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Tabela 1 - Caracterização da amostra (n=1655), entre discentes e servidores da UFV – MG durante o período pandêmico, 2021.

Características n %

Faixa etária (n = 1655)

60 anos ou mais 84 5,1

40 a 59 anos 206 12,4

Até 39 anos 1365 82,5

Missing 0 0,0

Função UFV (n = 1655)

Estudante 1293 78,1

Servidor Público 362 21,9

Missing 0 0,0

Sexo (n = 1645)

Masculino 695 42,0

Feminino 950 57,4

Missing 10 0,6

Raça/Cor (n = 1655)

Preta, Parda, Amarela e Indígena 667 40,3

Branca 988 59,7

Missing 0 0,0

Escolaridade (n = 1644)

Até fundamental completo 5 0,3

Ensino Médio completo 995 60,1

Ensino Superior completo ou mais 644 38,9

Missing 11 0,7

Região do Brasil (n = 1650)

Norte 9 0,5

Centro Oeste 21 1,3

Nordeste 16 1,0

Sudeste 1596 96,4

Sul 8 0,5

Missing 5 0,3

Renda (n = 1633)

Diminuiu ou ficou sem 876 52,9

Manteve 699 42,3

Aumentou 58 3,5

Missing 22 1,3

Total 1655 100,0

Dados são valores absolutos (n) e relativos (%); Dados faltantes (Missing)

0 20 40 60 80 100

Cam -M1

Cam -M2

AFM -M1

AFM -M2

AFV -M1

AFV -M2

Percentual (%)

Não Atingiu a recomendação (%) Atingiu a recomendação (%)

Figura 3. NAF-IPAQ autorrelatado entre discentes e servidores da UFV – MG, antes Vs. durante a pandemia da COVID-19, 2021.

As comparações dos indicadores relacionados aos estilos de vida entre os dois momentos, M1 e M2 a pandemia, considerando o NAF e CS, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e IMC, são relatadas a seguir e representadas nas Figuras 3, 4, 5 e 6.

Ao comparar quem atingiu (A) ou não atingiu (NA) as recomendações adequadas ao NAF entre os dois momentos, é possível notar mudanças no NAF, considerando a Cam, AFM e AFV. Observou-se que nas três categorias do NAF houve um aumento (p<0,001) no percentual de indivíduos que não atingiram as recomendações do M1 para o M2, sendo Cam-NA (M1: 42,8% para M2: 80,6%, p<0,001); AFM-NA (M1: 74,3% para M2: 80,6%, p<0,001); AFV-NA (M1: 64,6% para M2: 71,8%, p<0,001) (Figura 3).

Dados são valores percentuais (%). *Diferença significativa entre o M1 Vs. M2 (p<0,001). Teste de McNemar. NAF: nível de atividade física; IPAQ: questionário internacional de atividade física; Cam:

caminhada; AFM: atividade física moderada; AFV: atividade física vigorosa; M1: antes da pandemia;

M2: durante a pandemia; Vs.: versus.

Fonte: autoria própria.

Verificando o comportamento de tempo gasto assistindo TV e de uso para CT ao comparar M1 Vs. M2, observou-se diferenças estatisticamente significativas, tanto para o tempo não elevado (NE <4h) e elevado (Elev ≥4h) considerando o tempo de TV (p<0,001) e o mesmo para o tempo de CT (NE e Elev, p<0,001) (Figura 4).

Houve aumento significativo do tempo de uso considerado Elev (≥4h) para TV de 2,4% para 12,7% (p<0,001) e do tempo de CT de 58,1% para 81,8% (p<0,001).

Dessa forma, o comportamento NE (<4h) apresentou uma redução significativa, tanto

*

*

*

*

*

*

0 20 40 60 80 100

Tempo TV -M1

Tempo TV -M2

Tempo CT -M1

Tempo CT -M2

Percentual (%)

Elevado ≥4h (%) Não Elevado <4h (%)

*

* *

*

Figura 4. Tempo gasto assistindo TV e utilizando CT entre discentes e servidores da UFV – MG, antes Vs. durante a pandemia da COVID-19, 2021.

para TV (M1-NE: 97,6%; M2-NE: 87,3%, p<0,001) quanto para CT (M1-NE: 41,9%;

M2-NE: 18,2%, p<0,001) (Figura 4).

Dados são valores percentuais (%). *Diferença significativa entre o M1 Vs. M2 (p<0,001). Teste de McNemar. TV: televisão; CT: computador/tablet; M1: antes da pandemia; M2: durante a pandemia; Vs.:

versus.

Fonte: autoria própria.

Considerando o consumo de bebida alcoólica e uso de cigarros (M1 Vs. M2), foram encontradas diferenças estatisticamente significativas (p<0,001) para ambos os hábitos. O consumo de álcool aumentou significativamente de 64,1% para 64,9%

(p<0,001), enquanto o uso de cigarros aumentou de 5,7% para 7,8% (p<0,001).

Consequentemente, o não consumo de álcool diminuiu (M1: 35,9% para M2: 35,1%, p<0,001) e também para o não uso de cigarros (M1: 94,3% para M2: 92,2%, p<0,001) (Figura 5).

Figura 5. O consumo de bebida alcoólica e uso de cigarros entre discentes e servidores da UFV – MG, antes Vs. durante a pandemia da COVID-19, 2021

Dados são valores percentuais (%). *Diferença significativa entre o M1 Vs. M2 (p<0,001). Teste de McNemar. M1: antes da pandemia; M2: durante a pandemia; Vs.: versus.

Fonte: autoria própria.

A classificação do IMC autorrelatado pelos participantes também demonstrou mudanças durante o período da pandemia, encontrando diferenças estatisticamente significativas (p<0,001) para às quatro classificações (obesidade; sobrepeso; baixo peso e eutrofia). Nota-se que o percentual de obesidade (M1: 7,7%; M2: 11,1%, p<0,001) e sobrepeso (M1: 22,6; M2: 28,1, p<0,001) apresentou aumento, enquanto baixo peso (M1: 5%; M2: 4,3%, p<0,001) e eutrofia (M1: 64,7%; M2: 56,5%, p<0,001), apresentaram redução (Figura 6).

0 20 40 60 80 100

Consumo de Bebida

-M1

Consumo de Bebida

-M2

Uso de Cigarros

-M1

Uso de Cigarros

-M2

Percentual (%)

Consumia/Usava (%) Não Consumia/Usava (%)

*

*

*

*

Figura 6. Classificação do índice de massa corporal entre discentes e servidores da UFV – MG, antes Vs. durante a pandemia da COVID-19, 2021.

Dados são valores percentuais (%). *Diferença significativa entre o M1 Vs. M2 (p<0,001). Teste de McNemar. IMC: índice de massa corporal; M1: antes da pandemia; M2: durante a pandemia; Vs.:

versus.

Fonte: autoria própria.

A ACM no M1 da pandemia mostrou graficamente moderada correspondência entre as medidas do NAF (A e NA), e os TT (Elev e NE). As dimensões 1 e 2 explicaram, respectivamente, 32,6% e 21,9% da distribuição das variáveis; os coeficientes de correlação interna, α de Cronbach, foram 0,484 e 0,110, mostrando um coeficiente de correlação interna moderado e muito baixo (Figura 7). Contatou-se que as categorias AFM-NA e AFV-NA, tempo de TV-NE e tempo de CT-Elev estiveram bem próximas, apresentando correspondência entre si. As demais ficaram mais dispersadas, não havendo uma correspondência entre estas.

0 20 40 60 80 100

Obesidade (%) Sobrepeso (%) Baixo peso (%) Eutrofia (%)

Percentual (%)

Classificação IMC - M1 Classificação IMC- M2

*

*

*

*

Figura 7. Análise de correspondência múltipla para cada variável relacionada com o NAF e os tempos de TV e CT antes da pandemia, entre discentes e servidores da UFV – MG, 2021.

*Dimensão foram analisados pelo valor da Inércia e Alfa de Cronbach (α), respectivamente NAF: nível de atividade física; AFM: atividade física moderada; AFV: atividade física vigorosa; Cam: caminhada;

A: atingiu; NA: não atingiu; CT: computador/tablet; TV: televisão; Elev: elevado; NE: não elevado; M1:

antes da pandemia.

Fonte: autoria própria.

A ACM no momento durante a pandemia (Figura 8) identificou um diagrama com melhor aproximação e melhor correspondência entre as categorias “A” e “NA” para Cam, AFM e AFV. De certa forma, entre as categorias do tempo de TV e CT,

“Elev” e “NE”, também permaneceram nos mesmos quadrantes do diagrama. Os valores de inércia da dimensão 1 e α de Cronbach foram, respectivamente, 36,2% e 0,559. Já da dimensão 2 foram 21,4% e α = 0,083. Percebe-se que principalmente na dimensão 1 os valores de inércia e consistência interna foram superiores ao gráfico do momento antes da pandemia.

Figura 8. Análise de correspondência múltipla para cada variável relacionada com o NAF e os tempos de TV e CT durante a pandemia, entre discentes e servidores da UFV – MG, 2021.

*Dimensão foram analisados pelo valor da Inércia e Alfa de Cronbach (α), respectivamente. NAF: nível de atividade física; AFM: atividade física moderada; AFV: atividade física vigorosa; Cam: caminhada;

A: atingiu; NA: não atingiu; CT: computador/tablet; TV: televisão; Elev: elevado; NE: não elevado; M2:

durante a pandemia.

Fonte: autoria própria.

Ao analisar a associação do NAF (Cam; AFM; AFV), TT (TV e CT) e o IMC (M2) com o diagnóstico de COVID-19 (sim Vs. não) (Tabela 2), observa-se que houve uma associação estatisticamente significativa para o NAF na categoria Cam-NA (p=0,005;

V=0,07) e AFV-NA (p=0,049; V=0,051) e para o tempo de TV-Elev (p= 0,041; V=0,05) com diagnóstico negativo para a COVID-19. Evidenciando que pessoas não tiveram a doença e também NA as recomendações de Cam (71,6%) e AFV (63,9%) e aumentaram o tempo de tela para TV - Elev (75,8).

Tabela 2 - Relação entre o NAF, TT e o IMC (M2) com o diagnóstico da COVID-19 de discentes e servidores da UFV – MG, 2021.

Dados são valores absolutos (n) e relativos (%). Teste Qui-Quadrado de Pearson; * p<0,05; V: Tamanho do efeito de V de Cramer. NAF: nível de atividade física; TT: tempo de tela; IMC: índice de massa corporal; Cam: caminhada; AFM: atividade física moderada; AFV: atividade física vigorosa; TV:

televisão; CT: computador/tablet; M2: durante a pandemia.

Na Tabela 3 foi mostrado a relação entre as medidas sociodemográficas e de saúde com a AES (ruim/péssima; moderada; boa/excelente) durante a pandemia da COVID-19. Nota-se que houve uma associação estatisticamente significativa para a faixa etária (p<0,01); sexo (p=0,001); raça/cor (p=0,001); escolaridade (p<0,01); renda (p<0,01); benefício do governo (p<0,01); mudança na saúde (p<0,01); diagnósticos de doenças (p<0,01) e sintomas relacionados com a COVID-19 (p<0,01). No qual, indivíduos de até 39 anos (55,9%); mulheres (38,2%); brancos (43,5%); com maior nível de escolaridade, ensino médio completo (38,6%) e superior ou mais (31,1%);

que tiveram a renda reduzida ou ficaram sem (34,2%); que não receberam o benefício

NAF, TT e IMC Diagnóstico da COVID-19

Sim Não p V

Cam

Não Atingiu 142 (9,0) 1129 (71,6) 0,005* 0,07

Atingiu 52 (3,3) 254 (16,1)

AFM

Não Atingiu 146 (9,3) 1123 (71,3) 0,16 0,035

Atingiu 44 (2,8) 261 (16,6)

AFV

Não Atingiu 121 (8,0) 968 (63,9) 0,049* 0,051

Atingiu 63 (4,2) 363 (24,0)

Tempo de TV

Elevado (≥4h) 17 (1,0) 193 (11,7) 0,041* 0,05

Não Elevado (<4h) 188 (11,4) 1250 (75,8)

Tempo de CT

Elevado (≥4h) 157 (9,5) 1193 (72,3) 0,055 0,047

Não Elevado (<4h) 47 (2,8) 253 (15,3)

Classificação IMC - M2

Obesidade 21 (1,3) 155 (9,8) 0,256 0,051

Sobrepeso 63 (4,0) 377 (23,9)

Baixo peso 4 (0,3) 63 (4,0)

Eutrofia 109 (6,9) 783 (49,7)

do governo (44,1%); que alegaram uma piora na saúde durante a pandemia (35,8%);

que não tinham nenhuma DCNT (53,4%) e não apresentaram nenhum sintoma relacionado com a COVID-19 (27,7%), autoperceberam com um estado de saúde bom/excelente durante o período pandêmico. Mostrando assim, que as variáveis sociodemográficas podem ser fatores influenciadores na AES ao decorrer do isolamento para a COVID-19.

Tabela 3 - Associação entre as medidas sociodemográficas e de saúde com a AES durante a pandemia da COVID-19 de discentes e servidores da UFV – MG, 2021.

Dados são valores absolutos (n) e relativos (%); Dados faltantes (Missing). Teste Qui-Quadrado de Pearson; Associação Linear por Linear. *valor de p<0,05. AES: autopercepção do estado de saúde.

Medidas

sociodemográficas e de saúde

AES na pandemia da COVID-19

Ruim/Péssima Moderado Boa/Excelente p Missing Faixa etária

(n= 1655)

60 anos ou mais 2 (0,1) 15 (0,9) 67 (4,0) <0,01* 0 (0)

40 a 59 anos 8 (0,5) 33 (2,0) 165 (10,0)

Até 39 anos 81 (4,9) 359 (21,7) 925 (55,9)

Sexo (n= 1645)

Masculino 36 (2,2) 136 (8,3) 523 (31,8) 0,001* 10 (0,6)

Feminino 51 (3,1) 270 (16,4) 629 (38,2)

Raça/cor (n= 1655)

Preta, Parda, Amarela e

Indígena 45 (2,7) 185 (11,2) 437 (26,4) 0,001* 0 (0)

Branca 46 (2,8) 222 (13,4) 720 (43,5)

Escolaridade

(n= 1644)

Até fundamental completo 0 (0,0) 2 (0,1) 3 (0,2) <0,01* 11 (0,7) Ensino médio completo 72 (4,4) 288 (17,5) 635 (38,6)

Ensino superior completo

ou mais 18 (1,1) 115 (7,0) 511 (31,1)

Renda (n= 1633)

Diminuiu ou ficou sem 70 (4,3) 248 (15,2) 558 (34,2) <0,01* 22 (1,3)

Manteve 20 (1,2) 144 (8,8) 535 (32,8)

Aumentou 0 (0,0) 7 (0,4) 51 (3,1)

Benefício do governo

(n= 1630)

Não 33 (2,0) 198 (12,1) 719 (44,1) <0,01* 25 (1,5)

Sim 57 (3,5) 202 (12,4) 421 (25,8)

Mudança na saúde

(n= 1647)

Piorou 87 (5,3) 357 (21,7) 590 (35,8) <0,01* 8 (0,5)

Manteve 3 (0,2) 37 (2,2) 424 (25,7)

Melhorou 1 (0,1) 11 (0,7) 137 (8,3)

Diagnóstico de doenças

(n= 1617)

2 ou mais 21 (1,3) 67 (4,1) 98 (6,1) <0,01* 38 (2,3)

1 doença 32 (2,0) 100 (6,2) 175 (10,8)

Nenhuma 33 (2,0) 228 (14,1) 863 (53,4)

Sintomas da COVID-19

(n= 1655)

5 ou mais 34 (2,1) 138 (8,3) 253 (15,3) <0,01* 0 (0)

3 ou 4 25 (1,5) 87 (5,3) 199 (12,0)

1 ou 2 13 (0,8) 64 (3,9) 247 (14,9)

Nenhum 19 (1,1) 118 (7,1) 458 (27,7)

Já na Tabela 4, temos a relação entre as medidas de comportamento e o IMC em relação a AES, todas as variáveis utilizadas nessa associação foram durante a pandemia da COVID-19.

Apresentou-se associação estatisticamente significativa para má qualidade do sono (p<0,01); consumo de fumo (p=0,003); as categorias do NAF (Cam; AFM; AFV, sendo p<0,01 para as três categorias), bem como para o tempo de TV (p=0,007) e IMC (p<0,01). Nota-se curiosamente que indivíduos com uma má qualidade de sono (39,2%); que não atingiram as recomendações para Cam (54%), AFM (54,6%), AFV (46,9%) apresentaram uma boa/excelente AES, o mesmo evidenciado para não fumante (65%); tempo de TV-NE (62%) e eutróficos (42,2%). Deste modo, é possível verificar que as medidas comportamentais adotadas durante o isolamento social podem influenciar na AES nesse período pandêmico.

Tabela 4 - Associação entre as medidas comportamentais e IMC com a AES durante a pandemia da COVID-19 de discentes e servidores da UFV – MG, 2021.

Dados são valores absolutos (n) e relativos (%). Dados faltantes (Missing). Teste Qui-Quadrado de Pearson; Associação Linear por Linear. *p<0,05. IMC: índice de massa corporal; AES: autopercepção do estado de saúde; Cam: caminhada; AFM: atividade física moderada; AFV: atividade física vigorosa;

TV: televisão; CT: computador/tablet; M2: durante a pandemia.

Medidas comportamentais

e IMC

AES na pandemia da COVID-19

Ruim/Péssima Moderado Boa/Excelente p Missing Qualidade do sono

(n= 1642)

Má qualidade 83 (5,1) 316 (19,2) 643 (39,2) <0,01* 13 (0,8)

Moderada qualidade 0 (0,0) 5 (0,3) 22 (1,3)

Boa qualidade 8 (0,5) 85 (5,2) 480 (29,2)

Bebida Alcoólica - M2 (n= 1616)

Bebia 54 (3,3) 247 (15,3) 748 (46,3) 0,143 39 (2,4)

Não Bebia 33 (2,0) 151 (9,3) 383 (23,7)

Fumo - M2 (n= 1603)

Fumava 14 (0,9) 35 (2,2) 75 (4,7) 0,003* 52 (3,1)

Não Fumava 75 (4,7) 362 (22,6) 1042 (65,0)

Cam - M2 (n= 1577)

Não Atingiu 79 (5,0) 341 (21,6) 851 (54,0) <0,01* 78 (4,7)

Atingiu 9 (0,6) 52 (3,3) 245 (15,5)

AFM - M2 (n= 1574)

Não atingiu 81 (5,1) 328 (20,8) 860 (54,6) <0,01* 81 (4,9)

Atingiu 6 (0,4) 55 (3,5) 244 (15,5)

AFV - M2 (n= 1515)

Não atingiu 73 (4,8) 306 (20,2) 710 (46,9) <0,01* 140 (8,5)

Atingiu 12 (0,8) 58 (3,8) 356 (23,5)

Tempo de TV - M2 (n= 1648)

Elevado (≥ 4h) 17 (1,0) 62 (3,8) 131 (7,9) 0,007* 7 (0,4) Não Elevado (< 4h) 74 (4,5) 343 (20,8) 1021 (62,0)

Tempo de CT - M2 (n= 1650)

Elevado (≥ 4h) 80 (4,8) 335 (20,3) 935 (56,7) 0,152 5 (0,3) Não Elevado (<4h) 11 (0,7) 72 (4,4) 217 (13,2)

IMC - M2 (n= 1575)

Obesidade 19 (1,2) 57 (3,6) 100 (6,3) <0,01* 80 (4,8)

Sobrepeso 26 (1,7) 111 (7,0) 303 (19,2)

Baixo peso 4 (0,3) 25 (1,6) 38 (2,4)

Eutrofia 39 (2,5) 189 (12,0) 664 (42,2)

Para aprofundar e aumentar o poder das associações citadas anteriormente (Tabela 3 e 4), foram realizadas as regressões multinomiais (Tabela 5 e 6). Na Tabela 5, contém a associação da razão de chances (OR) entre a AES na pandemia, considerada as classificações, “moderada Vs. boa/excelente” e entre “ruim/péssima Vs. boa/excelente”, com as variáveis de medidas sociodemográficas e de saúde.

A análise multinomial mostrou de forma confirmatória a associação de diferentes variáveis de medidas sociodemográficas e de saúde com as categorias da AES (Tabela 5). Os indivíduos com faixa etária entre 40 a 59 anos, em comparação com os que tem até 39 anos, apresentaram 48,5% (OR=0,515; IC95% 0,348-0,763;

p=0,001) menos chances de terem a AES considerada “boa/excelente” do que

“moderada”. E para o sexo masculino, essa chance é de 39,4% (OR=0,606; IC95%

0,478-0,767; p<0,001) menor em comparação ao sexo feminino para a mesma classificação. Já para quem alegou que não recebeu o benefício do governo, observou-se 42,6% (OR=0,574; IC95% 0,456-0,722; p<0,001) menos chances de uma AES “boa/excelente” do que “moderada” e 66,1% (OR=0,339; IC95% 0,217-0,529;

p<0,001) menos chances de apresentar “boa/excelente” em vez de “ruim/péssima”.

Para aqueles que foram considerados da raça/cor preta, parda, amarela e indígena teve 1,373 (IC95%1,093-1,725; p=0,007) mais chances de terem uma AES

“moderada” e 1,612 de “ruim/ péssima” (IC95%1,051-2,472; p=0,029) do que

“boa/excelente”, comparado com os brancos. O mesmo foi observado para a escolaridade e renda, quem tem ensino médio completo comparado com aqueles que têm o ensino superior completo, aumenta 2,015 (IC95% 1,576-2,570; p<0,001) mais chances de ter “moderada” e 3,219 de “ruim/péssima” (IC95%1,896-5,496; p<0,001).

Já quem alegou ter a renda reduzida ou ficou sem, teve 1,725 (IC95% 1,336-2,178;

p<0,001) mais chances de “moderada” e 3,676 (IC95% 2,207-6,123; p<0,001) de

“ruim/péssima” (Tabela 5).

Considerando a mudança na saúde (piorou Vs. melhorou), observou-se um aumento de 7,53 (IC95% 4,021-14,123; p<0,001) mais chances de “moderada” e 20,20 (IC95% 2,789-146,307; p<0,001) de “ruim/péssima”. Já quando considerado o diagnóstico de doenças, quem relatou ter 1 doença, apresentou 2,16 (IC95% 1,625-2,878; p<0,001) e 4,78 (IC95% 2,864-7,895; p<0,001), mais chances de terem uma AES “moderada” e “ruim/péssima”, respectivamente, em comparação a

“boa/excelente”. Para quem tem 2 ou mais doenças, comparado com quem não tem

nenhuma, esse aumento foi de 2,58 (IC95%1,83-3,64; p<0,001) e 5,604 (IC95%3,12-10,60; p<0,001) mais chances, respectivamente (Tabela 5).

Por fim, para a variável número de sintomas relacionados com a COVID-19, aqueles que apresentaram 5 ou mais sintomas quando comparado com nenhum, tiveram 2,117 (IC95% 1,585-2,829; p<0,001) e 3,239 (IC95% 1,810-5,797; p<0,001) mais chances de terem uma AES “moderada” e “ruim/péssima”, respectivamente. Já para quem teve 3 ou 4 sintomas, essa razão de chances foram de 1,697 (IC95%1,228-2,344; p=0,001) e 3,028 (IC95%1,630-5,625, p<0,001), respectivamente (Tabela 5).

Tabela 5 - Regressão mutinomial entre as medidas sociodemográficas e de saúde com a AES durante a pandemia da COVID-19 de discentes e servidores da UFV – MG, 2021.

**Categoria de referência; AES: autopercepção do estado de saúde.

Medidas sociodemográficas e de saúde

AES na pandemia da COVID-19

Moderada Vs. Boa/Excelente Ruim/Péssima Vs. Boa/Excelente

β OR IC95% p β OR IC95% p

Faixa etária - Até 39 anos**

60 anos ou mais -0,55 0,577 0,325-1,023 0,06 -1,076 0,341 0,082-1,417 0,139

40 a 59 anos -0,663 0,515 0,348-0,763 0,001* -0,591 0,554 0,263-1,166 0,12

Sexo - Feminino**

Masculino -0,501 0,606 0,478-0,767 <0,001* -0,164 0,849 0,546-1,321 0,468

Raça/cor - Branca**

Preta, Parda, Amarela e Indígena 0,317 1,373 1,093-1,725 0,007* 0,447 1,612 1,051-2,472 0,029*

Escolaridade - Ensino superior**

Até fundamental completo 1,086 2,962 0,489-17,932 0,237 -17,144 3,58E-08 - -

Ensino Médio completo 0,701 2,015 1,576-2,570 <0,001* 1,169 3,219 1,896-5,496 <0,001*

Renda - aumentou ou manteve**

Diminuiu ou ficou sem 0,545 1,725 1,336-2,178 <0,001* 1,302 3,676 2,207-6,123 <0,001*

Benefício do governo - Sim**

Não -0,555 0,574 0,456-0,722 <0,001* -1,082 0,339 0,217-0,529 <0,001*

Mudança na Saúde - Melhorou**

Piorou 2,02 7,53 4,021-14,123 <0,001* 3,006 20,202 2,789-146-307 0,003*

Manteve 0,083 1,087 0,540-2,189 0,816 -0,031 0,969 0,100-9,395 0,979

Diagnóstico de doenças - Nenhuma**

2 ou mais doenças 0,951 2,588 1,83-3,64 <0,001* 1,723 5,604 3,120-10,60 <0,001*

1 doença 0,771 2,16 1,625-2,878 <0,001* 1,565 4,782 2,864-7,895 <0,001*

Sintomas da COVID-19 - Nenhum**

5 ou mais 0,75 2,117 1,585-2,829 <0,001* 1,175 3,239 1,810-5,797 <0,001*

3 ou 4 0,529 1,697 1,228-2,344 0,001* 1,18 3,028 1,630-5,625 <0,001*

1 ou 2 0,006 1,006 0,715-1,415 0,974 0,238 1,269 0,616-2,612 0,518

A associação entre a AES na pandemia, com as variáveis de medidas comportamentais e IMC durante a pandemia é representada na Tabela 6. Na qualidade do sono, quem declarou ter uma “má” qualidade quando comparado com a

“boa”, obteve 2,775 (IC95%2,125-3,625; p<0,001) e 7,745 (IC95%3,713-16,154;

p<0,001) mais chances de apresentarem a AES “moderada” e “ruim/péssima”, respectivamente, em vez de “boa/excelente”.

A razão de chances aumentada para apresentar uma AES “moderada” e

“ruim/péssima”, respectivamente, quando comparada com “boa/excelente”, foi notada também quando associado o NAF para as três categorias em relação aos que não atingiram as recomendações, Cam-NA (OR=1,888; IC95%1,365-2,61; p<0,001) e Cam-NA (OR=2,527; IC95%1,250-5,109; p=0,01); AFM-NA (OR=1,692; IC95%1,230-2,328; p<0,001) e AFM-NA (OR= 3,83; IC95%1,651-8,884; p=0,002); AFV-NA (OR=2,645; IC95%1,944-3,600; p<0,001) e AFV-NA (OR=3,05; IC95%1,635-5,691;

p<0,001) (Tabela 6).

Para o TT, ao considerar aqueles que se encontravam com o tempo de TV elevado, foi observado 1,41 (IC95%1,017-1,952; p=0,039) e 1,79 (IC95%1,025-3,127;

p=0,041) mais chances de apresentarem uma AES “moderada” e “ruim/péssima”, respectivamente, em comparação a “boa/excelente”. Já para o IMC, essa mesma percepção foi notada para quem se encontra em obesidade (OR=2,003; IC95%1,393-2,880; p<0,001) e (OR=1,174; IC95%1,798-5,820; p<0,001), enquanto os indivíduos em baixo peso apresentaram (OR=2,311; IC95%1,361-3,927; p=0,002) mais chances de uma AES “moderada”do que “boa/excelente”, quando comparados com eutróficos (Tabela 6).

Para as pessoas que alegaram fumar, observa-se uma razão de chances de 2,593 (IC95%1,400-4,806; p=0,002) mais alta para uma AES “ruim/ péssima” do que

“boa/excelente”, em relação às pessoas que não fumam (Tabela 6).

discentes e servidores da UFV – MG, 2021.

**Categoria de referência; β – coeficiente Beta; OR – Odds Ratios; IC – intervalo de confiança a 95%; *p< 0,05. Teste de Regressão Logística Multinomial.

IMC: índice de massa corporal; AES: autopercepção do estado de saúde; Cam: caminhada; AFM: atividade física moderada; AFV: atividade física vigorosa;

TV: televisão; CT: computador/tablet; M2: durante a pandemia.

Medidas comportamentais e IMC

AES na pandemia da COVID-19

Moderada Vs. Boa/Excelente Ruim/Péssima Vs. Boa/Excelente

β OR IC95% p β OR IC95% p

Qualidade do sono - Boa qualidade**

Má qualidade 1,021 2,775 2,125-3,625 <0,001* 2,047 7,745 3,713-16,154 <0,001*

Moderada qualidade 0,25 1,283 0,473-3,482 0,624 -17,643 - - -

Bebida Alcoólica - Não bebia**

Bebia -0,177 0,838 0,661-1,602 0,143 -0,177 0,838 0,534-1,314 0,441

Fumo - Não Fumava**

Fumava 0,295 1,343 0,884-2,042 0,167 0,953 2,593 1,400-4,806 0,002*

Cam - Atingiu**

Não Atingiu 0,635 1,888 1,365-2,612 <0,001* 0,927 2,527 1,250-5,109 0,01*

AFM - Atingiu**

Não atingiu 0,526 1,692 1,230-2,328 <0,001* 1,343 3,83 1,651-8,884 0,002*

AFV - Atingiu**

Não atingiu 0,973 2,645 1,944-3,600 <0,001* 1,115 3,05 1,635-5,691 <0,001*

Tempo de TV - Não Elevado**

Elevado (≥ 4h) 0,343 1,409 1,017-1,952 0,039* 0,528 1,79 1,025-3,127 0,041*

Tempo de CT- Não Elevado**

Elevado (≥ 4h) 0,077 1,08 0,805 0,609 0,523 1,688 0,884-3,225 0,113

IMC (M2) - Eutrofia**

Obesidade 0,694 2,003 1,393-2,880 <0,001* 1,174 3,235 1,798-5,820 <0,001*

Sobrepeso 0,252 1,287 0,982-1,688 0,068 0,379 1,461 0,873-2,444 0,149

Baixo peso 0,838 2,311 1,361-3,927 0,002* 0,583 1,792 0,609-5,276 0,29

Em seguida, avaliou-se a relação entre as medidas sociodemográficas e de saúde com o número de sintomas relacionados com a COVID-19, sendo que este desfecho foi analisado por meio de categorias: 4 ou mais sintomas, 1 a 3 sintomas e nenhum (Tabela 7). Observou-se que a variação das frequências na faixa etária (p<0,01); sexo (p=0,002); escolaridade (p<0,01); renda (p=0,003); benefício do governo (p<0,01); mudança na saúde (p<0,01); diagnósticos de doenças (p<0,01) e na AES (p<0,01) influenciaram nas frequências do número de sintomas.

Idade até 39 anos (29,9%); mulheres (20,2%); ensino médio completo (23,2%);

renda reduzida ou que ficou sem renda (20,1%) e piora na mudança de saúde (24,5%) durante a pandemia, contribuíram para apresentar 4 ou mais sintomas relacionados com a COVID-19. Enquanto não receber o benefício do governo (22,7%); não ter nenhuma DCNT (27,4%) e com AES boa/excelente (28,3%) durante esse período, contribuíram para a ausência de sintomas (Tabela 7).

Tabela 7 - Associação entre as medidas sociodemográficas e de saúde com o número de sintomas relacionados com a COVID-19 de discentes e servidores da UFV – MG, 2021.

Dados são valores absolutos (n) e relativos (%); Dados faltantes (Missing). Teste Qui-Quadrado de Pearson; Associação Linear por Linear. *valor de p<0,05.

Medidas sociodemográficas e de saúde

Número de sintomas da COVID-19

4 ou mais 1 a 3 nenhum p Missing Faixa etária (n= 1617)

60 anos ou mais 12 (0,7) 34 (2,1) 32 (2,0) <0,01* 38 (2,3)

40 a 59 anos 36 (2,2) 72 (4,5) 92 (5,7)

Até 39 anos 483 (29,9) 385 (23,8) 471 (29,1)

Sexo (n= 1607)

Masculino 203 (12,6) 195 (12,1) 280 (17,4) 0,002* 48 (2,9)

Feminino 324 (20,2) 294 (18,3) 311 (19,4)

Raça/cor (n= 1617)

Preta, Parda, Amarela e Indígena 220 (13,6) 183 (11,3) 253 (15,6) 0,669 38 (2,3)

Branca 311 (19,2) 308 (19,0) 342 (21,2)

Escolaridade (n= 1607)

Até fundamental completo 3 (0,2) 0 (0,0) 2 (0,1) <0,01* 48 (2,9) Ensino médio completo 373 (23,2) 273 (17,0) 328 (20,4)

Ensino superior completo ou mais 148 (9,2) 217 (13,5) 263 (16,4) Renda (n= 1595)

Diminuiu ou ficou sem 321 (20,1) 236 (14,8) 298 (18,7) 0,003* 60 (3,6)

Manteve 181 (11,3) 229 (14,4) 272 (17,1)

Aumentou 19 (1,2) 21 (1,3) 18 (1,1)

Benefício do Governo (n= 1592)

Não 264 (16,6) 301 (18,9) 361 (22,7) <0,01* 63 (3,8)

Sim 258 (16,2) 187 (11,7) 221 (13,9)

Mudança na Saúde (n= 1610)

Piorou 394 (24,5) 290 (18,0) 328 (20,4) <0,01* 45 (2,7)

Manteve 100 (6,2) 139 (8,6) 213 (13,2)

Melhorou 35 (2,2) 61 (3,8) 50 (3,1)

Diagnóstico de doenças (n= 1579)

2 ou mais 86 (5,4) 47 (3,0) 51 (3,2) <0,01* 76 (4,6)

1 doença 109 (6,9) 84 (5,3) 103 (6,5)

Nenhuma 316 (20,0) 350 (22,2) 433 (27,4)

Autopercepção da saúde (n= 1617)

Ruim e péssima 44 (2,7) 27 (1,7) 19 (1,2) <0,01* 38 (2,3)

Moderada 167 (10,3) 114 (7,1) 118 (7,3)

Boa e excelente 320 (19,8) 350 (21,6) 458 (28,3)

A associação entre as medidas de comportamento e o IMC com o número de sintomas relacionados com a COVID-19 foi testada e confirmada pela regressão multinomial (Tabela 8). Foi encontrada associação significativa para a qualidade do sono (p<0,01); consumo de bebida alcoólica (p<0,01) e de fumo (p=0,006), sendo que, apresentar uma má qualidade do sono (23,7%) e consumir bebida alcoólica (23,3%) ao decorrer da pandemia, contribuíram para apresentar 4 ou mais sintomas relacionados com a COVID-19. Já não fumar (34,6%) foi associado a ausência de sintomas.

Tabela 8 - Associação entre as medidas comportamentais e IMC com o número de sintomas relacionados com a COVID-19 de discentes e servidores da UFV – MG, 2021.

Dados são valores absolutos (n) e relativos (%). Dados faltantes (Missing). Teste Qui-Quadrado de Pearson; Associação Linear por Linear. *p<0,05. IMC: índice de massa corporal; Cam: caminhada;

AFM: atividade física moderada; AFV: atividade física vigorosa; TV: televisão; CT: computador/tablet;

M2: Durante a pandemia.

Medidas comportamentais e IMC

Número de sintomas da COVID-19

4 ou mais 1 a 3 Nenhum p Missing

Qualidade do sono (n= 1606)

Má qualidade 381 (23,7) 302 (18,8) 340 (21,2) <0,01* 49 (3,0)

Moderada qualidade 9 (0,6) 9 (0,6) 7 (0,4)

Boa qualidade 137 (8,5) 176 (11,0) 245 (15,3) Bebida Alcoólica - M2

(n= 1585)

Bebia 369 (23,3) 313 (19,7) 350 (22,1) <0,01* 70 (4,2)

Não Bebia 148 (9,3) 169 (10,7) 236 (14,9)

Fumo - M2 (n= 1566)

Fumava 56 (3,6) 28 (1,8) 37 (2,4) 0,006* 89 (5,4)

Não Fumava 455 (29,1) 448 (28,6) 542 (34,6)

Cam - M2 (n= 1540)

Não Atingiu 417 (27,1) 379 (24,6) 443 (28,8) 0,201 115 (6,9)

Atingiu 95 (6,2) 84 (5,5) 122 (7,9)

AFM - M2 (n= 1538)

Não atingiu 404 (26,3) 390 (25,4) 447 (29,1) 0,267 117 (7,1)

Atingiu 93 (6,0) 83 (5,4) 121 (7,9)

AFV - M2 (n= 1483)

Não atingiu 347 (23,4) 328 (22,1) 392 (26,4) 172(10,4)

Atingiu 131 (8,8) 131 (8,8) 154 (10,4)

Tempo de TV - M2 (n= 1610)

Elevado (≥ 4h) 71 (4,4) 59 (3,7) 73 (4,5) 0,601 45 (2,7) Não Elevado (4h) 459 (28,5) 429 (26,6) 519 (32,2)

Tempo de CT - M2

Elevado (≥ 4h) 446 (27,7) 398 (24,7) 473 (29,3) 0,059 43 (2,6)

Não Elevado (4h) 84 (5,2) 91 (5,6) 120 (7,4)

IMC- M2 (n=1539)

Obesidade 64 (4,2) 52 (3,4) 57 (3,7) 0,49 116 (7,0)

Sobrepeso 140 (9,1) 124 (8,1) 167 (10,9)

Baixo peso 26 (1,7) 21 (1,4) 19 (1,2)

Eutrofia 281 (18,3) 265 (17,2) 323 (21,0)

Na Tabela 9, observa-se a associação entre o número de sintomas relacionados com a COVID-19 durante a pandemia, considerando “1 a 3 sintomas Vs.

nenhum” e “4 ou mais sintomas Vs. nenhum”, com as variáveis de medidas demográficas e de saúde. A análise multinomial mostrou também de forma confirmatória a associação dos diferentes fatores com as categorias para o número de sintomas. Nota-se que aqueles na faixa etária entre 60 anos ou mais quando comparado com quem tem até 39 anos, apresentaram 63,4% (OR=0,366; IC95%

0,787-2,146; p=0,004) menos chances de não apresentar nenhum sintoma do que 4 ou mais. Enquanto no sexo masculino quando comparado ao sexo feminino, apresentou 30,4% (OR=0,696; IC95% 0,548-0,883; p=0,003) menos chances de não apresentar nenhum sintoma quando comparado com 4 ou mais, e de 26,3%

(OR=0,737; IC95% 0,578-0,939; p=0,014) menos chances de nenhum quando em relação a 1 a 3 sintomas.

Quem alegou que não recebeu o benefício do governo, apresentou 37,4%

(OR=0,626; IC95% 0,493-0,796; p<0,001) menos chances de apresentar “nenhum”

quando comparado a “4 ou mais sintomas”. E, em relação à escolaridade, aqueles que possuem ensino médio completo com relação ao ensino superior completo, observou-se 2,021 (IC95% 1,574-2,595; p<0,001) mais chances de ter “4 ou mais sintomas”. Essa prevalência de chances para “4 ou mais sintomas” quando comparado com “nenhum” também foi notado para quem alegou ter a renda reduzida ou ficado sem (OR=1,562; IC95%1,229-1,984; p<0,001); aqueles que autorrelataram uma piora da saúde (OR=1,716; IC95%1,088-2,708; p=0,02); para os participantes que apresentam 1 DCNT (OR=1,45; IC95%1,068-1,969; p=0,017) e, com a AES

“ruim/péssima” (OR=3,314; IC95%1,900-5,783; p<0,001) e “moderada” (OR=2,026;

IC95%1,538-2,668; p<0,001).

Para os participantes que alegaram ter 1 DCNT em relação a nenhuma, foi observado 2,311 (IC95%1,587-3,364; p<0,001) mais chances de ter manifestado “1 a 3 sintomas” do que “nenhum”. O mesmo foi notado para quem relatou uma AES

“ruim/péssima” (OR=1,86; IC95%1,017-3,399; p=0,044).

Tabela 9 - Regressão mutinomial entre as medidas sociodemográficas e de saúde com o número de sintomas relacionados com a COVID-19 de discentes e servidores da UFV – MG, 2021

Medidas sociodemográficas e de saúde

Número de sintomas da COVID-19

1 a 3 sintomas Vs. Nenhum 4 ou mais sintomas Vs. Nenhum

β OR IC95% p β OR IC95% p

Faixa etária - Até 39 anos**

60 anos ou mais 0,262 1,3 0,787-2,146 0,305 -1,006 0,366 0,787-2,146 0,004*

40 a 59 anos -0,044 0,957 0,684-1,340 0,8 -0,936 0,382 0,254-0,572 <0,001*

Sexo - Feminino**

Masculino -0,306 0,737 0,578-0,939 0,014* -0,363 0,696 0,548-0,883 0,003*

Raça/cor - Branca**

Preta, Parda, Amarela e Indígena -0,219 0,803 0,629-1,026 0,079 -0,045 0,956 0,754-1,212 0,712

Escolaridade - Ensino superior**

Até fundamental completo -19,38 - - - 0,98 2,666 0,440-16,134 0,286

Ensino Médio completo 0,009 1,009 0,793-1,284 0,944 0,704 2,021 1,574-2,595 <0,001*

Renda - aumentou ou manteve**

Diminuiu ou ficou sem -0,085 0,919 0,722-1,168 0,489 0,446 1,562 1,229-1,984 <0,001*

Benefício do governo - Sim**

Não -0,015 0,985 0,769-1,262 0,907 -0,468 0,626 0,493-0,796 <0,001*

Mudança na Saúde - Melhorou**

Piorou -0,322 0,725 0,483-1,088 0,12 0,54 1,716 1,088-2,708 0,02*

Manteve -0,626 0,535 0,348-0,823 0,004 -0,399 0,671 0,410-1,098 0,112

Diagnóstico de doenças - Nenhuma**

2 ou mais doenças 0,131 1,14 0,749-1,736 0,541 0,009 1,009 0,732-1,390 0,957

1 doença 0,838 2,311 1,587-3,364 <0,001* 0,372 1,45 1,068-1,969 0,017*

Autopercepção da saúde - Boa/Excelente**

Ruim e péssima 0,62 1,86 1,017-3,399 0,044* 1,198 3,314 1,900-5,783 <0,001*

Moderada 0,234 1,264 0,944-1,694 0,116 0,706 2,026 1,538-2,668 <0,001*

**Categoria de referência; β – coeficiente Beta; OR – Odds Ratios; IC – intervalo de confiança a 95%; *p< 0,05. Teste de Regressão Logística Multinomial.

Ademais, na Tabela 10, temos a comparação de razão de chances entre o número de sintomas relacionados a COVID-19 com as variáveis de medidas comportamentais e IMC durante a pandemia. Observa-se que na qualidade do sono, quem declarou ter uma má qualidade quando comparado com a boa, obteve 2,004 (IC95%1,553-2,586; p<0,001) mais chances de ter “4 ou mais sintomas” em relação a

“nenhum”. Essa mesma prevalência de chances para os sintomas, foi notado também para quem alegou consumir bebida alcóolica durante a pandemia (OR=1,681;

IC95%1,306-2,163; p<0,001) e fumar (OR=1,803; IC95%1,169-2,781; p=0,008).

Tabela 10 - Regressão mutinomial entre as medidas comportamentais e IMC durante a pandemia com o número de sintomas relacionados com a COVID-19 de discentes e servidores da UFV – MG, 2021.

Medidas comportamentais e IMC

Número de sintomas da COVID-19

1 a 3 sintomas Vs. Nenhum 4 ou mais sintomas Vs. Nenhum

β OR IC95% p β OR IC95% p

Qualidade do sono - Boa qualidade**

Má qualidade 0,212 1,236 0,965-1,585 0,094 0,695 2,004 1,553-2,586 <0,001*

Moderada qualidade 0,584 1,79 0,654-4,897 0,254 0,833 2,299 0,838-6,310 0,106

Bebida Alcoólica - Não bebia**

Bebia 0,222 1,249 0,973-1,603 0,081 0,519 1,681 1,306-2,163 <0,001*

Fumo - Não Fumava**

Fumava -0,088 0,733 0,552-1,520 0,733 0,589 1,803 1,169-2,781 0,008*

Cam - Atingiu**

Não Atingiu 0,217 1,243 0,911-1,694 0,17 0,19 1,209 0,896-1,631 0,215

AFM - Atingiu**

Não atingiu 0,241 1,272 0,932-1,735 0,129 0,162 1,176 0,869-1,590 0,293

AFV - Atingiu**

Não atingiu -0,016 0,984 0,747-1,295 0,907 0,04 1,041 0,791-1,369 0,776

Tempo de TV - Não Elevado**

Elevado (≥ 4 horas) -0,022 0,978 0,678-1,410 0,904 0,095 1,1 0,775-1,561 0,594

Tempo de CT - Não Elevado**

Elevado (≥ 4 horas) 0,104 1,11 0,819-1,503 0,502 0,298 1,347 0,991-1,832 0,057

IMC (M2) - Eutrofia**

Obesidade 0,106 1,112 0,738-1,675 0,611 0,255 1,291 0,873-1,908 0,201

Sobrepeso -0,1 0,905 0,682-1,202 0,49 -0,037 0,964 0,731-1,270 0,792

Baixo peso 0,298 1,347 0,709-2,559 0,363 0,453 1,573 0,852-2,903 0,147

**Categoria de referência; β coeficiente Beta; OR Odds Ratios; IC intervalo de confiança a 95%; *p< 0,05. Teste de Regressão Logística Multinomial.

IMC: índice de massa corporal; Cam: caminhada; AFM: atividade física moderada; AFV: atividade física vigorosa; TV: televisão; CT: computador/tablet; M2:

durante a pandemia.

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