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Requisitos para o assegurar o valor do medicamento Tabela adaptada de [40]

PROJETO II – O Uso (I)Responsável do Medicamento

Anexo 6 Requisitos para o assegurar o valor do medicamento Tabela adaptada de [40]

O valor do medicamento é

desperdiçado quando… Requisitos

… não é desenvolvido

A inovação terapêutica deve manter-se a par das necessidades dos cuidados de saúde, cobrindo as falhas existentes.

… não está disponível / não é acessível

Disponibilidade, preços acessíveis, e acesso facilitado a medicamentos e cuidados de saúde são condicionantes obrigatórias para um uso responsável do medicamento.

… não corresponde às necessidades do utente, nem é disponibilizado

atempadamente

A medicação deve ser prescrita e dispensada de modo a corresponder precisamente ao que o tratamento requere, devendo cumpri-lo atempadamente.

… não é corretamente administrado pelo utente

Assim que a medicação passa para as mãos do utente, este tem de estar capacitado de a utilizar de forma a que se garanta o efeito desejado.

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Relatório de Estágio Profissionalizante

Hospital Privado de Alfena (Grupo Trofa Saúde)

Setembro de 2019 a novembro de 2019

João Pedro da Cunha Vieira

Orientador: Dra. Patrícia Moura

Tutor FFUP: Prof. Doutora Irene Jesus

Declaração de Integridade

Declaro que o presente relatório é de minha autoria e não foi utilizado previamente noutro curso ou unidade curricular, desta ou de outra instituição. As referências a outros autores (afirmações, ideias, pensamentos) respeitam escrupulosamente as regras da atribuição, e encontram-se devidamente indicadas no texto e nas referências bibliográficas, de acordo com as normas de referenciação. Tenho consciência de que a prática de plágio e auto-plágio constitui um ilícito académico.

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, 24 de fevereiro de 2020.

Agradecimentos

Antes de mais, gostaria de agradecer à Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e aos seus docentes, pelos valores transmitidos, quer a nível científico como interpessoal, contribuindo assim para a minha formação como futuro farmacêutico assim como para a minha formação pessoal.

Aos professores da comissão de estágio, em especial à minha tutora, a Prof. Dra. Irene Rebelo, por todo o trabalho realizado e tempo investido na tentativa de nos proporcionar um estágio profissionalizante de qualidade.

Gostaria de agradecer à minha orientadora, a Dra. Patrícia Moura, pela oportunidade de estagiar no grupo Trofa Saúde Hospital e à Dra. Ana Araújo, farmacêutica responsável pelos serviços farmacêuticos do Trofa Saúde Alfena, por todo o apoio e conhecimentos transmitidos durante a realização do meu estágio.

Aos amigos que fiz ao longo deste curso, por terem feito do meu percurso académico muito mais especial.

Aos amigos que já existiam antes deste curso, e que por cá continuam, por perdoarem os momentos de ausência e continuarem a caminhar a meu lado.

À Rolas, por tudo o que fez e significa para mim. Tenho a certeza que sem ti, não era hoje que estava a escrever estas palavras.

À minha família, em especial aos meus pais, por todo o apoio nos maus momentos e por sentirem as minhas vitórias como se fossem vossas. Não há palavras que cheguem no dicionário para explicar o quanto estou-vos agradecido.

Resumo

O Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas proporciona aos seus estudantes a oportunidade de realizar um estágio profissionalizante nos serviços farmacêuticos de uma unidade hospitalar, sendo esta uma das várias áreas de atuação de um farmacêutico a nível profissional. Durante 2 meses tive a oportunidade de estagiar no grupo Trofa Saúde Hospital, mas especificamente, no hospital Trofa Saúde Alfena.

Neste relatório irei explicar as atividades realizadas nesta unidade hospitalar, bem como o funcionamento geral dos serviços farmacêuticos e uma descrição do seu espaço físico. Ao longo deste estágio, percebi que o farmacêutico hospitalar integra uma equipa multifacetada, sendo essencial a manutenção de uma comunicação eficiente com os médicos e enfermeiros.

Índice

Introdução ... 1 1. Trofa Saúde Hospital ... 1

1.1. Trofa Saúde Alfena (HPAV) ... 2 1.2. Farmácia Central ... 2 2. Serviços Farmacêuticos Hospitalares ... 2

2.1. Papel do Farmacêutico ... 2 2.2. Localização e horário de funcionamento ... 2 2.3. Caracterização do espaço ... 3 2.4. Sistema Informático ... 3 3. Gestão de Medicamentos ... 3

3.1. Seleção de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos ... 3 3.2. Aquisição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos ... 4 3.2.1. Encomenda Semanal ... 4 3.2.2. Estupefacientes e psicotrópicos ... 4 3.3. Receção de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos ... 5 3.4. Receção de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos ... 5 4. Sistema de distribuição de medicamentos ... 6 4.1. Distribuição standart por reposição de stocks nivelados ... 6 4.2. Distribuição de medicamentos em dose individual unitária ... 7 4.3. Distribuição de medicamentos em regime ambulatório ... 8 4.4. Medicamentos sujeitos a legislação restrita ... 8 4.4.1. Medicamentos estupefacientes e psicotrópicos... 9 4.4.2. Medicamentos derivados do plasma (Hemoderivados) ... 9 4.5. Circuitos de distribuição especial ... 10 4.5.1. Gases medicinais ... 10 4.5.2. Sugamadex ... 10

4.5.3. Medicamentos extra-formulário ... 11 4.5.4. Medicamentos com autorização de utilização especial ... 11 4.5.5. Fármacos citotóxicos... 11 4.6. Carros de emergência ... 12 5. Farmacotecnia ... 13 5.1. Formas farmacêuticas não estéreis ... 13 5.2. Formas farmacêuticas estéreis ... 13 5.3. Reembalamento e fracionamento ... 14 6. Controlo de qualidade ... 14 6.1. Controlo do stock ... 15 6.2. Controlo de prazos de validade ... 15 6.3. Controlo da temperatura e humidade ... 15 Referências... 17

Lista de Acrónimos e Abreviaturas

AIM – Autorização de Introdução no Mercado AUE – Autorização de Utilização Especial DCI – Denominação Comum Internacional HPAV – Trofa Saúde Alfena

PV – Prazo de Validade SF – Serviços Farmacêuticos

SFH – Serviços Farmacêuticos Hospitalares SI – Sistema Informático

Descrição do estágio curricular nos Serviços

Farmacêuticos do Hospital Privado de Alfena

Introdução

Ao longo de dois meses tive a possibilidade de estagiar no Trofa Saúde Alfena, onde foi possível experienciar outra vertente profissional para além da via mais tradicionalmente associada à profissão de farmacêutico, a farmácia comunitária. Durante este tempo, tive a possibilidade de adquirir novos conhecimentos técnico-científicos e de desenvolver aspetos relacionados com a ética profissional de um farmacêutico. Este relatório pretende descrever o trabalho realizado ao longo dos dois meses de estágio e abordar os conhecimentos novos por mim adquiridos, quer certamente serão úteis em qualquer ramo profissional farmacêutico.

1.

Trofa Saúde Hospital

O Trofa Saúde Hospital (TSH) “assume-se como um projeto global de saúde”, sendo detentor de uma rede de unidades hospitalares privadas, servindo uma população superior a 4 milhões de habitantes, com particular destaque no Norte e Centro do país, tendo como principal objetivo a promoção da saúde e melhoria dos cuidados médicos disponibilizados aos seus utentes. Esta rede de hospitais, certificados pela APCER (ISO 9001-2008), possui um vasto corpo clínico e de enfermagem, preparado para responder às necessidades dos seus utentes através de um atendimento eficiente e adequado às necessidades de cada indivíduo [1].

Atualmente, o TSH engloba 16 unidades de saúde distintas: ➢ Hospital Privado de Alfena;

➢ Hospital Privado da Amadora; ➢ Hospital Privado de Barcelos; ➢ Hospital Privado de Braga Centro; ➢ Hospital Privado de Braga Norte; ➢ Hospital Privado de Braga Sul; ➢ Hospital Privado de Famalicão ➢ Hospital Privado de Gaia; ➢ Hospital de Dia de Guimarães; ➢ Hospital de Dia de Loures; ➢ Hospital de Dia da Maia;

➢ Hospital Privado da Boa Nova;

➢ Hospital Privado de São João da Madeira; ➢ Hospital Privado Senhor do Bonfim; ➢ Hospital Privado da Trofa;

➢ Hospital Privado de Vila Real [2].

1.1.

Trofa Saúde Alfena (HPAV)

O HPAV situa-se na Rua Manuel Bento Júnior nº 201, na freguesia de Alfena, concelho de Valongo. É uma unidade de saúde privada de referência da região Norte do país, apresentando uma vasta equipa de profissionais liderados pelo Dr. José Carlos Vilarinho (Diretor Clínico) e pelo Dr. Jorge Curval (Administrador). É um hospital geral de agudos, prestando cuidados de saúde que vão desde a prevenção, educação, proteção, até ao tratamento, reabilitação e acompanhamento [3]. Os serviços farmacêuticos (SF) do HPAV encontram-se a cargo da farmacêutica Dra. Ana Araújo.

1.2.

Farmácia Central

A Farmácia Central, localizada no Hospital Privado Senhor do Bonfim, é o armazém de distribuição central que garante o aprovisionamento dos SF de todas as unidades de saúde do TSH. Aqui são realizadas as encomendas aos fornecedores, para posteriormente serem divididas e transportadas para os SF dos respetivos hospitais.

2.

Serviços Farmacêuticos Hospitalares

Os serviços farmacêuticos hospitalares (SFH) são responsáveis por todas atividades farmacêuticas, tendo a responsabilidade de efetuar a distribuição dos medicamentos e produtos de saúde, bem como assegurar a sua eficácia, qualidade e segurança. Os SFH do TSH estão sujeitos à orientação dos órgãos de administração dos hospitais, possuindo, no entanto, autonomia técnica e científica.

Os SF dos hospitais pertencentes ao TSH seguem um plano operacional, que permite uma melhor gestão do tempo e garante a eficiência e concretização das várias tarefas que são da responsabilidade dos SF. O plano operacional do HPAV é o seguinte:

Tabela 1 - Agenda de trabalho semanal.

AGENDA DE TRABALHO SEMANAL

MANHÃ TARDE

Diariamente • Verificar a existência de levantamentos de

medicação na farmácia

• Validar prescrições médicas • Reverter medicação do dia

anterior

• Debitar unidose

• Preparar malas unidose para o internamento (INT)

Segunda-feira • Realizar encomenda semanal à FC;

• Gerar e satisfazer pedidos de medicamentos, soros e embalagens para a Urgência;

• Satisfazer pedidos de Gastroenterologia.

• Gerar e satisfazer pedidos de medicamentos do INT; • Satisfazer pedidos da

Consulta Externa 3.

Terça-feira • Gerar e satisfazer pedidos de medicamentos,

soros e embalagens para o Boco; • Preparação de manipulados.

• Gerar e satisfazer pedidos de medicamentos do INT; • Satisfazer pedidos de

Dentária. • Dose Unitária

Quarta-feira • Repor estupefacientes e psicotrópicos no

Bloco;

• Efetuar consumo aos serviços (Fisioterapia, Imagiologia, Dentária e Esterilização); • Satisfazer pedidos de Imagiologia e

Fisioterapia.

• Gerar e satisfazer pedidos de medicamentos do INT; • Preparar kits de

oftalmologia.

Quinta-feira • Gerar e satisfazer pedidos de medicamentos,

soros e embalagens para o Boco.

• Gerar e satisfazer pedidos de medicamentos do INT; • Satisfazer pedidos de

Esterilização; • Dose unitária.

Sexta-feira • Gerar e satisfazer pedidos de medicamentos,

soros e embalagens para a Urgência.

• Gerar e satisfazer pedidos de medicamentos do INT; • Dose unitária para sexta-

2.1.

Papel do Farmacêutico

Como especialista no medicamento, o papel de um farmacêutico na esfera hospitalar engloba uma grande diversidade de tarefas de elevada responsabilidade, tendo este que aplicar diversos conhecimentos adquiridos ao longo da sua formação académica. A capacidade de comunicação também é extremamente importante, uma vez que este enquadra-se numa equipa de profissionais de saúde de diversas áreas, em que o objetivo principal é o mesmo: o tratamento do doente.

Para além de ser responsável pelos pela direção dos SF, desempenha diversas funções relacionadas com o medicamento, como a sua aquisição, preparação e distribuição pelos vários serviços de um hospital, garantindo sempre a sua qualidade [4,5].

O farmacêutico hospitalar tem a função de validar as prescrições hospitalares, confirmando as indicações terapêuticas, revendo as dosagens e analisando a possível existência de interações medicamentosas, tornando o diálogo científico entre profissionais de saúde indispensável. É ainda responsável pela manipulação de citotóxicos e preparação de medicamentos manipulados, estéreis ou não.

O ambulatório é outra vertente da profissão farmacêutica num hospital, sendo que a existência de um aconselhamento farmacêutico de qualidade é essencial, tendo em conta que é aqui que acontece o último contacto do utente com um profissional de saúde antes de efetuar a terapêutica medicamentosa.

O farmacêutico hospitalar deve, no fundo, promover a utilização do medicamento de uma forma adequada e racional, de forma a garantir a qualidade, segurança, eficácia, e uso eficiente dos recursos disponíveis [6].

2.2. Localização e horário de funcionamento

Os SF do HPAV encontram-se no piso -1 do hospital e funcionam de segunda a sexta-feira, entre as 09:00h e as 18:00h, com pausa para o almoço entre as 13:00h e as 14:00h, e encontram-se encerrados ao sábado (dia de descanso complementar) e ao domingo (dia de descanso semanal). Para situações de emergência ou outras necessidades que surjam fora do seu horário de funcionamento, os profissionais de saúde do HPAV têm disponíveis os contactos da farmacêutica responsável pelos SF. Os profissionais de saúde do HPAV podem também ter acesso aos SF através do preenchimento de um documento adequado a este efeito, onde é indicado a identificação do profissional de saúde, a data e hora do levantamento,

a identificação e quantidade do medicamentos e/ou produtos de saúde levantados e a identificação do doente a que é destinado.

2.3. Caracterização do espaço

Os SF do HPAV constituem um espaço amplo e bem iluminado, proximamente localizado de sistemas de circulação vertical e bons acessos interiores e exteriores. Encontram-se equipados com termo-higrómetros, de modo a garantir as condições adequadas de humidade e temperatura. O espaço encontra-se dividido por secções, permitindo desta maneira o armazenamento dos medicamentos por ordem alfabética (usando o nome da substância ativa) e forma farmacêutica. Possui ainda uma mesa de trabalho, onde se realiza a dose unitária e a satisfação dos pedidos dos vários serviços do hospital, uma zona destinada à receção e devolução de encomendas, uma zona para fracionamento e reembalamento de medicamentos, uma zona para preparação de formas farmacêuticas magistrais, uma sala equipada com um computador, impressora e uma câmara de fluxo laminar, uma sala que serve de armazém secundário, com um cofre, e uma sala para armazenamento de documentação.

2.4.

Sistema Informático

O sistema informático (SI) utilizado em todas as unidades hospitalares do TSH é o CPC-HS (Companhia Portuguesa de Computadores – Healthcare Solutions), monitorizado pela Glintt®, através do qual é possível realizar várias tarefas relacionadas com a gestão dos SF, como por exemplo a gestão de stocks, consulta de prescrições médicas, realização dos pedidos semanais, criação dos mapas de dose unitária, entre outras mais.

3. Gestão de Medicamentos

A gestão de medicamentos engloba um conjunto de procedimentos que visa garantir o uso racional e a dispensa correta aos doentes, pelos SF. Esta gestão implica um controlo de forma a minimizar o custo associado ao medicamento e quebras deste durante o serviço. É um processo que engloba várias fases: seleção, aquisição, armazenamento e distribuição dos medicamentos [7].

3.1.

Seleção de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a seleção é o “processo contínuo, multidisciplinar e participativo que pretende assegurar o acesso aos fármacos necessários num determinado

nível assistencial tendo em atenção critérios de eficácia, segurança, qualidade e custo, promovendo assim o uso racional dos mesmos” [8].

Este processo é realizado por meio do formulário interno do TSH e das necessidades terapêuticas dos doentes, estando esta responsabilidade a cargo da Diretora dos SF e do Diretor Clínico do HPAV [9].

Anualmente, realiza-se um concurso no qual os laboratórios fornecedores concorrem para demonstrar as condições oferecidas. Posteriormente, as propostas são analisadas pela diretora dos SF, que escolhe os laboratórios que oferecem as condições mais vantajosas para o hospital.

3.2.

Aquisição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos

3.2.1.

Encomenda Semanal

No HPAV, a aquisição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos é realizada semanalmente através da farmácia central, sendo esta reconhecida pelo INFARMED como distribuidor certificado, funcionando como o fornecedor interno dos SF de todas as unidades hospitalares do TSH. Todos os produtos possuem um stock ideal, previamente definido, e a encomenda semanal é realizada tendo em conta a flutuação do stock da farmácia ao longo da semana e de acordo com as necessidades futuras. Este pedido é realizado todas as sextas-feiras para ser analisado e, caso seja necessário, alterado, tendo em conta as necessidades do hospital nessa semana. Após análise das encomendas semanais dos SF de todos os hospitais do TSH, é enviado para o departamento de compras, através de um SI apropriado ao efeito (Intranet), uma compilação de todos os pedidos e o departamento de compras é responsável por efetuar a encomenda aos fornecedores. Os soros e os estupefacientes e psicotrópicos são exceções, sendo que os primeiros apenas são encomendados quinzenalmente [10].

3.2.2. Estupefacientes e psicotrópicos

O circuito de medicamentos estupefacientes e psicotrópicos está rigorosamente regulamento, de modo a evitar o seu uso ilicitamente. Para se efetuar a encomendas deste tipo de produtos é necessário o preenchimento de um requerimento especial, devidamente assinado e carimbado pelo responsável da farmácia central. Este requerimento trata-se do Anexo VII da Portaria nº 981/98, de 8 de junho e deve ser enviado em duplicado ao fornecedor, juntamente com a encomenda. Após a receção da encomenda o documento original, assinado e carimbado pelo fornecedor, é devolvido, ficando o fornecedor com o duplicado do documento.

O documento original é arquivado nos SF durante um período mínimo de 5 anos, num dossier apropriado a este efeito [10].

O circuito de medicamentos estupefacientes e psicotrópicos está rigorosamente regulamento, de modo a evitar o seu uso ilicitamente. Para se efetuar a encomendas deste tipo de produtos é necessário o preenchimento de um requerimento especial, devidamente assinado e carimbado pelo responsável da farmácia central. Este requerimento trata-se do Anexo VII da Portaria nº 981/98, de 8 de junho e deve ser enviado em duplicado ao fornecedor, juntamente com a encomenda. Após a receção da encomenda o documento original, assinado e carimbado pelo fornecedor, é devolvido, ficando o fornecedor com o duplicado do documento. O documento original é arquivado nos SF durante um período mínimo de 5 anos, num dossier apropriado a este efeito [10].

3.3.

Receção de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos

A receção das encomendas é efetuada na farmácia central, onde é analisada a integridade, quantidades e prazos de validade (PV) dos produtos encomendados. A encomenda é rececionada pelos assistentes técnicos e é efetuada o seu registo no SI, através das faturas/guias de transporte. Após este processo, os produtos são separados de acordo com os pedidos dos SF de cada unidade hospitalar do TSH e são enviados para os respetivos mesmos. Após receção das encomendas nos SF dos diferentes hospitais, estes têm o dever de efetuar a confirmação dos produtos rececionados, registando o lote e os PV, para de seguida proceder ao seu armazenamento.

No decurso do meu estágio realizei várias vezes a receção das encomendas, onde confirmei que é, de facto, essencial efetuar a conferência das mesmas, pois ocasionalmente estas vinham com erros em relação à quantidade e outras inconformidades.

3.4.

Receção de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos

O armazenamento medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos pode, fundamentalmente, ser dividido em dois tipos: armazenamento geral e armazenamento de produtos com condições especiais.

O armazenamento é feito em zonas bem definidas e amplas, de modo a garantir que os produtos são facilmente encontrados e o seu o bom acondicionamento, sendo que nenhum produto está em contacto direto com o chão da farmácia. As condições de luminosidade (revestimento com papel de alumínio), temperatura (inferior a 25ºC) e humidade (inferior a 60%) também têm que ser adequadas, de modo a garantir a garantir a manutenção das

características dos produtos ao longo do tempo. O armazenamento é realizado por ordem alfabética, de acordo com a sua forma farmacêutica e seguem a regra de FEFO (First Expired,

First Out), ou seja, os produtos com PV mais curto ficam há frentes dos que têm PV mais

longo, de modo a serem dispensados primeiro. O stock excedentário é armazenado num armazém secundário, onde também são armazenados os produtos inflamáveis e as embalagens vazias.

Existem alguns produtos com condições especiais que necessitam de um armazenamento específico, sendo este realizado com prioridade em relação aos outros. Os produtos fotossensíveis são armazenados ao abrigo da luz e revestidos com papel de alumínio, produtos termolábeis são armazenados num frigorífico com sistema de alarme, que garante uma temperatura entre 2 e 8ºC e as benzodiazepinas e estupefacientes e psicotrópicos são armazenados num cofre com fechadura e código de segurança, tendo este que estar permanentemente fechado.

4. Sistema de distribuição de medicamentos

4.1.

Distribuição standart por reposição de stocks nivelados

Este tipo de distribuição baseia-se na existência de um stock fixo nos serviços clínicos do HPAV, sendo que cada medicamento ou produto farmacêutico possui um nível de stock mínimo previamente definido pelo farmacêutico em conjunto com o enfermeiro responsável, de acordo com as necessidades semanais de cada serviço. Para esta tarefa ser realizada com maior facilidade, existe um plano operacional previamente definido, estando estabelecido dias específicos para a reposição de stock de cada serviço, sendo os pedidos gerados pelo SI. A distribuição no bloco operatório é realizada às terças e quintas-feiras, nas urgências é realizada às segundas e sextas-feiras e nos internamentos é efetuada diariamente. Em relação aos restantes serviços, como a fisioterapia, gastroenterologia, imagiologia, esterilização, dentária e consultas externas, os seus pedidos são colocados numa zona de satisfação de pedidos, onde um auxiliar tem a função de realizar a sua distribuição pelos serviços em questão.

Podem também surgir pedidos urgentes, onde tenta-se satisfazer o pedido ao máximo, o mais rapidamente possível. Caso o produto não esteja disponível nos SF do HPAV, o farmacêutico consulta o stock dos SF das outras unidades hospitalares do TSH, solicitando o empréstimo

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