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5.1. Dados clínicos

Dos 44 casos de sarcoide equino utilizados neste estudo, somente em um caso não foi possível a identificação da raça. Sendo assim, sete animais eram da raça Quarto de Milha, sete Mangalarga, cinco Puro Sangue Inglês, quatro Minihorse, três Puro Sangue Árabe, dois Trakenner, um American Troter, um Campolina e 13 Sem Raça Definida (SRD) (Tabela 4).

Tabela 4. Frequência e Percentual de Animais Acometidos por Sarcoide Equino Segundo a Raça.

Raça Frequência Porcentagem (%)

Quarto-de-Milha 7 15,9

Mangalarga 7 15,9

Puro Sangue Inglês 5 11,4

Minihorse 4 9,0

Puro Sangue Árabe 3 6,8

Trakenner 2 4,5 American Troter 1 2,3 Campolina 1 2,3 Sem dados 1 2,3 SRD 13 29,6 Total 44 100%

SRD - Sem Raça Definida.

Quanto ao sexo dos animais, 19 casos ocorreram em fêmeas e 25 em machos (Tabela 5).

Tabela 5. Frequência e Percentual de Animais Acometidos por Sarcoide Equino Segundo o Sexo.

Sexo Frequência Porcentagem (%)

Machos 25 56,8

Fêmeas 19 43,2

Total 44 100%

Em relação à idade, cinco animais tinham até um ano de idade, 16 entre um e cinco anos, 11 entre cinco e 10 anos, seis animais com idade acima de 10 anos. Em seis casos não foi possível determinar a idade (Tabela 6).

Tabela 6. Frequência e Percentual de Animais Acometidos por Sarcoide Equino Segundo a Idade.

Idade (em anos) Frequência Porcentagem (%)

Até 1 5 11,4

Entre 1 e 10 27 61,4

Acima de 10 6 13,6

Sem dados 6 13,3

Total 44 100

A pelagem pode ser determinada em 26 equinos. Destes oito eram de pelagem castanha, sete tordilha, quatro alazã, seis pampa, um preta. Não se conseguiu obter esse dado em 18 animais (Tabela 7).

Tabela 7. Frequência e Percentual de Animais Acometidos por Sarcoide Equino Segundo a Pelagem.

Pelagem Frequência Porcentagem

Castanho 8 18,8 Tordilho 7 15,9 Pampa 6 13,6 Alazã 4 9,1 Preto 1 2,3 Sem dados 18 40,9 Total 44 100%

No que diz respeito à localização, 14 casos acometeram a região da cabeça, dois em região cervical, nove na região dos membros, dois em região torácica, um em região abdominal, um em região inguinal, 13 casos multifocais. Em dois animais não foi possível obter este dado (tabela 8). Os casos classificados como multifocais foram de quatro animais, separados assim por apresentarem mais de uma lesão (três animais com três lesões e um com duas). Todos foram incluídos na classificação do tipo clínico misto, uma vez que as lesões apresentavam características de mais de um tipo clínico.

Tabela 8. Frequência e Percentual de Animais Acometidos por Sarcoide Equino Segundo a Localização.

Localização Frequência Porcentagem (%)

Cabeça 14 31,9 Multifocais 13 29,6 Membros 9 20,4 Região torácica 2 4,5 Região cervical 2 4,5 Região abdominal 1 2,3 Região inguinal 1 2,3 Sem dados 2 4,5 Total 44 100%

De acordo com a classificação clínica do sarcoide equino, dentre as 44 amostras utilizadas, obtivemos 18 fibroblásticos, 12 mistos, nove nodulares e cinco verrucosos (Tabela 9). Contudo, não foi observado o tipo clínico maligno e nem o oculto.

Tabela 9. Frequência e Percentual de Animais Acometidos por Sarcoide Equino Segundo o Tipo Clínico.

Tipo clínico Frequência Porcentagem (%)

Fibroblástico 18 40,9

Misto 12 27,3

Nodular 9 20,5

Verrucoso 5 11,4

Total 44 100,0

Na Tabela 10 estão apresentados os dados sobre a frequência dos tipos clínicos de sarcoide equino em relação com a raça dos animais.

Tabela 10 – Frequência e Percentual (%) dos Tipos Clínicos de Sarcoide Equino de Acordo com a Raça dos Equinos Acometidos.

Raça Fibroblástico Misto Nodular Verrucoso Total American Troter - - 1 (2,3) - 1 (2,3)

Puro Sangue Árabe 1 (2,3) - - 2 (4,5) 3 (6,8)

Campolina - - - 1 (2,3) 1 (2,3)

Mangalarga 2 (4,5) 3 (6,9) 2 (4,5) - 7 (15,9)

Minihorse 4 (9,0) - - - 4 (9,0)

Puro Sangue Inglês 1 (2,3) 2 (4,5) 1 (2,3) 1 (2,3) 5 (11,4)

Quarto de Milha 3 (6,9) 2 (4,5) 2 (4,5) - 7 (15,9) SRD 6 (13,6) 3 (6,9) 3 (6,9) 1 (2,3) 13 (29,6) Trakenner - 2 (4,5) - - 2 (4,5) Sem dados 1 (2,3) - - - 1 (2,3) Total 18 (40,9) 12 (27,3) 9 (20,5) 5 (11,4) 44 (100%)

Levando-se em consideração o sexo dos animais, nove fêmeas apresentaram o tipo clínico fibroblástico, oito o misto e dois o nodular.

Enquanto que nove animais machos apresentaram o tipo clínico fibroblástico, sete o nodular, cinco o verrucoso e quatro o misto (tabela 11).

Tabela 11 – Frequência e Percentual dos Tipos Clínicos de Sarcoide Equino de Acordo com Sexo dos Animais Acometidos.

Fibroblástico Misto Nodular Verrucoso Total Sexo

Fêmea 9 (20,45%) 8 (18,2%) 2 (4,5%) - 19 (43,2) Macho 9 (20,45%) 4 (9,1%) 7 (16%) 5 (11,4) 25 (56,8) Total 18 (40,9) 12 (27,3) 9 (20,5) 5 (11,4) 44 (100%)

O tipo clínico fibroblástico predominou nos animais com idade abaixo de um ano. Na faixa etária entre um ano e cinco anos, foram seis animais com o tipo fibroblástico, cinco com o tipo nodular, quatro do tipo misto e um verrucoso. Na faixa etária acima de cinco anos e até 10 anos, foram quatro animais com o tipo clinico misto, três verrucosos, dois do tipo fibroblástico e dois nodulares. Já nos animais acima de 10 anos, foram cinco fibroblásticos e apenas um verrucoso (tabela 12).

Tabela 12. Frequência e Percentual dos Tipos Clínicos de Sarcoide Equino de Acordo com a Faixa Etária dos Animais Acometidos.

Fibroblástico Misto Nodular Verrucoso Total Idade (ano) Até 1 4 (9,1) - 1 (2,3) - 5 (11,4) Mais de 1 a 5 6 (13,6) 4 (9,1) 5 (11,4) 1 (2,3) 16 (36,4) Mais de 5 a 10 2 (4,5) 4 (9,1) 2 (4,5) 3 (6,8) 11 (25) Mais que 10 5 (11,4) - - 1 (2,3) 6 (13,6) Sem dados 1 (2,3) 4 (9,1) 1 (2,3) - 6 (13,6) Total 18 (40,9) 12 (27,3) 9 (20,5) 5 (11,4) 44

Entre os animais em que foi possível determinar a pelagem, o tipo clínico fibroblástico foi encontrado em todos os tipos de pelagem, sendo cinco em animais pampa, quatro animais tordilhos, dois animais castanhos, além de um animal tordilho e um animal preto (tabela 13).

Tabela 13. Frequência e Percentual dos Tipos Clínicos de Sarcoide Equino de Acordo com a Pelagem dos Animais Acometidos.

Fibroblástico Misto Nodular Verrucoso Total Pelagem Alazã 1 (2,3) - 3 (6,8) - 4 (9,0) Castanha 2 (4,5) 1 (2,3) 4 (9,0) 1 (2,3) 8 (18,3) Pampa 5 (11,4) - - 1 (2,3) 6 (13,6) Preta 1 (2,3) - - - 1 (2,3) Tordilha 4 (9,0) - - 3 (6,8) 7 (15,9) Sem dados 5 (11,4) 11 (25) 2 (4,5) - 18 (40,9) Total 18 (40,9) 12 (27,3) 9 (20,5) 5 (11,4) 44 (100)

Quanto à localização, a apresentação preferencial do tipo clínico fibroblástico foi a multifocal com sete casos, seguida da cabeça com cinco casos. O tipo misto também apresentou cinco casos na cabeça e três multifocais. O tipo nodular apresentou três casos localizados na cabeça e três em membros. Já o tipo clínico verrucoso apresentou localização variável, sendo um caso por região, mais especificamente, cabeça, membros, região cervical, torácica, além de um multifocal (tabela 14).

Tabela 14 – Frequência e Percentual dos Tipos Clínicos de Sarcoide Equino de Acordo com a Localização Anatômica.

Fibroblástico Misto Nodular Verrucoso Total Localização Cabeça 5 (11,4) 5 (11,4) 3 (6,8) 1 (2,3) 14 (31,9) Membros 4 (9,0) 1 (2,3) 3 (6,8) 1 (2,3 9 (20,5) Multifocal 7 (15,9) 3 (6,8) 2 (4,5) 1 (2,3) 13 (29,5) Região abdominal - 1 (2,3) - - 1 (2,3) Região cervical - - 1 (2,3) 1 (2,3) 2 (4,5) Região inguinal 1 (2,3) - - - 1 (2,3) Região torácica - 1 (2,3) - 1 (2,3) 2 (4,5) Sem dados 1 (2,3) 1 (2,3) - - 2 (4,5) Total 18 (40,9) 12 (27,3) 9 (20,5) 5 (11,4) 44 (100)

5.2. Avaliação Histológica

Todos os tipos clínicos apresentaram as alterações típicas em seus componentes epidérmicos e dérmicos (tabela 15). Quatro casos fibroblásticos, três nodulares, cinco mistos e três verrucosos apresentaram áreas de ulceração total (tabela 15).

Os tipos clínicos fibroblástico e nodular apresentaram 8 casos em que a epiderme mostrou simultaneamente sinais de atrofia e hiperplasia, em áreas distintas do corte (tabela 14). A formação de “rete ridges” estava frequentemente associada à hiperplasia epidérmica, independentemente do tipo clínico (figura 4).

No tipo clínico nodular especificamente, apenas um caso apresentou atrofia da epiderme, enquanto cinco possuíam hiperplasia e três ulceração (tabela 14).

Nenhum dos tipos verrucosos que possuíam epiderme apresentou atrofia. Dez casos do tipo clínico fibroblástico apresentaram hiperplasia e oito atrofia de epiderme.

A proliferação dos fibroblastos neoplásicos mostrou-se densa em todos os casos analisados, com arranjo predominantemente fasciculado (figura 1 e 2) e em região de derme superficial e profunda. Por vezes, o crescimento tumoral era infiltrativo, invadindo principalmente a musculatura esquelética adjacente (figura 6). A presença ou ausência de estruturas dérmicas não pode ser associada à alguma tipo clínico específico (figura 5).

Cistos foliculares estavam presentes em três casos do tipo fibroblástico e três do tipo misto, além de um caso do tipo nodular e um do tipo verrucoso.

Tabela 15 – Alterações morfológicas na epiderme dos casos de sarcoide equino, entre os diferentes tipos clínicos, de acordo com Martens, et al. (2000).

Fibroblástico Misto Nodular Verrucoso Total

Hiperceratose 6 3 3 3 15 Atrofia 8 4 1 - 13 Hiperplasia 10 2 5 2 19 Rete ridges 12 4 5 3 24 Picket Fence 9 4 5 3 21 Úlcera parcial 7 3 4 1 15 Úlcera total 4 5 3 3 15

Figura 1. Sarcoide equino do tipo clínico fibroblástico. obj, 10x, HE. Proliferação de fibroblastos neoplásicos em arranjo fasciculado na derme.

Figura 2. Sarcoide equino do tipo clínico nodular, obj 40x. Detalhe da figura anterior. Hematoxilina e Eosina.

Figura 3. Sarcoide equino do tipo clínico fibroblástico, obj. 40x. Os fibroblastos localizados na junção dermo- epidérmica mostram orientação perpendicular à membrana basal, chamado de arranjo em “Picket-fence”. Hematoxilina e Eosina.

Figura 4. Sarcoide equino do tipo clínico nodular, obj. 10x. Epiderme hiperceratótica e hiperplásica, com formação de “rete ridges”. Hematoxilina e Eosina.

Figura 5. Sarcoide equino do tipo clínico nodular, obj. 10x. Preservação dos anexos cutâneos da derme localizadas na periferia do crescimento neoplásico. Hematoxilina e Eosina.

Figura 6. Sarcoide equino do tipo clínico verrucoso, obj. 10x. Fibroblastos neoplásicos se infiltram ao redor das fibras da musculatura estriada adjacente. Hematoxilina e Eosina.

5.3. Avaliação histoquímica do colágeno

Picrosirius Red sob luz polarizada

De uma forma geral, em qualquer região onde apareçam fibras de colágeno de coloração verde (figura 7), estas sempre tem padrão frouxo e delicado, estando presentes mais frequentemente em regiões superficiais da derme. Já as fibras que mostram coloração entre o amarelo e o vermelho (figura 8), sempre mostram padrão mais grosseiro e mais denso, presentes predominantemente em regiões mais profundas das amostras.

Em todos os casos dos tipos clínicos fibroblástico e verrucoso, tanto o limite entre o tumor e o tecido adjacente quanto a região da neoplasia tiveram predomínio de fibras de coloração verde (figura 7).

Já o tipo clínico nodular, foi o mais heterogêneo, apresentando, em região de limite entre a lesão e o tecido adjacente e na neoplasia, tanto amostras com predominância de fibras verdes quanto amareladas ou alaranjadas, e amostras em que a distribuição mostrava uma mescla entre os dois tipos de colágeno (figura 9).

Os casos do tipo misto predominaram a mescla de ambos os tipos de fibras de colágeno. O arranjo das fibras se mostrou mais denso e em padrão mais grosseiro.

O tipo verrucoso não demonstrou predominância de nenhum dos dois tipos de fibras colágena.

Nos tipos clínicos mistos predominaram fibras de colágeno de coloração verde ou a associação destas com fibras de coloração amarelada, alaranjadas ou vermelhas, em nenhuma das amostras este último tipo de fibra colágena predominou.

Além disso, em um caso do tipo clínico fibroblástico e em um do tipo clínico nodular, observou-se a delimitação exata do tumor, com a evidenciação de estrutura que simulava uma pseudocapsula formada por colágeno de coloração alaranjada e vermelha, não identificada nas lâminas obtidas das mesmas amostras e coradas pelo método de Hematoxilina-Eosina.

Figura 7. Sarcoide equino do tipo clínico fibroblástico, obj. 5x. Picrosirius Red. Prevalência de fibras verdes em padrão frouxo distribuídas difusamente na neoplasia.

Figura 8. Sarcoide equino do tipo clínico verrucoso, obj. 5x. Picrosirius Red. Prevalência de fibras avermelhadas distribuídas difusamente pela neoplasia.

Figura 9. Sarcoide equino do tipo clínico fibroblástico, obj. de 20x. Picrosirius Red, 20x. Notar as fibras de colágeno em arranjo frouxo coradas de verde fibras e as mais densas coradas em tom alaranjado de maneira difusa.

5.4. Avaliação Imunohistoquímica

Expressão de Alfa Actina de Músculo Liso (Alfa SMA)

Houve expressão de alfa-SMA em 75% das amostras de sarcoide equino das 44 amostras analisadas. Cinco casos fibroblásticos foram negativos, quatro mistos, um nodular e um verrucoso (figura 10).

A imunomarcação da Alfa-SMA mostrou-se heterogênea. A expressão positiva foi observada nas células neoplásicas e na parede dos vasos sanguíneos. A expressão de Alfa-SMA pelos fibroblastos neoplásicos, quando presente, era citoplasmática. Porém, a distribuição das células positivas na neoplasia variava de focal (figura 11) a difusa (figura 12).

A marcação positiva em até 25% das células da neoplasia ocorreu em 59% das amostras, independentemente do tipo clínico considerado. Em 20,5% das mostras o número de células positivas esteve acima de 25% até 50% (tabela 15).

A intensidade de expressão de alfa-SMA moderada predominou nos tipos clínicos nodular, misto e verrucoso, com 55,6%, 50% e 40%, respectivamente. Já a intensidade de expressão fraca (figura 13) foi predominante no tipo clínico fibroblástico em 33,3% dos casos (Tabela 16).

Não houve diferença estatisticamente significativa entre os diferentes tipos clínicos de sarcoide analisados no que diz respeito a expressão de alfa- SMA (tabela 15 e 16).

Na figura 14, esta sendo representada as medianas dos escores de Alfa- SMA entre os diferentes tipos clínicos.

Figura 10. Sarcoide equino do tipo clínico fibroblástico, obj. de 10x - Alfa- SMA. Imunomarcação nas células de vasos sanguíneos e ausência de imunomarcação nas células neoplásicas e nas células da epiderme. Histofine, DAB, contracoloração com hematoxilina de Harris.

Figura 11. Sarcoide equino do tipo clínico fibroblástico, obj. 20x - Alfa- SMA. Imunomarcação focal citoplasmática das células neoplásicas e imunomarcação difusa das fibras musculres lisas da parede vascular. Histofine, DAB, contracoloração com hematoxilina de Harris.

Figura 12. Sarcoide equino do tipo clínico nodular, obj. 10x. - Alfa-SMA. Imunomarcação difusa citoplasmática em células de vasos e fibroblastos neoplásicos. Histofine, DAB, contracoloração com hematoxilina de Harris.

Figura 13. Sarcoide equino do tipo clínico fibroblástico, obj. 40x – Alfa- SMA. Imunomarcação de intensidade fraca (escore 1) no citoplasma dos fibroblastos neoplásicos. Histofine, DAB, contracoloração com hematoxilina de Harris.

Tabela 15 – Número de casos por escore de distribuição nos diferentes tipos clínicos de sarcoide equino do anticorpo Alfa-SMA.

1+ 2+ 3+ 4+ Total Fibroblástico 7 2 2 2 13 Misto 4 2 2 0 8 Nodular 2 3 1 2 8 Verrucoso 2 2 0 0 4 Total 15 9 5 4 33

A ausência de letras minúsculas na coluna ou maiúsculas na linha implica que o teste de Kruskal Wallis não foi significativo.

Tabela 16 - Número de casos por escore de intensidade nos diferentes tipos clínicos de sarcoide equino do anticorpo Alfa-SMA.

0 1+ 2+ 3+ Total Fibroblástico 5 6 5 2 18 Misto 4 2 6 0 12 Nodular 1 2 5 1 9 Verrucoso 1 1 2 1 5 Total 11 11 18 4 44

A ausência de letras minúsculas na coluna ou maiúsculas na linha implica que o teste de Kruskal Wallis não foi significativo.

Figura 14. Mediana dos escores de Alfa-SMA entre os diferentes tipos clínicos. Legendas: Mediana , Primeiro e terceiro quartil , Valores Plausíveis e Valor extremo .

Metaloproteinase 1 (MMP-1)

A expressão de MMP-1 foi observada nas células tumorais localizadas em região de derme superficial (figura 15) e profunda (figura 16), e também em células inflamatórias polimorfonucleares e em células epiteliais dos anexos cutâneos (figura 17).

Todas as amostras de sarcoide equino apresentaram expressão de MMP-1. Para tal avaliação, foram utilizadas 36 amostras. O percentual de células positivas foi alto em todos os tipos clínicos, sendo de 92,2 % para o tipo clínico fibroblástico, 90% para os mistos, 88,9% para os nodulares e 100% para os verrucosos (tabela 17).

Em relação à intensidade da marcação para MMP-1, para tipo clínico fibroblástico, 50% das amostras mostraram intensidade de marcação moderada e 50%, intensa. Já para as amostras do tipo clínico misto observamos 70% de marcação intensa, 20% moderada e 10% fraca. As amostras do tipo clínico nodular apresentaram 44,4% das amostras com intensidade moderada, 44,4% intensa e 11,1% fraca. Para o tipo clínico verrucoso, 66,7% das amostras exibiram marcação intensa e 33,3% moderada (tabela 18).

Não houve diferença estatisticamente significativa entre os diferentes tipos clínicos de sarcoide analisados no que diz respeito a expressão de MMP- 1 (tabela ).

Na figura 18, esta sendo representada as medianas dos escores de MMP1 entre os diferentes tipos clínicos.

Figura 15. Sarcoide equino do tipo clínico nodular, obj. 20x - MMP-1. Imunomarcação citoplasmática nas células da epiderme e em fibroblastos da derme superfifial. Histofine, DAB, contracoloração com hematoxilina de Harris.

Figura 16. Sarcoide equino do tipo clínico fibroblástico, obj. 40x. MMP-1. Imunomarcação citoplasmática intensa (escore 3) nos fibroblastos neoplásicos de derme profunda. Histofine, DAB, contracoloração com hematoxilina de Harris.

Figura 17 – Sarcoide equino do tipo clínico verrucoso, obj. 20x - MMP- 1. Imunomarcação citoplasmática em células da epiderme, das glândulas sebáceas e leucócitos. Histofine, DAB, contracoloração com hematoxilina de Harris.

Tabela 17 – Número de casos por escore de distribuição nos diferentes tipos clínicos de sarcoide equino do anticorpo MMP1.

3+ 4+ Total Fibroblástico 1 13 14 Misto 1 9 10 Nodular 1 8 9 Verrucoso 0 3 3 Total 3 33 36

A ausência de letras minúsculas na coluna ou maiúsculas na linha implica que o teste de Kruskal Wallis não foi significativo.

Tabela 18 - Número de casos por escore de intensidade nos diferentes tipos clínicos de sarcoide equino do anticorpo MMP1.

1+ 2+ 3+ Total Fibroblástico 0 7 7 14 Misto 1 2 7 10 Nodular 1 4 4 9 Verrucoso 0 1 2 3 Total 2 14 20 36

A ausência de letras minúsculas na coluna ou maiúsculas na linha implica que o teste de Kruskal Wallis não foi significativo.

Figura 18. Mediana dos escores de MMP1 entre os diferentes tipos clínicos. Legendas: Mediana , Primeiro e terceiro quartil , Valores Plausíveis e Valor extremo .

Metaloproteinase 2 (MMP-2)

Foram utilizadas 36 amostras e em todas elas, foi observada imunomarcação positiva para MMP-2. Esta marcação estava presente não só nos fibroblastos neoplásicos, mas também nas células epiteliais da epiderme (figura 19), na maioria das amostras. No entanto, não foi detectada expressão de MMP-2 nos anexos cutâneos.

Em 64,3% das amostras do tipo clínico fibroblástico mais de 75% de células apresentaram imunomarcação positiva para MMP-2, na faixa entre 50% e 75% foram 28,6% das amostras, e 7,1% das amostras com menos de 50% de células positivas. Para o tipo clínico misto observou-se que em 60% das amostras, mais de 75% de células apresentaram marcação positiva, 30% entre 50% e 75% e 10% com menos de 25% de células com marcação positiva. Já nos casos verrucosos, 66,7% apresentaram mais de 75% de células marcadas e 33,3% das amostras encontravam-se na faixa entre 25% e 50% de células positivas para MMP-2 (tabela 19).

Em relação à intensidade de marcação, 60% das amostras do tipo clínico misto apresentaram grau intenso, 30% grau moderado e 10% fraco. As amostras do tipo clínico verrucoso apresentaram resultados semelhantes, sendo intensa em 66,7% e em 33,3% moderada. Já para as amostras do tipo clínico nodular, 55,6% apresentaram marcação fraca, 33,3% moderada e 11,1% intensa. Em 35,7% das amostras do tipo clínico fibroblástico mostraram marcação fraca, 35,7% moderada e 28,6% intensa (tabela 20; figura 21).

Em 50% das amostras do tipo clínico fibroblástico em que a epiderme estava presente, houve marcação positiva para MMP-2 nas células epiteliais (figura 20). Já para os outros tipos clínicos este percentual de positividade era de 100%.

Estatisticamente, houve diferença dentre os tipos clínicos quanto à intensidade de marcação das MMP2 (p=0,033). Realizando avaliação estatística especificamente nessa variável, encontrou-se que a expressão da intensidade de MMP2 diferiu significativamente entre os tipos nodular e misto (p=0,0190) e nodular e verrucoso (p=0,0577).

Na figura 22 estão demonstradas as mediana dos escores de MMP2 entre os diferentes tipos clínicos.

Figura 19 – Sarcoide equino do tipo clínico nodular, obj. 20x - MMP-2- Imunomarcação citoplasmática nas células epiteliais da epiderme e em fibroblastos da derme superficial. Histofine, DAB, contracoloração com hematoxilina de Harris.

Figura 20. Sarcoide equino do tipo clínico fibroblástico, obj. 10x - MMP-2. Ausência de marcação nas células da epiderme e positividade nos fibroblastos da derme superficial. Histofine, DAB, contracoloração com hematoxilina de Harris.

Figura 21. Sarcoide equino do tipo clínico fibroblástico, obj. 40x - MMP-2. Imunomarcação citoplasmática intensa (escore 3) nos fibroblastos neoplásicos. Histofine, DAB, contracoloração com hematoxilina de Harris.

Tabela 19 – Número de casos por escore de distribuição nos diferentes tipos clínicos de sarcoide equino do anticorpo MMP2.

1+ 2+ 3+ 4+ Total Fibroblástico 0 1 4 9 14 Misto 1 0 3 6 10 Nodular 0 0 5 4 9 Verrucoso 0 1 0 2 3 Total 1 2 12 21 36

A ausência de letras minúsculas na coluna ou maiúsculas na linha implica que o teste de Kruskal Wallis não foi significativo.

Tabela 20 – Número de casos por escore de intensidade nos diferentes tipos clínicos de sarcoide equino do anticorpo MMP2.

1+ 2+ 3+ Total

Fibroblástico 5ab 5ab 4ab 14

Misto 1a 3a 6a 10

Nodular 5b 3b 1b 9

Verrucoso 0a 1a 2a 3

Total 11 12 13 36

Números de casos seguidos pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha não diferem significativamente a 5% de probabilidade. A ausência de letras minúsculas na coluna ou maiúsculas na linha implica que o teste de Kruskal Wallis não foi significativo. Onde houve diferença p=0,033.

Figura 22. Mediana dos escores de MMP2 entre os diferentes tipos clínicos. Legendas: Mediana , Primeiro e terceiro quartil , Valores Plausíveis e Valor extremo .

Metaloproteinase 9 (MMP-9)

Em todas as 35 amostras analisadas, foi observada imunomarcação positiva para MMP-9. Esta marcação estava presente não só nos fibroblastos neoplásicos, mas também nas células epiteliais da epiderme, anexos cutâneos e nas células inflamatórias, na maioria das amostras (figura 23, 24 e 25)

Em 80% das amostras do tipo clínico fibroblástico, mais de 75% das células apresentavam imunomarcação positiva para MMP-9, enquanto que 13,3% das amostras entre 50 e 75% de positividade e 6,7% entre 25% e 50% de marcação. Entre as amostras do tipo clínico verrucoso, 80% delas também mostravam mais de 75% de células positivas para MMP-9 e 20% entre 50% e 75%. O tipo clínico misto apresentou 75% das amostras com mais de 75% de células positivas, 12,5% entre 50% e 75% e 12,5% das amostras entre 50% e 25%. Considerando-se o mesmo parâmetro as amostras do tipo nodular mostraram 28,6% das amostras na faixa entre 50% e 75% de células positivas, 28,6% entre 25% e 50%, 42,9% com mais de 75% de células positivas para MMP-9 (tabela 21).

A intensidade de marcação para MMP-9 em 53,3% das amostras do tipo clínico fibroblástico foi moderada e em 46,7% fraca. No tipo misto obteve-se percentual idêntico de 37,5% para intensidade fraca e moderada, ficando a marcação intensa com 25%. Para o tipo clínico nodular 71,4% das amostras mostraram marcação fraca e em 28,6% delas marcação intensa. Já para o tipo

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