• Nenhum resultado encontrado

Requisitos técnicos referentes a eficiência energética

Os ensaios fotométricos devem ser realizados a uma temperatura ambiente de 25 °C e umidade relativa de 65 % no máximo. Os ensaios fotométricos requerem limitação da velocidade do ar em 0,2 m/s.

A frequência nominal nos ensaio deve ser de 60 Hz para lâmpadas alimentadas em corrente alternada. As lâmpadas devem ser operadas fora de luminária.

3.5.1 Características Elétricas e Fotométricas

 A tensão de ensaio deve ser a tensão nominal informada.

 As medições só devem ser inicializadas após transcorrido o tempo de estabilização da lâmpada.

 A medição das grandezas fotométricas (fluxo luminoso, IRC, ângulo de facho) deve ser realizada com o uso de uma esfera integradora ou com um goniofotômetro.

 A potência consumida e constatada no ensaio da lâmpada não pode ser 10 % maior do que da declara pelo fabricante.

 No caso das lâmpada de baixa potência, de 5 W a 25 W, o fator de potência deve ser maior ou igual a 0,70. Para lâmpadas de potência inferior a 5 W não é exigido FP mínimo.

 Já no caso de lâmpadas de potência superior a 25W é necessário FP superior a 0,92.  O fluxo luminoso inicial medido não pode ser menor que 90 % do fluxo luminoso declarado

pelo fabricante.

 Quanto ao ângulo do facho luminoso, o mesmo não pode apresentar desvio em mais de 25 % do valor informado. Esse ensaio deve ser realizado através do goniofotômetro.

 A temperatura de cor correlata (TCC) de uma lâmpada é calcula a partir das medidas de distribuição espectral ou das coordenadas de cromaticidade sem sazonamento, de acordo com a norma IES LM-79-08.

Tabela 1 - Temperatura de cor correlata e tolerâncias.

TCC Nominal (K) TCC Objetiva e Tolerância (K)

2700 2725 ± 145 3000 3045 ± 175 3500 3465 ± 245 4000 3985 ± 275 4500 4503 ± 243 5000 5029 ± 283 5500 5500 ± 351 5700 5667 ± 355 6000 6000 ± 413 6500 6532 ± 510 Fonte: Portaria 389, 2014, p. 13.

 O valor da temperatura de cor obtido em um lâmpada LED não poderá ultrapassar a tolerância da categoria de TCC que ela for indicada pelo fornecedor.

 O índice de reprodução de cor IRC é determinado pelo valor da média dos índices R1 a R8 que são obtido através de ensaio na esfera integradora. Para lâmpadas com dispositivo de controle integrado o valor de IRC calculado deve ser superior a 80. Além disso, o valor do índice R9 que também é obtido através de ensaio, deve ser maior que 0.

37

3.5.2 Ensaio de manutenção de fluxo e definição de vida nominal

A vida de uma lâmpada LED é o resultado combinado do desempenho de manutenção do fluxo luminoso e da vida útil do dispositivo de controle incorporado.

Requisito mínimo de vida declarada:

- para lâmpadas decorativas: 15 000 h para manutenção de 70 % do fluxo luminoso (L70) - para os demais tipos: 25 000 h para manutenção de 70 % do fluxo luminoso (L70) O ensaio de manutenção de fluxo luminoso deve ser realizado em 10 lâmpadas do modelo em processo de certificação, obedecendo a orientações a seguir:

 Temperatura ambiente:

(25 ± 10) º C para lâmpadas decorativas ou de potência inferior a 10 W; (45 ± 5) º C para os demais modelos de lâmpadas.

 Posição das lâmpadas: 5 com a base para cima e 5 com a base para baixo.

 Tensão de alimentação: aplicar tensão nominal da lâmpada 127V ou 220V. Quando a lâmpada for bivolt, deverá ser aplicada a tensão de 127V. Para lâmpada DC deve ser aplicado tensão nominal.

Os ensaios fotométricos devem ser realizados em temperatura ambiente de (25 ± 2) º C (interior da esfera integradora).

3.5.3 Qualificação para realização de ensaios de 3 000 h

Para lâmpadas que utilizam LED com tecnologia de conversão por fósforo e que dispõe de dados referentes a norma LM 80, existe a possibilidade da redução do tempo de ensaio para 3000 h ou invés das 6000 h.

Nesse caso são realizados ensaios de 3000 h nas lâmpadas, os quais são comparados com os ensaios do componente LED que devem ser fornecidos pelo fabricante do chip LED. Se os

valores verificados no ensaio da lâmpada LED forem compatíveis com os resultados apresentados pelo fabricante do chip não haverá a necessidade do ensaio de 6000 h da lâmpada.

Para ser aprovada a lâmpada deverá apresentar manutenção de fluxo luminoso superior a 95,8 % após decorrida as 3000 h de ensaios.

Os valores de fluxo luminoso de cada uma das 10 lâmpadas deve ser medidos no instante inicial e a média aritmética deverá ser calculada. O mesmo deverá acontecer no final do período de 3 000 h. A depreciação é calculada considerando as médias iniciais e finais do fluxo luminoso. Se qualquer uma das 10 lâmpadas deixar de funcionar é considerado não conformidade.

3.5.4 Realização dos ensaios de 3 000 h e 6 000 h

Para o caso do fornecedor não possuir os dados dos LED referentes a norma LM 80 conforme processo de medição, o processo de qualificação exigirá que o ensaio de manutenção do fluxo luminoso seja realizado em 3 000 h inicial e 6 000 h.

A declaração da vida nominal da lâmpada quando não houver histórico (ensaios de vida em andamento) para este modelo, é chamada de processo inicial.

A definição da vida nominal está condicionada a tabela abaixo, e considera o resultado do ensaio de fluxo luminoso de 3 000 h e 6 000 h.

Tabela 2 - Limite para 6.000 H.

Tipo de lâmpada Mínimo fluxo no final de 3 000 h comparado com o fluxo inicial Mínimo fluxo no final de 6 000 h comparado com o fluxo inicial Máxima vida nominal declarada (L70) – em h Decorativa 93,1 % 86,7 % 15 000 Outros modelos 95,8 % 91,8 % 25 000 Fonte: Portaria 389, 2014, p. 16.

39

3.5.5 Ensaio a resistência

Pelo fato de tratar-se de lâmpadas de dispositivo de controle integrado, as mesmas não podem ser desmontadas sem ser danificada permanentemente, dessa forma o dispositivo de controle deve ser ensaiado como parte de uma lâmpada completa.

3.5.6 Ciclos térmicos e ciclos de comutação

A lâmpada em análise deve ser submetida a ensaio de ciclos térmicos, processo realizado com a lâmpada não energizada, onde a mesma é inicialmente armazenada em ambiente a temperatura de -10 °C pelo período de 1 hora. Passado o período de 1 hora a mesma deve ser transferida imediatamente para uma estufa com temperatura de 50 °C, onde deve ficar por mais 1 hora. Devem ser realizados 5 ciclos.

No ensaio de ciclos de comutação a lâmpada é submetida a ciclos onde a mesma permanece ligada por 2 minutos e na sequencia desligada por 2 minutos. Esse processo deve ser realizado o número de vezes igual a metade da vida nominal da lâmpada em h (por exemplo, 12 500 ciclos se a vida da lâmpada for 25 000 h).

4 ENSAIOS LUMINOTÉCNICOS

Nesse capitulo serão apresentadas algumas informações sobre a esfera integradora utilizada nos ensaios, e seu modo de funcionamento.

Além disso serão apresentadas também as lâmpadas analisadas e os dados informados pelos fabricantes bem como o comparativo com os valores verificados nos ensaios luminotécnicos realizados. Através dos ensaios luminotécnicos realizados foi possível verificar parâmetros como, o fluxo luminoso, o índice de reprodução de cor e a temperatura de cor das lâmpadas em questão.

Documentos relacionados