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Área de Negócio

4. ESTRATÉGIA E ÁREA DE NEGÓCIO

4.2 Demonstração de Resultados

4.2.7 Resultado Líquido

Os Impostos sobre os lucros (IC + ID) totalizam 945.867 euros, correspondendo 44.278 euros a Impostos Correntes e 901.589 euros a Impostos Diferidos.

Os Impostos Correntes e os Impostos Diferidos tiveram aumentos de respetivamente 24.453 euros e 548.627 euros, ambos em relação ao ano anterior.

A recuperação de crédito hipotecário e a expiração do prazo de dedutibilidade de prejuízos fiscais em sede de IRC, foram responsáveis pela anulação de impostos diferidos, no montante de 1.109.725 euros, enquanto que o incumprimento do crédito implicou um ajustamento dos ID em 191.956 euros.

Os resultados negativos apresentados nos últimos exercícios, não permitiram à CCAM obter lucro tributável suficiente para poder deduzir os prejuízos fiscais, dentro do prazo estabelecido no artigo 52º do código do IRC, o que implicou a anulação dos impostos diferidos correspondentes.

Após soma algébrica dos Impostos sobre os lucros ao Resultado antes de imposto, o Resultado líquido de 2015, foi de 687.977,33 euros, que comparativamente ao do exercício de 2014, teve um reforço em termos absolutos de 3.346.814 euros e em termos relativos um incremento de 126%.

Esta recuperação do resultado líquido, foi originada em grande parte pelo impacto positivo nas contas da CCAM, resultante da recuperação de crédito, concretamente, incremento das rúbricas de juros de crédito vencido (contas 7905 + 8482) no montante global de 780.909 euros, pela diminuição da rúbrica de juros de recursos de clientes (conta 6602) no montante 915.606 euros e pela diminuição da rúbrica de provisões para crédito, que em termos líquidos foi de 996.042 euros.

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4.3 Balanço

O Activo Bruto da Caixa totalizou 199.659.630 euros no final de 2015, valor superior ao do final do ano anterior em 18.712.188 euros, verificando-se um incremento, que se justificou principalmente, pela variação positiva nas rúbricas de Aplicações em IC e Crédito Concedido no montante de 18.639.587 euros.

As Origens de Recursos, totalizaram 23.917.518 euros no seu conjunto, tendo como principais rubricas: Recursos de Clientes e Outros empréstimos com 15.241.077 euros, Recursos de OIC com 4.127.810 euros e Resultados do Exercício com 3.346.817 euros respetivamente.

As Aplicações de Recursos têm como grandes rubricas: Aplicações em Instituições de Crédito com 15.291.183 euros, Crédito Concedido com 3.348.404 euros e Outras Reservas e Resultados Transitados com 2.672.285 euros.

2015 2014

RELA-ORIGEM APLIC. TIVAS

FUNDOS FUNDOS %

1.ACTIVO BRUTO 199.659.630 180.947.441 1.021.558 19.733.747 10%

Disponibilidades 1.254.505 1.149.771 104.734 9%

Disponibilidades em OIC 1.912.833 2.019.290 106.458 -5%

Activos Financeiros Detidos P/Negociação

Activos Financeiros Disponiveis P/Venda 244.289 5 244.284 4885686%

Aplicações em Instituições de Crédito 86.733.567 71.442.384 15.291.183 21%

Crédito Concedido 80.765.617 77.417.213 3.348.404 4%

Activos não Correntes Detidos P/Venda 10.538.380 9.898.697 639.683 6%

Outros Activos Tangíveis 8.711.526 8.724.359 12.833 0%

Activos Intangíveis 399.115 399.115 0%

Investimentos em Filiais, Associadas 4.209.862 4.209.862 0%

1.665.252 2.567.520 902.268 -35%

Outros Activos 3.224.684 3.119.226 105.458 3%

2.PASSIVO 172.286.838 152.977.717 19.508.700 199.579 13%

Passivos Financeiros Detidos P/Negociação

Recursos de OIC 4.330.317 202.507 4.127.810

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 165.828.779 150.587.702 15.241.077 10%

Provisões 794.984 990.284 195.300 -20%

14.553 18.153 3.600

22.790 23.469 679 -3%

Outros Passivos 1.295.415 1.155.602 139.813 12%

21.113.311 22.340.666 1.227.356 -5%

4.REC. PRÓPRIOS E EQUIPARADOS 6.259.480 5.629.058 3.387.259 2.756.837 11%

Capital 9.392.770 9.352.325 40.445 0%

Reservas de Reavaliação 412.741 497.293 84.552 -17%

Outras Reservas e Resultados Transitados -4.234.008 -1.561.723 2.672.285 171%

Resultados do Exercício 687.977 -2.658.837 3.346.814 -126%

199.659.630 180.947.441 10%

O ativo líquido da Caixa totalizou 178.546.319 euros no final de 2015, o que representou um incremento de 19.939.644 euros face ao valor registado no ano anterior, traduzindo o efeito de proatividade comercial na captação de poupança, coadjuvada com o impacto da politica monetária expansiva adotada pelo BCE, em termos de fornecimento massivo de liquidez à economia, através do setor bancário.

Assim assistiu-se às seguintes variações positivas entre exercícios: na rubrica de caixa e disponibilidades em bancos centrais 104.734 euros, ativos financeiros disponíveis para venda 244.284 euros, aplicações em instituições de crédito 15.291.183 euros, crédito a clientes 4.762.968 euros, ANCDV 626.954 euros, outro e outros ativos 121.584 euros., sendo estas as rubricas mais significativas e com maior impacto no ativo da Caixa.

No tocante ao passivo, denota-se um incremento de 19.309.121 euros na sua globalidade, tendo contribuído em grande parte o aumento da rúbrica de recursos de clientes e outros empréstimos, no montante de 15.241.077 euros. A variação nesta rúbrica é justificada, na sua quase totalidade, pela expansão da carteira de recursos de clientes, nomeadamente de clientes institucionais.

O Rácio de Transformação medido pelo crédito relativamente aos depósitos de clientes situou-se em 48,86%, que compara com o rácio de 51,62 % registado no ano anterior,

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(80%). No entanto devemos considerar o caráter excecional da angariação de recuros de clientes institucionais, não compensado por crescimento similar da carteira de crédito.

Os capitais próprios da Caixa totalizaram 6.259.480 euros em 2015, valor superior em 630.422 euros ao observado em 2014, cuja variação é justificada na sua totalidade pelo resultado liquido do exercício de 2015.

O Rácio de Solvabilidade em base TOTAL da CCAM incluindo o resultado líquido de 2015 é de 7,40% contra 7,50% no final do ano anterior, verificando-se uma variação negativa de --0,1%.

O Rácio Common equity Tier 1 é de 6,7%, contra 7% verificado no final do ano de 2014, sendo este o segundo exercício com este novo formato, respeitando as regras estabelecidas pela EBA. No entanto temos caminhar para valores próximos dos apresentados pelas principais IC europeias.

Quanto ao enquadramento legal os níveis mínimos dos rácios de capital são os seguintes: CET1 7%, T1 6%, total 8% (art.2º (b), art.3º do Av.6/2013 e art.92º (c) Regulamento 575/2013).

Posteriormente o BdP enviou carta em que definiu orientações mais conservadoras sobre os rácios mínimos de fundos próprios, especialmente a serem cumpridos ao nível consolidado:

8% CET1, 9,5% T1, fundos próprios totais 11,5%.

Concluímos o exercício de 2015 sabendo que a Caixa, embora dotada de condições para enfrentar os desafios para o corrente ano, terá de continuar a aperfeiçoar o modelo de organização e gestão, que permita um maior contributo para inverter esta tendência conjuntural, para isso terá de praticar uma politica de contenção/racionalização dos custos de funcionamento por forma a inverter o crescimento verificado nos custos de funcionamento.

Paralelamente continuar a aprofundar a dinamização da actividade comercial, através de operações financeiras que se traduzam num reforço efetivo da margem, para que a estrutura de funcionamento se torne viável e o rácio de eficiência se aproxime dos valores fixados.

Outro desafio será incrementar o desempenho na conversão dos ativos que nos estão a penalizar, em ativos geradores de proveitos, concretamente o crédito vencido e os imóveis não correntes para venda e paralelamente efectuar uma gestão muito rígida da Margem Financeira e Margem Complementar, fixando o crescimento do negócio pela rentabilidade e não pelo volume.

Hoje, como no primeiro dia, o sucesso da Caixa continuará a depender de um trabalho

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