• Nenhum resultado encontrado

Serão apres ent ados e disc uti dos os res ult ados dos ens aios realiz ados, de caract eriz ação geológi ca, análi se pet rográfi ca, í ndi ces fís icos e medi ção colorim étri ca das amost ras do m aterial em estudo, di orito -gabrói de.

Oportuno regis trar que a área , objeto de anális e deste t rabal ho , est á requerida junto ao Departam ento Naci onal de P esquis a M ineral – DNPM . O aut or, em cont ato com os tit ulares responsáveis pela pesquis a do bem mi neral junto a est e órgão , foi inform ado a res peit o do nom e sugerido para o us o com erci al do litot ipo ora em pes qui sa, estan do res ervado o nome Preto R o ya l para sua utiliz ação comercial quando este est iver dis poni biliz ado ao mercado.

Port ant o s erá adot ado s ugestivam ent e o nom e P ret o Ro yal para o mat eri al pétreo objet o dest e t rabalho.

13.1. PE TRO GRÁFICA

A petrografi a indi cou informações quant o à nat ureza, mineralogi a, textura e cl assi fi cação da rocha, enfatizando as fei ções que possam ocasionar futuras im perfeições no m at eri al e com prom eti mentos para sua resistência mecânica, fat ores li mitadores para seu uso e fa t ores que alt erem s ua est éti ca.

A rocha estudada está ins erida no cam po pet rográfico de di orit o - gabrói de. A granul omet ri a apresent ou het erogeneidade s ubmilim ét ri ca a milimét ri ca e os m inerais presentes são predominant em ent e pl agiocl ási os , calco-sódi cas e de composi ção ferrom agnesi anos.

Os pl agi ocl ási os s ão ident ifi cados pela cor cinza esbranqui çada e os ferro -magnesi anos s ão de cor escura, podendo s er identi fi cados pelas fot os das lâminas ou de seção del gada (F i g.23, p.69), repres ent adas na fi cha de anális e petrográfi ca (Fi g. 22, p.69).

A micros copi a perm ite identi fi car os pl agi ocl ási os na rel ação do conteúdo m ais s ódi co ou cálcico. A compos ição m ais cál ci ca na m aiori a desses mi nerais félsi cos repercut e na perspecti va de carbonat ação result ando no m elhor fe cham ent o de bril ho i sto é, homogeneidade e i nt ensidade .

A rara ocorrênci a de quartzo torna a rocha m enos abrasi va , m as também lhe confere baixa absorção de umidade.

Quanto aos máfi cos, a ocorrênci a na cor es verdeada s ob luz pol ariz ada, observada ao micro scópio com os ni cóis paral elos, traduz com posi ção mais magnes iana, o que res ult a em m enor alt erabilidade, sobret udo em s uperfí ci es expost as em áreas externas.

“M at eriai s pét reos com granulom et ri a mais fina, submilim étrica, desdobram mai or resist ênci a à co mpress ão, afora m aior alterabili dade, incl usive para os mi nerais es senci ai s, no cas o especí fi co das rochas gabróides ou m esmo diorit ói des , cuj a composi ção envolve m aior pres ença de plagiocl ásios e minerais ferrom agnesianos, sobret udo mi cas, anfibólios e piroxênios. ” (Santos , 2012) .

A granolum et ria fina do mat eri al pét reo estudado, submil imétri ca a milimét ri ca, fortal ece a re sist ênci a à compress ão e, um a v ez que s ej a com provada pelos ensai os, permit e a sua uti lização para revestim ent o de pisos, com as limit ações impost as pel a presença de umidade (Fi g.25, p.70).

A aparênci a e t extura heterogranul ar podem ser bem exploradas quando o pl ano proj etual de apl icação recom ende o mat eri al de cor es cura (tonali dade sóbria) para revestim ento visando otimizar o confort o ambi ent al .

As rochas escuras , com predominânci a de m inerais ferro - magnes ianos , sofrem fort es limi tações para apli cação em áreas m olhadas (s ecagem e molhagem), como cozinhas e banhei ros, devi do à sus ceptibilidade às alt erações, tanto por oxidação com o por hi drat ação vi a hidrólis e . Cont udo, reco menda-se a imperm eabi lização do m at eri al quando est e for aplicado em ambi ent es úmi dos .

Figura 22 - Ficha de Análise Petrográfica do “Granito” Preto Royal Denominação comercial: Preto

Royal ou Preto Pombal

Procedência:

Sítio Trincheira. Pombal-PB

Amostras: PR ou PP Descrição Macroscópica:

Rocha de cor escura, de aparência heterogranular fina, minerais dominantemente submilimétricos, de granulação fina, mas formando agregados com até 5mm.. A rocha varia na composição relativa máficos : félsicos, entre razões 3:2 a 2:3. Há presença de opacos, mais rara. Estruturalmente há tênue foliação, sem indício, aparentemente, de deformação rúptil.Os félsicos são essencialmente plagioclásios enquanto entre os máficos se destacam micas, anfibólios e piroxênios, citadas em ordem decrescente de abundância aparente.

Apresenta um aspecto homogêneo, quanto à cor, mas a textura apresenta discreta anisotropia. Descrição Microscópica

Rica em minerais ferro-magnesianos (cerca de 45 a 65%), contendo até 6% de opacos.

Os plagioclásios constituem 55 a 35% do volume da rocha e os mais cedo- cristalizados, mais automórficos, são labradoritas (0,200mm x 0,130mm), com até 62% de anortita, mais cálcicos portanto, o que confere à rocha uma origem gabróide. Todavia, predominam andesínas cálcicas (0,875mm x 1,750mm) com cerca de 47% até 35% de anortita, cujos indivíduos são geminados segundo as leis tipos albita-carlsbad e albita, e mais oligoclásios sódicos (1,000mm x 0,375mm) com 12% de anortita. O significado é que o ambiente de formação da rocha envolveu o aumento do conteúdo em sódio no magma, resultando em rocha diorito- gabróide.

Os piroxênios são os menores cristais dentre os máficos [(0,500mm x 0,375mm) a 0,750mm x 0,750mm)].enquanto as biotitas (1,250mm x 2,000mm), magnesianas ou ferríferas, geralmente expressam a foliação, sem indício de deformação frágil a rúptil.

A composição magnesiana dos minerais máficos é expressa pela cor esverdeada, inclusive com variação de tonalidades (pleocróismo), mais freqüente em micas e anfibólios. Há, inclusive, piroxênio magnesiano.

A composição ferrífera se materializa nos cristais pelas tonalidades de cor marrom clara a escura e avermelhada.

Os opacos, acessórios mais freqüentes variam desde (0,250mm x 0,500mm) a (0,250mm x 0,250mm). Não há indícios de manchas.

Há indícios de saussurita ( epidoto mais carbonato) e carbonatação nos plagioclásios mais cálcicos, dado que deve repercutir no brilho mais homogêneo da chapa polida.

Análise Textural: heterogranular, de granulação fina, com minerais de tamanhosupra a submilimétrico.Há ordem de cristalização dos minerais, em que as micas são mais tardi- cristalizadas, o que sugere aumento na mobilidade do magma pela presença da água, pois micas são mais hidratados. Daí as possibilidades de corpos com forma de diques. Fator químico interferente na mobilidade do magma foi o aumento no conteúdo em sódio dos

plagioclásios mais tardios, dado que suscita alterabilidade natural naquele mineral . Análise estrutural: Há foliação melhor materializada pelas micas, conferindo à rocha discreta anisotropia, com todas as repercussões nas aplicações da rocha.

Minerais Essenciais: Plagioclásio cálcico [andesina a labradorita(</=mm)]

subordinadamente oligoclásio a andesina (menos cálcio); piroxênio, anfibólio magnesiano e biotitas magnesiana e ferrífera

Minerais Acessórios: opacos epidotos e alterações destacando-se carbonatação. Mineralogia Secundária (alterações): óxido de ferro, carbonatos

Sumário da Descrição Microscopica:

Análise Modal: Ferro magnesianos (40 a 60%) Plagioclásios (55% a 35%) Acessórios (5%)

Plagioclásios Anfibólio Piroxênio Biotita Outros: (< 5%)

Opacos, Epidoto, Carbonato Cloritas magnesiana e ferrífera. Andesinas, Oligoclásio e Labradorita Hornblenda magnesiaana (20 a 15% ) Enstatita ( 5 a 5%) Magnesiana (20 % a 30%)

Tipo de Contato (%) Grau de Microfissuramento:

Côncavo-convexo e/ou interlobado

Poligonal Serrilhado e/ou Reto Índice de Coloração Índice de Quartzo 10% 80% 10% 0 % F o nt e : P r o f º . D r . E ve n i l d o B e z e r r a d e M e l o - D e p a r t a me n t o d e G e o l o g i a , U F P E . . Bt Pl Pl Pl Bt Op Op Op Px Px Px Anf 0 0,1 0,2 0,3 0,4 mm( ) Figura 23 - I ma ge m d e i nc l u s õ e s d e mi n e r a i s o p a c o s ( O p ) , p o d e nd o s e r ó x i d o d e f e r r o , p i r o xê ni o ( P x) , a n f i b ó l i o ( A n f) e b i o t i t a ( B t ) . ( n i c ó i s / / e ni c ó i s # ) ( 4 x ) . F o nt e : A u t o r , 2 0 1 3 .

L e g e n d a – 1 a Q u a r t z o l i t o ; 1 b – G r a ni t ó i d e r i c o e m q ua r t z o ; 2 – gr a n i t o a l c a l i no ; 3 ª – S i e n o G r a ni t o ; 3 b – M o nz o G r a n i t o ; 4 – G r a no d i o r i t o ; 5 -T o na l i t o ; 6 * - A l c a l i -F e l d s p a t o S i e n i t o ; 7 * - Q ua r t z o S i e n i t o ; 7 = S i e n i t o ; 8 * - Q ua r t z o M o n z o ni t o / Q ua r t z o mo n z o ni t o ; 8 – mo nz o n i t o ; 9 * Q ua r t z o M o n z d i o r i t o / Q u a r t z o M o nz o g a b r o ; 9 – M o n z o ni t o / M o n z o ga b r o ; 1 0 * - Q ua r t z o D i o r i t o / Q ua r t z o G a b r o ; 1 0 – D i o r i t o / G a b r o . F i g u r a 2 4 - T r i â n g u l o d e S t r e i c ke i s e n, a p r e s e nt a nd o c l a s s i fi c a ç ã o ma t e r i a l p é t r e o e s t ud a d o . F o nt e : S a n t o s , 2 0 1 2 . L e g e n d a - 1 = n. e ; 2 = P i s o s s e c o s ; 3 = M o ve i s e d e c o r a ç õ e s ; 4 = R e v e s t i me n t o s e x t e r no s e a mb i e n t e s ú mi d o s ; 5 = R e v e s t i me n t o i nt e r no e e x t e r no ; 6 = R e ve s t i me n t o i n t e r no ( p a r e d e s ) . F i g u r a 2 5 - T r i â n g u l o a p r e s e nt a nd o i nd i c a ç õ e s d e us o p a r a o s ma t e r i a i s p é t r e o s . F o nt e : M e l o ( 2 0 0 2 ) i n S a n t o s ( 2 0 1 2 ) . Posição do material pétreo estudado