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A aspiração folicular referência (OPU 1), em 23 vacas da raça Nelore, foi realizada em 6 sessões de aspiração resultando na recuperação de 299 oócitos (média de 13 por animal), dos quais 223 (74,5%), uma média de 9,6 por animal, foram submetidos a maturação e fecundação in vitro produzindo 44 blastocistos (19,7%), uma média de 1,9 por animal. Embora a OPU 1 tenha sido realizada em fase aleatória do CE os dados foram agrupados por tratamento, pois a aspiração referência (OPU 1) e OPU 2 foi realizada nos mesmos animais para avaliar a resposta destes mesmos indivéduos aspirados em fase aleatória e posteriormente em tempo determinado. Portanto quando os animais foram agrupados por tratamentos, o percentual de oócitos viáveis variou de 61,5 a 88,9%, sendo em média 74,5%, enquanto o desenvolvimento dos oócitos maturados até blastocisto variou de 1,9 a 54,2%, sendo em média 19,7% (Tabela 1).

Tabela 1. Número de animais aspirados, total de oócitos recuperados, número e

percentual de oócitos viáveis e número e percentual de blastocistos obtidos em fase aleatória do ciclo estral na aspiração referência (OPU 1) de 23 vacas da raça nelore agrupadas em 6 sessões de acordo com o tratamento da OPU 2.

Número de oócitos Blastocistos Sessões OPU n ode animais Total Viáveis (%) no % 1ª T (0 – 144) 4 38 29 (76,3) 9 31,0 2ª T (48 – 120) 5 61 53 (86,9) 1 1,9 3ª T (48 – 96) 4 52 32 (61,5) 6 18,8 4ª T (72 – 96) 3 34 23 (67,6) 4 17,4 5ª T (97 – 72) 4 87 62 (71,3) 11 17,7 6ª T (96 – 48) 3 27 24 (88,9) 13 54,2 Total 23 299 223 (74,5) 44 19,7%

Resultados da produçãoin vitro das sessões de aspiração folicular realizadas em fase aleatória do ciclo estral na aspiração referência (OPU 1), agrupadas conforme os tratamentos da OPU 2: T (0-144), T (48-120), T (48-96), T (72-96), T (96-72), T (96-48).

xxxiii Após a aspiração folicular referência (OPU 1) as mesmas fêmeas foram superovuladas para colheita in vivo de embriões e aspiradas novamente (OPU 2) em diferentes momentos da 1º onda folicular após a superovulação (Tabela 2). Do total de 252 oócitos recuperados (média de 10,9 por animal), 73,8% ou 186 (média de 8,1 por animal) foram classificados morfologicamente como viáveis e submetidos à maturação e fecundação in vitro, resultando em 17,2% ou 32 blastocistos (média de 1,4 por animal).

O número de oócitos recuperados e produção de blastocistos (total e percentual) foram afetados (P<0,05) pelo momento da aplicação de PGF2α e a segunda aspiração folicular (OPU 2) e podem ser observados na tabela 2.

Tabela 2. Número de animais, total de oócitos aspirados, número e percentual de

oócitos viáveis e número e percentual de blastocistos obtidos de vacas da raça nelore aspiradas em diferentes momentos da 1ª onda folicular após a superovulação (OPU 2) nos tratamentos T (0-144), T (48-120), T (48-96), T (72- 96), T (96-72) e T (96-48).

Número de oócitos Blastocistos Tratamento no de animais Total Viáveis (%) no % T (0 – 144) 4 41 29 (70,7) b 14 48,3 a T (48 – 120) 5 58 52 (89,7) a 6 11,5 b T (48 – 96) 4 61 41 (67,2) bc 6 14,6 b T (72 – 96) 3 21 17 (81,0) ab 2 11,8 b T (96 – 72) 3 56 42 (75,0) ab 3 7,1 b T (96 – 48) 4 15 05 (33,3) c 1 20,0 ab Total 23 252 186 (73,8%) 32 17,2%

Letras diferentes diferem entre si dentro da coluna (p<0,05). Tratamentos:

T (0-144) – PGF2á imediatamente após a colheita de embriões, aspiração 144 horas após a injeção de PGF2á T (48-120) – PGF2á 48 horas após a colheita de embriões e aspiração 120 horas após a injeção de PGF2á T (48-96) – PGF2á 48 horas após a colheita de embriões e aspiração 96 horas após a injeção de PGF2á T (72-96) – PGF2á 72 horas após a colheita de embriões e aspiração 96 horas após a injeção de PGF2á T (96-72) – PGF2á 96 horas após a colheita de embriões e aspiração 72 horas após a injeção de PGF2á T (96-48) - PGF2á 96 horas após a colheita de embriões e aspiração 48 horas após a injeção de PGF2á

O percentual de oócitos viáveis foi menor (P<0,05) no T (96-48) (33,3%), quando a PGF2α foi aplicada 96 horas depois da colheita de embriões e 48 horas após foi realizada a OPU 2, comparando aos demais tratamentos. No tratamento T (48-120), a PGF2á foi administrada 48 horas após a colheita de embriões e 120 horas após foi realizada a OPU 2 e obteve-se o maior percentual de oócitos viáveis entre os tratamentos (89,7%), diferindo dos tratamentos T (0-144), T (48- 96) e T (96-48) que obtiveram 70,7%, 67,2% e 33,3%, respectivamente. Os tratamentos T (72-96) e T (96-72) não diferiram entre si (P<0,05) do tratamento T (48-120) quanto ao número de oócitos viáveis.

Com relação à taxa de embriões produzidos in vitro, o melhor tratamento observado foi o T (0-144) com 48,3% de blastocisto, que diferiu dos tratamentos T (48-120), T (48-96), T (72-96) e T (96-72) e não diferiu (P<0,05) do T (96-48). (Tabela 2)

Uma vez que os animais foram submetidos a duas aspirações foliculares com um tratamento superovulatório intermediário foi estabelecida uma comparação da produção in vitro entre a OPU 1 (referência) e OPU 2 como demonstra a tabela 3, onde observa-se que a produção de embriões no T (96-48) foi significativamente menor (p<0,05) quando comparada aos demais tratamentos, os quais não deferiram entre si (p>0,05).

xxxv

Tabela 3. Comparação entre médias dos resultados de número de oócitos viáveis

e taxa de blastocisto obtidos na OPU 2 e comparadas aos resultados da OPU 1 (referência) em 23 vacas da raça nelore aspiradas em fase aleatória do ciclo estral ou agrupadas em diferentes tratamentos.

Diferenças entre OPU 1 e OPU 2* Tratamentos Oócitos viáveis

Diferença (%) BlastocistosNS Diferença (%) T (0-144) -6,08 a 17,42 T (48-120) 8,34 a 0,66 T (48-96) -4,93 a 12,13 T (72-96) 8,77 a 6,3 T (96-72) -11,98 a -10,63 T (96-48) -61,1b -34,97

Letras diferentes na mesma coluna diferem entre si pelo teste de Duncan (p<0,05).

NS –não significativo (p>0,05). * diferenças entre os resultados (percentual de oócitos viáveis e a taxa de blastocistos) da OPU 2 comparada a OPU 1 (referência) para estabelecer a comparação entre médias.

O gráfico 1 demonstra o percentual de oócitos viáveis e balstocistos obtidos na aspiração referência (OPU 1) e na aspiração folicular realizada em diferentes momentos da primeira onda folicular após a superovulação.

OPU1 e OPU2 - % oócitos e Bl 76,3 86,9 61,5 67,6 88,9 71,3 70,7 89,7 67,2 81 33,3 75 31 1,9 18,8 17,4 54,2 17,7 48,3 11,5 14,6 11,8 20 7,1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 - 144 48 - 120 48 - 96 72 - 96 96 - 48 96 - 72 Tratamentos % ci to s vi áv ie s/ % B l

% oócitos viáveis - OPU 1 % oócitos viáveis - OPU 2 % Bl viáveis - OPU 1 % Bl viáveis - OPU 2

Gráfico1. Resultado da % média de oócitos viáveis recuperados e taxa de

blastocistos obtidos de oócitos aspirados em fase aleatória do ciclo estral na aspiração referência (OPU 1) e em diferentes momentos da primeira onda folicular após o tratamento superovulatório (OPU 2), realizado em 23 fêmeas da raça nelore, agrupadas nos tratamentos T(0-144), T (48-120), T(48-96), T(72-96), T(96-72) e T (96-48), de acordo com o tempo de administração de PGF2á após a colheita de embriões e o momento da segunda aspiração após a SOV (OPU 2).

A produção in vivo de embriões (TE) nas 23 vacas da raça Nelore resultou em 72 embriões (3,1 por animal), dos quais 73,6% ou 53 (2,3 por animal) foram

xxxvii classificados morfologicamente como viáveis e 26,3% ou 19 (3,1 por animal) foram classificados como não viáveis (Tabela 4).

Tabela 4. Número de animais, número e média total de embriões recuperados,

número de embriões não viáveis, número, média e percentual de embriões viáveis produzidosin vivo.

Produção de embriões in vivo Sessões n Total e

média viáveisNão e médiaViáveis % Viáveis

1ª T (0 – 144) 4 17 (4,2) 1 16 (4,0) 94,1 2ª T ( 48 – 120) 5 7 (1,4) 6 1 (0,2) 14,3 3ª T (48 – 96) 4 12 (3,0) 1 11 (2,7) 91,7 4ª T (72 – 96) 3 1 (0,3) 1 0 (0,0) 0,0 5ª T 96 – 72) 4 19 (4,7) 7 12 (3,0) 63,2 6ª T (96 – 48) 3 16 (5,3) 3 13 (4,3) 81,3 Total 23 72 (3,1) 19 (26,3%) 53 (2,3) 73,6%

Produçãoin vivo de embriões realizada após a aspiração referência (OPU 1) e que precedeu a OPU 2.

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