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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.2 RESULTADO DO GERENCIAMENTO DE RISCO DO IFBA – CAMPUS DE

A maior parte dos dados foi obtida a partir de uma inspeção visual de cada uma das zonas em que a estrutura foi dividida, buscando quantificar e qualificar tais informações de acordo com os parâmetros solicitados na seção 3.3.1 deste trabalho e na Parte 2 da norma ABNT NBR 5419:2015. Já uma parte um pouco menor foi adquirida juntamente com funcionários do campus, desde técnicos da área de eletrotécnica e informática até o pessoal de RH. Os formulários preenchidos com todos os dados coletados e utilizados para a realização do gerenciamento de risco são apresentados no apêndice.

Alguns dos dados apresentados no apêndice foram obtidos de formas mais específicas e análises um pouco mais criteriosas, entre estes podemos citar: a área de exposição equivalente (AD); o nível de proteção (NP) do SPDA existente; o

comprimento da linha (LL) e outros parâmetros da linha; a tensão suportável de

impulso do sistema a ser protegido (UW); as larguras da blindagem (wM1 e wM2); o

número relativo médio típico de vítimas por danos devido a um evento perigoso (LO);

e o fator de redução da perda devido a danos físicos dependendo do risco de incêndio ou explosão (rf).

Na Figura 39 são apresentadas as áreas de exposição equivalente para cada zona da estrutura. Os valores de AD para as estruturas retangulares foram calculados

conforme a Equação 5 na própria planilha do gerenciamento de risco, enquanto que para as zonas de formas complexas (perímetro não retangular e alturas variadas para uma mesma zona), utilizou-se o método gráfico mostrado na figura a baixo.

69 Figura 39 - Área de exposição equivalente por zona da estrutura.

O nível de proteção para o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas existente no IFBA foi determinado de acordo com o nível de proteção dos métodos de captação utilizados. Onde para o método das malhas, utilizado no prédio anexo,foi medido o valor da maior malha existente que foi de 18,45 x 12,73 m que de acordo com Quadro 1 se enquadra apenas no NP IV. Já para o método do ângulo de proteção, utilizou-se a Equação 1 para estabelecer o raio da base do cone que representa o volume de proteção e optou-se por adotar α = 80º para um captor de 2 metros de altura e NP IV conforme estabelecido na Figura 8, a qual, a partir da Figura 40 a seguir fica evidente que o NP dessa estrutura é IV.

Figura 40 - Raio do volume de proteção de acordo com o NP IV para o método do ângulo de proteção. Casa de bombas Prédio Anexo Biblioteca Cantina Laboratório de química Prédio principal Quadra poliesportiva

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Outro parâmetro que necessitou do auxílio do software AutoCAD foi o comprimento LL das linhas que adentram a estrutura. O caminho que estas linhas

percorrem ao entrar na estrutura assim como a sua distribuição, são mostrados na Figura 41. A escolha do comprimento da linha para cada zona foi definida da seguinte forma: para a linha de energia, no prédio principal foi considerada a distância entre o quadro de medição e quadro geral de baixa tensão (QGBT), já para as demais foram consideradas as distâncias entre o QGBT até o quadro de distribuição (QD) mais próximo da zona considerada (preferencialmente alimentando apenas essa zona e situado dentro da mesma); para a linha de sinal, a distribuição da mesma é dada no setor COINF do IFBA, pois lá está localizado o ponto principal do sistema, desta forma, o comprimento para a linha do prédio principal foi dada a partir da distância da antena receptora do sinal (no prédio anexo) até o hack principal no COINF (que nesse caso teria uma função semelhante ao QGBT da linha de energia elétrica), enquanto os outros comprimentos foram estabelecidos pela distância entre o hack do COINF e os demais hacks distribuidos pelo campus (totalizando 5).

Figura 41 - Linhas que adentram a estrutura do IFBA: (a) energia elétrica; (b) sinal e telefonia.

(a)

(b)

Linha de Energia elétrica Linha de Sinal (dados) Linha de Telefonia

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Algumas observações importantes a respeito dos outros parâmetros anteriormente evidenciados são: UW foi definido como 2,5 kV para linhas de energia e

1,5 kV para linhas de sinal (dados e telefonia), de acordo com as definições da Tabela 31 da ABNT NBR 5410:2004; para WM1 e WM2 foi adotado o valor 8,33333 meramente

como um arranjo matemático para que o valor de KS1 e KS2 fosse igual a 1; por

nenhuma das zonas se enquadrarem nas especificações de LO para o risco R1, foi

adotado o menor valor, neste caso 0,001; o valor de rf foi definido a partir da instrução

técnica nº 14/2017 do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, segundo a qual todas as zonas foram classificadas como escola, com exceção do laboratório de química que foi classificado como laboratório, porém ambos com um valor de carga de incêndio de 300 MJ/m².

Depois de inseridas todas as informações dos Quadros 6 a 20 apresentados no apêndice separadamente (uma zona por vez) na planilha do gerenciamento, foram obtidos os resultados apresentados no a seguir:

Figura 42 - Resultado do Gerenciamento de Risco.

Como é possível observar na figura acima, o valor final de cada tipo de risco para a estrutura é igual à soma daquele risco em cada uma de suas zonas. Desta forma, fica evidente que o valor de risco de perda de vida humana (R1) na estrutura

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necessita da adoção de novas medidas de proteção, enquanto que o valor de risco de perda de serviço ao público (R2) está acima do valor permitido, devendo, portanto, ser

reduzido a um valor igual ou mais baixo que RT (que para R2 deve é 0,001) a partir da

adoção de novas medidas de proteção ou um nível de proteção mais elevado para as já existentes.

4.3 PROPOSTA DE PROJETO A PARTIR DO RESULTADO DO

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