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S. R. MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL MARINHA AUTORIDADE MARÍTIMA NACIONAL CAPITANIA DO PORTO DE CAMINHA EDITAL N.º 01/2012

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S. R.

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL MARINHA

AUTORIDADE MARÍTIMA NACIONAL CAPITANIA DO PORTO DE CAMINHA

EDITAL N.º 01/2012

INSTRUÇÕES PARA A NAVEGAÇÃO E PERMANÊNCIA NO

ESPAÇO DE JURISDIÇÃO MARÍTIMA DA

(2)

S. R.

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL MARINHA

AUTORIDADE MARÍTIMA NACIONAL CAPITANIA DO PORTO DE CAMINHA

EDITAL N.º 01/2012

Luís Miguel de Brito Mamede Alves, Capitão-Tenente e Capitão do Porto de Caminha, no uso das competências que lhe são conferidas pela alínea g) do número 4 do Artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 44/2002, de 2 de Março, conjugadas com o disposto na Regra 1 alínea b) do Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar – 1972 (RIEAM-72), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 55/78, de 27 de Junho com as alterações introduzidas pelo Aviso publicado no Diário da República I.ª Série n.º 258, de 9 de Novembro de 1983, e pelos Decretos n.º 45/90, de 20 de Outubro, n.º 56/91, de 21 de Setembro, n.º 27/2005, de 28 de Dezembro e n.º 1/2006, de 2 de Janeiro, faz saber que:

1. Para além do estabelecido nas normas específicas do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, para a respetiva área de jurisdição portuária, a navegação e permanência de navios e embarcações no espaço de jurisdição da Capitania do Porto de Caminha, bem como outras atividades, devem reger-se, sem prejuízo da legislação relevante aplicável, pelo conjunto de determinações, orientações e informações que constam do anexo ao presente Edital e eventuais alterações a promulgar, do qual são parte integrante.

2. Este Edital aplica-se em todo o espaço de jurisdição da Capitania do Porto de Caminha – limitada a Sul pelo paralelo do Forte do Cão (Gelfa) e a Norte pela linha divisória das águas territoriais de Portugal e Espanha; no Troço Internacional do Rio Minho, entre a sua foz e a foz do rio Trancoso; no Rio Coura, entre a sua foz e a ponte de Vilar de Mouros; no Rio Âncora entre a sua foz e a ponte do caminho de ferro.

3. As infrações ao estabelecido no presente Edital, sem prejuízo das resultantes de danos e avarias associadas às plataformas cuja responsabilidade possa caber a qualquer dos intervenientes, serão passíveis de punição de acordo com a lei penal vigente, ou tratando-se de matéria contraordenacional tratando-ser apreciadas de acordo com o disposto no Decreto-Lei n.º 45/2002, de 2 de Março, tendo presente o regime geral das contraordenações, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de Outubro, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 356/89 de 17 de Outubro, pelo Decreto-Lei n.º 244/95, de 14 de Setembro, que o republicou, e pela Lei n.º 109/2001, de 24 de Dezembro.

(3)

4. Este Edital entra em vigor a 16 de julho de 2012 sendo revogado, na mesma data, o Edital n.º 01/2011, de 28 de março de 2011 e o Edital nº 20/2010 de 12 de maio de 2010, ambos da Capitania do Porto de Caminha.

Capitania do porto deCaminha, 9 de julho de 2012

O CAPITÃO DO PORTO,

Luís Miguel de Brito Mamede Alves Capitão-Tenente

(4)

S. R.

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL MARINHA

AUTORIDADE MARÍTIMA NACIONAL CAPITANIA DO PORTO DE CAMINHA

ANEXO AO

EDITAL Nº 01/2012 ÍNDICE

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS ... A-4 1. Enquadramento e definições... A-4 2. Segurança da navegação... A-6 3. Sinais de situação da Barra dos portos de Caminha e Vila Praia de Âncora... A-6 4. Sinais visuais de Avisos de mau tempo ... A-7 5. Comunicações em VHF... A-7 6. Contactos... A-8 CAPÍTULO II ENTRADA E SAÍDA DE NAVIOS NO PORTO... A-9 1. Fundeadouros e locais de atracação ... A-9 2. Condições de acessibilidade ao porto... A-12 3. Período de movimento ... A-13 4. Aspetos de segurança ... A-14 5. Bandeiras, distintivos e sinais autorizados ... A-14 CAPÍTULO III AVARIAS E VISTORIAS ... A-15 1. Arribadas ... A-15 2. Avarias a bordo de navios... A-16 3. Embarcações em mau estado de conservação, acidentadas ou naufragadas ... A-16 4. Relatórios de Mar... A-17 5. Trabalhos a bordo... A-18 6. Vistorias a navios e embarcações ... A-18 CAPÍTULO IV SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS... A-20 1. Embarque e desembarque de substâncias perigosas e poluentes ... A-20 CAPÍTULO V POLUIÇÃO ... A-22 1. Proibição no interior do porto e no mar... A-22 2. Prevenção da poluição no mar ... A-22 3. Uso de dispersantes... A-23 CAPÍTULO VI OPERAÇÕES PORTUÁRIAS ... A-23 1. Serviços efetuados por mergulhadores ... A-23

(5)

2. Reboques... A-24 3. Dragagens ... A-24 CAPÍTULO VII PESCA (PROFISSIONAL E LÚDICA), MERGULHO E CAÇA... A-25 1. Pesca Profissional ... A-25 2. Pesca Lúdica ... A-26 3. Pesca Submarina ... A-27 4. Prática de mergulho... A-27 5. Caça ... A-28 CAPÍTULO VIII ACTIVIDADES DE CARÁCTER RECREATIVO E DESPORTIVO... A-28 1. Praias destinadas às atividades desportivas... A-28 2. Licenciamento de atividades desportivas...A_29 3. Eventos de natureza desportiva ou cultural ... A-30 4. Fogo-de-artifício ... A-30 5. Embarcações de Alta Velocidade (EAV)... A-31 6. Náutica de recreio... A-32 7. Desportos náuticos motorizados... A-33 8. Utilização de motas de água e pranchas motorizadas (Jet-Ski) ou similares... A-33 9. Utilização de Canoas/Caiaque registados como embarcação de recreio... A-34 10. Instruções para a prática de Kitesurf ... A-34 11. Instruções para a prática de Windsurf ... A-35 12. Remo e canoagem ... A-36 13. Natação ... A-36 CAPÍTULO IX DIVERSOS ... A-36 1. Comunicação de achado ou de objeto suspeito... A-36 2. Utilização de detetores de metais... A-37 3. Operações de Scooping ... A-37 4. Pouso e descolagem de hidroaviões/helicópteros no leito ou margens dos rios... A-38 5. Licenciamento de barracas para a recolha de artigos de pesca... A-38 6. Cargas, coisas, objectos e valores abandonados... A-40 7. Obras e trabalhos em pontes ... A-41 8. Condução de embarcações sob a influência do álcool ou de substâncias psicotrópicas A-41 9. Ilhas localizadas no Troço Internacional do Rio Minho... A-42 APÊNDICE I - SINAIS VISUAIS DE SITUAÇÃO DA BARRA... A-1-1 APÊNDICE II - SINAIS VISUAIS DE AVISO DE MAU TEMPO... A-2-1 APÊNDICE III - FUNDEADOUROS... A-3-1

(6)

APÊNDICE IV - LOCAIS PARA VARAR EMBARCAÇÕES E DEPÓSITO DE ARTES DE PESCA NO CAIS DA RUA... A-4-1 APÊNDICE V - NORMAS PROVISÓRIAS REGULADORAS DA NÁUTICA DE RECREIO NO TROÇO

INTERNACIONAL DO RIO MINHO... A-5-1 APÊNDICE VI - MEDIDAS PARA O BOM USO DAS ILHAS INTERNACIONAIS DO RIO MINHO A-6-1

(7)

S. R.

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL MARINHA

AUTORIDADE MARÍTIMA NACIONAL CAPITANIA DO PORTO DE CAMINHA

ANEXO AO

EDITAL N.º 01/2012

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

1. Enquadramento e definições

a. As presentes normas aplicam-se a todo o espaço de jurisdição da Capitania do porto de Caminha, tal como definido no quadro n.º 1 anexo ao Decreto-Lei n.º 265/72, de 31 de Julho (Regulamento Geral das Capitanias - RGC), incluindo a faixa de terreno do domínio público marítimo, o mar territorial e, em conformidade com as disposições da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito da Mar, de 10 de Dezembro de 1982, a zona contígua, a zona económica exclusiva e a plataforma continental, sem prejuízo das competências específicas de outras entidades.

b. Para efeitos de delimitação do espaço de jurisdição da Capitania do porto de Caminha, esta é limitada a Sul pelo paralelo do Forte do Cão (Gelfa) e a Norte pela linha divisória das águas territoriais de Portugal e Espanha; no Troço Internacional do Rio Minho, entre a sua foz e a foz do rio Trancoso; no Rio Coura, entre a sua foz e a ponte de Vilar de Mouros; no Rio Âncora entre a sua foz e a ponte do caminho de ferro, tal como definido no quadro n.º 1 anexo ao Decreto-Lei n.º 265/72, de 31 de Julho (Regulamento Geral das Capitanias - RGC).

c. Para efeitos de proteção ambiental no espaço de jurisdição da Capitania do porto de Caminha aplicam-se as disposições constantes do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Caminha-Espinho publicado pela Resolução do Conselho de Ministros 25/99, de 7 de Abril, com as alterações introduzidas pela Resolução do Conselho de Ministros 154/2007, de 2 de Outubro, sem prejuízo da aplicação de outras disposições jurídicas em vigor sobre o assunto.

d. Designa-se por "área portuária" o Portinho de Vila Praia de Âncora.

e. As presentes instruções não prejudicam o normativo presente no Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar – 1972 (RIEAM), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 55/78, de 27 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Aviso publicado no Diário da República I.ª Série n.º 258, de 9 de Novembro de 1983, e pelos Decretos n.º 45/90, de 20 de Outubro, n.º 56/91, de 21 de Setembro, n.º

(8)

27/2005, de 28 de Dezembro e n.º 1/2006, de 2 de Janeiro, chamando-se a especial atenção dos navegantes para a regra n.º 2 daquele Regulamento.

f. Nestas instruções as designações de "navio" e "embarcação" serão aplicadas indistintamente, tendo ambas o mesmo significado do RIEAM Regra 3 alínea a. -a s-aber: "todo o veículo aquático de qualquer natureza, incluindo os veículos que não mergulham na água e os hidroaviões, utilizado ou susceptível de ser utilizado como meio de transporte sobre a água.".

g. No porto de Caminha consideram-se navios desgovernados os designados na alínea f) da Regra 3 do RIEAM.

h. No porto de Caminha são considerados navios com capacidade de manobra reduzida, além dos designados na alínea g) da Regra 3 do RIEAM, o trem de reboque em que o navio rebocado não disponha de propulsão e/ou capacidade de governo própria, os navios com características especiais identificados pela Autoridade Portuária, e aqueles cujas características náuticas excedam os limites técnicos de segurança definidos em normativo daquela Autoridade e ainda todos os navios que, pela sua natureza, só podem navegar em segurança em canais estreitos ou vias de acesso.

i. As cartas náuticas oficiais (CNO), edição em papel, que cobrem os espaços sob jurisdição da Capitania do porto de Caminha, são as que se designam:

(1). 21101 – “Cabo Finisterre a Casablanca” (escala 1:1000000) (2). 24201 - “Caminha a Aveiro” (escala 1:150000)

(3). 26409 – “Caminha a Vila Praia de Âncora” (escala 1:10000) (4). 24P01 - “Caminha a Aveiro” (escala 1:150000)

(5). 25R01 - “Caminha a Leça da Palmeira” (escala 1:150000)

j. Os espaços de jurisdição desta Capitania encontram-se igualmente cobertos pelas seguintes Cartas Eletrónicas de Navegação Oficiais (CENO):

(1). PT111101 – “Portugal Continental, Arquipélago dos Açores e Arquipélago da Madeira”

(2). PT 221101 – “Cabo Finisterra a Casablanca” (3). PT 324201 - “Caminha a Aveiro”

k. Para além das cartas náuticas poderá ser consultado o Roteiro da Costa de Portugal – Portugal Continental - Do Rio Minho ao Cabo Carvoeiro, e demais documentos náuticos oficiais existentes que reforcem os aspetos de segurança a respeitar nas aproximações ao Porto.

(9)

2. Segurança da navegação

a. Limitações à navegação

(1). Por apresentarem especiais perigos para a navegação, é interdita a navegação por embarcações equipadas com motor no rio Âncora e no rio Coura a montante da ponte ferroviária.

(2). No rio Coura, a montante da ponte ferroviária, as embarcações de pesca e recreio autorizadas a fundear nos fundeadouros de Marinhas e Venade, bem como as embarcações da Autoridade Marítima, ou por esta autorizadas em circunstâncias excepcionais, podem transitar do, e para, o rio Minho, com propulsão mecânica, à velocidade mínima de governo.

(3). Pelos mesmos motivos, e no sentido de minimizar os impactos sobre a fauna, em particular as diversas espécies de aves que ocorrem nos sapais, juncais e caniçais contíguos ao rio Coura, é proibida a navegação de todas as embarcações fora do canal principal deste rio, excepto às embarcações da Autoridade Marítima ou por esta autorizadas em circunstâncias excepcionais. b. Perigos

(1). Por razões de assoreamento e sinalização deficientes dos Rios Minho, Coura e Âncora, a navegação nestes rios deve ser efectuada com precaução.

3. Sinais de situação da Barra dos portos de Caminha e Vila Praia de Âncora

Verificando-se condições meteorológicas e oceanográficas desfavoráveis cuja intensidade e efeito possam resultar em prejuízo para a segurança da navegação nas barras dos portos de Caminha e Vila Praia de Âncora, o Capitão do Porto, ouvida a Autoridade Portuária no caso de Vila Praia de Âncora, poderá interditar a entrada e saída a embarcações de comprimento fora-a-fora inferior a 7 metros – Barra Condicionada – ou a toda a navegação – Barra Fechada – no intuito de garantir a salvaguarda da vida humana, a salvaguarda das embarcações e navios e a salvaguarda do acesso ao porto, divulgando o facto através de AVISO AOS NAVEGANTES. Nestas circunstâncias:

a. No mastro de sinais do Posto de Fiscalização da Foz em Caminha (nas coordenadas 41º 52’,06 N - 008º 51’,72 W; Datum WGS84) ou no mastro de sinais do Forte da Lagarteira em Vila Praia de Âncora (nas coordenadas 41º 48’,92 N -008º 52’,08 W; Datum WGS84) são ativados os seguintes sinais de situação da barra (Ver Apêndice I):

(1). Barra fechada:

(a). De dia, um balão cilíndrico de cor preta içado a tope da adriça.

(b). De noite, cinco luzes na vertical, com a seguinte disposição (de cima para baixo): Branco, Verde, Vermelha, Verde e Branco

(10)

(c). Significado - é proibido toda a navegação de entrada e saída de navios e embarcações.

(2). Barra condicionada (Barra fechada a embarcações de comprimento fora-a-fora inferior a 7 metros):

(a). De dia, um balão cilíndrico de cor preta içado a meio da adriça.

(b). De noite, três luzes na vertical, com a seguinte disposição (de cima para baixo): Verde, Vermelha e Verde

(c). Significado – só é permitido a navegação de entrada e saída aos navios e embarcações de comprimento fora-a-fora igual ou superior a 7 metros, devendo, no entanto, serem tomadas todas as precauções com “os golpes de mar”.

b. As barras do Porto de Caminha são definidas pelas linhas imaginárias que unem os seguintes pontos:

(1). Barra Norte: Fachada Oeste do Hotel da Praia do Molino (Espanha) e Farolim da Ínsua.

(2). Barra Sul: Marca da Ponta Ruiva e Farolim da Ínsua.

c. A barra do Portinho de Vila Praia de Âncora é definida pelo alinhamento dos farolins dos molhes do portinho.

d. Sempre que surjam dúvidas sobre os avisos em vigor, relativos à situação da barra ou outros que se relacionem com a segurança da navegação, deverão ser contactados os serviços da Capitania, do Piquete da Polícia Marítima, ou ANAVNET (http://anavnet.hidrografico.pt).

4. Sinais visuais de Avisos de mau tempo

Nos termos do Decreto-Lei n.º 283/87, de 25 de Julho, sempre que as circunstâncias meteorológicas assumam, ou se preveja venham a assumir, condições adversas de especial intensidade e significado para a navegação e circulação na faixa costeira, serão activados os mastros de sinais de Avisos de Temporal sitos no Posto de Fiscalização da Foz em Caminha (nas coordenadas 41º 52’,06 N - 008º 51’,72 W; Datum WGS84) e no Forte da Lagarteira em Vila Praia de Âncora (nas coordenadas 41º 48’,92 N - 008º 52’,08 W; Datum WGS84) sendo estabelecido o sinal correspondente à informação veiculada pelo Instituto de Meteorologia, IP (ver Apêndice II).

5. Comunicações em VHF

a. O plano de comunicações em vigor no espaço de jurisdição da Capitania do porto de Caminha, cumpre com o preceituado na Portaria n.º 630/2002, de 12 de Junho (Plano Nacional de Comunicações em VHF - Serviço Móvel Marítimo).

(11)

b. Os navios e embarcações deverão obrigatoriamente manter escuta permanente no canal 13 - Segurança da Navegação - sempre que a navegar no porto de Caminha.

c. Para além do canal referido (Canal 13 – Segurança da Navegação), os navegadores deverão manter presente a necessidade de atenção aos canais:

(1). Canal 16 – Socorro, Urgência, Segurança e Chamada. (2). Canal 11 – Comunicações com entidades oficiais. (3). Canal 09 – Navegação de recreio.

6. Contactos

a. Capitania do porto de Caminha:

(1). Largo Pêro Vaz, nº2, 4910-131 CAMINHA.

(2). Horário de atendimento ao público: 09:00 – 12:30 e 13:30 – 16:00 horas. (3). Telefone: 258 719 070.

(4). Fax: 211 938 453.

(5). Endereço de correio eletrónico: capitania.caminha@marinha.pt. b. Delegação marítima de Vila Praia de Âncora:

(1). Av. Campo do Castelo, Forte da Lagarteira, 4910- 430 VILA PRAIA DE ÂNCORA.

(2). Horário de atendimento ao público: terças e quintas-feiras das 14:00 – 16:00.

(3). Telefone: 258 958 344.

c. Comando Local da Polícia Marítima de Caminha: (1). Largo Pêro Vaz, nº3, 4910-131 CAMINHA.

(2). Horário de atendimento ao público: 09:00 – 12:30 e 13:30 – 16:00 horas. (3). Telefone: 258 719 083.

(4). Fax: 211 938 454.

(5). Endereço de correio eletrónico: policiamaritima.caminha@marinha.pt.

d. O Piquete da Polícia Marítima poderá ser contactado, a qualquer hora ou dia da semana:

(12)

(2). Telemóvel: 916 353 052.

(3). VHF – canal 16 – escuta permanente.

CAPÍTULO II ENTRADA E SAÍDA DE NAVIOS NO PORTO

1. Fundeadouros e locais de atracação

a. As embarcações, na situação de arribados ou que não tenham como porto de destino o porto de Caminha ou Vila Praia de Âncora, só poderão fundear com autorização expressa do Capitão do Porto.

b. Não é permitido arriar ou movimentar quaisquer embarcações próprias, ou receber embarcações do exterior, sem prévia autorização do Capitão do Porto. c. Por razões de segurança e atendendo às características das embarcações, tipo de

fundo e tensa, estas, em princípio, não deverão fundear, ou permanecer fundeados, perante vento muito fresco (superior a Força 5 na escala de Beaufort). d. Em casos excecionais, a analisar caso a caso, pode ser autorizada ou

determinada pelo Capitão do Porto a permanência de navios fora da área de fundeadouro.

e. Fundeadouros Autorizados (1). Fundeadouros Exteriores

(a). Na área de jurisdição da Capitania do Porto de Caminha não estão definidos fundeadouros exteriores.

(2). Fundeadouros Interiores

(a). Qualquer local de ancoradouro, fundeadouro, amarração ou atracação nos espaços definidos neste Edital, e fora da área portuária, terá de ser licenciado e previamente vistoriado pela Capitania do Porto de Caminha. (b). As embarcações em trânsito ou na situação de arribados que solicitem

fundeadouro no rio Minho, podem fazê-lo nos espaços definidos como fundeadouro provisório no Apêndice III deste Edital, pelo período máximo de 48 horas, estando isentas de licenciamento e vistoria. No entanto só o poderão fazer mediante contacto prévio com a Polícia Marítima do Comando Local de Caminha, para indicação da posição de fundeadouro, e autorização do Capitão do Porto. O estabelecimento de fundeadouros por períodos superiores a 48 horas segue os procedimentos estabelecidos na alínea anterior.

(c). Os locais previstos para estabelecer fundeadouros e amarrações fixas na margem esquerda do Rio Minho e no Rio Coura, constam no Apêndice III deste Edital.

(13)

(d). As amarrações destinadas a prender embarcações ou quaisquer outros objectos flutuantes podem ser constituídas por:

(i) Um peso (poita), amarra ou cabo, e flutuadores (bóia);

(ii) Cabos ligados a pontos fixos em terra, podendo ter ou não dispositivos de vai-vem;

(iii) Dispositivos usando um ou mais ferros amarrados a flutuadores.

(e). As amarrações devem ser identificadas com o Conjunto de Identificação da embarcação a que pertencem, inscrito nas bóias e/ou no local em que é feita a amarração a terra.

(f). Quando o estabelecimento das amarrações for da responsabilidade de Clubes Náuticos ou empresas registadas para exercer actividades marítimo-turísticas, as bóias deverão ser marcadas com um número de ordem em vez do Conjunto de Identificação das embarcações. Neste caso são as referidas entidades responsáveis por elaborar, fornecer e manter actualizadas na Capitania do Porto de Caminha, uma listagem mensal com os números de ordem das amarrações e os conjuntos de identificação das embarcações fundeadas que, à data, lhes correspondam.

f. Fundeadouros proibidos

(1). É proibido estabelecer fundeadouros nos rios Minho e Coura em espaços não previstos para o efeito no Apêndice III a este edital e sem o prévio licenciamento da Capitania do Porto de Caminha.

(2). É proibido fundear a menos de 20 metros dos cais de atracação ou rampas de acesso à água, de forma a não serem prejudicadas as manobras de atracação/desatracação ou de entrada/saída da água de quaisquer embarcações.

(3). É proibido fundear, amarrar, varar e/ou ocupar com artes, apetrechos, material e/ou embarcações as rampas existentes na margem esquerda (portuguesa) do rio Minho, e em ambas as margens do Rio Coura, a fim de permitir o livre acesso por qualquer embarcação às mesmas.

(4). É proibido às embarcações de recreio, estabelecer ou solicitar fundeadouros no espaço compreendido 100 metros a montante e jusante do Cais da Rua (Caminha).

g. É permitida a atracação de todas as embarcações aos diversos cais existentes nos rios Minho e Coura pelo tempo mínimo indispensável para o embarque e o desembarque de tripulantes/passageiros e carga/descarga de pescado/artes/outros.

(14)

h. É proibido atracar no cais de atracação do transbordador (ferry) de Caminha e nos pontões de marinas, excepto embarcações autorizadas pelos respetivos proprietários ou em situações de emergência.

i. É proibida a atracação de “braço dado” a todas as embarcações, excepto quando houver determinação contrária e expressa do Capitão do Porto.

j. É proibido o depósito de artes e apetrechos de pesca nos diversos cais existentes no rio Minho, excepto pelo tempo mínimo necessário ao seu embarque e desembarque.

k. No cais da Rua são permitidas excepções relativamente ao disposto nos parágrafos g. e j. acima, nos seguintes casos:

(1). As chalandras pertencentes a embarcações cujo fundeadouro atribuído seja o do cais da Rua, podem permanecer atracadas no cais da Rua. Esta autorização é válida exclusivamente para o lado jusante do cais, entre a margem e o cabeço antes das escadas de acesso, vindo da margem;

(2). O depósito de artes no cais da Rua, no seu bordo a montante e apenas na zona de rampa inclinada. O início da zona autorizada localiza-se na intercessão do cais com a rampa de montante com um comprimento total de 14,6 metros. A largura de cais a ocupar não pode ser superior a 2,5 metros, correspondendo à distância entre a borda do cais e o candeeiro de iluminação pública existente no cais;

(3). O depósito de artes na rampa de montante do cais da Rua, no seu topo junto ao rio. O local autorizado terá um comprimento de 13 metros e uma largura de 2 metros, medidos respectivamente a partir da intercessão da rampa de montante com a rampa inclinada do cais da Rua, e da borda da rampa;

(4). O depósito de artes na rampa de jusante do cais da Rua, no seu topo junto ao rio. O local autorizado terá um comprimento de 15 metros e uma largura de 2,8 metros, medidos respectivamente a partir da intercessão da rampa de montante com a rampa inclinada do cais da Rua, e da borda da rampa; (5). Varar embarcações cujo fundeadouro atribuído seja o do cais da Rua, nas

rampas de montante e jusante do mesmo cais; O local autorizado terá uma largura dada pela linha definida pelo enfiamento da muralha da margem até à intercessão das rampas com o pavimento de acesso ao cais. Na rampa de montante a largura máxima no cimo será de 3,7 metros, e na rampa de jusante 3,5 metros.

(6). No pavimento de acesso ao Cais da Rua e suas rampas, não é permitido depositar artes, varar embarcações ou fazer qualquer tipo de depósitos. Não é permitido estacionar viaturas no Cais da Rua, nem no seu acesso e rampas, excepto pelo tempo mínimo indispensável para o embarque e desembarque de material.

(15)

(7). As autorizações mencionadas neste parágrafo serão precedidas de informação junto da Polícia Marítima do Comando Local de Caminha. A ausência desta informação equivale à inexistência da autorização.

(8). A autorização para depósito de artes referida em (2), (3) e (4) apenas será permitida para artes pertencentes a embarcações cujo fundeadouro atribuído seja o do cais da Rua, devendo ser identificadas com o conjunto de identificação da respetiva embarcação. Para cada embarcação a autorização não poderá ter uma duração superior a quatro meses consecutivos, e em cada ano civil não pode exceder os seis meses.

(9). A autorização para varar embarcações nas rampas do cais da Rua, referida em (5) terá a duração máxima de dois meses, e em cada ano civil não pode exceder os quatro meses.

(10). Em Apêndice VI a este Edital é publicado um esquema do cais da Rua assinalando os locais autorizados a efectuar o depósito de artes e a varar embarcações, referidos acima.

l. As pequenas embarcações de apoio utilizadas no transporte de marítimos e apetrechos de pesca para embarcações fundeadas a jusante do canal do ferry-boat de Caminha, somente podem navegar de terra até ao fundeadouro da embarcação “mãe” e retorno.

m. Sempre que uma embarcação de pesca local ou de recreio – classes 4 e 5 - por avaria ou outra razão de força maior, tenha de permanecer fundeada fora do ponto de amarração que lhe está atribuído, deverá manter, durante todo o arco nocturno e, em caso de más condições de visibilidade, durante o arco diurno, uma luz, branca, que seja visível em todo o horizonte.

n. Todas as embarcações que por motivo de força maior tiverem que atracar, amarrar ou fundear fora do seu local licenciado, devem, no prazo de 2 (duas) horas, informar o Piquete da Polícia Marítima de Caminha do facto.

o. Os operadores Marítimo-Turísticos que tenham estabelecido fundeadouros para acolher embarcações de recreio, devidamente licenciados pela Capitania do Porto de Caminha, no período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Maio, devem recolher do leito do rio todos os elementos constituintes dos sistemas de amarração implementados, de forma a não interferir com a actividade da pesca e consequentemente com a segurança da navegação, excepto os operadores licenciados para o fundeadouro da Foz.

2. Condições de acessibilidade ao porto

a. A entrada e saída das barras do Porto de Caminha e do Portinho de Vila Praia de Âncora, por embarcações de recreio, embarcações de pesca Local e de pesca Costeira, com registo na Capitania do Porto de Caminha e na Delegação Marítima de Vila Praia de Âncora, e restantes embarcações, com calado inferior a 2 metros, apenas está condicionada pelas condições de mar.

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b. A entrada e saída por outras embarcações que não as referidas no parágrafo anterior só pode ser feita após autorização prévia da Autoridade Marítima, com pelo menos duas horas de antecedência, e com altura de maré superior a 2 metros.

c. Excepcionalmente poderão ser consideradas situações que se apresentem fora dos parâmetros estabelecidos nos parágrafos anteriores, as quais poderão ser autorizadas caso a caso, desde que as mesmas sejam requeridas ao Capitão do Porto com uma antecedência mínima de 2 dias úteis, e sempre condicionadas às condições atmosféricas e de mar vigentes.

d. Por razões de segurança, pode ser imposto o acompanhamento da entrada de embarcações nos portos de Caminha e Vila Praia de Âncora pela Polícia Marítima, para controlo próximo da navegação, nomeadamente de todos os navios designados especiais ou aqueles cujas características náuticas excedam os limites técnicos acima definidos, podendo ainda, tal acompanhamento ser imposto a outros navios, nomeadamente em razão da carga que transporte, em caso de visibilidade reduzida ou outras razões imperativas de segurança da navegação. e. No porto de Vila Praia de Âncora e no rio Minho é proibido navegar a velocidades

que possam, por qualquer forma, nomeadamente em consequência da ondulação criada, causar prejuízos ou acidentes nos navios, embarcações, muralhas, estaleiros, amarrações, artes de pesca ou navegação em curso devendo, em todas as circunstâncias, ser utilizada velocidade que não comprometa uma navegação em segurança.

f. No porto de Caminha é proibido fundear no canal de navegação principal, desde a linha imaginária que une a Marca da Ponta Ruiva com o Farolim da Ínsua até à linha imaginária que une o mastro de sinais do Posto da Foz com o farolim da Pedra do Paracán, bem como no acesso às barras em posição que possa conflituar com a segurança da navegação.

g. Sob condições de mar e vento adversas, na aproximação ou afastamento aos portos de Caminha e Vila Praia de Âncora, especialmente sempre que a barra esteja condicionada ou estejam em vigor avisos de mau tempo, os Comandantes, Mestres ou Arrais devem interditar a circulação de pessoas no exterior dos navios e embarcações e ordenar que os tripulantes enverguem os coletes de salvação e se despojem de botas de borracha de cano alto.

3. Período de movimento

a. O controlo de navios constitui competência do Capitão do Porto como órgão local do Sistema de Autoridade Marítima (SAM) e autoridade competente para, nomeadamente, executar atos de soberania e demais atos administrativos em matéria de visita, imposição do fecho de barras, disciplina da navegação, condições de acesso e saída do porto, detenção e despacho de largada de navios b. O movimento de entrada e saída de embarcações nos portos de Caminha e Vila

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Capitão do Porto, por motivos meteorológicos, oceanográficos ou qualquer outra anomalia determinar o contrário, facto que será divulgado por Aviso à Navegação Local e Aviso aos Navegantes e içado o correspondente sinal de barra condicionada ou fechada.

c. Toda a navegação, excetuando as embarcações de pesca local e costeira, de recreio do tipo 4 e 5, bem como de tráfego local e embarcações auxiliares locais deverá efetuar comunicação prévia de movimento à Polícia Marítima, com o mínimo de 2 horas de antecedência.

4. Aspetos de segurança

a. Em caso de acidente grave, nomeadamente explosão e/ou incêndio a bordo de navios, abalroamento, encalhe ou afundamento, o Capitão do Porto de Caminha assumirá o controlo e a coordenação das operações relacionadas com a situação de emergência criada.

b. A entrada no porto de navios ou embarcações com água aberta, fogo a bordo, limitações nos sistemas de governo e manobra ou suscetíveis de provocar acidentes ambientais, só será permitida após autorização do Capitão do Porto de Caminha, que estabelecerá caso a caso, as condições a observar.

c. Depois de autorizado a praticar o porto, na sequência de relato de anomalia referida no ponto anterior, o Comandante, mestre ou arrais do navio ou embarcação, seu armador ou agente, requerem à Capitania do Porto de Caminha a realização das necessárias vistorias que atestem a reposição das condições de segurança a bordo e procedem à entrega da documentação do navio ou embarcação até que possa ser emitido o despacho de largada, acompanhado do respetivo relatório de mar.

5. Bandeiras, distintivos e sinais autorizados

a. Os navios e embarcações que praticam os Portos de Caminha, Vila Praia de Âncora ou os seus fundeadouros, com exceção dos navios de guerra, só poderão ter içado as seguintes bandeiras ou distintivos:

(1). Bandeira da sua nacionalidade.

(2). Bandeiras e outros distintivos previstos no Código Internacional de Sinais. (3). Bandeiras ou sinais do RIEAM-72.

(4). Distintivo da companhia armadora. (5). Bandeira Portuguesa.

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CAPÍTULO III AVARIAS E VISTORIAS

1. Arribadas

a. Para efeitos do presente Edital, define-se por arribada a demanda de qualquer navio ou embarcação a um porto ou fundeadouro não planeado no início da viagem, desviando a sua rota devido a:

(1). Existência de incêndio a bordo, água aberta, apresente perigo de explosão ou derrame suscetível de causar poluição das águas;

(2). Condições de flutuabilidade, navegabilidade, manobrabilidade ou estabilidade reduzidas ou parcialmente afetadas;

(3). Necessidade de efetuar reparações de avarias inopinadas; (4). Desembarque de doentes, feridos, náufragos ou cadáveres; (5). Abrigo de mau tempo na zona oceânica adjacente;

(6). Reabastecimento de combustíveis, óleos, lubrificantes, água ou víveres; (7). Necessidade de efetuar operações comerciais (carga, embarque ou

desembarque de passageiros) não previstas cumulativamente com os motivos anteriormente mencionados.

b. Os navios ou embarcações que necessitem ou pretendam demandar o porto de Caminha ou Vila Praia de Âncora ou os seus fundeadouros na situação de arribados, devem enviar à Capitania do Porto de Caminha o termo ou declaração de arribada para que, garantida a segurança da navegação, sejam determinadas as condições de acesso ao mar territorial ou sua interdição. Deste termo devem constar, entre outros, os seguintes elementos:

(1). Nome, tipo de navio, bandeira de registo, arqueação (GT), comprimento e calado máximo do navio à chegada.

(2). Motivo de arribada.

(3). Número de pessoas embarcadas. (4). Existência de passageiros clandestinos.

(5). Existência de vidas humanas em perigo ou a carecer de assistência médica. (6). Existência de risco de alagamento, afundamento, incêndio, explosão ou foco

de poluição.

(7). Existência de danos, avarias e anomalias, que condicionem a estabilidade, a navegabilidade e/ou manobrabilidade do navio em segurança.

(8). Existência de condicionantes à utilização das ajudas à navegação, radar, comunicações, cartas náuticas, agulha ou sonda.

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(9). Tipo e quantidade de carga existente a bordo e sua condição.

(10). Existência de mercadorias perigosas e/ou poluentes, sua classificação IMDG e respetiva quantidade.

(11). Hora Estimada de Chegada (ETA).

(12). Destino, local de atracação ou fundeadouro.

c. A declaração de arribada deve ser enviada por Fax ou correio electrónico para a Capitania do porto da Caminha, para os contactos indicados, independentemente de ter sido utilizada outra forma de comunicação.

d. Em resposta à declaração de arribada, o Capitão do Porto de Caminha emitirá um despacho a definir as condições de acesso ao mar territorial e dará conhecimento às outras entidades que devam ser informadas no âmbito das suas competências.

2. Avarias a bordo de navios

a. Qualquer deficiência ou avaria a bordo de um navio ou embarcação que afete, ou que reúna condições para potencialmente vir a afetar, de algum modo, a segurança marítima, deverá ser prontamente comunicada, pelos Comandantes, Mestres ou Arrais, ou seus representantes legais, à Capitania do porto de Caminha e à Autoridade Portuária quando no seu espaço de jurisdição, sem prejuízo de posterior apresentação do respetivo “relatório de mar”.

b. Quando a Autoridade Portuária, no exercício das suas competências, tome conhecimento de que determinado navio apresenta anomalias suscetíveis de comprometer a segurança própria ou de constituir ameaça desproporcionada de danos para o meio marinho dará imediato conhecimento do facto à Capitania do porto de Caminha, independentemente de tal ter sido comunicado a outras entidades.

c. Nas situações de perigo iminente para a navegação, segurança marítima ou ambiente, qualquer embarcação pode passar reboque à embarcação sinistrada ou em necessidade de auxílio, informando imediatamente, e pela forma mais expedita, a Capitania do Porto de Caminha.

3. Embarcações em mau estado de conservação, acidentadas ou naufragadas

a. Sempre que se verifique sinistro marítimo ou existam indícios evidentes de que tal possa vir a ocorrer deve tal facto ser comunicado pelo meio mais expedito à Capitania do porto de Caminha, independentemente de ter sido comunicado a outras entidades, sem prejuízo de posterior apresentação do respetivo “relatório de mar”.

b. As embarcações acidentadas ou naufragadas e aquelas cujo estado de conservação possa indiciar propensão para incidentes devem ser de imediato retiradas do espelho de água pelo respetivo proprietário ou por quem o represente.

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c. Os proprietários e armadores de embarcações sem certificado de navegabilidade ou declaração de vistoria válidos, ainda que atracadas, fundeadas, amarradas ou varadas no espaço de jurisdição da Capitania do Porto de Caminha e da Autoridade Portuária, devem comunicar, e manter atualizado, na Capitania do porto de Caminha, contacto próprio ou de representante que habilite comunicação expedita de qualquer anomalia que possa vir a ocorrer.

d. Sempre que subsistam duvidas sobre a flutuabilidade de embarcações desprovidas de certificado de navegabilidade ou declaração de vistoria válidos o Capitão do Porto poderá impor vistoria destinada a avaliar da navegabilidade da embarcação quando esta se encontre atracada, fundeada ou amarrada.

e. É expressamente proibido o encalhe de embarcações no Domínio Público Marítimo e margens do rio Minho, sem licença de encalhe ou licença de amarração válida. Neste último caso apenas é permitido o encalhe na margem junto ao respectivo local de amarração ou fundeadouro.

f. Nas margens dos rios Minho, Coura e Âncora não podem permanecer embarcações abandonadas em mau estado de conservação.

g. Deve ser participado à Capitania do Porto de Caminha a existência de destroços, embarcações naufragadas ou encalhadas, estacas ou quaisquer outros obstáculos artificiais ou naturais que possam colocar em perigo a segurança da navegação, independentemente de comunicação efectuada a outra entidade.

4. Relatórios de Mar

a. De acordo com o disposto no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 384/99, de 23 de Setembro, entende-se por “acontecimento de mar” todo o facto extraordinário que ocorra no mar, ou em águas sob jurisdição nacional, que tenha causado ou possa causar danos a navios, engenhos flutuantes, pessoas ou coisas que neles se encontrem ou por eles sejam transportadas.

b. Nos termos do artigo 14.º do mesmo Decreto-Lei, após a ocorrência de acontecimento de mar, o capitão ou quem exerça as funções de comando deve elaborar um “relatório de mar” (também conhecido por "protesto de mar”), onde seja descrito pormenorizadamente o ocorrido, devendo o mesmo ser apresentado à autoridade marítima ou consular, com jurisdição no primeiro porto de escala onde essa autoridade exista, no prazo de quarenta e oito horas contado a partir do momento em que o navio atracar ou fundear no mencionado porto sendo que em caso de perda total do navio, o prazo conta-se desde a data da chegada do capitão ou de quem o substitua.

c. Relativamente aos relatórios de mar elaborados pelos capitães de embarcações comunitárias ou de países terceiros, nos termos conjugados do artigo 6.º do Título I do Código Comercial e da alínea f) do n.º 2 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 44/2002, na falta de autoridade consular residente do país de bandeira da embarcação em causa, e só neste caso, sob requerimento do capitão ou do agente de navegação do navio, o Capitão do Porto pode receber e confirmar esses

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relatórios, reendereçando-os à autoridade consular do país de bandeira da embarcação em causa mais próxima, ainda que o mesmo não tenha merecido um despacho de confirmação da autoridade marítima portuguesa.

5. Trabalhos a bordo

a. Qualquer trabalho de reparação a bordo, durante a estadia de um navio ou embarcação no porto, necessita de prévio licenciamento da Capitania do porto da Caminha.

b. A realização de trabalhos a bordo, quer se trate ou não de navios arribados, que pela sua natureza e/ou pelos equipamentos, motores propulsores ou motores auxiliares a reparar, possam pôr em causa a segurança do navio ou embarcação, de outros navios ou do porto, implica a necessidade de acompanhamento e vistoria por parte de peritos da Autoridade Marítima, sem prejuízo das competências próprias da Autoridade Portuária. Nestes casos, no despacho de autorização/licenciamento emitido pelo Capitão do Porto, será mencionado que a execução dos trabalhos fica condicionada a vistoria a realizar por perito da Autoridade Marítima.

c. Nos pedidos para a realização de trabalhos a bordo, devem ser claramente discriminados pelo, sempre que possível, com três horas de antecedência, os seguintes elementos:

(1). Tipo de avaria e trabalho a efectuar;

(2). Empresa reparadora e o técnico responsável; (3). Hora prevista para o seu início e fim.

d. Qualquer embarcação que necessite de efetuar docagem a seco, ou varagem, necessita de prévio licenciamento da Capitania do porto de Caminha – Licença de Encalhe.

e. Uma vez concluídos os trabalhos necessários para ultrapassar as deficiências identificadas, será obrigatoriamente efetuada inspeção técnica a bordo pelos peritos da Autoridade Marítima para verificação das condições de segurança.

6. Vistorias a navios e embarcações

a. No âmbito da atividade de inspeção e vistoria, as Capitanias, como órgãos locais da Autoridade Marítima, asseguram os seguintes atos técnicos e administrativos:

(1). Vistorias de manutenção, para renovação ou prorrogação dos certificados de navegabilidade, certificados especiais de navegabilidade, linhas de água carregada (quando aplicável), vistoriais às inscrições e vistorias para emissão de certificados de lotação de segurança das seguintes embarcações nacionais:

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(b). Embarcações de recreio tipos 4 e 5.

(c). Embarcações registadas no tráfego local com exceção das que transportam mais de 12 passageiros.

(d). Embarcações auxiliares locais incluindo marítimo-turísticas. (e). Rebocadores locais.

(f). Embarcações auxiliares costeiras, incluindo marítimo-turísticas, e rebocadores costeiros, exceto para a emissão de certificados de lotação de segurança.

(2). Vistoria para efeitos de demolição ou desmantelamento de embarcações nacionais, comunitárias ou de países terceiros.

(3). Vistorias de registo das seguintes embarcações: (a). Motas de água e jet-skis.

(b). Embarcações de recreio dos tipos 4 e 5.

(4). Vistorias para verificação de condições de segurança em embarcações nacionais, comunitárias e de países terceiros, de qualquer tipo, que tenham sido afetadas em resultado de sinistro ou solicitado trabalhos cuja natureza afete a segurança das mesmas (por exemplo: encalhe, colisão, intervenções no aparelho propulsor, trabalhos a fogo na vizinhança de ou em tanques de combustível).

(5). Vistoria de condições de segurança às embarcações de pesca com pavilhão não nacional, de comprimento superior a 24 metros.

(6). Vistorias para verificação de condições de segurança em navios ou embarcações nacionais, comunitárias e de países terceiros, de qualquer tipo, que tenham solicitado uma arribada forçada por motivo de avaria.

(7). Vistorias a embarcações e outro material flutuante, de pavilhão não nacional envolvidas em obras portuárias (dragagens, por exemplo) para efeitos da emissão de certificados de navegabilidade.

(8). Vistorias para arqueação de embarcações do tráfego local (com exceção das que transportem mais de 12 passageiros), auxiliares locais sem motor e pesca local, desde que estejam dispensadas da apresentação de projeto de construção ou modificação (arqueação inferior a 10 TAB).

(9). Vistorias com vista à emissão de certificados de navegabilidade especiais, que incluem os requisitos impostos para a viagem, designadamente no que respeita a reforço da lotação de segurança, meios de bordo e condições de mar e tempo, para as embarcações poderem efetuar navegação costeira.

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b. As restantes vistorias serão da exclusiva responsabilidade do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, I.P. (IPTM, I.P.).

CAPÍTULO IV SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS

1. Embarque e desembarque de substâncias perigosas e poluentes

a. O embarque de combustíveis e outras matérias perigosas para consumo próprio das embarcações, bem como, o desembarque de óleos queimados ou outros resíduos poluentes que tenham lugar em terminais não especializados, só podem ser efetuados quando autorizado pela Autoridade Marítima mediante vistoria prévia para verificação das condições de segurança da instalação pela Polícia Marítima, após solicitação do operador do navio com, pelo menos, 24 horas de antecedência. b. Os referidos embarques ou desembarques só poderão ser executados sob

vigilância da Autoridade Marítima, imperativo que decorre do art.º 40.º do Decreto n.º 14029, de 2 de Agosto de 1927.

c. Por razões de segurança, a Capitania do porto de Caminha procederá a uma vistoria nas situações de abastecimento de combustíveis ou de outros produtos poluentes, inflamáveis ou explosivos de uma embarcação, fora de terminais especializados, com recurso a camião cisterna ou a trasfega a partir de bidões. Nessa vistoria, destinada a avaliar a viabilidade de se efetuar, em segurança, a operação pretendida, será verificada a existência e a conformidade de:

(1). Quanto ao camião cisterna: (a). Proteção de escape. (b). Ligação à terra.

(c). Corte de corrente geral.

(d). Cabos de escoamento de eletricidade estática. (e). Extintor de Incêndio na cabina.

(f). Extintor de incêndio no atrelado. (g). Dois Extintores de incêndio na cisterna. (h). Calço para ajudar imobilização do veículo.

(i). Existência das etiquetas de perigo e se estão em bom estado. (j). Delimitação de área.

(2). Quanto às mangueiras a usar: (a). Se estão certificadas.

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(b). Se existem tabuleiros de retenção de fugas de líquidos que possam ocorrer nas uniões entre mangueiras.

(3). Quanto à documentação do motorista: (a). Bilhete de identidade.

(b). Carta de condução. (c). Fichas de segurança. (4). Quanto ao trator e cisterna:

(a). Livrete.

(b). Título de Registo de Propriedade. (c). Licença de aluguer.

(d). Certificados do Regulamento de Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada (RPE) ou Acordo Europeu Relativo ao Transporte Internacional de Mercadorias Perigosas por Estrada (ADR).

(e). Seguros.

(f). Inspeção periódica (isento 1º ano).

d. Para além do cumprimento das medidas acima estipuladas deverão também ser adotadas as seguintes normas de segurança pela embarcação ou navio a abastecer:

(1). Içar a bandeira Bravo do Código Internacional de Sinais (CIS) de dia e uma luz vermelha à noite, durante a operação de Abastecimento.

(2). Instituir a bordo a proibição de fumar ou fazer lume no exterior da embarcação.

(3). As tomadas de combustível da embarcação, bem como os respiradouros dos tanques recetores, deverão estar munidos de tabuleiros de retenção de fugas de líquidos.

(4). A ligação às tomadas de bordo deve ser estanque. Caso contrário é necessário dispor de válvula de disparo automático.

(5). O circuito de incêndios do navio deve estar em carga e pronto a ser utilizado. (6). O Capitão/Mestre/Arrais da embarcação deve manter prontos a intervir, em

caso de necessidade, 2 tripulantes do destacamento da embarcação ou, em alternativa, 2 bombeiros.

(7). Os embornais devem estar tapados de forma a evitar quaisquer derrames para as águas portuárias.

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CAPÍTULO V POLUIÇÃO

1. Proibição no interior do porto e no mar

a. De acordo com a legislação em vigor é expressamente proibido o lançamento ou despejo nas águas do porto de quaisquer substâncias nocivas ou residuais passíveis de poluir as águas e praias. Obviamente os hidrocarbonetos e seus derivados, são considerados produtos poluentes, aos quais se aplica na sua plenitude o Plano Mar Limpo. (Resolução do Conselho de Ministros 25/93, de 15ABR).

b. De acordo com estipulado no Plano Mar Limpo, nos casos de poluição por hidrocarbonetos, para além das coimas que venham a ser aplicadas de acordo com o Decreto-lei n.º 235/2000, de 26 de Setembro, são ainda da responsabilidade da entidade poluente o pagamento das despesas resultantes das medidas adotadas no combate à poluição, assim como o pagamento das respetivas indemnizações. Qualquer ocorrência de poluição deve ser prontamente comunicada à Capitania do Porto de Caminha.

2. Prevenção da poluição no mar

a. De acordo com a legislação em vigor constitui contraordenação de poluição do meio marinho, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 235/2000, de 26 de Setembro, toda a descarga ou derrame de produto poluente suscetível de provocar alterações às características naturais do meio marinho, bem como toda a operação de imersão não autorizada, e ainda qualquer prática que introduza ou deposite no meio marinho direta ou indiretamente, substância, organismo que contribua para a degradação do ambiente e possa fazer perigar ou danificar bens jurídicos, nomeadamente:

(1). Que produza danos nos recursos vivos e no sistema ecológico marinho. (2). Que cause prejuízo às outras atividades que nos termos da lei se

desenvolvam no meio marinho.

b. Nos termos do que precede, é proibido o lançamento ou despejo nas águas oceânicas ou portuárias de quaisquer substâncias nocivas ou residuais passíveis de poluir as águas e praias bem como lançar à água detritos, incluindo peixe, destroços, objetos e outros materiais tais como plásticos, redes, madeiras, embalagens, provenientes de embarcações ou cais que para além da poluição que geram possam contribuir para falta de segurança na navegação ou assoreamento do porto.

c. Sempre que as ocorrências envolvam agressões de grandes proporções ao meio marinho, designadamente graves prejuízos para o ecossistema ou perigo de contágio para as vidas humanas, poderá tal, de acordo com os art.º 278.º e art.º 279.º do Decreto-Lei n.º 48/95, de 15 de Maio, alterado e republicado pela Lei n.º 59/2007 de 4 de Setembro (Código Penal), observados os preceitos legais e em determinadas situações, configurar crime.

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d. Em caso de poluição, para além das coimas que venham a ser aplicadas pela entidade juridicamente competente, são ainda devidos os pagamentos das despesas resultantes das medidas tomadas no combate à poluição, bem como o pagamento de eventuais indemnizações.

3. Uso de dispersantes

a. A fim de evitar a poluição indiscriminada por meios químicos de combate à poluição no mar que poderão provocar formas ainda mais graves de poluição, devem ser observadas as seguintes disposições:

(1). O uso de dispersantes é completamente interdito no interior do porto e em águas pouco profundas por se constituir em fonte adicional de contaminação do meio marinho;

(2). O uso de dispersantes no mar deve ser analisado caso a caso e precedido de autorização da Autoridade Marítima;

(3). Os dispersantes só deverão ser aplicados se for totalmente impossível retirar para depósito os agentes poluidores por meios mecânicos ou outros, no caso de estes traduzirem um perigo imediato de incêndio que afete os navios ou as instalações.

CAPÍTULO VI OPERAÇÕES PORTUÁRIAS

1. Serviços efetuados por mergulhadores

a. A execução de trabalhos subaquáticos em navios e embarcações carece de prévio licenciamento da Capitania do Porto de Caminha, devendo o respetivo pedido ser efetuado pelo interessado, juntando para tal, informação detalhada sobre o serviço a executar.

b. Quando os trabalhos tenham lugar na área de jurisdição da Autoridade Portuária, deverá também ser obtida autorização daquela entidade.

c. Durante a realização dos trabalhos subaquáticos, a autorização referida no número anterior poderá implicar a interrupção das operações de carga/descarga em curso no navio.

d. Para apoio e segurança dos mergulhadores, deverão ser observadas e respeitadas as normas legais em vigor.

e. Após a realização de trabalhos subaquáticos em embarcações, o responsável pela sua execução deverá remeter à Capitania do porto de Caminha um relatório sumário da intervenção e dos resultados obtidos.

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2. Reboques

a. A entrada no porto de Caminha de trens de reboque, bem como a execução de operações de reboque no rio Minho só é permitida após autorização do Capitão do Porto de Caminha, que estabelecerá caso a caso, as condições a observar.

b. Os trens de reboque que larguem ou demandem os portos de Caminha ou Vila Praia de Âncora, ou entre locais no rio Minho, estão sujeitos a vistoria por perito da Autoridade Marítima.

c. Na área de jurisdição da Capitania do Porto de Caminha só é permitido o exercício da atividade de reboque por rebocadores, salvo casos excecionais devidamente autorizados.

3. Dragagens

a. Nos termos do Tratado de Limites entre Portugal e Espanha de 28 de Setembro de 1864, as operações de dragagem, recolha de inertes, bem como outras obras nas margens do rio Minho são proibidas, salvo autorização expressa e conjunta das entidades Portuguesa e Espanhola para o efeito designadas.

b. Fora do Troço Internacional do Rio Minho, a Administração da Região Hidrográfica do Norte, I. P. (ARH Norte, IP) é a autoridade responsável por estabelecer os requisitos a que devem obedecer as operações de dragagem e de imersão dos materiais dragados, e emitir a respetiva licença de utilização dos recursos hídricos para dragagens e deposição de dragados, após prévio parecer da Autoridade Marítima;

c. As dragagens/imersão de dragados na área do Porto de Vila Praia de Âncora, só poderão ser efetuadas mediante autorização da Autoridade Portuária, e após parecer da Autoridade Marítima, competindo à ARH Norte, IP indicar os locais para o lançamento de dragados;

d. c) A entidade responsável pelas dragagens deve fornecer à Capitania do Porto de Caminha, até 72 horas antes do início dos trabalhos, a seguinte informação:

(1). As coordenadas WGS84 em graus, minutos e segundos das áreas a dragar, a fim de se promulgar o correspondente Aviso à Navegação;

(2). Qual o tipo e características da sinalização que irá ser colocada a delimitar a área dos trabalhos;

(3). A identificação da(s) draga(s) a utilizar na operação de dragagem;

(4). O(s) nome(s) e o(s) contacto(s) do(s) responsável(eis) da empresa que irá acompanhar os trabalhos.

e. A Autoridade Marítima, sem prejuízo da competência de outras entidades, fiscaliza o cumprimento do estabelecido quanto à execução desta atividade.

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CAPÍTULO VII PESCA (PROFISSIONAL E LÚDICA), MERGULHO E CAÇA

1. Pesca Profissional

a. Troço Internacional do Rio Minho:

(1). A pesca profissional por embarcação no Troço Internacional do Rio Minho, rege-se por Regulamento próprio (Decreto nº 8/2008, de 9 de Abril), podendo ser exercida para jusante da linha imaginária definida pela torre do Castelo da Lapela (Portugal) e a igreja do Porto (Espanha) até à sua Foz, isto é, à linha imaginária que une os seguintes pontos: Fachada Oeste do Hotel da Praia do Molino (Espanha) e Farolim da Ínsua (Barra Norte) e a marca da Ponta Ruiva e Farolim da Ínsua (Barra Sul).

(2). Para montante da linha imaginária definida pela torre do Castelo da Lapela (Portugal) e a igreja do Porto (Espanha), a pesca apenas pode ser exercida a partir de pesqueiras, sendo estas construções fixas destinadas à pesca.

(3). O licenciamento, tipo de artes autorizadas, período hábil de pesca, dimensões do pescado capturado, restrições e interdições à prática da pesca constam do Decreto nº 8/2008, de 9 de Abril, e instruções complementares da Comissão Permanente Internacional do Rio Minho, publicadas em harmonia com aquele diploma.

(4). Como auxiliares da pesqueira podem ser utilizadas embarcações auxiliares locais, desde que devidamente registadas, ficando o seu governo limitado aos indivíduos que armam as pesqueiras a que as referidas embarcações estão afectas, aplicando-se as seguintes regras:

(a). Quando não utilizadas, ou fora do período hábil de pesca, devem permanecer amarradas ao local de amarração atribuído na margem, devidamente identificado por placa com o respectivo número de matrícula;

(b). A fim de salvaguardar a segurança dos elementos embarcados, atendendo a que a maior parte das pesqueiras se situa em sítios ermos, a lotação máxima fica limitada a duas pessoas, sendo obrigatório que quem a use envergue colete de salvação de modelo aprovado;

(c). As embarcações registadas como auxiliares de Pesqueiras apenas podem ter como meio de propulsão os remos ou a vara.

b. Por questões de segurança da navegação não é permitido calar artes de pesca nas barras norte e sul, nos seus acessos e espaços para jusante do enfiamento definido pelo mastro do Posto da Foz (Portugal) e o farolim da pedra do Paracán (Espanha).

c. Nas embarcações de pesca é expressamente proibido manter a bordo, deter ou transportar armas de fogo, substâncias explosivas, venenosas, tóxicas ou

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descargas eléctricas bem como quaisquer objectos ou substâncias susceptíveis de prejudicar o meio marinho.

d. É expressamente proibida a pesca exercida com anzóis fixos a pedras ou estacas. e. A apanha profissional não se pode realizar nas áreas cujo pisoteio está proibido

(bancadas – aglomerações rochosas sujeitas à influência das marés) no âmbito da Resolução do Conselho de Ministros 25/99, de 7 de Abril (Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Caminha - Espinho), alterado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 154/2007, de 2 de Outubro.

f. Não é permitida a pesca profissional nos rios Coura e Âncora.

2. Pesca Lúdica

a. Troço Internacional do Rio Minho:

(1). O exercício da pesca lúdica (designada também por pesca desportiva), apeada ou com auxílio de embarcação, no Troço Internacional do Rio Minho, carece de licença especial emitida pela Capitania do Porto de Caminha.

(2). O licenciamento, tipo de artes autorizadas, período hábil de pesca, dimensões do pescado capturado, restrições e interdições à prática da pesca constam do Decreto nº 8/2008, de 9 de Abril, e instruções complementares da Comissão Permanente Internacional do Rio Minho, publicadas em harmonia com aquele diploma.

b. Águas oceânicas, rio Coura e rio Âncora:

(1). De acordo com o estipulado no diploma que define o quadro legal do exercício da pesca marítima dirigida a espécies animais e vegetais com fins lúdicos, vulgo pesca lúdica ou pesca desportiva, considerando ainda a definição dos condicionalismos ao exercício deste tipo de pesca, estipulados pela Portaria nº 144/2009, de 5 de Fevereiro, alterada pela Portaria n.º 458-A/2009, de 4 de Maio, e ainda, para garantir a segurança da navegação, é expressamente proibida a pesca lúdica, nas seguintes zonas:

(a). A menos de 100 m da desembocadura de qualquer esgoto;

(b). Dentro da área delimitada do portinho de Vila Praia de Âncora e a menos de 100 metros dos seus molhes;

(c). Nas praias concessionadas, durante a época balnear.

(2). No espaço de jurisdição da Capitania do porto de Caminha, de acordo com a legislação em vigor e por razões estritas de segurança da navegação, não é permitida a pesca lúdica a partir de embarcação, nos seguintes locais:

(a). A menos de 100 metros da barra do Portinho de Vila Praia de Âncora, respectivos canais de acesso ou de aproximação;

(30)

(b). A menos de 100 metros das barras de Caminha e respectivos canais de acesso ou de aproximação;

(c). Nas praias concessionadas, durante a época balnear, a menos de 300 metros da costa.

(3). A apanha lúdica não carece de licença, o que não obsta a que nos termos da lei esteja limitada a limites máximos por espécie e correspondentes tamanhos mínimos, bem como a períodos de defeso, sendo relevante o facto de não ser permitido no seu exercício o uso de qualquer utensílio.

(4). A apanha lúdica não se pode realizar nas áreas cujo pisoteio está proibido (bancadas – aglomerações rochosas sujeitas à influência das marés) no âmbito da Resolução do Conselho de Ministros 25/99, de 7 de Abril (Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Caminha - Espinho), alterado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 154/2007, de 2 de Outubro.

(5). O presente normativo sobre a pesca lúdica não prejudica nem prevalece sobre o quadro legal aplicável nomeadamente o preceituado no art.º 7.º da Portaria n.º 144/2009, de 5 de Fevereiro.

3. Pesca Submarina

a. A atividade da pesca submarina (anteriormente designada por caça submarina) rege-se pelo Decreto-Lei nº 246/2000 de 29 de Setembro com as alterações introduzidas pelos Decreto-Lei nº 112/2005, de 8 de Julho e Decreto-Lei nº 56/2007, de 13 de Março, e pela Portaria n.º 144/2009 de 5 de Fevereiro com as alterações introduzidas pela Portaria nº 458-A/2009, de 4 de Maio, sendo expressamente proibida a sua prática nos seguintes locais:

(1). Rios Minho, Coura e Âncora;

(2). No interior do Portinho de Vila Praia de Âncora;

(3). A menos de 100 metros da barra do Portinho de Vila Praia de Âncora, respectivos molhes e canais de acesso ou de aproximação;

(4). A menos de 100 metros das barras de Caminha e respectivos canais de acesso ou de aproximação;

(5). Nas praias concessionadas, durante a época balnear, a menos de 300 metros da costa.

4. Prática de mergulho

a. A actividade de mergulho profissional rege-se pelo Decreto-Lei n.º 12/94, de 15 de Janeiro. A prática de mergulho profissional no espaço de jurisdição da Capitania do Porto de Caminha, bem como a realização de quaisquer trabalhos subaquáticos, depende de licença prévia a requerer ao Capitão do Porto pela empresa de mergulho.

(31)

b. Ao abrigo do art.º 8º do Capitulo II do D/L n.º 16/2007, de 22 de Janeiro (Regime jurídico aplicado ao mergulho amador), fica interdita por razões de segurança, a prática de mergulho amador nas seguintes zonas:

(1). Rios Coura e Âncora;

(2). No interior do Portinho de Vila Praia de Âncora;

(3). A menos de 100 metros da barra do Portinho de Vila Praia de Âncora, respectivos molhes e canais de acesso ou de aproximação;

(4). A menos de 100 metros das barras de Caminha e respectivos canais de acesso ou de aproximação.

5. Caça

A caça no Troço Internacional do Rio Minho, só é permitida no troço compreendido entre a Ínsua Grande (a montante da Ponte Internacional de Valença/Tuy) e a sua Foz, sendo regida pelo Decreto nº 13/94, de 4 de Maio, ficando os infractores sujeitos às penalidades constantes no quadro legal especifico de cada País.

CAPÍTULO VIII ACTIVIDADES DE CARÁCTER RECREATIVO E DESPORTIVO

1. Praias destinadas às atividades desportivas

a. A Resolução do Conselho de Ministros (RCM) nº 154/2007, de 2 de Outubro, introduziu alterações ao POOC Caminha - Espinho (RCM nº 25/99, de 7 de Abril), passando a ser contemplados neste diploma os Apoios de Praia para Prática Desportiva (APPD), que se destinam a prestar apoio ao ensino e práticas desportivas na orla costeira, tais como o Surf, o Bodyboard, o Longboard, o Windsurf e o Kitesurf.

b. Os referidos apoios poderão ser de construção fixa ou amovível, estando os de construção fixa previstos nos planos de praia e os seus locais de instalação definidos. Os apoios móveis poderão, ou não, estar associados aos fixos, apenas podendo ser instalados noutras praias, para além das previstas nos planos de praia, depois de certificado pela respetiva Federação que a praia tem condições favoráveis para a prática requerida.

c. No espaço de jurisdição da Capitania do Porto de Caminha, todas as praias poderão ser designadas para instalação de Apoios de Praia para Prática Desportiva das modalidades referidas em 1.a., salvaguardando-se que estas atividades não devem interferir com o movimento normal e bem-estar dos utentes na praia, principalmente, durante o período de Época Balnear. Para o efeito ficam autorizados os seguintes espaços:

(1). Na Praia de Vila Praia de Âncora, 200 metros para sul da margem esquerda do rio Âncora;

(32)

(2). Praia de Moledo do Minho, em Caminha, 100 metros para norte do limite da concessão balnear situada mais a norte (aplicável somente ao KiteSurf). (3). Fora da época balnear, o espaço destinado às práticas desportivas poderá

ser alargado para as zonas de banhos adjacentes.

2. Licenciamento de atividades desportivas

a. Apoios de Praia para Prática Desportiva (APPD) fixos:

(1). Conforme estabelece o nº9 do art.º 54º do POOC Caminha-Espinho, o licenciamento dos APPD’s fixos compete à entidade administrante da área e deve respeitar os seguintes requisitos:

(a). O requerente deve ser uma entidade (escola, clube ou associação) devidamente credenciado pela respetiva federação da atividade que pretende desenvolver;

(b). Caso a atividade a desenvolver se destine ao aluguer de pranchas ou embarcações, deve o requerente obter o licenciamento prévio junto do Turismo de Portugal, I.P. nos termos do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de Maio;

(c). O requerente deve garantir as condições de segurança adequadas à prática desportiva, devendo apresentar um plano de segurança que discrimine ações e meios de salvamento existentes no seu Apoio de Praia. b. Apoios de Praia para Prática Desportiva (APPD) móveis ou licenciamento de

entidades sem infraestruturas no Domínio Público Marítimo:

(1). Conforme previsto no nº 5 do art.º 11º do Decreto-Lei n.º 303/93, de 2 de Fevereiro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelos Decreto-Lei n.º 218/94, de 20 de Agosto, Decreto-Lei n.º 151/95, de 24 de Junho, Decreto-Lei n.º 113/97, de 10 de Maio, assim como pelo nº3 do art.º 12º conjugado com o nº 2 do art.º 63º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, compete à Autoridade Marítima a atribuição de licenças para este tipo de apoios;

(2). O licenciamento de APPD’s amovíveis e das entidades sem infraestruturas no Domínio Público Marítimo é da responsabilidade da Capitania do Porto de Caminha, sendo impostas as mesmas condições dos apoios fixos, descritas no ponto anterior;

(3). As licenças atribuídas serão precárias e com validade anual;

(4). As entidades licenciadas que pretendam desenvolver a prática desportiva em diferentes praias inseridas no mesmo espaço de jurisdição, deverão conter essa informação nas respetivas licenças e ser mencionadas as praias onde pretendem exercer a atividade.

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