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a) resultados das operações do emissor, em especial:

i. descrição de quaisquer componentes importantes da receita. ii. fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais. 2016:

Ao longo de 2016, as vendas e a rentabilidade dos negócios da Porto Seguro foram pressionados pela redução do consumo, em especial pela queda na venda de veículos novos (- 20% em relação a 2015) e pelo aumento da violência, principalmente em função da elevação do número de roubo de veículos no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Mesmo diante desse cenário desafiador, crescemos nas nossas principais linhas de negócio, sendo que a receita total evoluiu 4%, atingindo R$ 16,3 bilhões.

Na operação de seguros, os prêmios auferidos totalizaram R$ 14,1 bilhões, encerrando o ano com um crescimento de 4%. O seguro de auto cresceu 3% em prêmios, alcançando R$ 9,4 bilhões. O número de veículos segurados atingiu 5,5 milhões (+4%). Os seguros de vida, odontológico e patrimonial da marca Porto Seguro sustentaram o crescimento acima de 10% ao ano.

O índice combinado piorou, atingindo 99,1% (+2,6 p.p.), explicado pelo aumento da sinistralidade devido ao aumento do roubo de veículos em algumas regiões do Brasil e da competividade em função da retração econômica. Por outro lado, o índice de despesas administrativas de seguros recuou 0,5 p.p. no ano, sendo que os gastos nominais cresceram aproximadamente 1%, resultado da melhora na eficiência operacional. Nos últimos 5 anos, o índice de despesas administrativas de seguros decresceu 1,6 p.p.

Nas empresas financeiras e serviços, o crescimento foi de 8%, intensificado pelo aumento nas vendas do produto de telefonia móvel (Conecta) e consórcio. As receitas das operações de crédito ficaram estáveis em 2016, enquanto o indicador de inadimplência (> 90 dias) encerrou o ano em 5,0%, uma redução de 1,3 p.p. (2016/2015). Em relação a média de mercado, a inadimplência foi menor em 2,4 p.p.

O resultado financeiro, proveniente das aplicações financeiras, cresceu 14%, atingindo 1.219,0 milhões. A rentabilidade (excluindo-se os recursos previdenciários) foi de 14,7%, superando o índice de referência (105% do CDI), fruto de um portfólio de ativos balanceado, entre renda fixa e renda variável.

Neste contexto, o lucro líquido anual recorrente (sem “Business Combination”) atingiu R$ 923,2 milhões, queda de 8,5% e o ROAE foi de 15,5%, redução de 3,1 p.p. em relação ao resultado de 2015.

2015

As receitas totais atingiram R$ 16,6 bilhões, um crescimento de 8,4%, e os prêmios auferidos evoluíram 7,0%, em grande parte impulsionados pelo crescimento dos produtos de automóvel e patrimonial. Além disso, obtivemos um aumento de mais de 10% nas vendas em diversos produtos como o cartão de crédito, seguros de pessoas, transportes, odontológico e consórcio.

Na operação de seguros, nosso principal segmento, o de automóvel, atingiu 5,2 milhões de veículos segurados pelas três marcas, um incremento de cerca de 200 mil itens no ano. Essa evolução reflete principalmente a estratégia de expansão geográfica da Companhia, que resultou em um crescimento significativo nas diversas regiões fora do Estado de São Paulo. Os prêmios consolidados de automóvel cresceram 5,6% no ano, sendo que a marca Azul alcançou um crescimento de prêmios de 12,3%, e as marcas Porto Seguro e Itaú Auto cresceram 4,7% e 0,3% respectivamente.

No seguro patrimonial, a nossa segunda maior carteira, o número de residências seguradas atingiu 2,4 milhões de unidades, uma expansão de cerca de 170 mil residências em comparação a 2014, também favorecida pela nossa estratégia de expansão geográfica. O crescimento dos produtos patrimoniais foi de 15,4% no comparativo com 2014, principalmente devido à expansão dos seguros residencial e empresarial. Nos últimos cinco anos o crescimento médio dos produtos patrimoniais foi de 15,5%, demonstrando seu potencial de expansão. O índice combinado de seguros, que determina a eficiência operacional, ficou estável, atingindo 96,5%. A redução de 1,9 p.p. na sinistralidade, explicada principalmente por menores frequências de sinistros no segmento de seguro auto, foi parcialmente compensada pelo aumento de 1,2 p.p. no índice de despesas de tributos, devido ao retorno do imposto COFINS para as empresas Porto Cia e Porto Vida e Previdência, em função do ganho da causa tributária válido somente para o ano de 2014. Esse efeito impactou o resultado em R$ 75 milhões. Em relação a despesas administrativas, o índice D.A. oscilou levemente em comparação ao ano anterior, com redução de 0,3 p.p., fruto dos nossos esforços para melhorar continuamente os processos da Companhia.

Nas empresas financeiras e de serviços, a evolução das receitas anuais foi de 14,3%, totalizando R$ 1,8 bilhão, principalmente devido ao crescimento das receitas dos negócios de serviços e das operações de crédito. O número de cartões de crédito atingiu 1,9 milhão, um incremento de 19%. O ROAE desses negócios atingiu 13,6%, uma redução de 3,1 p.p., decorrente principalmente das despesas dos negócios em startups (Porto Conecta, Serviços Médicos, Health for Pet, Renova e Porto Locadora).

O resultado financeiro, proveniente das aplicações financeiras, cresceu 18,1% atingindo R$ 1.070 milhões. A rentabilidade de 12,3% (excluindo-se os recursos previdenciários) foi fruto de um portfólio de ativos balanceado, entre renda fixa e renda variável, sendo que na RF atingimos o índice de referência (CDI) e na RV superamos o Ibovespa. Como investidor institucional, adotamos estratégias de alocação de longo prazo, também em consonância com as necessidades de retorno nos negócios de seguros.

Neste contexto, o lucro líquido anual recorrente (sem “Business Combination”) atingiu R$ 1.009,1 milhões, aumento de 14,2% e o ROAE foi de 18,6%, crescimento de 1,4 p.p. em relação ao resultado de 2014.

2014

As receitas totais e os prêmios de seguros do grupo Porto Seguro cresceram 12% e 13% em 2014, respectivamente. Desconsiderando os ajustes não recorrentes1 as receitas totais

cresceram 16%. A frota segurada ultrapassou a marca de 5,0 milhões de veículos (+8%), um

10.2 - Resultado operacional e financeiro

incremento anual de 363 mil itens e o número de residências atingiu 2,2 milhões, uma evolução de 25%.

Na operação de seguros, destaque para os prêmios dos produtos de automóvel, que cresceram 12% no ano, em especial para a Azul, com crescimento de 22% em 2014. Ressaltamos também a expansão dos prêmios dos produtos patrimoniais em 19% no ano, influenciada basicamente pela expansão dos produtos Empresarial e Residencial. O segmento patrimonial tem apresentado nos últimos anos o maior crescimento dentre os principais produtos de seguros da Companhia.

O desempenho operacional, demostrado pelo índice combinado, atingiu 96,5% no ano. O índice combinado oscilou levemente (aumento de +0,5 p.p. no ano), resultado principalmente do aumento da sinistralidade do produto de automóvel, impactada pela maior frequência de roubo e furto, particularmente no primeiro semestre do ano. Por outro lado, a piora do resultado operacional foi compensada parcialmente pela redução do índice de despesas de tributos (-1,4 p.p.). Em decorrência do ganho do processo da causa tributária COFINS no ano de 2013, a companhia ficou isenta de pagamento do imposto COFINS para as empresas Porto Cia e Porto Vida e Previdência, válida somente para o ano de 2014. Na parte das despesas, o índice de despesas administrativas (D.A.) manteve-se praticamente constante no comparativo anual (+0,1 p.p. vs. 2013).

Nas empresas financeiras e de serviços, as receitas cresceram 28% no ano, impulsionadas principalmente pela evolução das receitas de operações de crédito (cartão de crédito e financiamento), que se expandiram em mais de 35%. O número de cartões de crédito atingiu 1,6 milhão de unidades, um acréscimo de cerca de 250 mil cartões.

As receitas com aplicações financeiras totalizaram, em 2014, R$ 867,8 milhões, com um aumento de R$ 467,3 milhões, ou 117% em relação aos R$ 400,5 milhões em 2013. As receitas com aplicações financeiras (exceto Porto Seguro Vida e Previdência – Terceiros) totalizaram, em 2014, R$ 654,3 milhões, com um aumento de R$ 247,9 milhões, ou 61% em relação aos R$ 406,4 milhões em 2013.

As outras receitas financeiras que totalizaram R$ 422,7 milhões em 2014, com aumento de R$ 82,3 milhões ou 24% em relação aos R$ 340,4 milhões em 2013, que decorre, principalmente, do aumento de R$ 31,1 milhões nas variações monetárias de atualização dos depósitos judiciais para R$ 66,4 milhões em 2014 em relação aos R$ 35,3 milhões em 2013.

As despesas financeiras totalizaram em 2014 R$ 384,6 milhões, com um aumento de R$ 601,8 milhões, ou 277% em relação aos -R$ 217,2 milhões em 2013. Desconsiderando os ajustes não recorrentes as despesas financeiras totalizaram em 2014 R$ 384,6 milhões, com um aumento de R$ 137,4 milhões, ou 56% em relação aos R$ 247,2 milhões em 2013.

O resultado financeiro apresentou um aumento de 84%, com rentabilidade de 10,36% (96% do CDI) em 2014, excluindo-se os recursos previdenciários. O resultado financeiro foi impactado pelos investimentos em renda variável, que apresentaram uma performance abaixo do índice de referência, contudo o aumento do CDI médio contribuiu para um maior resultado financeiro, que atingiu R$ 905,9 milhões.

O lucro líquido com “business combination” foi de R$ 876,2 milhões e a rentabilidade sobre o patrimônio líquido atingiu 14,7%. Desconsiderando os efeitos do intangível o lucro líquido2 foi R$ 883 milhões no ano, correspondendo a um aumento de 24%. O ROAE3 sem “business

combination” atingiu 18,5% no ano (+2,0 p.p.).

b) variações das receitas atribuíveis a modificações de preços, taxas de câmbio, inflação, alterações de volumes e introdução de novos produtos e serviços:

Na operação de seguros, o principal negócio da companhia, o processo de precificação é dinâmico e considera diversas variáveis (nível de risco, taxa de juros projetada, volumes, custo dos insumos, entre muitas outras). Em 2016, parte do aumento de receitas pode ser atribuído a readequação de preços para compensar variações de custos dos insumos.

Nos três últimos exercícios sociais, não houve introdução de novos produtos e serviços que representasse um impacto relevante no resultado do grupo Porto Seguro.

c) impacto da inflação, da variação de preços dos principais insumos e produtos, do câmbio e da taxa de juros no resultado operacional e no resultado financeiro do emissor, quando relevante:

2016:

A competividade do setor de automóvel representa o maior fator de volatilidade no resultado. Contudo, os impactos das variações macroeconômicas no resultado operacional e financeiro são atenuados pelo reajuste de preços dos produtos, pela política de subscrição de riscos e pela estratégia de alocação dos recursos no mercado financeiro, além do foco na redução das despesas administrativas da Companhia.

O índice combinado piorou, atingindo 99,1% (+2,6 p.p.), explicado pelo aumento da sinistralidade no segmento de seguro de automóvel devido ao aumento do roubo de veículos em algumas regiões do Brasil e da competividade em função da retração econômica. Por outro lado, o índice de despesas administrativas de seguros recuou 0,5 p.p. no ano, sendo que os gastos nominais cresceram aproximadamente 1%, resultado da melhora na eficiência operacional. Nos últimos 5 anos, o índice de despesas administrativas de seguros decresceu 1,6 p.p.

O resultado financeiro, proveniente das aplicações financeiras, cresceu 14%, atingindo 1.219,0 milhões. A rentabilidade (excluindo-se os recursos previdenciários) foi de 14,7%, superando o índice de referência (105% do CDI), fruto de um portfólio de ativos balanceado, entre renda fixa e renda variável.

2 No comparativo anual não está sendo considerado o ganho da causa tributária COFINS em 2013.

10.2 - Resultado operacional e financeiro

2015:

A competividade do setor de automóvel representa o maior fator de volatilidade no resultado. Contudo, os impactos das variações macroeconômicas no resultado operacional e financeiro são atenuados pelo reajuste de preços dos produtos, pela política de subscrição de riscos e pela estratégia de alocação dos recursos no mercado financeiro, além do foco na redução das despesas administrativas da Companhia.

O índice combinado de seguros, que determina a eficiência operacional, ficou estável, atingindo 96,5%. A redução de 1,9 p.p. na sinistralidade, explicada principalmente por menores frequências de sinistros no segmento de seguro auto, foi parcialmente compensada pelo aumento de 1,2 p.p. no índice de despesas de tributos, devido ao retorno do imposto COFINS para as empresas Porto Cia e Porto Vida e Previdência, em função do ganho da causa tributária válido somente para o ano de 2014. Esse efeito impactou o resultado em R$ 75 milhões. Em relação a despesas administrativas, o índice D.A. oscilou levemente em comparação ao ano anterior, com redução de 0,3 p.p., fruto dos nossos esforços para melhorar continuamente os processos da Companhia.

O resultado financeiro, proveniente das aplicações financeiras, cresceu 18,1% atingindo R$ 1.070 milhões. A rentabilidade de 12,3% (excluindo-se os recursos previdenciários) foi fruto de um portfólio de ativos balanceado, entre renda fixa e renda variável, sendo que na RF atingimos o índice de referência (CDI) e na RV superamos o Ibovespa. Como investidor institucional, adotamos estratégias de alocação de longo prazo, também em consonância com as necessidades de retorno nos negócios de seguros.

2014:

A competividade do setor de automóvel representa o maior fator de volatilidade no resultado. Contudo, os impactos das variações macroeconômicas no resultado operacional e financeiro são atenuados pelo reajuste de preços dos produtos, pela política de subscrição de riscos e pela estratégia de alocação dos recursos no mercado financeiro, além do foco na redução das despesas administrativas da Companhia.

O desempenho operacional, demostrado pelo índice combinado, atingiu 96,5% no ano. O índice combinado oscilou levemente (aumento de +0,5 p.p. no ano), resultado principalmente do aumento da sinistralidade do produto de automóvel, impactada pela maior frequência de roubo e furto, particularmente no primeiro semestre do ano. Por outro lado, a piora do resultado operacional foi compensada parcialmente pela redução do índice de despesas de tributos (-1,4 p.p.). Em decorrência do ganho do processo da causa tributária COFINS no ano de 2013, a companhia ficou isenta de pagamento do imposto COFINS para as empresas Porto Cia e Porto Vida e Previdência, válida somente para o ano de 2014. Na parte das despesas, o índice de despesas administrativas (D.A.) manteve-se praticamente constante no comparativo anual (+0,1 p.p. vs. 2013).

O resultado financeiro apresentou um aumento de 84%, com rentabilidade de 10,36% (96% do CDI) em 2014, excluindo-se os recursos previdenciários. O resultado financeiro foi impactado pelos investimentos em renda variável, que apresentaram uma performance abaixo do índice de referência, contudo o aumento do CDI médio contribuiu para um maior resultado financeiro, que atingiu R$ 905,9 milhões.

financeiras

a) introdução ou alienação de segmento operacional.

A Companhia não introduziu ou alienou nenhum segmento operacional que tenha causado ou que venha causar efeitos relevantes em suas demonstrações financeiras e em seus resultados no último exercício social.

b) constituição, aquisição ou alienação de participação societária.

Conforme comunicado ao mercado de 5 de maio de 2016, a Porto Seguro informou que a Porto Cia assinou, naquela data, acordo de compra da carteira de seguros de automóveis da Chubb do Brasil Companhia de Seguros (“Chubb”), tendo a transferência de 39,8 mil apólices concluída (após aprovações regulatórias) em 29 de agosto de 2016. O propósito com esta iniciativa é reforçar o seu posicionamento no segmento de veículos de alto valor, com incremento do seu portfólio no produto "Porto Auto Premium". Essa transação corresponde a cerca de 0,8% da frota de veículos segurados pela Companhia.

Em 3 de outubro de 2016, a Companhia informou que a Porto Cia assinou, em 30 de setembro de 2016, acordo para a transferência da carteira de seguro de automóveis da AIG Seguros Brasil S.A. (“AIG”), envolvendo aproximadamente 25 mil apólices de seguro de automóveis, correspondente a cerca de 0,4% da frota de veículos segurados pela Companhia. O propósito com esta outra iniciativa é ampliar de forma geral sua carteira de seguros de automóveis. A efetiva conclusão da operação e transferência desta carteira, no entanto, estão sujeitas a condições precedentes, dentre as quais a obtenção das aprovações e autorizações regulatórias e por isso não afetam estas demonstrações financeiras do exercício de 2016.

c) Eventos ou operações não usuais.

Não houve em 2016 eventos ou operações não usuais, além da recessão econômica brasileira, que afetou as operações da Companhia e do mercado como um todo.

10.4 - Mudanças significativas nas práticas contábeis - Ressalvas e ênfases no parecer do