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RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

As Responsabilidades representadas por títulos decompõem-se como segue:

(milhares de euros)

31.12.2008 31.12.2007

Euro Medium Term Notes (EMTN) a) 10 130 109 11 711 322

Obrigações de caixa 5 563 026 5 913 198

Certificados de depósitos 3 522 854 5 899 817

Obrigações hipotecárias 2 663 350 -

Outros 2 717 343 789 254

24 596 682 24 313 591

a) Em 31 de Dezembro de 2008, a rubrica de EMTN inclui 179,9 milhões de euros deExtendible Notes (31 de Dezembro de 2007: 882,3 milhões de euros).

O justo valor da carteira de Responsabilidades representadas por títulos encontra-se apresentada na Nota 43.

Esta rubrica inclui 1 722 827 milhares de euros (31 de Dezembro de 2007: 1 101 126 milhares de euros) de responsabilidades representadas por títulos registados em balanço ao justo valor através de resultados (ver Nota 23).

Durante o exercício de 2008, o Grupo BES procedeu à emissão de obrigações hipotecárias no valor 2 500 milhões de euros no âmbito do Programa de Emissão de Obrigações Hipotecárias, cujo montante máximo é de 10 000 milhões de euros.

Estas obrigações são garantidas por um conjunto de créditos à habitação e demais activos que se encontram segregados como património autónomo nas contas do Grupo BES, conferindo assim privilégios creditórios especiais aos detentores destes títulos sobre quaisquer outros credores. As condições da referida emissão enquadram-se no Decreto-Lei n.º 59/2006, nos Avisos nºs 5, 6, 7 e 8 e na Instrução nº13 do Banco de Portugal.

As características destas emissões são como segue:

Designação Valor Nominal (milhares de euros) Valor de balanço (milhares de euros)

Data Emissão Data de Reembolso

Periodicidade do pagamento dos

juros

Taxa de Juro Rating

BES Obrigações hipotecárias 25/01/2011 1 250 000 1 339 189 25-01-2008 25-01-2011 Anual 4,375% AAA BES Obrigações hipotecárias 21/07/2010 1 250 000 1 324 161 21-07-2008 21-07-2010 Anual 5,50% AAA

O valor dos créditos que contragarantem estas emissões ascende a cerca de 2 722 664 milhares de euros em 31 de Dezembro de 2008 (ver Nota 21).

O movimento ocorrido durante o exercício de 2008 nas responsabilidades representadas por títulos foi o seguinte: (milhares de euros) Saldo em 31.12.2007 Emissões Reembolsos Recompras (líquidas) Outros Movimentos a) Saldo em 31.12.2008 Euro Medium Term Notes (EMTN) 11 711 322 1 790 414 (3 328 030) ( 106 642) 63 045 10 130 109 Obrigações de caixa 5 913 198 2 785 401 ( 802 433) (2 476 852) 143 712 5 563 026 Certificados de depósitos 5 899 817 - (2 318 539) ( 16 113) ( 42 311) 3 522 854 Obrigações hipotecárias - 2 500 000 - ( 2 062) 165 412 2 663 350 Outros 789 254 4 921 522 (3 072 239) ( 69 186) 147 992 2 717 343 24 313 591 11 997 337 (9 521 241) (2 670 855) 477 850 24 596 682 a) Os outros movimentos incluem o juro corrido em balanço, correcções por operações de cobertura, correcções de justo valor e variação cambial

b) No caso específico dos certificados de depósito, por serem instrumentos de curto prazo, o valor dos mesmos é apresentado pelo líquido

b)

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.8, no caso de recompras de títulos representativos de responsabilidades do Grupo, os mesmos são anulados do passivo consolidado e a diferença entre o valor de recompra e o respectivo valor de balanço é reconhecido em resultados.

A duração residual das Responsabilidades representadas por títulos, a 31 de Dezembro de 2008 e 2007, é como segue: (milhares de euros) 31.12.2008 31.12.2007 Até 3 meses 5 245 217 5 784 477 De 3 meses a um ano 3 161 303 3 904 911 De um a cinco anos 11 700 981 9 061 863

Mais de cinco anos 4 489 181 5 562 340

24 596 682 24 313 591

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, a rubrica Provisões apresenta os seguintes movimentos: (milhares de euros) Provisão para reestruturação Outras Provisões Total Saldo a 31 de Dezembro de 2006 1 686 138 196 139 882 Reforços / (reposições) 23 363 2 045 25 408 Utilizações ( 848) ( 7 560) ( 8 408)

Diferenças de câmbio e outras - ( 12 932) ( 12 932)

Saldo a 31 de Dezembro de 2007 24 201 119 749 143 950

Reforços / (reposições) 5 688 14 158 19 846

Utilizações ( 22 049) ( 10 182) ( 32 231)

Diferenças de câmbio e outras - ( 354) ( 354)

Saldo a 31 de Dezembro de 2008 7 840 123 371 131 211

Em Maio de 2006 procedeu-se à fusão da Crediflash – Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, S.A. no Banco Espírito Santo, S.A., tendo sido preparado e aprovado um plano de reestruturação, no âmbito do qual foi constituída uma provisão de 10,8 milhões de euros para encargos com o referido processo. À data de 31 de Dezembro de 2008 encontram-se por utilizar 1,4 milhões de euros desta provisão.

Em Abril de 2007, no âmbito do processo de fusão do BESSA, e sua transformação em sucursal do BES, foi constituída uma provisão no valor de 23,4 milhões de euros para encargos com o referido processo. Em 2008, o processo de reestruturação foi interrompido tendo sido reposta uma parte da provisão constituída, no valor de 9,2 milhões de euros, referentes a compromissos ainda não assumidos. À data de 31 de Dezembro de 2008, encontram-se por utilizar 6,0 milhões de euros desta provisão.

No exercício de 2008, foi constituída uma provisão para reestruturação no valor de 14,9 milhões de euros para suportar os custos inerentes ao “Projecto de Reestruturação 20-10”. Este projecto é composto por diversas iniciativas, sendo de destacar a integração da subsidiária BES Leasing & Factoring no BES. À data de 31 de Dezembro de 2008, encontram-se por utilizar 0,4 milhões de euros desta provisão. As utilizações do ano, no valor de 14,5 milhões de euros, incluem aproximadamente 8 milhões de euros referentes a custos com reformas antecipadas (ver Nota 12).

As outras provisões, cujo valor ascende a 123 371 milhares de euros (31 de Dezembro de 2007: 119 749 milhares de euros), visam a cobertura de determinadas contingências devidamente identificadas, decorrente da actividade do Grupo, sendo as mais relevantes as seguintes:

• Contingências decorrentes do processo de permuta de acções do Banco Boavista Interatlântico, por acções do Bradesco, ocorrida durante o exercício de 2000. O Grupo constituiu provisões no valor de 33,4 milhões de euros (31 de Dezembro de 2007: 38,6 milhões de euros) para cobertura de eventuais perdas com o referido processo;

• Contingências associadas a processos de falência de clientes que poderão implicar perdas para o Grupo. As provisões registadas com vista à cobertura destas perdas ascendem a cerca de 17,0 milhões de euros em 31 de Dezembro de 2008 (31 de Dezembro de 2007: 7,5 milhões de euros);

• Contingências associadas a processos em curso relativos a matérias fiscais. Para fazer face a estas contingências, o Grupo mantém provisões de cerca de 53,3 milhões de euros (31 de Dezembro de 2007: 52,4 milhões de euros);

• O valor remanescente, de cerca de 19,7 milhões de euros (31 de Dezembro de 2007: 21,2 milhões de euros), destina-se à cobertura de potenciais perdas decorrentes da actividade normal do Grupo tais como, entre outras, fraudes, roubos e assaltos e processos judiciais em curso.

NOTA 34 – IMPOSTOS

O Banco e as subsidiárias com sede em Portugal estão sujeitos a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e correspondente Derrama. O cálculo do imposto corrente e diferido dos exercícios de 2008 e 2007 foi apurado com base numa taxa nominal de IRC e Derrama Municipal de 26,5%, de acordo com a Lei n.º 107-B/2003, de 31 de Dezembro, e a Lei nº2/2007, de 15 de Janeiro (que aprovou a Lei das Finanças Locais).

As declarações de autoliquidação do Banco e das subsidiárias com sede em Portugal ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos. Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos devido essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da Administração do Banco e das subsidiárias com sede em Portugal que, no contexto das demonstrações financeiras consolidadas, não ocorrerão encargos adicionais de valor significativo.

Os activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em balanço em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 podem ser analisados como segue:

Activo Passivo Líquido 31.12.2008 31.12.2007 31.12.2008 31.12.2007 31.12.2008 31.12.2007 Instrumentos financeiros derivados 10 849 9 654 ( 73 756) ( 73 588) ( 62 907) ( 63 934) Activos financeiros disponíveis para venda 56 974 7 945 ( 32 965) ( 271 747) 24 009 ( 263 802)

Crédito a clientes 149 612 101 770 - - 149 612 101 770

Outros activos tangíveis - - ( 10 930) ( 8 922) ( 10 930) ( 8 922)

Activos intangíveis 158 197 - - 158 197

Investimentos em subsidiárias e associadas 26 535 2 361 ( 48 418) ( 28 923) ( 21 883) ( 26 562)

Provisões 18 459 24 025 - ( 4 327) 18 459 19 698

Pensões 16 499 16 111 ( 42 782) ( 37 941) ( 26 283) ( 21 830)

SAMS 27 176 21 812 - - 27 176 21 812

Prémios de antiguidade 6 965 6 470 - - 6 965 6 470

Outros 119 5 481 ( 6 508) ( 4 025) ( 6 389) 1 456

Prejuízos fiscais reportáveis 6 318 1 690 - - 6 318 1 690

Imposto diferido activo/(passivo) 319 664 197 516 ( 215 359) ( 429 473) 104 305 ( 231 957)

Compensação de activos/passivos por impostos diferidos ( 177 911) ( 173 570) 177 911 173 570 - - Imposto diferido activo/(passivo) líquido 141 753 23 946 ( 37 448) ( 255 903) 104 305 ( 231 957)

Os movimentos ocorridos nas rubricas de impostos diferidos de balanço tiveram as seguintes contrapartidas:

(milhares de euros) 31.12.2008 31.12.2007

Saldo inicial ( 231 957) ( 88 903)

Reconhecido em resultados 67 486 ( 65 630)

Reconhecido em reservas de justo valor 268 874 ( 83 689)

Reconhecido em outras reservas 2 506 7 771

Variação cambial e outros ( 2 604) ( 1 506)

Saldo final (Activo / (Passivo)) 104 305 ( 231 957)

O imposto reconhecido em resultados e reservas durante os exercícios de 2008 e 2007 teve as seguintes origens: (milhares de euros) 31.12.2008 31.12.2007 Reconhecido em resultados Reconhecido em reservas Reconhecido em resultados Reconhecido em reservas

Instrumentos financeiros derivados ( 1 027) - 48 155 -

Activos financeiros disponíveis para venda ( 18 937) ( 268 874) 1 232 83 689

Crédito a clientes ( 47 842) - ( 38 970) -

Outros activos tangíveis 2 008 - 43 -

Activos intangíveis 39 - 854 -

Investimentos em subsidiárias e associadas ( 4 679) - 3 914 -

Provisões 1 239 - 8 562 -

Pensões 7 794 ( 3 341) ( 18 918) ( 5 013)

SAMS ( 5 364) - ( 549) -

Prémios de antiguidade ( 495) - ( 945) -

Outros 4 405 835 ( 1 184) ( 2 758)

Créditos fiscais resultantes de dupla tributação - - 19 958 -

Prejuízos fiscais reportáveis ( 4 627) - 43 478 -

Imposto Diferido ( 67 486) ( 271 380) 65 630 75 918

Impostos Correntes 150 984 3 831 86 916 5 720

O imposto corrente reconhecido em reservas inclui 3 341 milhares de euros relativos a pensões de reforma e 186 milhares de euros relativos ao plano de incentivos baseado em acções (31 de Dezembro de 2007: 5 013 milhares de euros e 372 milhares de euros, respectivamente).

A reconciliação da taxa de imposto pode ser analisada como segue:

(milhares de euros) 31.12.2008 31.12.2007

Resultado antes de impostos e Interesses Minoritários 510 643 787 619

Taxa de imposto do BES 26,5 26,5

Imposto apurado com base na taxa de imposto do BES 135 320 208 719 Diferença na taxa de imposto das subsidiárias (1,6) ( 8 234) (1,3) ( 9 913) Dividendos excluídos de tributação (7,3) ( 37 392) (2,4) ( 19 105) Lucros em unidades com regime de tributação mais favorável (5,2) ( 26 444) (4,9) ( 38 566) Mais-valias não tributadas (0,4) ( 2 012) (1,6) ( 12 482)

Alterações de estimativas (0,0) ( 23) 2,4 18 566

Prejuízos fiscais utilizados relativamente aos quais não

havia sido reconhecido imposto diferido activo 0,3 1 741 - - Imposto diferido activo não reconhecido sobre

prejuízos fiscais gerados no período 2,3 11 860 0,7 5 866 Resultado de associadas não sujeitos a tributação 1,1 5 377 (1,1) ( 8 455)

Custos não dedutíveis 0,7 3 460 0,6 4 487

Outros (0,0) ( 155) 0,4 3 429

16,4 83 498 19,4 152 546

% Valor % Valor