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Estética e funcionalidade na aplicação do granito preto da Região do Pombal-PB

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Academic year: 2021

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CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

ENGENHARIA MINERAL

JARBAS DA SILVEIRA COELHO SARMENTO FILHO

ESTÉTICA E FUNCIONALIDADE NA APLICAÇÃO DO GRANITO PRETO DA REGIÃO DE POMBAL - PB

RECIFE 2013

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Arquiteto Urbanista, Universidade da Amazônia - UNAMA. 2005.

ESTÉTICA E FUNCIONALIDADE DO GRANITO PRETO DA REGIÃO DE POMBAL - PB

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do Titulo de Mestre em Engenharia Mineral, na área de concentração de Rochas Ornamentais, ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Orientador: Professor Dr. Evenildo Bezerra de Melo

Coorientador: Professor Dr. Júlio César de Souza

Recife 2013

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Catalogação na fonte

Bibliotecária: Rosineide Mesquita Gonçalves Luz / CRB4-1361 (BCTG)

S246e Sarmento Filho, Jarbas da Silveira Coelho.

Estética e funcionalidade na aplicação do granito preto da Região do Pombal-PB / Jarbas da Silveira Coelho Sarmento Filho. – Recife: O Autor, 2013.

131f., il., figs., gráfs., tabs.

Orientador: Prof. Dr. Evenildo Bezerra de Melo. Coorietador: Prof. Dr. Júlio César de Souza.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CTG. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral - PPGEMinas, 2 2013.

Inclui Referências Bibliográficas.

1. Engenharia Mineral. 2. Rocha Ornamental. 3. Diorito-Gabróide . 4. Estética. 5. Granito Preto. 6. Bilho das Rochas. 7. Colorimetria. II. Melo, Evenildo Bezerra de (Orientador). II. Souza, Júlio Cézar de (Coorientador). III. Título.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MINERAL PARECER DA COMISSÃO EXAMINADORA

DEFESA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE Jarbas da Silveira Coelho Sarmento Filho

ESTÉTICA E FUNCIONALIDADE DO GRANITO PRETO DA REGIÃO DE POMBAL - PB.

Área de concentração rochas ornamentais

A comissão examinadora composta pelos professores abaixo sob a presidência do Profº. Dr. Evenildo Bezerra de Melo Examinador Interno considera o candidato,

JARBAS DA SILVEIRA COELHO SARMENTO FILHO, aprovado. Recife, 27 de junho de 2013.

Dr. Evenildo Bezerra de Melo Orientador

Drª. Lucila Ester Prado Borges Examinador Externo

Drª. Risale Neves de Almeida Examinador Externo Dr. Júlio César de Souza Examinador Interno

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AGRADECIMENTOS

Ao DEUS Alt íssim o agradeço pel a vida e por todas as Bênçãos Cel esti ais em Crist o J esus. Agradeço ainda pel a oportuni dade de al cançar mais est a et apa em minha caminhada, por m e perm iti r compartilhar conhecim entos e experi ências cientí ficas c om a comunidade acadêmi ca e profis sional , assim t ambém com todos os que s e int eres s arem pel o t em a.

Agradeço a os meus pais , pelo estím ulo, pelo apoio e am or, especi alm ent e a mi nha mãe.

Agradeço ao Profº. Dr. Evenil do Bez erra de M el o, ao Prof º. Dr. J ulio Cesar de Souz a, pel a ori ent ação, paci ência e pel a li berdade d e cri ação e desenvol vimento des sa Diss ert ação de Mestrado.

A todos os Profess ores da Pós -Graduação em Engenhari a Mineral e de Geologia que contri buí ram com s eus conhecim entos para engrandecer o trabalho.

Aos ami gos, MS c. Gerl ani a Brasi liana de Arruda, MS c. Renat a Barrêto S ant os , MSc. Vanildo M endes , p el a amizade, incenti vo e contri bui ções.

A todos os funcionários da Universidade Federal de P ernambuco, especi alm ent e Edna Mari a Arauj o dos Sant os e Vol eide Barros Ferrei ra Gom es.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ní vel S uperio r (CAP ES), agradeço pelo incenti vo e apoio fi nancei ro como bolsis ta no período em que esti ve curs ando o Mest rado em Engenhari a M ineral - UFP E.

Enfim agradeço a todos os ami gos que acreditaram e contri buíram para o desenvolvim ento e concl usão dest a Diss ertação de M es trado.

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“No princípio Deus criou os céus e a terra”... “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom.” (Gênesis 1:1; 31)

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Mapa de acesso – vias de escoamento... 26

Figura 2 Escala Mohs... 34

Figura 3 1)Politriz de mesa; 2)Politriz multicabeças... 38

Figura 4 Rebolos abrasivos para polimento... 39

Figura 5 Espectro visível resultante da incidência da luz ... 43

Figura 6 Representação das variáveis existentes no sistema Munsell. 1)Matiz; 2a)Valor; 2b)Croma... 45

Figura 7 Variação do matiz vermelho no sistema Munsell (1) e sólido de Munsell (2)... 45

Figura 8 Mapa geológico... 49

Figura 9 Detalhe de fratura... 51

Figura 10 Detalhe de maciço diorito-gabróide... 52

Figura 11 Localização dos blocos de partição nos pontos (1), (2), (3), (4), (10), (11) e (12)... 53

Figura 12 Microscópio óptico de luz transmitida... 55

Figura 13 Lâmina petrográfica vista de microscópio de luz transmitida... 55

Figura 14 Lâmina de seção delgada para análise petrográfica... 55

Figura 15 1) Estufa ventilada; 2) Balança para pesagem de amostras secas e saturadas; 3) Balança Hidrostática para pesagem de amostras submersas... 57

Figura 16 Prensa Hidráulica utilizada no ensaio de Compressão Uniaxial Simples... 59

Figura 17 Prensa hidráulica utilizada no ensaio... 61

Figura 18 Equipamento de ensaio Amsler... 62

Figura 19 Reagentes utilizados no ensaio de alterabilidade... 63

Figura 20 Seqüencia de pontos medidos nas amostras... 65

Figura 21 Espectrofotômetro BYK... 66

Figura 22 Ficha de análise petrográfica... 68

Figura 23 Imagem de inclusões de minerais opacos... 69

Figura 24 Triangulo de Streickeisen... 70

Figura 25 Triangulo indicador de materiais pétreos... 70

Figura 26 Média dos valores da massa específica seca... 71

Figura 27 Média dos valores da porosidade e absorção de água... 72

Figura 28 Valores médios da compressão... 73

Figura 29 Valores médios de desgaste Amsler... 75

Figura 30 Organização de amostras(quadro)... 76

Figura 31 Organização de grupos/amostras/reagentes... 79

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 Perfil histórico... 28

Gráfico 02 Principais países exportadores x participação mundial... 28

Gráfico 03 Produção brasileira x tipo de rocha... 29

Gráfico 04 Evolução da produção brasileira/ mercado... 29

Gráfico 05 Relação de massa específica... 71

Gráfico 06 Relação de porosidade... 72

Gráfico 07 Relação de Valores Médios de Compressão Uniaxial... 74

Gráfico 08 Relação de Valores Médios de Desgaste Amsler... 75

Gráfico 09 Média de Brilho/ Tempo de Ataque... 76

Gráfico 10 Variação de Brilho/ Tempo de Ataque... 77

Gráficos (11-16) Amostra P01 – Curva Espectral – Inicial a 50 dias (Detergente)... 85

Gráficos (17-22) Amostra P01 – Sistema Colorimétrico - Inicial a 50 dias (Detergente)... 86

Gráficos (23-28) Amostra P01 – Índice de Brilho – Inicial a 50 dias (Detergente)... 87

Gráficos (29-34) Amostra P02 – Curva Espectral – Inicial a 50 dias (Detergente)... 93

Gráficos (35-40) Amostra P02 – Sistema Colorimétrico – Inicial a 50 dias (Detergente).. 94

Gráficos (41-46) Amostra P02 – Índice de Brilho – Inicial a 50 dias (Detergente)... 95

Gráficos (47-52) Amostra P03 – Curva Espectral – Inicial a 50 dias (Multiuso)... 100

Gráficos (53-58) Amostra P03 – Sistema Colorimétrico – Inicial a 50 dias (Multiuso)... 101

Gráficos (59-64) Amostra P03 – Índice de Brilho – Inicial a 50 dias (Multiuso)... 102

Gráficos (65-70) Amostra P04 – Curva Espectral – Inicial a 50 dias (Multiuso)... 107

Gráficos (71-76) Amostra P04 – Sistema Colorimétrico – Inicial a 50 dias (Multiuso)... 108

Gráficos (77-82) Amostra P04 – Índice de Brilho – Inicial a 50 dias (Multiuso)... 109

Gráficos (83-88) Amostra P05 – Curva Espectral – Inicial a 50 dias (Água sanitária)... 114

Gráficos (89-94) Amostra P05 – Sistema Colorimétrico – Inicial a 50 dias (Água sanit.).. 115

Gráficos (95-99) Amostra P05 – Índice de Brilho – Inicial a 50 dias (Água sanitária)... 116

Gráficos (100-105) Amotra P06 - Curva Espectral – Inicial a 50 dias (Água sanitária)... 121

Gráficos (106-111) Amostra P06 - Sistema Colorimétrico – Inicial a 50 dias (Água sanit.).. 122

Gráficos (112-116) Amostra P06- Índice de Brilho – Inicial a 50 dias (Água sanitária)... 123

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS A ,B, e D65 - Iluminantes Padrões

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas +a* - Variação para Vermelho

- a* - Variação para Verde +b* - Variação para Amarelo -b* - Variação para Azul

Bt - Biotita

C - Saturação (croma)

CIE - Commission Internationationale d’Eclairage – Comissão

Internacional de Iluminação

CMC - Comitê de Medição de Cor da Sociedade de tingidores e colorista da Inglaterra.

f - Frequência

h - Ângulo de Tonalidade (ângulo de matiz) L* - Luminosidade

L*, a* e b* - Coordenadas no sistema CIELAB

v - Velocidade

λ - Comprimento de Onda

ab - Diferença de cor no sistema CIELAB

KN - Kilo Newton

MPa - Mega Pascal

nm - Nanômetro

N.e - Não especificado NBR - Normas Brasileiras Nicóis // - Nicóis paralelos Nicóis + - Nicóis cruzados Op - Minerais opacos Pl - Plagioclásio Px Bi- - Piroxênio - Biotita R - Índice de reflexão R, G, e B - Cores primárias T - Período

X, Y, e Z - Valores do sistema CIE XYZ 1931

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RESUMO

Est e trabal ho diss ert a , à l uz da est éti ca , sobre fatores pertinentes às especi fici dades do mat eri al em estudo, abordando um di reci onamento para a otimização de sua aplicação ornam ental nos diferentes usos , mais ou m enos sus ceptíveis à alt erabilidade. Trat a-se de tipo pet rográfi co diorito -gabróide, ocorrent e no Sítio Trinchei ra , muni cípio de Pombal – PB, o qual é investi gado com bas e nas observações de campo e l aborat óri o , dest acando o bloco de parti ção, que permit e ant evisão da anisot ropia da rocha . Out ros sim, na expectativa da maior ou m enor susceptibili dade à oxidação ou hidratação nos l ocai s de apl icação, enfatiz a -se análi se das característ icas mineral ógi cas, texturais e estruturai s, macros cópicas e m icros cópicas da rocha, vi sando à sua reprodut ibili dade , fator import ant e na escol ha e adequação para o s eu us o otimizado. P artindo do conhecim ent o de que a alt erabili dade vari a em função da granulomet ri a e do conteúdo quími co da fórmula mol ecular dos minerais ess enci ais e acess órios da rocha, analisaram -s e e u tilizaram -s e m edi das de refl et ânci as nos di ferent es es pect ros de cores e no bri lho , o s quais perm item suspeit ar e identi fi car potenci al de alterabilidade , em anal ogi a com a com posi ção s upracit ada e a t extura pet rográfi ca, s empre na pers pecti va da est éti ca. O brilho diminuiu após o at aque quími co, todavi a os índi ces de diminui ção foram notadam ente mai ores após o at aque do reagente águ a sani tári a, em rel ação aos result ados de alt eração pelo at aque dos reagentes multius o e det ergent e. A t extura da rocha revelo u que a pres ença de fis suras, embora esparsa, foi condi ção cont ribuint e com a acentuação da alt erabi lidade. Na escal a de i nvesti gação mi cros cópi ca, confi rm a -s e uma compos ição ess enci alm ent e cál ci ca dos mi nerais incol ores e mai s m agnes iana dos minerai s col ori dos , s endo o prim ei ro fator contributivo à boa quali dade do brilho ori ginal, enquanto o segundo fator inibe a alt erabilidade. Finalm ente a anisot ropi a i ndi cada pel o bl oco de part ição da rocha m ost rou -se extensiva para a es cal a micros cópica e permit e adi c ionai s aprovei tam entos de paginação de pl acas por ocasi ão de projet o e planej am ento de utilização.

Palavras -ch ave: R ocha Ornament al ; Diorito -Gabróide; Estéti ca; Grani t o preto; Bri lho das rochas; Col orim et ri a.

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ABSTRACT

This work ex amines in the l i ght of aestheti cs on rel evant factors t o the s peci fi citi es of t he m at erial under st ud y, addres sing a di recti on for the optimiz ation of it s ornam ent al appl icati on in di fferent us es , more or less , sus ceptibl e t o alterabilit y. Thi s is a diorit e -gabbroid t ype occ urri ng at Sit e Tri nchei ra, m uni cipalit y of Pombal - PB. Which is i nves ti gat ed bas ed on laborator y and fi el d obs ervations, hi ghli ghti ng t he partit ion block that enabl es to previ ew the anis otrop y of rock. Furtherm ore, i n expect ation of greater or les ser susc epti bilit y t o oxidati on or h ydrati on in application places , emphas izes anal ys i s of mi neralogical, textural and s tructural features, macros copi c and mi cros copi c of the rock, aim ing a it s reproducibil it y an important factor in the choi ce and sui tabil it y for the opt i mization of the mat eri al . It starti ng from the knowledge that the alt erabilit y vari es dependi ng on the parti cl e s ize and chemical cont ent of mol ecul ar form ula of ess enti al and access or y m inerals of the rock, refl ectance m eas urem ents were anal yz ed in different col or s pectrum and in bri ght nes s, which all ows i dentifi cation of alt erabi lit y pot enti al in analogy with the petrographi c com positi on and texture m ent ioned above, al wa ys i n the perspective of aest heti c qual it y. The bri ghtness decreas es when it u s es bleach as reagent in rel ati on to the resul ts of multi purpose reagents and det ergent. The t exture of the rock reveal ed that the pres ence of cracks, al though s parse, was contributi ng condition wit h the accent uation of the alt erabi lit y. On the scal e of mi cros copi c examinati on, it confi rm ed a com pos ition essenti all y col orl ess of the cal cium mineral an d magnes ium mi nerals more col orful . The first being cont ribut or y factor to t he good qualit y of the ori ginal bri ghtness, whil e the s econd factor inhibits t he alt erabi lit y. Finall y, indi cat ed b y t he partition block the ani sotrop y of rock has extended to microscopi c scal e and all owed additi onal pagi ng pot enti als of plat es on the desi gn and use pl anni ng.

Keywords: R ock; Ornam ent; Di orit e -gabbroid; Aes theti cs; Bl ac k granit e; Glow rocks; Colorimetr y.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO... 14

2. ROCHAS... 16

2.1. Tipos de Rochas... 17

2.2. Rocha Ornamental... 18

2.3. Tipos de Rochas Ornamentais... 20

2.4. Tipos de Explotação... 22

2.5. 3. Tipos de Exploração ou Lavra... LOCALIZAÇÃO DA ÁREA... 23 25 4. PANORAMA MUNDIAL DO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS... 26

5. 5.1. ESTÉTIC A... Est ética , Qualidade Artí sti ca e a Arquit etura ... 30 30 5.2. Estética e o Brilho nas Rochas Ornamentais... 31

5.3. Algumas Propriedades dos Minerais e a Estética... 32

5.4. Fatores de Polimento e Estética... 35

6. ÍNDICE DE BRILHO NAS ROCHAS... 36

7. POLIMENTO E LUSTRO NAS ROCHAS ORNAMENTAIS... 36

8. COR... 41

8.1. Compreendendo a Cor... 41

8.2. A Cor nas Rochas... 42

8.3. Colorimetria... 43

8.3.1. Sistemas Colorimétricos... 44

9. MATERIAIS E MÉTODOS EMPREGADOS... 46

10. Caracterização... 47 10.1. 10.2. 10.3. 10.4. 10.5 10.6 11. 12. 13. Dados da Geologia Local... Petrografia... Índices Físicos... Resistência a Compressão Uniaxial... Módulo de Ruptura... Desgaste Amsler... ALTERABILIDADE... MEDIÇÃO DE BRILHO E COR... RESULTADOS E DISCUSSÕES... 47 54 56 58 60 61 62 64 66 13.1. 13.2. Petrografia... Índices Físicos... 66 71 13.3. Compressão Uniaxial... 73 13.4. Desgaste Amsler... 74 14. Resultados de Brilho... 76

15. Análises dos Gráficos Espectrais das Amostras Submetidas ao Ataque Químico... 78

15.1. 15.2. 15.3. Amostra Inicial e Amostras do Grupo I ... Amostra Inicial e Amostras do Grupo II ... Amostra Inicial e Amostras do Grupo III ... 78 96 110 16. CONCLUSÕES... 124

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1. I NTRODUÇÃO

As rochas ornam entai s têm sido amplam ente emprega das na arquit etura e nas artes no decorrer dos séculos. O s eu carát er est éti co e decorativo é enobrecido pelo requint e de sua aparênci a at raente , dado que ass oci ado às suas caract erísti ca s de resis tênci a s e í ndi ces fí s icos adequados , indi cam o mat e ri al com o opção para a apl icaç ão est éti co -funcional na construção civil .

No Brasil exist e um a grande variedade de rochas ornam ent ais co m col orações e ti pologi as diferenciad as, cuj o crom ati smo est á as soci ado com as respectivas compos ições mineralógi cas e te xturais (S OUZA, 2002 ). A utilização de rochas ornam entai s brasi lei ras s egue, aprox imadam ent e, as tendênci as m undi ais para suas apli cações, predom inan do i gualm ent e o us o para reves tim entos na construção civil .

O panoram a favorável aos invest imentos no set o r imobili ári o e da construção apont a uma t endência ao aument o n a dem anda por m ateri ais e insum os do s etor de mineração . Dest a forma, est e fator t em contri buído para o fortalecim ent o da cadei a produt iva de rochas ornament a is, desde a produção de blocos e ch apas, s eu aparelham ento e s ua comerci alização .

É oportuno dest acar que no mei o do process o entre os aportes de investim ent os para o setor de construção civi l e a obra realizada est á o arquit eto, respons ável pel o proj eto, s uas especi fi cações estét icas e fun cionais que, adequadas ao uso, permit em a melhor com posi ção ent re bel eza, harmonia, qualidade e durabilidad e.

Um dos pri ncipais fatores que com promet em a qualidade est ét ica d a rocha no am bient e aplicado é a sua inadequação ao uso , associ ado aos incorretos procedim entos de apli cação.

A princípio , as alt erações apresent adas pel as rochas, quando a inadequada ao uso, incl usive quant o à forma de apli cação, são percebidas soment e at ravés de parâm et ros mi croscópicos . Todavia , posteriorm ent e torna -se perceptível a o olho desarmado e assim é not ada a m udança em s ua

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aparênci a estética, s ej a pel a perda do brilh o (l ust ro), seja pel a alt eração da cor, não raro, at ravés de m ancha .

A corret a recomendação da rocha ornament al no proj eto preveni rá problemas de carát er estéti co e t ambém de ordem tecnológi ca, como perda de resist ênci a m ecâni ca, por exem plo.

Port ant o, o present e trabalho teve como motivação o enfoqu e est éti co versus apli ca ção otim izada, di reci onado ao est udo de um a rocha diorito -gabróide, de col oração ci nza escu ro a pret a, com textura aparentem ente hom ogênea, em bora l evem ent e i nequi granular.

É oport uno es cl arecer que a rocha est udad a ocorre mais explici tam ente no Sí tio Trinchei ra, m uni cípio de Pombal , Estado da P araíba.

1.1. JUSTI FI CATIVA

Est e trabalho s e justi fica pel a bus ca da relação entre a es tét ica (cor , bril ho e t extura) e característ icas do tipo pét reo que desdobrem possívei s mudanças correlaci onáveis com a perda de resist ênci a e out ras propri edades físi cas.

Serão enfocadas alt erações res ult ant es da sus c epti bilidade a at aques quími cos ass oci ados aos índi ces físi cos e de des gast e , direcionadas à apli cabili dade do m at eri al como rocha ornam ent a l e de revest imentos , as quais poss am most rar mudanças de aparênci a e de comprometi mento das característ icas tecnol ó gi cas do m at eri al.

Dess e modo, será possível est abel ecer uma mel hor indi cação de uso, bem como, um comparativo est éti co e de aplicabilidade ent re o diorito -gabrói de, ocorrent e em Pombal - na regi ão s emi -árida do Est ado da Paraíba - e out ro m ateri al de cun ho sem el hante , o Preto S ão Marcos , estudado por Santos (2012), ocorrent e no municí pio de C asserengue, nas vizinhanças do Brejo P arai bano.

Através da det erminação das caract erí sti cas mineral ógi cas , pet rográficas , texturais e quím icas, com o nat ural enfoque di reci onado às

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propri edades t écni cas neces sári as para caract eriz ação de rochas ornam ent ais, bus cou -s e a det ermi nação das carac t erí sticas t ecnol ógi cas ( í ndi ces fí sicos e resist ênci as ) e dos ensai os de suscepti bil idade ao at aque quí mico dest a rocha, focando sua quali fi cação como m ateri al ornam ent al e de revestimento.

1.2. OBJET IVOS

O obj etivo geral do trabal ho é a det erminação de parâm et ros d e fat ores est éti cos que i ndi carão a apli cação ot imizada da rocha em estudo com o m at eri al que poderá s er empregado n a cons trução ci vil.

Assim , rel acionam -se:

i. caract erização dos índices físi cos , de perda de brilho (lus t ro) do m at erial pét reo, no estágio de chapa poli da, à l uz de alt eração com at aques quím icos , as sociado aos ens ai os de des gaste por at rit o e índi ces físi cos ;

ii. identi fi cação dos produt os minerais de alt eração através de suas cores com o uso d o di spositivo col ori mét ri co do equipamento espect rofot ôm etro Color -Guide da BYK;

iii. det erminação das caract erísti cas mi neral ógi cas , texturais e est rut urais da ro cha em est udo ;

iv. correl ação ent re os parâmet ros est éti cos e os índi ces físi cos da rocha.

2. ROCH AS

A As soci ação Brasilei ra de Norm as Técni cas (ABNT), na s ua terminologi a de rochas e solos, NBR 6502 (1995), defi ne rocha como “material sólido, consolida do e constituído por um ou mais minerais, com características físicas e mecânicas específicas para cada tipo”.

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Oportuno regist rar que as norm as da ABNT encont ram -se em processo de revis ão para rochas ornament ais – est ando disponível para consult a públ ica a re visão de termi nologi a.

2.1. TI POS DE RO CHA

A rocha é parte essenci al da cam ada mais ext erna da terra, denominada litos fera, que se encont ra em const ant e trans form ação, caus ada pel as ações da erosão, int emperismo e nas condi ções de alta press ão e tempera tura exist ent e em s eu int erior.

Ess as t rans form ações result am em um ciclo de ori gem das rochas (gênes e), que det ermina s ua form ação e caract erísti cas. Assim, é possível cl assi fi car as rochas em t rês grandes grupos:

 Rochas Ígneas ou Magmáticas: Frascá e Sa rtori (1998) elucidam: “As rochas í gneas , ou m agmáti cas, result am d a solidi fi cação de m at eri al rochos o, parci al a tot alm ent e fundido, denomi nado m agm a, gerado no int erior da crosta terrestre”. São provenientes diretamente da cristalização do magm a fundido em profundidade (int rusi vas ou plut ôni cas) o u através do resfri am ent o rápido do m agm a por mei o das ativi dades vulcânicas (extrus ivas) . S ão exempl os de rochas ígneas os granitos, sienit os, monzonitos, dioritos, gabros, os seus corres pondent es vul câni cos rio li tos , traquitos, andesitos e bas alt os.

 Rochas Sedimentares : são formadas pel a desagregação d e outras rochas, gerando fragm ent os ou clast os, os quais , ao sofrerem compactação e ciment ação, t ransformam -se em rocha novam ent e.

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 Rochas Metamórficas: originam -se da transformação de outras rochas (í gn eas e sedi mentares ) sob alt as condi ções de temperatura e de pressão.

2.2. RO CH A O RNAMENT AL

A Associ ação Brasil eira de Norm as Técnicas (ABNT) define roch a ornam ent al com o um a subst ânci a rochosa nat ural que, s ubm et id a a di ferentes graus de modelam ento ou benefi ci amento, pode s er ut iliz ada com função est éti ca específi ca.

Rocha de revesti mento, por sua vez, é quali fi cada pelo órgão (ABNT, op. cit .) como m at erial rochoso pas sível de des dobram entos e benefi ciamentos di ve rsos com em prego em acabam ent os de superfí ci es de paredes e pisos em const ruções civi s , inclusive dest acando a sua rugosi dade, com o acont ece com o exemplo do api coament o .

Costa et al. (2002) conceitua rocha ornam ent al e de revesti ment o com o tipos lit ológi cos extraí dos em blocos , podendo s er ou não desdobrávei s em chapas , cort ados ou m odel ados em formas diversas e beneficiados através de levi gação, es quadrej am ento, poli mento e lust ro.

Oportuno cham a r a atenção para o fato de que o l evi gament o constitui um a et apa com múlt i pl a utiliz ação de rebol os com c erca de vint e diferentes gramaturas de abrasivo s.

Fi ca pat ent e que qualquer m at erial pét reo natural , s us ceptí vel de extração como bloco e com possibilidades de des dobramentos em chapas , com ou s em benefi ci am e nt o, pode s er considerado potenci alm ent e uma rocha ornam ent al .

Sua import ânci a consist e no us o para a indúst ri a de artes e construção civil, util izada em escala industri al como pl acas de revesti mentos de parede e pi sos para áreas i nterna e ex terna , especifi cad as também para uso em bancadas , em cozinha s e banhei ro s, mobili ári o, ass im como artes funerári as.

(19)

A ampl a apli cabilidade das rochas ornam ent ais está li gada, com maior freqüênci a, à s ua caract erísti ca mineral, textural e/ou est rutural . Contudo, a relaçã o t écni ca necessári a que envol ve o m at eri al pétreo e a sua apli cação não ocorre com o ri gor que se im pli ca um proj eto de qualidade , princi pal mente por serem poucos os est udos de caract erí sti cas e apli cabili dade das rochas ornamentais disponibilizados .

Alm eida (2012) dest aca que os arquit etos tend em a opt ar pel o fato r est éti co (l egítimo no âm bito da criação) , mas que na práti ca não s e sust ent a isol adament e ao longo do t empo da obra, pelo contrário, exem plos e experi ênci as dem ons tram precoce det erioração e co mpromet i ment o do proj eto por falt a de conheci ment o das características t ecnol ógi cas das rochas e su a técni ca apropriada na apli cação, dest a forma i mpli cando prejuízos muit as vez es i rreversí vei s.

Port ant o, atualm ente preval ece o exercício empí ri co por part e dos arquit etos que fazem suas es colhas e n ão especi ficações t écni cas, prioriz ando -se os aspectos parti cul ares de gosto e em s egundo pl ano as caract erí sti cas minerais e tecnológi cas de brilho, dureza e densi dade mineral .

Há apli cações de rochas ornament ai s na form a bruta (“ i n natura ”) , com o pedra de cant aria ou aparel hadas, i sto é, s erradas, levi gadas ou poli das . No uso “in natura” embora possível de ser observado , o brilho natural dos miner ais cede lugar de import ânci a à densidade e à dureza dos minerai s , princi pal mente para o uso específi co em superfí ci es que demandam de asperez a ou rugosi dade como em pi sos de s egurança, com o por exem plo, ram pas e es cadari as .

No uso do m at erial pét reo aparel hado ou benefi ci ado, s ej a s errado, levi gado ou p olido, est e úl tim o ress alt a sua belez a natural i ntensi ficando a importância d o brilho conj unto dos mi nerais es senciai s e aces sóri os.

Oportuno cham ar a atenção que o poli mento c onsi st e em aum ent ar a planaridade da superfí ci e para mel horar a refl etivi dade da luz, cuj a otimização do process o é aferida pelo que se cham a de “fecham ent o” ou intensidade homogeneizada do brilho. Em suma , o l evi gam ent o e o polim ent o envolvem:

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i. des gaste e pulverização superficial da pl aca graças à abrasivi dade de l ixas ou dos “rebolos ” local izados nos cabeçot es das pol itriz es ;

ii. remoção desse pó aos locais com bai xo rel evo para cri ar a planaridade supracit ada.

Dori go ( 2012) diz que o proces so de polim ento de uma roch a ornam ent al s e dá a partir de rebol os (equivalent es de lixas) que realiz am movim ent os circul ar es sobre a superfíci e da chapa. É reali zado através de el ementos abrasivos que vão des gastar a superfí ci e das amostras em um movim ent o de at rito at é que s e chegue ao polim ent o des ej ado.

2.3 T IPOS DE RO CHAS O RNAMENT AIS

Matt os (20 0 2) diz que os principais ti pos de rochas utiliz ados com o ornam ent ais s ão m ármores (rochas m et amórficas carbonáti cas ) e granitos (rocha plutônica). Esta classi ficação que predomina no m ercado, é bast ant e genéri ca, e nem s em pre corresponde à cl assi fi cação corret a da roch a, pois a expressão “granitos” inclui todas as rochas silicáticas, plutônicas ou vul cânicas .

Atualm ent e no Brasi l, est ão s endo expl orados outros tipos pétreos, tais como: met aconglom erados , quart zitos, ardósi as e filitos (rochas met amórficas de ori gem s ed i mentar clástica) e arenit os (rochas s ediment ares cl ásti cas).

2.3.1 GRANITOS

Para o setor de rochas ornam ent ai s o t erm o "granito" desi gna um ampl o conjunto de rochas sil icáti cas, compost as predom inantem ente por quartzo e felds pat o. Abrangem rochas hom ogêneas (granit os, si eni tos, monzonit os, dioritos, charnoquit os, di abásios, basalt os, gabros, et c.) e as

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cham adas "movim entadas " (gnais ses e mi gmatitos ), que s ão produzidas em blocos e uti lizadas , pri ncipalm ent e, em placas e/ou ladrilhos polidos (CH IOD I, 2009) .

2.3. 2 MÁRMORES

Mármores ( “l ato s ensu ”) são as rochas carbon áti cas, incl uindo calcários , dol omitos e seus correspondentes m et amórfi cos que , s imil arm ente, são produzi das em blocos e utilizadas, principalm ent e, e m pl acas e/ou ladrilhos poli dos . São rochas de ori gem sedi mentar, evaporít icas, com pouco ou às vezes, sem teor de quartzo, o que as torna mais “macias” em relação aos granit os e cons eqüentem ent e , m ais susceptí vei s ao des gas te , pois a durez a (resi stência ao ri sco) é s ensi velm ent e menor nos m ármores do que nos granit os (M ATTOS , 2002).

Todavi a, s ua mai or densidade lhe confere maior resist ênci a ao impacto.

2.3.3. MET ACO NGLOMERADOS E Q UART ZITOS

São rochas ori ginadas a part ir de s edim ent os clásti cos, com post as de s eixos e de grãos de areia . Tais constituintes principais , referi dos como seixos e mat riz podem s er compostos por variados ti pos de rochas e fragm entos ou monomineráli cos (M ATTOS, op. cit .).

Os quartzitos s ão rochas m et amórfi cas ori ginadas de arenit os (s edim ent os cl ásti cos endurecid os pela cim ent ação nat ural ), t êm um a est rut ura m ais coes a e s ão bast ante utiliz ados em reves tim ento (MATTOS, op. cit.).

Possuem abrasi vidade, m as deixam a desej ar quanto à resist ênci a a o impacto, graças à pres ença dominant e do quartz o.

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2.3.4. PEDRAS NAT URAIS

Est a denomi nação é usada pel o mercado para as rochas geral ment e utilizadas em pl acas e ou lajot as não polidas , como: ardósi as, arenitos, calcários , gnaiss es e quartzitos foli ados , utilizados in natura .

2.4. TI POS DE EXPLORAÇÃO

De acordo com Melo , E.B. de et al. (2002), a exploração de rochas ornam ent ais ocorre inici alm ente na forma de mat acões e sucedaneam ent e al cançando os maci ços expostos, isto é, resul tam em l avra ou explot ação pelo método a céu aberto , e em m enor ocorr ênci a podem -s e ident ificar explorações subt errâneas, por exemplo.

No cas o dos mat acões , por s er m ais fácil de l avrar e com menor cust o operacional, é, vi a de regra, a form a de ocorrênci a ini cialment e escolhida pelos em preendedores. Ent retanto , devido à m ai or sus ceptibil idade à ação int empérica, há uma grande difi culdade de reprodutibil idade da qualidade do m at eri al, al ém das possí veis inadequações da forma esculpi da pel a erosão com a forma que ofereça melhor pot enci alidade na extração e exposi ção da melhor textura após a serragem das chapas com erci ais.

Nos m aci ços rochosos que não est ão em dest aque topográfico , o confinam ento produz fraturas de alívi o, por ocasi ão da abertura da face li vre, que s e constituem como fator de encarecim ento ou até invi abili dade para a exploração.

Considerando que é fundament al o conhecim ent o da quali dade da rocha faz -s e oportuno um breve nivel ament o em m ineralogia , petrografi a e geologi a es trutural aplicada, a exempl o do que M elo et . al. (op.cit:) sumariza com o crit érios perti nentes à pedrei ra e que se faz em necessários à et apa inici al da exploração de rochas ornam ent ais:

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 Estudo básico da constituição mineraló gicotextural, evitando -se grandes freqüênci as ou part ici pações modais (porcentage m no volum e t ot al) de minerais delet érios ;

 Estudo da geometria estrutural para definição do “bloco de partição” e melhor escolha das superfícies alongante, trincante e l evant ante;

 Estudo das deformações, inclusive a investigação de pequenos corpos de enclaves (“mulas”) e/ou fenocristais, os mais usuais marcadores de deformação (“ strai n”);

 Estudo das mais emergentes propriedades dos minerais ess enci ais e sua infl uênci a nas resist ênci as, parâm et ros fí si cos e alt erabilidade das rochas;

 Integração dos estudos de natureza petrográfica, textural, mineralógica e granulom étri ca, associ ados aos ens ai os para bus ca dos parâmet ros geomecâni cos tai s como resist ênci as à com press ão, à t ração por fl exão, ao impacto e à abras ão bem com o os índices físi cos (abs orção de umi dade, m ass a especí fica aparent e seca e s at urada, porosidade, perm eabilidade), brilho, “fechamento” do polimento, alt erabi lidade, et c .

O es tudo comparati vo com outros m ateriais análogos pode ser um diferenci al no futuro pl anejamento de m arketing com erci al .

2.5. TI POS DE EXPLOTAÇÃO O U L AVRA

Oportuno o entendime nto de que a explot ação ou lavra é a et apa da exploração mi neral subsequente à obt enção dos dados dest acados no it em ant erior.

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Os m étodos de l avra consist em num conjunto es pecí fi co dos trabalhos de pl anej ament o, dimensi onam ent o e execução de tarefas, deven do existir um a harmoni a entre essas t arefas e os equipam entos di mens ionados.

Est e pl anej am ento incl ui a indivi dualização dos blocos co m dimensões adequadas à et apa s eguint e da cadei a produtiva, represent ada pelo des dobram ento dos blocos em chapas .

2.5.1 – Ti pologi as de lavra

Conform e a di sposição espaci al do mat erial rochoso em rel ação à superfí ci e, relevo da regi ão e cobert ura de m at erial est éri l, s ua extração t er á um tipo de l avra apropri ado. Nesse tópico são apres ent adas as tipol ogi as de lavra a céu aberto e subt errânea de rochas ornament ais:

i. P edreira de m atacões ;

ii. P edrei ra em encos ta (flanco); iii. P edreira em fossa ou o pen pit;

iiii. P edreira em poço e l avra subterrânea.

2.5.2 – M etodologias de l avra

Vários fatores s ão fundam ent ais para a es colha do m étodo de l avra, onde se dest acam a morfol ogi a do aflorament o, as caract erí st icas es truturai s e fraturam ento da res erva mineral, geografi a da área e pri nci palm ente os aspectos econôm icos rel aci onados à l avra da pedreira.

Cada etapa por s ua ve z é subdivida em ci clos de trabal hos par a maximizar a recuperação da j azida m ineral.

Segundo S ouza (2005), o s métodos de l avra a céu abert o corres pondem às m etodol ogi as de l avra de m at acões, l avra por bancadas e lavra por des abam ento. Na ti pologi a de l avra subt errânea ocorrem os métodos por câm aras e pi lares.

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a) Lavra a céu aberto:

i. Lavra de m at acões;

ii. Lavra por bancadas alt as/ baixas; iii. Lavra por des abament o;

iiii. Lavra sel eti va;

iiiii. Lavra por pai néis verticais.

b) Lavra subterrânea

Quando s e cri am salões em sub -s uperfí cie sust ent ados por pilares , o mét odo pass a s er cham ado de lavra subterrânea. A lavra s ubterrânea tem um alto cus to operaci onal e por i sso é apenas apli cável para mat eri ai s de alt o val or com erci al . Na região de Carrara, It ália, as jazi das de m ármore s ão ampl am ent e l avradas por mét odos subt errâneos em função da infra -est rut ura, domíni o da t ecnologia de explot ação e altos val ores comerci ais do m at erial explot ado (S ANTANA, 2008) .

3. LO CAL I ZAÇÃO DA ÁREA

O proj eto envolveu o e st udo de rocha diorit o-gabróide, i ntegrant e da S uít e M áfica, ocorrent e no municí pi o de Pom bal , n o Es tado da P araí ba, com preendendo part es do M apa G eol ógi co e de R ecursos Mi nerais do Es tado da P araíba ( Fi g. 08, p.49 ).

A área em est u do si tua -s e na Regi ão S emi-ári da da P araí ba, mai s precis ament e no Síti o Tri ncheira , m uni cí pio de Pom bal . No geral as vi as d e aces so s ão consi deradas boas, acessíveis ao tráfego de veí culos pes ados durant e o ano todo.

O acesso é feito a part ir de João P essoa at ravés da rodovi a feder al BR -230, l est e -oest e, at é Pombal em percurso de 400 km , pass ando po r Campi na Grande, Juazei rinho, S anta Luz ia, P atos , M alt a e C ondado. A parti r de P ombal segue-se através da rodovi a estadual P B -325, para nort e, em t recho

(26)

de 15 Km at é a localidade de Trin cheira , est a ocorrência se situa à m arge m oest e d a rodovi a est adual P B-325 , qu e dá aces so ao Sítio Trinchei ra (Fi g. 01 ).

Á r e a e s t ud a d a J o ã o P e s s o a

F i g u r a 0 1 - M a p a d e a c e s s o r o d o v i á r i o . F o nt e : C P R M , 2 0 0 5 , p . 3 , m o d i f i c a d o p e l o a ut o r ,

2 0 1 3 .

4. PANORAMA MUNDI AL DO SETO R DE ROCH AS O RNAME NTAIS

As rochas gabróides de coloração cinz a es cura apres ent am característ icas est ét icas com ampl a aceita ção pel o m ercado consumidor brasil ei ro, bem com o para o m ercado m undi al , segundo pes quis as realiz adas nos anos de 2010 e 2012.

Chiodi (2012) rel aci ona al guns fat os de dest aque no s etor de rochas ornam ent ais e diz que o crescim ent o da China no m ercado int ernacional favoreceu sensi vel ment e a produção mundial em contraponto com o esfri am ent o dec orrente do estouro da bol ha i mobil iári a no m ercado dos EUA em 2008 e que por indução ati ngi u os países da zona do euro. Destaca a

(27)

evolução dos projetos de promoção das export ações contem plados no s convênios APEX (Agênci a Brasil ei ra de Promoção de Export açõ es e Invest imentos ) - ABIR OC HAS (Associ ação Brasi lei ra da Indústri a de Rochas Ornam entai s), que at ravés de mecanismos de prom oção como est es aum ent ou si gni fi cat ivam ent e a parti cipação brasil ei ra no m ercado dos EUA, com chapas polidas de granit o e rochas si mil ares.

Oport uno com preender as relações e perspectivas de conci liação ent re mercados int erno e externo para cada tipo de rocha, as pecto que t raz à tona a peculi aridade de rochas do tipo desta ora enfocada.

Pode-s e perceber uma retomada de crescim ent o do Brasil, mesmo que di scret a, no que diz respeito à ati vidade de mineração em paí ses em desenvol vimento , destacando -s e o ano de 200 7 (Gráf.02, p.2 8). Todavi a, t al situação apont a à nat ural pot enci ali dade ao esperado fortaleci ment o da cadei a produti va local .

4.1. PRODUÇÃO MUNDIAL DAS ROCHAS ORNAME NTAIS – PE RFIL HISTÓRI CO

Os princi pai s produtos de produção da i ndústria de rochas ornam ent ais no mundo s ão os m ármores e granitos , como s ão com erci alm ent e conheci dos . O gráfi co (01) dest aca a evolução da produçã o mundi al a parti r do ano de 1926 até 2010.

Oportuno es clarecer que a produção mundial de m ármore é s uperio r à de granito (Gráf. 0 1, p.28 ), o que não ocorre com rel ação a produção no Brasil (Gráf. 03, p.29), est a, apont a o granito com o tipo de rocha de mai or produção para a indústri a brasil ei ra e o m árm ore em s egunda colocação .

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Gr á f i c o 0 1 – P e r f i l h i s t ó r i c o .

F o nt e : M O N T A N I , C a r l o ( 2 0 1 1 ) .

Com rel ação ao volume de produção export ada, o Brasil ocupa uma posi ção modes ta em rel ação a out ros país es como, China, Turqui a e Índia (Gráf.02 ). No ent anto, as export aç ões brasil ei ras est ão bem próxim as aos val ores das exportações dos país es eur opeus como Es panha e It ália (Grá f.02).

Gr á f i c o 0 2 – P r i nc i p a i s p a í s e s e xp o r t a d o r e s ; E v o l u ç ã o d o v o l u me fí s i c o d e e xp o r t a ç õ e s e

p a r t i c i p a ç ã o p e r c e n t ua l no t o t a l mu n d i a l .

(29)

Gr á f i c o 0 3 – P r o d uç ã o b r a s i l e i r a x t i p o d e r o c h a .

F o nt e : C H I O D I F i l ho , C i d . ( 2 0 1 2 ) , p . 1 4 .

4.2. EVOLUÇÃO DA PRO DUÇÃO BRASILEI RA DE RO CHAS V OLT ADA PARA OS MERCADOS I NTERNO E E XTERNO - 2007-2011

Int eres sant e a obs ervação quanto ao cres ciment o do m ercado i nterno (Gráf .04 ), fator promissor à cadei a produtiva, afora a oportunidade que se apresent a à m elhor divul gação de informações para permiti r conhecim ento mais extensi vo s obre o t em a.

Gr á f i c o 0 4 – E vo l uç ã o d a p r o d uç ã o b r a s i l e i r a / me r c a d o .

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5. ESTÉTI CA

Segundo Trom bett a (1998), a estética investi ga os probl em as que s e levant am na con t emplação dos obj etos est éti cos que s ão todos aquel es, nat urais e o u art efatos , que s e convertem em vetores da experi ência de obs ervação cont empl ativa e pelos quai s se emit em juízos de gosto ou juízos est éti cos .

Para Kant (1993), experiência estética é “o que agrada (dá prazer) universalmente, sem conceito”. Ora, esta validade universal reside na com uni cabilidade ou possi bili dade que aquele praz er t em de ser parti cipado por t odos os s eres humanos. P or out ras pal avras: na bel eza de um a obra de arquit etura est eti cament e bem el aborada, há comuni cabilidade univers al do sent imento de praz er que ela proporci ona; de m aneira geral , a obra bel a nos dá logo a im press ão de ser aquilo que deve ser.

No ent anto, o concei to de belez a é relativo ao gost o e ao referenci al est éti co de cada um , levando -se em cons ideração fatores indi viduais com o a formação, o m ei o e a cult ura em que cada indiví duo está ins erido, a educação visual ass imil ada e o carát er própri o.

5.1. ESTÉTI CA, Q UALIDADE ARTÍST I CA E A ARQ UITET URA

Conform e W aism an (1972), a qualidade artísti ca da arquitet ur a depende do grau em que a refl exão estéti ca m ani fest a -se na concepção e mat eri aliz ação da obra. Cost a (2002) fala de int enção plásti ca como referênci a estética na arquit etura, e di z: "Arquitetura é antes de qual quer coisa const rução, m as, const rução concebida com o propós it o primordi al de ordenar e organiz ar o espaço para det ermi nada fi nalidade e vi sando a det erminada i ntenção. E nesse processo fundam ental de ordenar e express ar -se el a -se revela i gualm ent e e não deve -se confundi r com art e pl ásti ca, porquant o nos inum eráveis probl em as com que se defront a o arquit eto, desde a germi nação do projet o, at é a conclusão efetiva da obra, há sempre, para

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cada caso específi co, cert a margem fi nal de opção ent re os limites - máximo e mínimo - det erm inados pelo cálculo, preconiz ados pel a técni ca, condi cionados pelo meio, recl am ados pela função ou impostos pelo programa , - cabendo ent ão ao s ent imento i ndividual do arquit eto, no que el e t em de art ist a, port anto, es colher na escala dos val ores contidos ent re dois valores extremos , a form a plás tica esteticam ente apropriada a cada pormenor em

função da unidade últim a da obra idealizada.

A int enção pl ást ica que sem el hant e escolha s ubent ende é precis am ent e o que distingue a ar quit et ura da si mpl es const rução ".

No proj eto arquitet ôni co , os elem entos funcionais e est éti cos , o tratam ento pais agíst ico, o us o das cores e, natural ment e, os aspectos ass oci ados ao conforto ambi ent al , com o luminosidade e ventil ação são fat ores det erminant es para a qualidade do am biente const ruído e para a garanti a d o bem -est ar proposto .

Port ant o, o equilí brio ent re os aspectos de est éti ca , conforto ambi ent al e a adequação do desenho projetual é o elo fundament al ent re as expect ativas do usuário e a efeti vidade das ações desenvol vi das no am bi ent e construído de m anei ra harmônica, com confort o e s egurança .

5.2. ESTÉTI CA E O BRILHO NAS ROCHAS O RNAMENT AIS

Rochas ornam ent ais s ão el em ent os nat urais , art efatos de valor mercadológico, cuja preferência de uso vem da s ua est éti ca (possi bilidade de sua observação contemplat iva), dent ro da qual a int ensidade e homogenei dade do bril ho poss uem grande import ânci a.

É import ant e des tacar que o bri lho nas rochas ornamentai s tem grande infl uênci a para apl icabi lidade arquitet ôni ca e para seu uso específi co, sej a em ambi ent es internos ou em am bientes externos. É t arefa rel acionada ao profissional especi ficador i nt errelaci onar os dados quali fi cadores dess e (brilho) com propri edades correspondent es do m ateri al, com o a porosidade e absorção de umi dade, todos dependent es da composição mineral e da textura.

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Deve-se des tacar que a rocha de m el hor bril ho nem s e m pre s e adéqua ao uso sugeri do. Oportuno m encionar que , para a m aiori a dos arquit etos, a aus ênci a de conhecim ent os técni cos es pecí fi cos da rocha e sua rel ação com a apli cabilidade no am bi ent e proposto t êm com promet ido a qualidade e durabilidade da obra.

Para est e trabalho serão l evadas em consi deração as análi ses macros cópi cas e micros cópicas do m at eri al em am ost ras poli das e tam bém do maciço e m at acões identificados no local da ocorrênci a, considerando suas característ icas texturais e es truturai s ent re sua est ética natural .

5.3. AL GUMAS PRO PRIE DADE S DOS MI NERAIS E A ES TÉTICA

Cada tipo de mineral é caracteriz ado por suas propri edades físicas , quími cas e cons eqüentem ent e m orfol ógi cas. C or, brilho, clivagem, frat uras , hábito e a durez a s ão al gum as das propri edades m ais obs ervadas .

COR - a cor de uma subst ânci a mi neral está diret am ent e rel acionada com a absorção da luz e o espect ro por el a refleti do, ou t ransmitido . Di vid e-se em:

a) Idiocrom áti cos: apresent am cor própri a, constant e, inerente à com posi ção quími ca;

b) Alocrom áti cos: quando são incolores (acrói cos ) e as sumem diversas cores em função da presença de impurez as, vari ações na composi ção quími ca ou imperfei ções no retí cul o crist alino.

BR ILHO - P ara Bet ejtin (1977), o bri lho é o result ado da rel ação ent re os fenôm enos de refração e reflex ão d a luz nas faces dos crist ais , nos planos de cli vagem ou n as frat uras. Quant o maior for a i nt ensi dade da luz inci dent e no mineral m ais evident e será a obs ervação do seu brilho , considerada a refl exão , daí as superfíci es polidas apresent arem m ai or possi bilid ade de bril ho .

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Segundo Bet ejti n (op. cit.) , pode -s e estabel ecer at ravés de um a escala a int ensidade do bril ho dos minerais, com o a s eguir:

a. bril ho vít reo – pres entes nos mi nerais com índi ces de refl et ânci a N=1,3 – 1,9;

b. bril ho adam anti no – própri o dos m iner ais com N=1,9 – 2,6; c. bril ho s emi -m at áli co – pres ent es nos minerais t rans lúcidos e semit ransl úcido s, com N=2,6 – 3,0;

d. bril ho m et áli co – próprio dos m et ais com índi ces s uperi ores a 3.

Port ant o, se o m aterial for opaco apres entará bril ho met áli co como nos sulfet os (pi rit a e gal ena, por exemplo) ou n os óxidos, dos quais os m ai s com uns s ão os de ferro, pelo s eu m ais elevado pot enci al de ox idação. Quando for transparent es , result ará em brilho não m et áli co, com uma variedade de tipos , como: adamantino, leitoso, s edos o, resinoso, ol eoso e vítreo (SANTOS, 2012).

Os sili catos poss uem extensivament e brilho não -m etálico, donde s e concl ui que refl et ânci as maiores sobre s uas s uperfí ci es podem indicar alt erações, sobretudo se aquel as refl etânci as estiverem ass oci adas com espect ros col ori mét ricos especí fi cos e simil ares àquel es das cores dos produtos de al teração que, no caso dos sili catos ferrom agnesi anos , são verm elha, marrom e am arel a, indi cadores de oxidação e hi drat ação.

FR ATURA E C LIV AGEM - a fratura é a s uperfí c i e de quebra dos minerais, podendo ser plana ou conchói de (ou concoidal ). Quando a quebra s e dá preferencialmente s egundo superfíci es planas e que s e repet em paralel am ent e, dizemos que o mineral apres enta clivagem . Port ant o est as propri edades repercutem na form a e nas resist ênci as ao im pact o.

COR DO TR AÇO - É a cor do pó mi neral. Est a propriedade é especi alm ent e im portant e em m inerais com pres ença de met ais em s ua com posi ção, vist o que em inúm eros casos a cor do pó é bem distinta da cor

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exibida pela s uperfí ci e do mineral. Port ant o a cor do t raço pode denunci ar alt eração no m at erial pétreo.

DUR EZA - é a resis tênci a que a superfí ci e lis a do mi neral oferec e ao ris co , port ant o é a abrasividade . Em det ermi nações rápidas para s e conhecer a naturez a relat iva de um exemplar ut iliza -s e um a es cala form ada por minerais comuns, conhecida por “Escala de Mohs”, que consta de dez minerais em que cada um pode ris car todos os anteriores ( Fi g.02 ). Est a escal a é apenas rel ativa, s em quanti fi cação.

F i g u r a 0 2 - E s c a l a d e M o h s .

Dureza Min erais Dureza Min erais

1 Tal co 6 Felds pato

2 Gipso 7 Quartzo

3 Cal cit a 8 Topázio

4 Fluorita 9 Coríndon

5 Apatit a 10 Diamante

HÁB ITO - É a forma m ais freqüent e com que s e apres entam o s indiví duos de uma mesm a espéci e mi neral. Ajuda na id enti fi cação, m as princi pal mente i nt erfere na est éti ca at ravés do fator brilho e do fat or form a muito cont ribut iva pel a identifi cação de form as exóti cas at raentes .

Dentre t odas as propri edades minerais relaci onadas, dest aca m-s e para est e trabalho as propr i edades de brilho e cor dos minerai s do m ateri al pét reo em est udo.

(35)

5.4. FATORES DE POLI MENTO E ES TÉTICA

A chapa polida é a preferenci al nas i ndi cações m ais us uai s.

Todavi a q uanto m ai or a quantidade de minerais de alt a dureza , po r exempl o, mai s difí cil s erá s eu polim ent o, cons eqüent em ent e menos int enso será o bri lho.

Conform e j á vis to, o brilho nas rochas es tá di retam ente relaci onado com a sua cor, t extura/ est rut ura e composi ção mineral . Tam bém exerce infl uênci a, o maior dimensionam ent o de grãos de m inerais com clivagem, pois menor será o mi crofi ssuram ento e porosi dade, o que res ult a em mel hor bril ho.

Sabe-se que o brilho de uma superfíci e pode ser defini do pel a raz ão ent re a int ensi dade da luz incidente pela intensidade da luz refl eti da (DOR IGO, 201 2 ). C omo import ant e característ ica est éti ca, a qualidade do bril ho de m ateri ais poli dos tem grande i nfl uência no m ercado de rochas ornam ent ais .

O brilho , po r ser facilm ent e perceptível , é de fundament al importância na es tét ica da rocha (BETEJTIN, 1977) . Em bora, do ponto de vist a com erci al, a preferência estét ico -decorativa result e na especificaçã o dominant e de m at eri al que apresent e o melhor brilho , deve-se dest acar que est e m at erial deve s er usado em am bi ent es com m enor ilumi nação .

Out ross im, em ambi ent es ext ernos, com grande ilumi nação, onde s e requer que a r ocha tenha baixa alt erabilidade , o bril ho é o parâm et ro indi cador da qualidade do polim ento.

É im portante a obs ervação d o arquiteto ou profissi onal especi ficador para os dados apontados result ant es d os ens aios caracteriz adores da rocha indicada ao projeto. Oport uno cham ar a at enção dos arquit etos para a possibi lidade de serem feitos ens aios t ecnol ógi cos do mat eri al antes da sua indi caç ão ao uso. Tam bém é possível encontrar rochas ornam ent ais j á caract erizadas pelos centros de t ecnologias , como o CETEM – Cent ro de Tecnologi a Mi neral , por exem plo.

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6. Í NDICE DE BRI LHO NAS ROCH AS

Souza (2002) diz que o índi ce de bri lho em rochas ornamentais é utilizado para aval i ar a sua melhor ut i lização em am bient es in t eriores ou exteriores. Resal ve-se que esta obs ervação é referent e a aplicação de mat eri ai s poli dos . O índi ce de brilho e os í ndi ces fí sicos dependem da mineralogia e da t extura (e estrutura) das rochas e sua aferi ção quantit ativa auxilia na caracterização quanto à melhor ut ilização com finalidade ornam ent al .

A apli cabili dade e fun cionalidade do índice de bril ho, índice de co r e sua com paração com os í ndi ces físi cos de amost ras com aceit ação mercadológica da col oração preta é cont eúdo es senci al dest e t raba lho.

A medição do brilho é feit a com o us o de equi pamento port átil , denominado espect rofot ôm etro Color-Guide da BYK, de operação práti ca , sendo fundament ado em pri ncí pios de refletivi dade da superfíci e analis ada e de parâm etros colori mét ricos.

7. POLI MENTO E LUSTRO NAS ROCHAS O RNAMENT AIS

O process o de polimento de pl acas de rochas ornament ai s caracteriz a-s e por uma s éri e de operações que reduzem a rugosi dade da superfí ci e trabalhada a fim de t rans form á -l a em uma placa com det erminada intensidade de brilh o.

Para rochas que t em alta abs or ção de umidade e porosi d ade e de preferência com erci al as et apas de serragem e polim ent o são ant ecedidas por resinam ento.

A int ensidade do brilho ou lust ro que uma superfí cie apresent a é função das propriedades refleti vas do m at eri al, sendo t am bém inversament e proporci onal à rugosidade da superfí cie. Logo, o brilho de uma rocha ornam ent al é al cançado medi ant e a m áxima elimi nação dest as rugosi dades. Port ant o, a medida que se vai procedendo a l evi gação e sucedaneam ent e com

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o polim ento, al cança -s e o est agi o em que a granulom et ri a do pó oriundo do desbaste é sucess ivam ent e m ais fi na, mais sus ceptí vel e adequada para preencher os poros , cada vez m enores , result ando n a planari dade .

A redução da rugosi dade s e associa ao “fechament o dos poros ” entr e os di ferent es mi nerai s que form am a text ura da rocha. Is to s e dá pel a ação de rebolos abras ivos que, conduzidos em m ovim entos de atrit o sobre o materi al, efet ua o t rabalho de des basta mento at é at ingi r o grau de polim ent o des ej ado, à medi da que a granulom etria do abrasi vo di minui , conforme KASC HNER , 1996.

Port ant o, d urant e o polim ent o, fatores como a composi ção mineral , o teor e as dim ens ões dos grãos de quartzo, a t extura da rocha e s ua cor, controlam a m anut enção ou a perda do l us tro , conform e ARTUR, et al ., 2002. Do expost o em rochas sili cáticas a presença do quartzo , com dureza mais alt a e aus ênci a clivagem, resul ta em m enor resist ênci a ao impacto, port anto, gerando mi crofi ssuram ento na rocha acentuado durante o polim ent o.

7.1. QUALI DADE DO POLI ME NTO DE CH APAS SERRADAS

Foi expli cit ado que a operação de poli ment o é des envolvi da po r meio de el em entos abrasivos que, conduzidos em movimentos de fri cção sobr e as placas , t rabalham des bastando -o até ati ngir o grau de polim ent o des ej ado.

A quali dade fi nal do polim ent o de um a placa de rocha ornam ent al é det erminada apenas por m étodos empí ricos. Como regra geral , tal parâm etro é inferido pela granul omet ri a dos abrasivos uti lizados durant e as et apas de polim ent o (S ILVE IR A, 2007).

Os equipam ento s ut i lizados nes sa operação são polit rizes e rebolos abrasivos, fixados em cabeçot es rotat ivos que, por sua vez, s ão aplicados sob pressão e em m ovim ent os ci rcul ares sobre a s uperfí ci e das placas. Com o as chapas proveni ent es do des dobram ento de blocos apresent am um a rugosidade el evada, o poli mento deve ser realiz ado pel a dimi nui ção gradual dess a rugosidade. Para t al, utilizam -se rebolos de grãos abrasivos de granul om etri as

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diferentes, em s eqüênci a decrescent e. Para refri geração do process o e escoam ento dos resí duos , utiliz a -se um fluxo const ant e de água (MAC HADO e C ARVALHO, 1992).

7.2. EQUI PAME NT OS DE POLI ME NT O

O maquinário de pol iment o consist e em um equipamento dot ado de vári as cabeças polidoras (Fi g.03), com postas de m at eri ais abrasi vos que, em contat o com as peças em alta rot ação , com vel oci dade control ada e em pres ença de água, ex ecut am o polim ent o, sendo que à m edida que a peça pass a pel a máquina, os abrasi vos us ados apres ent am gradativam ent e um a granul om etria mais fina, at é ati ngi r o resul tado desej ado (B ITTENCUR T e BEN INC Á, 2002) .

A velocidade de rotação dos sat élit es é const ante em todas as polit rizes . No entanto, diferent es ti pos de rocha, com durezas , t exturas e est rut uras distintas podem requerer procedim ent os operaci onais q ue considerem as especi ficidades de cada material .

F i g u r a 0 3 – 1 ) P o l i t r i z d e me s a ; 2 ) P o l i t r i z mu l t i c a b e ç a s . D i s p o n í ve l e m :

ht t p : / / w w w. g u i a r o c h a s . c o m. b r / ve r - e mp r e s a / 1 7 1 2 / s i nd i r o c ha s . A c e s s o : 0 3 . 2 0 1 3 .

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7.3. TI POS DE AB RASIVO

O termo abrasivo pode s er defi nido como sendo um a partí cul a ou grão com dureza capaz de execut ar um rápido e efi ci ent e des gaste de uma superfí ci e s ólida (STACHOWA IAK e BATCH E LOR , 1993).

No s etor de rochas o rnam ent ais os abrasivos para o poli ment o (Fi g. 04) s ão divididos em dois grupos:

Abrasivos Magnesi anos – Util izam como li gant e o Óxido de

Magnésio (M gO) e como el em ento abrasi vo o Carbet o de Si lício (S iC).

Abrasivos Diamant a dos – Fabri cados em li ga de ferro e cobalto ou

em resi na epoxídica. E stes abrasi vos são os que represent am a m aior revolução t ecnol ógi ca dos últimos anos no que é referente ao polim ent o de rochas para fi ns ornam ent ais e revestim ent o . As principai s vantagen s no us o dest es abrasivos consist em no aum ent o de produtivi dade e melhori a d o acabam ento final, al ém de m elhor ar a qualidade da água reciclada. Out rossim, diminui o cons umo de energi a el étri ca, reduz s ensi velment e o es forço e t ensão hum ana na execução do trabalho, reduz o tempo morto, dent re out ras. Est e tipo de abrasivo t em s e m ost rado muit o efi ci ent e na remoção de fal has n a et apa de serragem das chapas.

F i g u r a 4 – R e b o l o s a b r a s i vo s p a r a p o l i me n t o . D i s p o ní v e l e m :

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7.4. DES GASTE AB RASI VO

Para Sil veira (2007), é pel o polim ento, pel o des gast e da superfí ci e das pl acas da r ocha que se ati nge o bri l ho, a bel eza e a durabili dade dest es mat eri ai s, sendo de s uma import ânci a a compreens ão dos process os de at rito e desgaste envolvi dos no process o de polimento. Oportuno estabel ecer nest a et apa a defini ção de um model o t ribológi co, que possi bilit e à fixação de t axas de des gast e, consi derando t odos os atri but os interveni entes n o process o.

7.5. TRIBOLO GI A

A resist ênci a ao desgast e é consi derada com o parte de um si stem a tribológi co, s endo muitos os parâm et ros que acabam por i nfluir n a t axa de desgaste, incl uindo as características do projet o, condi ções de operação, ti po de abrasi vo e propriedades do m ateri al ( ZUM-GAHR, 1987).

Tri bologia é defini da como a ci ênci a e tecnologi a da int eração ent re superfí ci es em movi ment o rel ati vo e das p ráti cas rel acionadas .

A pal avra t ribologia é derivada da pal avra grega tr ibos si gni ficado de fri cção. Tri bol ogi a envolve a inves ti gação ci entí fi ca de t odos os tipos de fri cção, l ubrifi cação e desgas te e t ambém as apli cações t écni cas do conhecim ento t ribol ógi co (ZUM-GAHR, 1987 ).

De acordo com a ASTM (2001) os fatores que mai s influem num det erminado sis tem a tribológi co s ão:

 Composição dos materiais;

 Acabamento da superfície de cada sólido;  Naturez a das condições de contorno;  Carga aplicada;

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 Naturez a do movimento entre os corpos (unidirecional, para trás e para frent e, et c.);

 Naturez a do contato;

 Temperatura da região interfacial;

 Características da máquina a ser utilizada.

Port ant o, tipos de rochas com pouca ocorrência d e quartzo e ri cos em mi nerais port adores de cli vagens, como os sili catos , apres ent am -s e bem resist ent es ao im pact o. Out rossim , a rocha de composição granulom ét ri ca fina da ordem máxim a de três milím et ros apont a para boa resi st ência à com press ão. Dest e m od o, a com posi ção m ineral do m at eri al pétreo cont ribui à funcionalidade do si stem a t ribológico.

8. COR

As cores deri vam do espect ro luminoso (distribui ção da energi a da luz versus comprim ent o de onda) i nteragi ndo com o ol ho, e depende da sensibili dade esp ectral dos receptores de luz (NASS AU, 1983).

8.1. CO MPREE NDE NDO A CO R

Para C ost el a (2004), a cor é um a real i dade sensori al e não um a propri ed ade i ntríns eca dos objetos. É o res ult ado da interação dos com prim entos de ondas , reagi ndo às condi ções atmos fér icas , absorvi dos ou refl etidos em determ inadas superfí cies.

A reação do ser hum ano à cor é parti cul ar e s ubj etiva, consideradas as di ferent es cult uras e vivênci a em que cada indi víduo est eja i nseri do. Contudo, t emos em comum a condi ção de s er hum ano, assi m sendo,

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com partil ham os reações semel hant es a determi nados estí mulos s ens ori ais concl udent es da cor (COS TELA, 2004) .

A cor é um fenôm eno psi cobiofísi co defini do com o “a s ens açã o recebi da por m eio de nos sos olhos devido à obs ervação d e um obj et o col ori do. Envolve assi m aspectos físi cos , bi ológicos e psicológicos ” (BILLM EYER, 1966).

A cor é res ult ado da com binação de t rês elementos di stint os: um a font e de luz (um i l uminant e), o obj et o cuj a cor est á s endo aval iada e um obs ervador (J UDD, 1931).

8.2. A CO R NAS ROCHAS

As cores das rochas são fundam ent alm ente det erminadas pelos s eus constitui nt es mi neral ógi cos.

Os “granitos” (“lato sensu”) são definidos por associações com quantidades vari ávei s de quartzo, feld s patos , mi cas, pi roxênios e anfi bólios , com diver sos m inerai s acess órios em proporções reduzi das . O quartz o norm alm ente é translúcido, incolor ou fum ê; os feldspatos potássi cos conferem a coloração ros ada, branca a crem e-es branqui çada, enquanto os plagiocl ásios são responsávei s pela cor branca acinz ent ad a. A cor negra, vari avelm ent e impregnada na m at riz das rochas, é conferida por teores d e mica (biotit a), anfibólio e piroxêni o, pri nci palm ente .

A cor am arelada nos granit os , não raro s e associ a com manchas de alt eração de mi nerais ferromagnesi anos, ao pas s o que a cor m arrom a avermel hada se as soci a com a presença de minerai s acessóri os do grupo da granada, cuja composição é cál ci co -ferromagnes iana.

Nos m ármores, o padrão crom áti co é definido por mi nerai s acessórios e ou impurezas, pois os constit uintes pri ncipais são cal cit a e a dolomit a que são normalment e brancos . Os travertinos apres ent am coloração geralment e bege -amarel ada, em suas cavidades e fei ções brechóides identificam -se frequent es impurezas argi losas e si licos as (M ATTOS, 20 02 ).

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