• Nenhum resultado encontrado

5.2 Extrato pirolenhoso da Jurema Preta

5.2.2 Ressonância Magnética Nuclear (RMN)

A análise de 1H RMN foi realizada a fim de entender o ambiente químico de todos os

prótons, onde o espectro obtido é apresentado na Figura 5.11. Após as análises de cromatografia decidiu realizar o estudo apenas para a amostra E2 coletada a 300ºC e rotoevaporada (E2R_300C), que foi a amostra estudada que apresentou o maior teor de compostos fenólicos. Para esta análise não há a necessidade de adição de solvente na amostra, sendo utilizada a mostra pura. De acordo com Dai et al. (2019), a região entre 0 e 1,5 ppm corresponde a alcanos, a região entre 1,5 e 3,0 ppm compreende átomos de carbono de outros alifáticos (heteroátomo ou insaturação); a região entre 3,0 e 4,5 representa prótons de grupos metóxi de álcoois ou grupos metileno de benzenos. Por fim, a região entre 4,5 e 6,0 e entre 6,0 e 8,5 pode representar prótons do grupo metóxi de benzenos ou carboidratos e aromáticos, respectivamente.

A Tabela 5.8 mostra a distribuição, em porcentagem, das integrações feitas para os grupos das regiões citadas anteriormente, onde a maior parte dos prótons se localizaram nas regiões entre 1,5 e 3,0 ppm e entre 3,0 e 4,5 ppm. O pico largo e de alta intensidade entre 4.5 e 5 não é contabilizado pois é referente ao solvente utilizado. Para a maior área de integração obtida entre 1,5 e 3,0 ppm pode-se explicar pela provável quantidade acentuada de ácidos carboxílicos, principalmente ácido acético, composto vastamente identificado na literatura para biomassas lignocelulósicas, principalmente em madeiras, e identificado nas análises de cromatografia gasosa para todos os extratos estudados. A segunda maior série sendo a entre 3 e 4,5 ppm pode ser explicada pela alta quantidade de compostos aromáticos identificados com o grupo metóxi acoplado a eles, como o 2-metoxi-4-metilfenol, 2-metoxi-5-metilfenol, 4-etil- metoxifenol, 2-metoxi-vinilfenol, e 2-metoxi-4-(1-propenil)fenol. A análise de 1H RMN confirmou os resultados encontrados na pirólise analítica e cromatografia dos extratos.

Tabela 5.8 - Porcentagem em relação às diferentes regiões de concentração para a análise 1H.

Faixa (ppm) % 0-1,5 1,13 1,5-3 46,36 3-4,5 0,30 6-10 1,46 Fonte própria.

Figura 5.11 - Espectro obtido na análise de espectroscopia por ressonância magnética nuclear 1H para o extrato coletado a 300°C rotoevaporado.

A análise de 13C também foi realizada a fim de compreender o ambiente dos carbonos presentes na amostra, e comparar com o resultado obtido pela análise de 1H. Essa análise possui um grau de confiabilidade maior para quantificação. A Figura 5.13 mostra o espectro obtido na análise.

O espectro de 13C mostra 10 picos, onde 3 deles são os mais pronunciados, em 176,7ppm, 48,9ppm, e 20,4ppm. A quantificação foi feita para cada pico considerando a razão da área integrada de cada pico sobre a soma de todas as áreas integradas mostrada na Tabela 5.8.

Tabela 5.9 - Picos identificados para a análise de 13C RMN e suas respectivas porcentagems em relação a área de

integração. Pico ppm % 1 8,51 1,13 2 20,40 46,36 3 24,89 0,30 4 27,06 1,46 5 48,90 7,84 6 67,55 2,19 7 165,99 0,73 8 176,70 35,19 9 179,92 2,84 10 212,47 1,93 Fonte própria.

De acordo com Silverstein (2005), a faixa entre 0 e 30 ppm corresponde, principalmente, para as ligações CH3-C, e pode ser atribuído a grupos metila ligados a anéis

de benzeno. O creosol, composto com um grupo metil em sua estrutura apresentou um teor de 12,2% na fase diclorometano da amostra analisada, podendo ser um dos compostos que contribuiu com o alto sinal nesta faixa. O ácido acético também possui um carbono com sinal próximo a 20ppm (Jumh et al., 2017).

A faixa entre 165 e 190ppm é atribuída por Silverstein (2005) para ligações C=O de anidridos, ésteres, amidas e ácidos carboxílicos. Devido à alta concentração de ácido acético encontrada na fase metanol desta amostra analisada (92%), atribui-se a esse maior pico em 176,70 o efeito do ácido acético em solução.

Guilherme Quintela Calixto, Fevereiro/2020

Figura 5.12 - Espectro obtido na análise de espectroscopia por ressonância magnética nuclear 13C para o extrato coletado a 300°C rotoevaporado.

É evidente a importância de todas as análises de caracterização utilizadas neste trabalho para elucidar a maior parte dos compostos presentes nas amostras estudadas. Todas as análises convergiram para a mesma composição majoritariamente de compostos fenólicos e ácidos orgânicos.

Os resultados obtidos por esse estudo estão de acordo com diversos trabalhos da literatura como o de Yorgun e Yildiz (2015) que obteve uma fração rica em compostos fenólicos a partir do bio-óleo obtido na pirólise lenta da madeira de Paulownia e trabalho reportado por Nhuchhen et al. (2018) que identificaram como alguns dos compostos majoritários do bio-óleo a partir de pellets de madeira o furfural, fenol, 3-metilfenol e 4- metilguaiacol (Creosol), compostos que também foram identificados em grande quantidade neste trabalho.

Diversos trabalhos mostram o interesse em extratos similares ao obtido por esse estudo. Özbay & Ayrilmis (2015) utilizaram um bio-óleo com alto teor de compostos fenólicos obtido a partir do bio-óleo gerado na pirólise de serragem de madeiras para a produção de adesivos de madeira. O guaiacol, composto que foi encontrado nas fases E2R_300C_DC e E2R_400C_DC em teores de 34,3 e 26,4%, respectivamente, foi utilizado para obtenção de benzeno, tolueno e xileno por Fan et al. (2020) a partir de processos de hidrodesoxigenação. Além disso, extratos fenólicos também possuem um alto poder antioxidante, antimicrobiano e fertilizante, como já explorado anteriormente neste documento. A fase metanol rica em ácido acético serve como base química para a produção de solventes orgânicos.

6 Conclusões

Os extratos líquidos coletados nas temperaturas de 300 e 400ºC tiveram sua composição efetivamente elucidada pelas técnicas de cromatografia gasosa acoplada à espectrofotômetro de massas e ressonância magnética nuclear. As caracterizações por análise imediata, análise termogravimétrica e pirólise analítica para a biomassa Mimosa tenuiflora mostraram um resultado de caracterização bastante consistente com os obtidos para os extratos coletados no processo real, mostrando assim uma alta eficiência e importância das técnicas de caracterização para estimativa da composição do produto líquido.

Os dois solventes utilizados para separação de fases orgânicas, diclorometano e metanol, foram eficientes em separar uma fase orgânica rica em compostos fenólicos e outra rica em ácidos orgânicos, respectivamente. A composição principal dos extratos extraídos com diclorometano foi de compostos fenólicos (entre 57 e 70%) e para o extrato extraído com metanol ácidos orgânicos (entre 40 e 92%).

Na temperatura de carbonização 300°C é possível recuperar um extrato orgânico rico em fenóis, que são compostos químicos base para diferentes produtos, e um extrato ácido orgânico rico em ácido acético, a partir do processo de extração líquido-líquido. Os extratos recuperados tem características solventes, que foram obtidos de uma fonte renovável e são denominados como subproduto de um processo, o que os caracterizam como um produto verde. Entretanto, a sua composição fenólica destaca o seu efeito tóxico, que necessita de cuidados para sua manipulação segura.

O extrato E2, tanto bruto como rotoevaporado, apresentou características químicas, como acidez e presença de compostos químicos com ação antifúngica e antimicrobiana que podem ser ativas para fins defensivos agrícolas e/ou usos veterinários, necessitando de estudos para aplicações específicas que podem valorizar este subproduto.

Referências Bibliográficas

ABBASI, T.; ABBASI, S. A. Biomass energy and the environmental impacts associated with its production and utilization. Renew. Sustain. Energy Rev., v. 14, p. 919-937, 2010.

AZEVÊDO, S. M. A.; Bakke, I. A.; BAKKE, O. A.; FREIRE, A. L. O. Crescimento de plântulas de jurema preta (Mimosa tenuiflora(Wild) Poiret) em solos de áreas degradadas da Caatinga. Engenharia Ambiental, v. 9, p. 150–160, 2012.

BAIMARK, Y.; NIAMSA, N. Study on wood vinegars for use as coagulating and antifungal agents on the production of natural rubber sheets. Biomass Bioenergy, v. 33, p. 994–998, 2009.

BAKKE, I. A.; FREIRE, A. L. O.; BAKKE, O. A.; ANDRADE, A. P.; BRUNO, R. L. A. Water and sodium chloride effects on Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret seed germination. Revista Caatinga, v. 19, p. 261–267, 2006.

Boletim Energético Nacional. Ministério de Minas e Energia – Empresa de Pesquisa Energética (EPE). 2018.

BRAGA, R. Pyrolysis kinetics of elephant grass pretreated biomasses. Journal of Thermal Analysis and Calorimetry, v. 117, p. 1341-1348, 2014.

BRIDGEMAN, T. G.; JONES, J. M.; SHIELD, I.; WILLIAMS, P.T. Torrefaction of reed canary grass, wheat straw and willow to enhance solid fuel qualities and combustion properties. Fuel, v. 87, p. 844-856, 2008.

BRIDGWATER A. V.; HOFBAUER, H.; VAN LOO, S. Thermal Biomass Conversion, CPL Press, 2009.

BRIDGWATER, A. V. Review of fast pyrolysis of biomass and product upgrading, Biomass Bioenergy, p. 1-27, 2011.

CAI, J.; HE, Y.; YU, X.; BANKS, S. W.; YANG, Y.; ZHANG, X.; YU, Y.; LIU, R.; BRIDGWATER, A. V. Review of physicochemical properties and analytical characterization

of lignocellulosic biomass. Renewable and Sustainable Energy Reviews. v. 76, p. 309-322, 20172.

CAMARGO-RICALDE, S. L.; GRETHER, R. Germinación, dispersión y establecimiento de plántulas de Mimosa tenuiflora (Leguminosae) en México. Revista de Biología Tropical v. 46, p. 543–554, 1998.

CAO, W.; GUO, L.; YAN, X.; ZHANG, D.; YAO, X. Assessment of sugarcane bagasse gasification in supercritical water for hydrogen production. International Journal of Hydrogen Energy, v.43, p.13711-13719, 2018.

CAPUNITAN, J. A.; CAPAREDA, S, C. Characterization and separation of corn stover bio- oil fractional distillation. Fuel, v. 112, p. 60-73, 2013.

CARDOSO, C. A. L.; MACHADO, M. A.; MAIA, F. S.; ARRUDA, G. J.; CARAMÃO, E. B. GCxGC-TOF/MS Analysis of Bio-Oils Obtained from Pyrolysis of Acuri and Bauru Residues. J. Braz. Chem. Soc., v. 27, p. 2149-2159, 2016.

CARVALHO, A. C. Potencial energético da madeira de espécies florestais em área, sob manejo sustentável, após corte raso, no Rio Grande do Norte. Dissertação de Mestrado, UFRN. 2018.

CHAIWONG, K.; KIATSIRIROAT, T.; VORAYOS, N.; THARARAX, C. Study of bio-oil and bio-char production from algae slow pyrolysis. Biomass and Bioenergy, v. 56, p. 600- 606, 2013.

CHENG, S.; SHU, J.; XIA, H.; WANG, S.; ZHANG, L.; PENG, J.; LI, C.; JIANG, X.; ZHANG, Q. Pyrolysis of Crofton weed for the production of aldehyde rich bio-oil and combustible matter rich bio-gas. Applied Thermal Engineering, v. 148, p. 1164-1170, 2019.

CHIARAMONTI, D.; PRUSSI, M.; NISTRI, R.; PETTORALI, M.; RIZZO, A. M. Biomass carbonization: process options and economics for small scale forestry farms. Energy Procedia, v. 61, p. 1515-1518, 2014.

DAI, L.; WANG, Y.; LIU, Y.; RUAN, R.; YU, Z.; JIANG, L. Comparative study on characteristics of the bio-oil from microwave-assisted pyrolysis of lignocellulose and triacylglycerol. Science of the Total Environment, v. 659, p. 95-100, 2019.

DANTAS, A. F. M.; RIET-CORREA, F.; MEDEIROS, R. M. T.; LOPES, J. R.; GARDNER, D. R.; PANTER, K.; MOTA, R. A. Embryonic death in goats caused by the ingestion of Mimosa tenuiflora. Toxicon, v. 59, p. 555-557, 2012.

DAS, P.; GANESH, A. Bio-oil from pyrolysis of cashew nut shell—a near fuel, Biomass Bioenergy. v. 25, p. 113-117, 2003.

DEMIRBAS, A. Calculation of higher heating values of biomass fuels. Fuel, v. 76, p. 431- 434, 1997.

DHYANI, V.; BHASKAR, T. A comprehensive review on the pyrolysis of lignocellulosic biomass. Renewable Energy, v. 129, p. 695-716, 2018.

DI BLASI, C. Modeling chemical and physical processes of wood and biomass pyrolysis. Progress in Energy and Combustion Science, v. 34, p. 47-90, 2008.

ERKAN, G.; SENGÜL, K.; KAYA, S. Dyeing of white and indigo dyed cotton fabrics with Mimosa tenuiflora extract. Journal of Saudi Chemical Society, v. 18, p. 139-148, 2014.

FAGERNÄS, L.; KUOPPALA, E.; TIILIKKALA, K.; OASMAA, A. Chemical composition of birch wood slow pyrolysis products. Energy Fuels, v. 26, p. 1275–1283, 2012.

FAN, X.; WU, Y.; LI, Z.; SUN, Y.; TU, R.; ZHONG, P.; JIAN, E.; XU, X. Benzene, toluene and xylene (BTX) from in-situ gas phase hydrodeoxygenation of guaiacol with liquid hydrogen donor over bifunctional non-noble-metal zeolite catalysts. Renewable Energy, v. 152, p. 1391-1402, 2020.

FARDHYANTI, D. S.; TRIWIBOWO, B.; ISTANTO, H.; ANAJIB, M. K.; LARASATI, A.; OKTAVIANI, W. Liquid phase equilibrium of phenol extraction from bio-oil produced by

biomass pyrolysis using thermodynamic models. Chinese Journal of Chemical Engineering, v. 27, p. 391-399, 2019.

GREWAL, A.; ABBEY, L.; GUNUPURU, L. R. Production, prospects and potential application of pyroligneous acid in agriculture. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, v. 135, p. 152-159, 2018.

GUEDES, R. E.; LUNA, A. S.; TORRES, A. R. Operating parameters for bio-oil production in biomass pyrolysis: A review.

GUILLÉN, M. A. D.; MANZANOS, M. A. J. Study of the volatile composition of an aqueous oak smoke preparation. Food Chem., v. 79, p. 283–292, 2002.

GUILLÉN, M.; MANZANOS, M. Characteristics of smoke flavourings obtained from mixtures of oak (Quercus sp.) Wood And aromatic plants (Thymus vulgaris L. And Salvia lavandulifolia vahl.). Flavour. Fragr. J., v. 20, p. 676–685, 2005.

GULSUNOGLU, Z.; PURVES, R.; KARBANCIOGLU-GULER, F.; KILIC-AKYILMAZ, M. Enhancement of phenolic antioxidants in industrial apple waste by fermentation with Aspergillus spp. Biocatalysis and Agricultural Biotechnology, In Press.

HIDAYAT, S.; BAKAR, M. S. A.; YANG, Y.; PHUSUNTI, N. Characterisation and Py- GC/MS analysis of Imperata Cylindrica as potential biomass for bio-oil production in Brunei Darussalam. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, v. 134, p. 510-519, 2018.

HORNUNG, A. Thermochemical Conversion of Biomass, 2014.

HORNUNG, A.; APFELBACHER, A.; SAGI, S. Intermediate pyrolysis: a sustainable biomass to-energy concept- Bio thermal valorisation of biomass (BtVB) process. J. Sci. Ind. Res. (India), v. 70, p. 664-667, 2011.

HU, XAN; GHOLIZADEH, MORTAZA. Biomass Pyrolysis: A review of the process development and challenges from initial researches up to the commercialization stage. Journal of Energy Chemistry. 2019. Article In Press.

HWANG, Y. H.; MATSUSHITA, Y.I.; SUGAMOTO, K.; MATSUI, T. Antimicrobial effect of the wood vinegar from Cryptomeria japonica sapwood on plant pathogenic microorganisms. J. Microbiol. Biotechnol., v. 15, p. 1106–1109, 2005.

JINDAL, M. K.; JHA, M. K. Catalytic hydrothermal liquefaction of waste furniture sawdust to bio-oil. Indian Chem. Eng., v. 1-15, 2015.

JUM, I.; TELFAH, A.; LAMBERT, J.; GOGIASHVILI M.; AL-TAANI, H.; HERGENRÖDER, R. 13C and 1H NMR measurements to investigate the kinetics and the mechanism of acetic acid (CH3CH2H) ionization as a model for organic acid dissociation

dynamics for polymeric membrane water filtration. Journal of Molecular Liquids, v. 227, p. 106-113, 2017.

KHOR, K. H.; LIM, K. O. Slow pyrolysis of oil palm empty fruit bunches. Int. Energy J., v. 9, p. 181-188, 2008.

KIMURA, Y.; SUTO, S.; TATSUKA, M. Evaluation of carcinogenic/co-carcinogenic activity of chikusaku-eki, a bamboo charcoal by-product used as a folk remedy, in BALB/c 3T3 cells. Biol. Pharm. Bull., v. 25, p. 1026–1029, 2002.

KUMAR, A.; KUMAR, N.; BAREDAR, P.; SHUKLA, A. A review on biomass energy resources, potential, conversion and policy in India. Renewable and Sustainable Energy Reviews. 2015;45:530-539.

LAZZARI, E.; POLIDORO, A. S.; ONOREVOLI, B.; SCHENA, T.; SILVA, A. N.; SCAPIN, E.; JACQUES, R. A.; CARAMÃO, E. B. Production of rice husk bio-oil and comprehensive characterization (qualitative and quantitative) by HPLC/PDA and GC x GC/qMS. Renewable Energy, v. 135, p. 554-565, 2019.

LEE, J.; LEE, I.; PARK, J.; LEE, K. Efficient upgrading of pyrolysis bio-oil over Ni-based catalysts in supercritical ethanol. Fuel, v. 241, p. 207-217, 2019.

LENG, L.; LI, H.; YUAN, X.; ZHOU, W.; HUANG, H. Bio-oil upgrading by emulsification/microemulsification: A review. Energy, v. 161, p. 214-232, 2018.

LIMA, A. T.; MEIADO, M. V. Effect of hydration and dehydration cycles on Mimosa tenuiflora seeds during germination and initial development. South African Journal of Botany, v. 116, p. 164-167, 2018.

LIU, Z., WANG L., ZHANG, Y., LI, Y., LI, Z., and CAI, H. Cellulose-lignin and xylan- lignin interactions on the formation of lignin-derived phenols in pyrolysis oil. BioRes., v. 12, p. 4958-4971, 2014.

LOO, A. Y.; JAIN, K.; DARAH, I. Antioxidant and radical scavenging activities of the pyroligneous acid from a mangrove plant. Rhizophora apiculata, Food Chemistry, v. 104, p. 300-307, 2007.

MARUMOTO, S.; YAMAMOTO, S. P.; NISHIMURA, H.; ONOMOTO, K.; YATAGAI, M.; YAZAKI, K.; FUJITA, T.; WATANABE, T. Identification of a germicidal compound against picornavirus in bamboo pyroligneous acid. J. Agric. Food. Chem., v. 60 p. 9106– 9111, 2012.

MASCHIO, G.; KOUFOPANOS, C.; LUCCHESI, A. Pyrolysis, a promising route for biomass utilization. Bioresour. Technol., v. 42, p. 219–231, 1992.

MATHEW, S.; ZAKARIA, Z. A. Pyroligneous acid—the smoky acidic liquid from plant biomass. Appl. Microbiol. Biotechnol., v. 99, p. 611–622, 2015.

MATHEW, S.; ZAKARIA, Z. A.; MUSA, N. F. Antioxidant property and chemical profile of pyroligneous acid from pineapple plant waste biomass. Process biochemistry, v. 50, p. 1985- 1992, 2015.

MATHEY, S.; ZAKARIA, Z.; MUSA, F.; NGADIRAN, S.; SUAN, C. Free radical scavenging property and chemical profile of pyroligneous acid from pineapple waste biomass, 5th International Conference on Wellbeing for Biotechnology, p. 1985–1992, 2014.

MEDEIROS, R. M. T.; FIGUEIREDO, A. P. M.; BENÍCIO, T. M. A.; DANTAS, F. P. M.; RIET-CORREA, F. Teratogenicity of Mimosa tenuiflora seeds to pregnant rats. Toxicon, v. 51, p. 316-319, 2008.

MISHRA, R. K.; MOHANTY, K.; WANG, X. Pyrolysis kinetic behavior and Py-GC-MS analysis of waste dahlia flowers into renewable fuel and value-added chemicals. Fuel, v. 260, 2020.

MUNGKUNKAMCHAO, T.; KESMALA, T.; PIMRATCH, S.; TOOMSAN, B.; JOTHITYANGKOON, D. Wood vinegar and fermented bioextracts: natural products to enhance growth and yield of tomato (solanum lycopersicum L.), Scientia Horticulturae, v. 154, p; 66–72, 2013.

MURWANASHYAKA, J. N.; PAKDEL, H.; ROY, C. Step-wise and one-step vacuum pyrolysis of birch-derived biomass to monitor the evolution of phenols. J. Anal. Appl. Pyrolysis, v. 60, p. 219–231, 2001.

MYTHILI, R.; VENKATACHALAM, P.; SUBRAMANIAN, P. UMA, D. Characterization of bioresidues for biooil production through pyrolysis. Bioresour. Technol., v. 138, p. 71-78, 2013.

NEVES, D.; THUNMAN, H.; MATOS, A.; TARELHO, L.; GÓMEZ-BAREA, A. Characterization and prediction of biomass pyrolysis products. Progress in Energy and Combustion Science, v. 37, p. 611-630, 2011.

NHUCHHEN, D. R.; AFZAL, M. T.; DREISE, T.; SALEMA, A. A. Characteristics of biochar and bio-oil produced from wood pellets pyrolysis using a bench scale fixed bed, microwave reactor. Biomass and Bioenergy, v. 119, p. 293-303, 2018.

OMULO, G.; WILLETT, S.; SEAY, J.; BANADDA, N.; KABENGE, I.; ZZIWA, A.; KIGGUNDU, N. Characterization of Slow Pyrolysis Wood Vinegar and Tar from Banana Wastes Biomass as Potential Organic Pesticides. Journal of Sustainable Development, v. 10, p. 81-92, 2017.

ÖZBAY, G.; AYRILMIS, N. Bonding performance of wood bonded with adhesive mixtures composed of phenol-formaldehyde and bio-oil. Industrial Crops and Products, v. 66, p. 68- 72, 2015.

PRADHAN, P.; MAHAJANI, S. M.; ARORA, A. Production and utilization of fuel pellets from biomass: A review. Fuel Processing Technology 2018;181:215-232.

PRASAD, S.; SINGH, A.; JOSHI, H. C. Ethanol as an alternative fuel from agricultural, industrial and urban residues. Resour. Conserv. Recycl, v. 50, p. 1-39, 2007.

PRINS, M. J.; PTASINSKI, K. J.; JANSSEN, F. J. J. G. Torrefaction of wood: Part 1. Weight loss kinetics. J. Anal. Appl. Pyrolysis, v. 77, p. 28-34, 2006.

QUEIROZ, L. P. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 2009.

REDDY, R. B.; VINU, R. Feedstock characterization for pyrolysis and gasification. Energy, Environment, and Sustainability, p. 3-36, 2017.

RONSSE, F.; NACHENIUS, R. W.; PRINS, W. Carbonization of Biomass. Recent advances in thermochemical conversion of biomass. Amsterdam, The Netherlands: Elsevier. (p. 293- 324), 2015.

SAVOVA, D.; APAK, E.; EKINCI, E.; YARDIM, F.; PETROV, N.; BUDINOVA, T.; RAZVIGOROVA, M.; MINKOVA, V. Biomass conversion to carbon adsorbents and gas. Biomass Bioenergy, v. 21, p. 133-142, 2001.

SELLIN, N.; KROHL, D. R.; MARANGONI, C.; SOUZA, O. Souza. Oxidative fast pyrolysis of banana leaves in fluidized bed reactor. Renew. Energy, v. 96, p. 56-64, 2016.

SILVA, J. E.; CALIXTO, G. Q.; ALMEIDA, C. C.; MELO, D. M. A.; MELO, M. A. F.; FREITAS, J. C. O.; BRAGA, R. M. Energy potential and thermogravimetric study of pyrolysis kinetics of biomass wastes. Journal of Thermal Analysis and Calorimetry. In Press, 2019.

SILVA, R. V. S.; PEREIRA, V. B.; STELZER, K. T.; ALMEIDA, T. A.; ROMEIRO, G. A.; AZEVEDO, D. A. Comprehensive study of the liquid products from slow pyrolysis of crambe

seeds: Bio-oil and organic compounds of the aqueous phase. Biomass and Bioenergy, v. 123, p.78-88, 2019.

SOUZA, J. B. G.; RÉ-POPPI, N.; RAPOSO JR, J. L. Characterization of pyroligneous acid used in agriculture by gas chromatography-mass spectrometry. J. Braz. Chem. Soc., v. 23, p. 610–617, 2012.

SOUZA, J. B.G.; RE-POPPI, N.; RAPOSO JR., J. L. Characterization of pyroligneous acid used in agriculture by gas chromatography-mass spectrometry. J. Braz. Chem. Soc., v. 23, n. 4, p. 610-617, 2012.

SPEIGHT, J. G. (2005) Handbook of coal analysis. Wiley Interscience, New Jersey.

STAMATOV, V.; HONNERY, D.; SORIA, J. Combustion properties of slow pyrolysis bio- oil produced from indigenous Australian species. Renew. Energy, v. 31, p. 2108-2121, 2006. SURESH, G.; PAKDEL, H.; ROUISSI, T.; BRAR, S. K.; FLISS, I.; ROY, C. In vitro evaluation of antimicrobial efficacy of pyroligneous acid from softwood mixture. Biotechnology Research and Innovation, In Press, 2019.

VALENCIA-GÓMEZ, L. E.; MARTEL-ESTRADA, S. A.; VARGAS-REQUENA, C.; RIVERA-ARMENTA, J. L.; ALBA-BAENA, NOE.; RODRÍGUEZ-GONZÁLEZ, C.; OLIVAS-ARMENDARÍZ, I. Chitosan/Mimosa tenuiflora films as potential celullar patch for skin regeneration. International Journal of Biological Macromolecules, v. 93, p. 1217-1225, 2016.

VAN DE VELDEN, M.; BAEYENS, J.; BREMS, A.; JANSSENS, B.; DEWIL, R. Fundamentals, kinetics and endothermicity of the biomass pyrolysis reaction. Renew. Energy, v. 35, p. 232-242, 2010.

VAN DER STELT, M. J. C.; GERHAUSER, H.; KIEL, J. H. A.; PTASINSKI, K. J. Biomass upgrading by torrefaction for the production of biofuels: a review. Biomass bioenergy, v. 35, p. 3748-3762, 2011.

VELMURUGAN, N.; HAN, S.; LEE, Y. Antifungal activity of neutralized wood vinegar with water extracts of Pinus densiflora and Quercus serrata saw dusts. Int. J. Environ. Res., v. 3, p. 167–176, 2009.

VILLARREAL, M. L.; ROJAS, G.; MECKES, M.; NICASIO, P. Studies on Mimosa tenuiflora callus culture. Interaction of kinetin and 2,4-dichlorophenoxy acetic acid in initiation and growth. Biotechnol. Lett. v. 15 p. 271, 1993.

WANG, H.; WANG, J.; WANG, C.; ZHANG, W.; LIU, J.; DAI, B. Effect of bamboo vinegar as an antibiotic alternative on growth performance and fecal bacterial communities of weaned piglets. Livest. Sci., v. 144, p. 173–180, 2012.

WEI, Q.; MA, X.; DONG, J. Preparation, chemical constituents and antimicrobial activity of pyroligneous acids from walnut tree branches. J. Anal. Appl. Pyrolysis, v. 87, p. 24–28, 2010. WEI, Q.; MA, X.; ZHAO, Z.; ZHANG, S.; LIU, S. Antioxidant activities and chemical profiles of pyroligneous acids from walnut shell. J. Anal. Appl. Pyrolysis, v. 88, p. 149–154, 2010.

XIN, X.; PANG, S.; MERCADER, F. M.; TORR, K. M. The effect of biomass pretreatment on catalytic pyrolysis product of pine wood by Py-GC/MS and principal component analysis. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, v. 139, p. 145-153, 2019.

YIN, L. Isolation and Characterization of Antioxidant Compounds from Pyroligneous Acid of Rhizophora Apiculata. Ph. D. Thesis Universiti Sains Malaysia, Penang, Malaysia, 2008.

YORGUN, S.; YILIDZ, D. Slow pyrolysis of paulownia wood: Effects of pyrolysis parameters on product yields and bio-oil characterization. Journal of Analytical and Applied Pyrolysis, v. 114, p. 68-78, 2015.

ZHAO, C.; JIANG, E.; CHEN, A. Volatile production from pyrolysis of cellulose, hemicellulose and lignin. Journal of the Energy Institute, v. 90, p. 902-913, 2017.

ZHANG, Z.; LU, Q.; YE, X.; LI, W.; HU, B.; DONG, C. Production of phenolic-rich bio-oil from catalytic fast pyrolysis of biomass using magnetic solid base catalyst. Energy conversion and Management, v. 106, p. 1309-1317, 2015.

ZULKARAMI, B.; ASHRAFUZZAMAN, M.; HUSNI, M.; ISMAIL, M. R. Effect of pyroligneous acid on growth, yield and quality improvement of rockmelon in soilless culture. Aust. J. Crop Sci., v. 5, p. 1508, 2011.

Documentos relacionados