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4 OS ATOS ADMINISTRATIVOS DO CONAMA: PROCESSO DE

4.2 RESOLUÇÕES DO CONAMA NO PERÍODO DE 1984 ATÉ 2016: DESCRIÇÃO E

4.2.6 Resoluções do CONAMA no período 2006-2010

O CONAMA, entre os anos de 2006-2010, expediu conforme demonstra o Apêndice C8, quarenta e seis Resoluções Políticas e dezesseis administrativas, perfazendo um total de sessenta e duas resoluções.

Das quarenta e seis Resoluções Políticas, nove regulamentam aspectos de licenciamento ambiental, sendo: duas que alteram dispositivos da Resolução 335/2003, relativa ao licenciamento ambiental de cemitérios; uma acerca do licenciamento ambiental simplificado de Sistemas de Esgotamento Sanitário; uma relativamente ao licenciamento ambiental da aquicultura; uma a respeito do licenciamento ambiental e a autorização do órgão responsável pela administração da Unidade de Conservação (UC), de que trata o § 3º do artigo 36 da Lei 9.985/2000, bem como sobre a ciência do órgão responsável pela administração da UC no caso de licenciamento ambiental de empreendimentos não sujeitos a EIA-RIMA; uma estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos; uma diz acerca dos critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de novos empreendimentos destinados à construção de habitações de interesse social; uma alude procedimentos a serem adotados para o licenciamento ambiental de agroindústrias de pequeno porte e baixo potencial de impacto ambiental e ainda, uma estabelece procedimentos para o Licenciamento Ambiental de Projetos de Assentamentos de Reforma Agrária.

No mesmo sentido, o CONAMA expediu cinco Resoluções Políticas que tratam do controle de poluição (do ar ou por ruídos) realizada por veículos automotores (movidos a diesel, gasolina ou álcool) sendo: uma que altera o artigo 4º e artigo 5º, caput e § 1º da Resolução CONAMA 418/2009, estabelecendo novos prazos para o Plano de Controle da Poluição Veicular e o Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso; uma em relação à nova fase de exigência do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores para veículos pesados novos (Fase P-7); uma que indica critérios para a elaboração de Planos de Controle de Poluição Veicular - PCPV e para a implantação de Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M pelos órgãos estaduais e municipais de meio ambiente e determina novos limites de emissão e procedimentos para a avaliação do estado de manutenção de veículos em uso; uma relativa a nova fase (PROCONVE L6) de exigências do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores para veículos automotores leves novos de uso rodoviário; uma que altera a Resolução 18/1986 do CONAMA e reestrutura

a Comissão de Acompanhamento e Avaliação do PROCONVE-CAP, em seus objetivos, competência, composição e funcionamento.

Nessa descrição foi possível identificar também cinco resoluções acerca dos parâmetros básicos para definição de vegetação primária e/ou dos estágios sucessionais secundários de vegetação da Mata Atlântica, contemplando as localidades que abrangeram os Campos de Altitude associados ou abrangidos pela Mata Atlântica e sua restinga. Mais ainda, identificou-se a convalidação das Resoluções que definem a vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica para fins do disposto no artigo 4º, § 1º da Lei 11.428/2006 e também uma resolução que define vegetação primária e secundária de regeneração de Mata Atlântica no Estado de Minas Gerais bem como outra que define vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica no Estado da Paraíba.

Também, verificou-seduas resoluções que prorrogam o prazo para complementação das condições e padrões de lançamento de efluentes, previsto no artigo 44 da Resolução 357/2005, sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento e outras duas que tratam do controle ou tratamento de resíduos gerados ou que entram no país sendo: uma que altera o artigo 18 da Resolução CONAMA 316/2002 e estabelece procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos e outra que indica os procedimentos para inspeção de indústrias consumidoras ou transformadoras de produtos e subprodutos florestais madeireiros de origem nativa, bem como os respectivos padrões de nomenclatura e coeficientes de rendimento volumétricos, inclusive carvão vegetal e resíduos de serraria.

Ainda, foi possível identificar a publicização de uma resolução que altera dispositivos da Resolução 306/2002 e o Anexo II, que refere os requisitos mínimos para a realização de auditoria ambiental e mais outra resolução que altera o inciso II do § 4º e a Tabela X do § 5º, ambos do artigo 34 da Resolução CONAMA 357/2005, para classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.

Ademais, indica-se, a partir da descrição efetuada, a expedição de outras Resoluções Políticas expedidas pelo CONAMA, sendo: uma resolução que cria e regulamenta sistema de dados e informações referentes à gestão florestal no âmbito do SISNAMA; uma resolução que define critérios de seleção de áreas para recebimento do Óleo Diesel com o Menor Teor de Enxofre-DMTE; uma que define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados; uma

resolução que define os empreendimentos potencialmente causadores de impacto ambiental nacional ou regional para fins do disposto no inciso III, § 1º, artigo 19 da Lei 4.771/1965; uma que disciplina a concessão de depósito doméstico provisório de animais silvestres apreendidos; uma a respeito da classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas; uma resolução que versa a respeito da prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada; uma que estabelece critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas; mais uma resolução acerca dos critérios para a caracterização de atividades e empreendimentos agropecuários sustentáveis do agricultor familiar, empreendedor rural familiar, e dos povos e comunidades tradicionais, como de interesse social, para fins de produção, intervenção e recuperação de Áreas de Preservação Permanente e outras de uso limitado; uma resolução que atribui o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional, originados em portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos, sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros, marinas, clubes náuticos e instalações similares, e orienta a sua elaboração; ainda é expedida uma relativa ao descarte contínuo de água de processo ou de produção em plataformas marítimas de petróleo e gás natural.

Por fim, no mesmo sentido colacionam-se ainda mais resoluções sendo uma que vai versar sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente-APP; uma que trata da revisão e da atualização da Resolução CONAMA 344/2004 que estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos mínimos para a avaliação do material a ser dragado em águas jurisdicionais brasileiras; uma que estabelece diretrizes aos órgãos ambientais para o cálculo, cobrança, aplicação, aprovação e controle de gastos de recursos advindos de compensação ambiental, conforme a Lei 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC; uma resolução que estabelece diretrizes para as campanhas, ações e projetos de Educação Ambiental, conforme Lei 9.795/1999 que trata da educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental; uma que estabelece os critérios para a determinação de espécies silvestres a serem criadas e comercializadas como animais de estimação; uma que define os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado; uma resolução que

revoga o parágrafo único do artigo 16 da Resolução 401/2008 que estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado; uma que estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas; uma resolução que estabelece parâmetros técnicos a serem adotados na elaboração, apresentação, avaliação técnica e execução de Plano de Manejo Florestal Sustentável- PMFS com fins madeireiros, para florestas nativas e suas formas de sucessão no bioma Amazônia; uma que retifica a Resolução CONAMA 375/2006 que define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados.

Contrastam nesse quinquênio de 2006-2010, a pauta em que preponderantemente revelam-se nove Resoluções Políticas que regulamentam aspectos de licenciamento ambiental; cinco resoluções tratam do controle de poluição (do ar ou por ruídos) realizada por veículos automotores (movidos a diesel, gasolina ou álcool) e outras cinco que dispõem parâmetros básicos para definição de vegetação primária e/ou dos estágios sucessionais secundários da vegetação da Mata Atlântica. Duas prorrogam o prazo para complementação das condições e padrões de lançamento de efluentes, previsto no artigo 44 da Resolução 357/2005, que diz da classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento e; mais duas Resoluções Políticas tratam do controle ou tratamento de resíduos gerados ou que entram no país. Destaca-se ênfase àquela que estabelece procedimentos para o Licenciamento Ambiental de Projetos de Assentamentos de Reforma Agrária.

Finalmente, apresentam-se vinte e três outras Resoluções Políticas, que tratam de variados assuntos, estabelecendo-se especial destaque auma que diz acerca dos critérios para a determinação de espécies silvestres serem criadas e comercializadas como animais de estimação.

De outro lado, com relação às Resoluções Administrativas expedidas pelo CONAMA no quinquênio descrito, observa-se que não foram expedidas resoluções que preencham os requisitos estabelecidos pelas variáveis (A); (B) assim como aqueles estipulados na variável (E). Do total das dezesseis Resoluções Administrativas, restam relacionadas cinco que contemplam os requisitos estabelecidos na variável (C), que analisa as resoluções sob o aspecto que cria/regulamenta/prorroga Comissão, Grupo de Trabalho ou Câmara Técnica, das quais: três tratam de dar nova composição às Câmaras Técnicas de Biodiversidade, Fauna e Recursos Pesqueiros; Florestas e Atividades Agrossilvopastoris; Unidades de Conservação e demais Áreas Protegidas; Gestão Territorial e Biomas; Controle e Qualidade Ambiental; Saúde,

Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos; Atividades Minerárias, Energéticas e de Infraestrutura; Economia e Meio Ambiente; Educação Ambiental e ainda uma Câmara Técnica de Assuntos Internacionais e outra de Assuntos Jurídicos. Uma resolução inserida nos requisitos estabelecidos pela variável (C) institui a Câmara Técnica Recursal de Infrações Ambientais bem como outra revoga a Resolução 400/2008 que institui Câmara Técnica Recursal de Infrações Ambientais.

Relativamente à variável (D), Proferem decisão em última instância administrativa; homologam acordos; determinam a perda ou restrição de benefícios; ou suspende a participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais, foram expedidas duas resoluções, uma que inclui a queima controlada de palha de cana-de-açúcar como atividade poluidora sujeita a prévio Estudo de Impacto Ambiental, por força da ordem judicial liminar proferida pelo Juízo da 2ª Vara da Subseção Federal de Umuarama, no Estado do Paraná, no Processo 2009.70.04.000528-2 e, outra, que revoga a Resolução 408/2009, em face da Decisão judicial liminar monocrática proferida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região no Mandado de Segurança 2009.04.00.010675-9/PR.

Por fim, para o quinquênio analisado, ainda se verificou nove resoluções selecionadas de acordo com o estabelecido pela variável (F), Estabelece/Altera Calendário de Reuniões; define ou redefine numeração de resoluções; numeração de resolução não utilizada, dentre as quais, cinco instituem o calendário de reuniões ordinárias do CONAMA e outras quatro alteram essas datas.