• Nenhum resultado encontrado

(tonelada resíduo/ tonelada de produto) 2014 9,37 12,78 8,80 10,10 Total de resíduos gerados (minero-metalúrgico + industrial) por tonelada de produto

Nota 16: Os valores foram alterados devido a um ajuste no total de resíduos gerados na unidade de El Porvenir. GRI 102-48, 103-1, 103-2, 103-3

Nos últimos anos, trabalhamos em pesquisa e desenvolvimentos de tecnologias que permitam reduzir a geração de resíduos ou viabilizar sua reinserção em cadeias produtivas. Nosso maior resultado foi obtido no projeto Resíduo Zero da mina de Morro Agudo, cuja alteração de processo produtivo resultou na eliminação da geração de rejeitos, em contrapartida à geração de produtos secundários de aplicação agrícola, responsável por 5% da receita da unidade em 2017. Um exemplo mais recente é o aproveitamento da escória gerada no forno waelz de Juiz de Fora como matéria-prima da produção de cimentos. Tais resultados estão alinhados ao planejamento estratégico, cujo compromisso definido em 2015 foi de reduzir até 2025 em 50% o volume de resíduo minerometalúrgico e industrial gerado e/ou enviado para aterros. Outra ação que resultou em diminuição no consumo de recursos naturais e custos, bem como em menor nível de impactos ambientais associados à eliminação de resíduos, foi a inclusão de uma célula de flotação para a separação de prata e chumbo presentes no minério, realizada na mina em Vazante. Em 2017, nossas operações geraram um total de 16,8 milhões de toneladas de resíduos

minerometalúrgicos, sendo 33% não perigosos e 67% perigosos – redução de 7% no total em comparação ao resultado de 2016 (18,1 milhões de toneladas).

Gestão de barragens

Na gestão de barragens de rejeitos, que é um dos principais riscos associados à atividade de mineração, aplicamos diretrizes da International Commission on Large Dams

(Comissão Internacional de Grandes Barragens). Possuímos 39 barragens, sendo 18 no Brasil e 21 no Peru. Atualmente, utilizamos três métodos de disposição de resíduos em nossas operações: barragens, nas quais empregamos técnicas de revestimento, sistema de monitoramento de vazamentos; empilhamento a seco (dry stacking), vistorias e gerenciamento contínuos; e retorno à mina, preenchendo os espaços dos quais foram retirados os minerais (backfill).

Algumas operações podem combinar um ou mais métodos de disposição. Nas unidades de Atacocha, Cerro Lindo e El Porvenir, no Peru, adotamos o sistema backfill, por meio do qual 38% dos rejeitos retornam às minas do Complexo Pasco e 48,7%, à mina de Cerro Lindo. Em Cerro Lindo, o resíduo não utilizado como backfill é filtrado, separando a água e os sólidos. A água é recirculada e o rejeito a seco é enviado para as

pilhas específicas de deposição. Esse mesmo modelo está sendo considerado em novos projetos no Brasil (Aripuanã e Caçapava do Sul). Em 2017, obtivemos a licença ambiental para o projeto de

disposição de rejeito a seco na mina de Vazante. A implementação deve começar em 2018 e ser concluída em 2020.

Para o gerenciamento dessas barragens, dispomos de um sistema eficiente que se concentra em segurança, otimização e

estabilidade, com ações contínuas de monitoramento e não apenas semestrais, conforme exigido por lei. A gestão das barragens é um dos tópicos incluídos em nossos

processos de gerenciamento de risco de negócio e discutido regularmente nas reuniões

executivas, nas quais é apresentado um relatório sobre a estabilidade dessas estruturas.

Também contamos com o trabalho de uma empresa de consultoria independente (Geoconsultoria) para monitorar e medir conjuntamente o desempenho dos principais indicadores de controle, além de e discutir ações para cada uma das 39 barragens.

Resíduos Minerometalúrgico e Industriais (mil toneladas) GRI 306-2, MM3

Tipo 2015 2016 2017

Perigosos

Resíduos minerometalúrgicos (estéril) 1.460,9 1.746,9 1.704,9 Resíduos minerometalúrgicos (rejeito) 14.220,6 9.871,8 9.660,7

Resíduos industriais 5,2 2,9 3,0

Não perigosos

Resíduos minerometalúrgicos (estéril) 2.659,0 5.458,3 4.539,3 Resíduos minerometalúrgicos (rejeito) 1.060,6 1.038,2 958,8

Objetivo Meta Ano-base 2014 2015 2016 2017 Forma de Medição

Minimizar a dependência da empresa em relação ao uso de água nova

(bruta) Aumentar para 75% a recirculação de água 2014 59% 58% 67% 66% % de recirculação com base no total de água utilizada pela empresa Reduzir o uso específico de água nova (m³ água nova/tonelada de produto) 2014 34,68 29,64 31,59 31,00 Soma de todas as águas novas captadas e utilizadas pela empresa incluindo escoamento superficial (run off), chuva, rebaixamento de

mina etc.) por tonelada de

produto

GRI 103-1, 103-2, 103-3

Para as nossas operações, água também é um tema de grande relevância e, por isso, está contido em nossa estratégia o fortalecimento da gestão dos recursos hídricos, em alinhamento com a atuação sustentável da companhia. Nossa meta de eficiência hídrica é alcançar 75% de recirculação de água em todas as operações até 2025. Outro desafio é o uso específico de água nova em nossos processos, que tem como meta a redução de 30% de captação.

Nosso desempenho é medido

frequentemente e o acompanhamento desses indicadores mostra que, em 2017, nossa marca de recirculação da água foi da ordem de 66%, ante 67% em 2016. O cálculo considera o volume captado em relação a toda a água utilizada no processo. GRI 303-3

Nosso plano de gerenciamento de água é dividido em três etapas principais, que são revisadas periodicamente e aplicadas nas operações e também nos projetos greenfield em desenvolvimento. Os três estágios são:

Diagnóstico: consiste na avaliação de risco hídrico e no desenvolvimento de um quadro para a contabilização da água; › Controle/Mitigação: exercido por

meio de auditorias e um plano de contingência;

Desenvolvimento: inclui um Plano Diretor de Medição (vazão) para todas as unidades, com 14 iniciativas que contribuem para aumentar a recirculação e reduzir a captação de água doce.

Evolução

Em 2017, evoluímos no mapeamento do risco de escassez hídrica, com o desenvolvimento de uma ferramenta chamada Risco Hídrico. Fizemos a aplicação dessa matriz em todas as nossas unidades e hoje conseguimos sinalizar qual é o risco exposto e em que aspecto. Também evoluímos na análise crítica dos monitoramentos de água, com o alinhamento de conceitos e a padronização dos laboratórios de análise de qualidade contratados. Outra iniciativa importante no ano foi o trabalho de padronização da contabilização de água, que avaliou o custo real do metro cúbico utilizado em cada unidade, incluindo gastos com bombeamento, circulação, tratamento e outorga. Essa forma de acompanhamento irá trazer muitas melhorias de gestão ao processo, além de ajudar a monitorar os maiores usuários do recurso, para um melhor planejamento. Para 2018 e 2019 planejamos instalar

medidores internos em cada área usuária mais relevante para gestão de águas e, com isso, identificar novas oportunidades de evolução. Como exemplos de boas práticas de gestão dos recursos hídricos podemos destacar iniciativas em algumas unidades. Em Cerro Lindo funciona a primeira planta dessalinizadora do Peru. Com uma estação composta por tanques de armazenamento, redes de

bombeamento e filtros de osmose reversa, é possível operar com 100% da água utilizada proveniente do mar e não há descarte de efluentes na unidade de mineração. A unidade também conta com sistemas de recirculação e tratamento de água que permitem o reaproveitamento do insumo no processo produtivo de forma eficiente, minimizando perdas e custos para a captação, mantendo a eficiência hídrica em 91%.

Nas unidades do Brasil, demos continuidade ao projeto Água Limpa, em Morro Agudo, que possibilita a retirada de recursos de boa qualidade diretamente das falhas geológicas, fraturas e furos de sonda, para utilização na planta e posterior retorno ao meio ambiente. Seu processo de reúso da água possui a marca de 78%. Em Três Marias, destaca-se também a redução de uso de água em 17% por melhorias no processo de gestão de recurso iniciada no segundo

semestre de 2017.

Consumo de Água por Fonte17 GRI 303-1

76,63%

Águas superficiais Água subterrânea Água pluvial

Nota 17: Nosso balanço hídrico é elaborado com base na Water Accounting Framework (SMI/MCA, 2014), que incorpora todo o volume de água captada e utilizada pela organização. Os dados são reportados considerando as captações de água superficial (rio e mar), subterrânea (provenientes de poços ou retirada com fins de rebaixamento de mina, embora sem uso no processo produtivo) e água de chuva armazenada em estruturas físicas localizadas nas unidades.

5,41%

Descarte

Nosso programa de recirculação de água também contribui para garantir um menor volume de efluentes. Isso reduz tanto o risco de um impacto adverso no meio ambiente quanto o custo do tratamento para garantir que o efluente descarregado atenda aos parâmetros de qualidade requeridos. Em 2017, 40% das despesas ambientais foram destinadas ao tratamento de efluentes.

Com exceção de Cerro Lindo, que possui zero descarte na unidade de mineração, 100% dos efluentes das outras plantas são encaminhados a Estações de Tratamento (ETEs/ETEi) e submetidos a processos de acordo com o tipo. Todos os novos projetos têm a obrigatoriedade de iniciar suas operações com pelo menos 75% de recirculação.

Em Juiz de Fora, concluiremos em 2018 a instalação do novo sistema de drenagem industrial, que tem como objetivo segregar as águas pluviais na unidade. Os trabalhos contemplam a construção de novas redes de drenagem, adequadamente dimensionadas e com materiais resistentes; instalação de sistema de bombeamento dos tanques de contenção da área industrial para o reservatório da Barragem da Pedra, em picos de chuva; construção de tanques de sedimentação e segregação de drenagens. O Rio Santa Catarina, na região de Vazante, no noroeste mineiro, é um dos diversos mananciais brasileiros que sofre com a crise hídrica. O solo por onde o rio corre é cárstico, cujas características são propícias para o

aparecimento de dolinas, um fenômeno comprovadamente natural. Desde 2014, quando a falta de chuvas começou a se agravar na região, algumas dessas estruturas apareceram ao longo do rio, contribuindo para a diminuição de sua vazão.

Estamos desenvolvendo estudos relacionados ao tema e

monitoramos constantemente a vazão do rio. Além disso atuamos como parceiros da comunidade, da Prefeitura e dos órgãos ambientais para a minimização dos impactos da crise hídrica em Vazante por meio de diálogos e Painéis de Diálogos com a Comunidade (ver mais na página 83).

Nota 18:Os dados são calculados utilizando a base da Water Accounting Framework (SMI/ MCA, 2014) , que considera o somatório de água reutilizada / Somatório água utilizada e a base GRI, em que são utilizados o somatório de água reutilizada / somatório de água retirada.

66%

é o volume total de água reciclada em relação ao total de água utilizada no processo18

Objetivo Meta Ano-base 201419 201519 201619 2017 Forma de Medição Minimizar o impacto relacionado a mudanças climáticas, investindo em eficiência energética, flexibilidade da matriz com foco em fontes renováveis e projetos de inovação

tecnológica

Reduzir em 5% a emissão de gases de

efeito estufa (GEE) por tonelada de produto 2014 0,910 0,932 0,895 0,879 toneladas de carbono equivalente (tCO2e) / tonelada do produto

Nota 19: Os dados publicados de 2014 a 2016 foram recalculados em decorrência da inclusão das emissões geradas no transporte de minério entre Peru e Brasil. GRI 103-1, 103-2, 103-3

O clima é uma vertente de alta relevância para o nosso negócio, principalmente por sua influência sobre o cenário hidrológico.

Variações climáticas intensas podem afetar negativamente as nossas operações, causando inúmeros transtornos, entre eles o adiamento de cronogramas e, consequentemente, o aumento do custo operacional. São fatores que trazem risco ao negócio e prejudicam o cumprimento de metas e o desenvolvimento dos projetos, a exemplo do que aconteceu no início de 2017 nas

operações no Peru, afetadas por chuvas intensas.

Com o objetivo de consolidar nosso comprometimento com o tema e colaborar para fortalecer uma economia de baixo carbono e uma sociedade cada vez mais

sustentável, assumimos a meta de reduzir em 5% a emissão de gases de efeito estufa (GEE) por tonelada de produto até 2025.

Nesse sentido, adotamos um conjunto de iniciativas para a

adaptação e mitigação de impactos, como inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e orientação e monitoramento constantes. Além disso, nossos investimentos nesse campo nos últimos anos têm se concentrado no ganho de eficiência energética e flexibilidade da matriz de energia, com foco em fontes renováveis e projetos de inovação tecnológica.

No documento Relatório Anual Nexa Resources S.A. (páginas 73-78)