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Resultados coletados a partir das entrevistas com os gestores das escolas

5. Resultados obtidos

5.2. Resultados

5.2.4. Resultados coletados a partir das entrevistas com os gestores das escolas

As entrevistas com os gestores escolares visava entender qual a preocupação e o engajamento dos mesmos para possibilitar as escolas melhores condições de utilização das tecnologias disponíveis e também a verificação da existência de procedimentos e ferramentas que permitissem as escolas observarem de forma antecipada o desenvolvimento escolar por parte dos alunos antes mesmo da avaliação oficial feita pelo Ministério da Educação pela Prova Brasil e pela análise dos indicadores que fornecem o IDEB das escolas.

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Acesso dos professores as ferramentas WEB

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Sendo assim, foram efetuadas as entrevistas com os quatro gestores das escolas selecionadas e, como resultado, foi possível registrar os seguintes relatos:

Quando perguntado se as escolas vinham se adaptando às Tecnologias de Informação e Comunicação, todos os gestores afirmaram que sim, pois isso faz parte de um plano de ação do governo estadual que destina recursos para este fim. Entretanto, em alguns casos, as escolas não possibilitam a implantação plena dos recursos por falta de espaço físico apropriado e com o nível de segurança necessário para tal fim, e também existe um problema comum entre todas as escolas que é a falta de profissionais para dar manutenção nas estruturas já instaladas, o que faz com que muitos equipamentos permaneçam inoperantes mesmo em condições normais para utilização. Um exemplo comum disso é infecção de computadores por vírus, problema com programa mal instalados e falta de espaço para instalação de novos aplicativos.

Para a pergunta “a forma na qual tem sido utilizada a tecnologia da informação nas escolas, em modo especial as escolas públicas, têm gerado algum resultado satisfatório? ”, apenas dois gestores puderam responder, pois estes possuem em sua escola laboratórios de informática disponíveis aos alunos e perceberam que, quando o conteúdo é voltado para aulas em laboratório, existe uma atenção maior por parte dos alunos, inclusive eles ficam ansiosos por estes tipos de aula. Para estes gestores, todos os recursos que prendam a atenção do aluno para o aprendizado sempre trarão resultados satisfatórios para os professores e, consequentemente, para a escola.

Na pergunta “o uso de computadores complementa ou auxilia a compreensão do conteúdo trabalhado pelos professores?”, todos foram categóricos que sim, mesmo sabendo que ainda existe resistência por parte de alguns professores, mas é sabido que isso acontece por falta de prática do professor com os recursos disponíveis, mas quando e tratando de conteúdos que possam ser preparados em suas casas por meio de seus equipamentos, se torna mais fácil. Um gestor citou que há muito material hoje disponível na internet e que se os professores conseguissem canalizar isso para suas aulas e também conseguissem atingir seus alunos com estes conteúdos, o aprendizado ia deixar os limites do espaço físico das salas de aulas e das escolas e conseguiria atingir o aluno em qualquer hora e em qualquer lugar.

Quando perguntado “que tipo de planejamento deve ser realizado para que o uso de computadores por parte dos professores seja eficiente?”, não teve outra resposta que não fosse investimento do estado, pois sem dinheiro nada pode ser feito e nem realizado, e que

planejar só é possível se existir recursos físicos e humanos disponível. Esse é o grande problema da educação brasileira.

Ficou claro que todos os gestores sabiam a resposta quando foi perguntado “o que é pra você Tecnologias WEB? ”, e o mais importante é que todos, além de saberem que existem materiais excelentes prontos na internet, ou mesmo que podem ser produzidos de forma descomplicada e que ajudariam muito no ensino, o problema está mesmo é na forma de chegar a esses materiais. Os alunos até conseguem chegar mais facilmente por conta de seus recursos próprios e que hoje já seguem com eles para dentro das escolas, como por exemplo, os celulares que acessam a internet, mas as escolas ainda não conseguem oferecer a internet para esse acesso ser fácil e descomplicado, por isso muito dessas tecnologias acaba ficando disponível para o aluno somente para acesso em casa e lugares com internet de fácil conexão. É muito positiva a forma com que a nova geração tem consumido a internet para fins de estudos e pesquisas escolares, afirmam os gestores.

“É possível associar o uso da internet a atividades pedagógicas e estender a sala de aula para dentro da casa do aluno? ”. Para todos os gestores é possível sim e inclusive necessário. Não há como negar que essa nova era do conhecimento depende da internet. Existem riscos, como por exemplo, a falta de questionamentos. Segundo a colocação de um dos gestores “[...] não podemos deixar os alunos pensarem que na internet tudo é verdadeiro e perfeito, devemos pensar para podermos decidir o que é certo e o que é errado, mas também não podemos deixar de lado o quanto podemos nos beneficiar da internet no que diz respeito a questões pedagógicas. Não temos que ficar presos a espaços físicos de sala de aula. Hoje não temos o ensino à distância como referência de aprendizados para diferentes áreas. A internet é um mar de conhecimento, apenas devemos saber conduzir nossos alunos nesse mar. É ai que o professor passa a ser uma peça fundamental nesta nova era do conhecimento.”.

Quando feita a pergunta “o uso da internet por meio de softwares simuladores dos exames de avaliação institucional, como exemplo a prova Brasil e de outras provas, poderia facilitar o gerenciamento e o entendimento do nível do aprendizado em sua escola antes da própria avaliação do MEC?”, todos os gestores apresentaram ponto de vista similar achando imprescindível estes tipos de ferramentas que além de estimular os alunos a fazerem simulados, ao mesmo tempo os faz estudar e revisar seus saberes e também mostra a escola como estes alunos estão se saindo, permitindo a mesma a trabalhar de forma mais efetiva e corretiva nos casos de dificuldades e deficiências. E também que não seria somente utilizar

as ferramentas para se preparar para a avaliação de um órgão superior na educação, mas para o próprio bem do aluno e de seu aprendizado.

E por fim, ao se perguntar: “em sua escola existe algum modelo de avaliação institucional que meça a qualidade do aprendizado? Ela é ou poderia ser feita por softwares de computador?”. Dois gestores falaram que existe a preocupação com esta avaliação institucional, mas que isso já passa pelo crivo do estado e é ele quem dita as regras e o modo como isso deve ser feito, e sendo assim, todas escolas possuem um mecanismo de avaliação interna, mas que nenhuma delas é feita por softwares e que talvez fosse muita mais rápida e eficiente caso fosse aplicada a tecnologia e a informática neste quesito.