intenções ao Comando Local da Polícia Marítima de Caminha.

b. As restantes aeronaves carecem de autorização prévia do Capitão do Porto de Caminha, que deverá ser requerida com uma antecedência mínima de 48 horas. c. No pouso e na descolagem das aeronaves, as embarcações deverão manter um

resguardo à área de operação das aeronaves superior a 500 metros.

5. Licenciamento de barracas para a recolha de artigos de pesca

a. As licenças de ocupação do Domínio Público Marítimo para a instalação de barracas, com carácter amovível, para recolha de artigos de pesca competem ao órgão local da Autoridade Marítima ao abrigo do convencionado pelo nº 3 do artigo 12º do Decreto-Lei 226-A/2007, de 31 de Maio, conjugado com o nº 2 do artigo 63º do mesmo diploma, bem como pelo estipulado nos nº 17 e 20 da alínea ss) do artigo 10º do Decreto-Lei 265/72, de 31 de Julho, e nº 9 do artigo 13º do Decreto- Lei nº 44/2002, de 2 de Março.

b. Para a renovação dos licenciamentos existentes e nos novos licenciamentos é obrigatório o cumprimento das seguintes condições:

(1). A concessão da titularidade desta licença só é permitida aos inscritos marítimos da actividade da pesca, proprietários de embarcações de pesca, devidamente legalizadas;

(2). É título bastante da licença, a menção na documentação da embarcação do titular, emitida anualmente por esta Capitania;

(3). À excepção das construções efectuadas por entidades publicas ou privadas para apoio á classe piscatória, as quais devem obedecer e ser mantidas de

acordo com os projectos aprovados, as restantes construções deverão obedecer aos seguintes requisitos:

(a). Construção desmontável e pintada de branco;

(b). Quatro metros quadrados de ocupação máxima, excepto para barracas já existentes;

(c). As reconstruções de barracas existentes deverão obedecer ás dimensões referidas;

(d). Na parte superior da porta deve estar inscrito o conjunto de identificação da embarcação propriedade do titular, tendo por cima o nº da licença atribuído. O conjunto de identificação e o nº da licença da barraca são pintados a preto, com letras e números com altura e espessura não inferior a 10 cm e 1,5 cm respectivamente;

(e). Apresentar bom estado de conservação;

(f). A área licenciada não poderá ser vedada, devendo ser salvaguardado o acesso ao público em geral;

(g). Não é autorizada a electrificação nem quaisquer instalações de água ou saneamento básico;

(4). A construção será exclusivamente utilizada para recolha de artigos de pesca; (5). Anualmente, aquando da vistoria à embarcação, será efectuada vistoria à

referida barraca para fiscalização do estipulado nas cláusulas anteriores; (6). A licença é concedida a título precário, sem prejuízo de direitos a terceiros e

com a condição expressa de que poderá ser anulada ou alteradas as sua cláusulas, sempre que razões de interesse público assim o exijam, sem que o seu titular tenha direito a qualquer indemnização;

(7). A renovação das licenças para as construções efectuadas por entidades públicas ou privadas para apoio à classe piscatória só será efectuada mediante apresentação de comprovativo do pagamento do arrendamento das mesmas ou de título de utilização válido;

(8). A licença é válida de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de cada ano e poderá ser renovada por igual período, no acto de legalização anual da embarcação de pesca, se o seu titular assim o requerer e ao Estado convier;

(9). Desde que a licença tenha perdido a sua validade ou o período da renovação seja indeferido, a construção deverá ser removida do local, e as obras efectuadas, demolidas pelo titular da licença, salvo se o Estado optar pela sua reversão, não derivando daí para o interessado, direito a qualquer indemnização, devendo a área ocupada ser reposta nas condições originais;

(10). As despesas com a demolição da construção, de acordo com a cláusula anterior, serão integralmente suportadas pelo seu titular;

(11). As despesas com vistorias ou quaisquer outros encargos inerentes à execução da licença, bem como as que resultarem de reclamações justificadas, serão integralmente suportadas pelo seu titular;

(12). A transferência de titularidade carece de autorização desta Capitania, não podendo o titular da licença fazer-se substituir no exercício dos direitos conferidos, assim como, as obras efectuadas não podem ser transferidas nem hipotecadas. No caso de sucessão legítima, esta licença poderá ser transmitidas aos herdeiros, desde que requerida por estes a sua renovação, reúnam as condições para tal, e obtenham o parecer favorável as entidades competentes;

(13). O objecto da licença fica sujeito à fiscalização que as entidades com jurisdição local entendam dever realizar, para salvaguarda dos bens dominiais e cumprimento das normas aplicáveis e clausulado estipulado; (14). O titular da licença deverá respeitar todas as Leis e Regulamentos em vigor e

munir-se de quaisquer outras licenças legalmente exigíveis;

(15). Do não cumprimento, imputável ao interessado, das obrigações legais e regulamentares aplicáveis ou de qualquer das cláusulas constantes desta licença, resulta a revogação da mesma, com as inerentes consequências legais;

(16). A licença apenas permite a manutenção da construção nas condições em que foi requerida e autorizada a sua instalação não podendo, portanto, o seu titular, proceder a quaisquer obras de remodelação ou ampliação;

(17). Todos os casos omissos serão resolvidos pelos Órgãos competentes, de acordo com a legislação vigente aplicável.

6. Cargas, coisas, objectos e valores abandonados

a. Consideram-se abandonadas as cargas, coisas, objectos ou valores que permaneçam à guarda da Autoridade Marítima para além dos períodos autorizados e que, após notificação do respectivo depositante, dono ou consignatário, ou de quem o substitua, o mesmo não proceda à sua remoção no prazo que lhe for fixado.

b. A notificação referida no número anterior será feita pessoalmente ou por outro expediente que permita obter comprovativo da sua recepção, devendo, em caso de desconhecimento da identidade do dono, do consignatário ou de quem o substitua, bem como do seu endereço ou paradeiro, ser efectuada através de editais afixados nos locais habituais.

c. As cargas, coisas, objectos ou valores considerados abandonados e sujeitos à acção fiscal são relacionados e entregues à Alfândega, nos termos da legislação aduaneira.

d. O dono, o consignatário, ou quem os substitua, de cargas, coisas, objectos ou

valores considerados abandonados e não sujeitos à acção fiscal são responsáveis pela sua remoção, obrigando-se a pagar à Autoridade Marítima a realização desse serviço, se o não executarem no prazo que lhes for fixado para esse efeito.

e. Sempre que, ao abrigo do número anterior, a Administração tiver de proceder à remoção de bens abandonados, poderá apropriar-se deles, nos termos gerais de direito, e proceder à sua venda, revertendo o produto desta, em primeiro lugar, para o pagamento das dívidas à Autoridade Marítima, se não houver outras que, legalmente, devam ter preferência.

7. Obras e trabalhos em pontes

a. A realização de obras ou trabalhos nas pontes sobre cursos de águas sujeitos à jurisdição da Autoridade Marítima que impliquem a montagem de estruturas que se projectem para fora das obras de arte, ou outras acções que venham a incidir, ou possam ter incidência sobre o leito e margens dos respectivos cursos de água, carecem de autorização prévia da Capitania do Porto de Caminha, a fim de acautelar a segurança da navegação, de pessoas e bens.

b. Esta autorização deve ser solicitada com uma antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis relativamente à data de início dos trabalhos.

8. Condução de embarcações sob a influência do álcool ou de substâncias

psicotrópicas

a. Nos termos conjugados dos artigos 289.º do Código Penal, do nº1 do artigo 13º do Decreto-Lei nº 44/2002, de 2 de março, e da alínea g) do nº 4 do mesmo artigo, é proibida a condução ou governo de embarcações sob a influência de álcool ou de outras substâncias estupefacientes ou psicotrópicas, sendo obrigado a submeter-se a provas para a sua detecção, sob pena de incorrer em infracção punível com coima de € 2200 a € 3700, prevista na alínea f), n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 45/2002, de 2 de março.

b. A fiscalização da condução ou governo sob influência do álcool ou de substâncias psicotrópicas é efectuada de acordo com o regulamento anexo à Lei n.º 18/2007, de 17 de maio, e Portaria n.º 902-B/2007, de 13 de agosto.

c. Para os efeitos previstos neste Edital, considera-se estar sob o efeito do álcool quem apresentar uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,50 g/l.

d. Tal como resulta do estabelecido nos artigos 289º e 292º do Código Penal, pode incorrer em responsabilidade criminal, pela prática do crime de condução perigosa de meio de transporte por água, quem conduzir ou governar embarcações com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l.

Documentos relacionados