• Nenhum resultado encontrado

Os resultados preliminares dos estudos (GONDIM et al, 2019) chamam a atenção para a escassez de intervenções direcionadas ao ruído, demonstrando a importância e a necessidade de se buscar abordar tais assuntos nas escolas, infelizmente ainda não devidamente valorizados. Observou-se, ainda, que a maior parte das crianças e adolescentes tem hábitos que podem ser considerados de risco para a audição (ressaltando-se o uso de fones de ouvido), com altos percentuais de queixas auditivas, tais como o zumbido, nesses grupos. Isso fica claro no estudo de Lopes (2013) realizado em uma escola do Paraná que quanto aos hábitos auditivos dos adolescentes, 88,9% dos adolescentes fizeram uso de estéreos pessoais, e 57,1 % em volume alto o que coloca esses adolescentes em risco para a perda auditiva. Após o uso do fone de ouvido 57,1% adolescentes referiu ter alguma alteração/sintomas na audição, tais como: a sensação de ouvido tapado, dor nas orelhas e zumbido. Quanto ao risco do uso dos fones, 92% adolescentes assinalaram que o uso de fone de ouvido pode causar a perda auditiva. O estudo mostra a necessidade de intervenção, por meio de ações educativas, para mudança nos hábitos e atitudes frente ao ruído. Os resultados também mostraram que o uso das estratégias educativas diversas, participativas e dinâmicas do Programa DDB, são efetivas e auxiliam na conscientização e aprimoramento dos conhecimentos na área, despertando o interesse e a percepção de crianças e jovens sobre o assunto, ao mesmo tempo que propicia a reflexão e resolução do problema, ao indicar caminhos para minimizar e/ou evitar o ruído e seus malefícios a saúde e ao meio ambiente. Com isso, tais ações devem ser ampliadas e integrar as ações de promoção de saúde auditiva do PSE nacional.

Mesas Temáticas - XXIII Seminário de Pesquisa

e XVIII Seminário de Iniciação Científica

Referências

1 PEREZ, M. (2017) Poluição Sonora – Crime Ambiental. [Online.] disponível em: http://

www.unesp.br/portal#!/debate-academico/poluicao-sonora---crime-ambiental/

2 OLSEN, S. E. Psychological aspects of adolescents´ perceptions and habits in noisy environments. 90f. Thesis, Doctorate in Psychology – Göteborg University, Suécia, 2004.

3 VILLASEÑO, G.S. (2006) La música: um fator de evolución social y humana: Incidencias de la música em los processos cerebrales. REDcientífica. [Online.] disponível em: http://www.

redcientifica.com/doc/doc200209150300.html

4 GONZÁLEZ, R. et al. Niveles de cortisol sérico al inicio y al final de la jornada laboral y manifestaciones extra auditivas em trabajadores expuestos a ruído em uma indústria cervecera. Invesigación Clínica, v. 45, n. 4, p. 297-307, 2004.

5 SELANDER, J. et al. Saliva cortisol and exposure to aircraft noise in six European countries. Environmental Health Perspectives, v. 117, n. 1, p. 1713-1717, 2009.

6 LAZLO, H. E. Et al. Annoyance and other reaction measures to changes in noise exposure – A review. Science of The Total Environment, v. 435-436, p. 551-562, 2012.

7 COSTA, E.A., MORATA, T. C., KITAMURA, S. Patologia do ouvido relacionada com o trabalho. In: MENDES R. Patologia do Trabalho. 2ª.ed., São Paulo: Atheneu, 2003, p. 1253-1282.

8 JOKITULPPO, J. S.; BJÖRK, A.; ERKKI A. Estimated leisure noise exposure and hearing symptoms in Finnish teenagers. Scand. Audiol., v.26, n.4, p. 257-62,1997.

9 BORJA, A. L. V. F. et al. O que os jovens adolescentes sabem sobre as perdas induzidas pelo excesso de ruído? Revista Ciências Médicas e Biológicas de Salvador, v.1, n.1, p.86-98, 2002.

Mesas Temáticas - XXIII Seminário de Pesquisa

e XVIII Seminário de Iniciação Científica

município de Sorocaba – São Paulo. Pró-Fono, v.16, n.1, p.83-94,2004.

11 DURAN, A. Investigação sobre o grau de conhecimento dos adolescentes sobre os efeitos do ruído na comunicação oral. Master of Science Thesis, Audiology Department,

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2005.

12 MARTINÉZ-WABALDO, M. C. et al. Sensorioneural hearing loss in high school teenagers in Mexico City and its relationship with recreational noise. Cad. Saude Publica, v. 25, n.12,

p.2553-61, 2009.

13 JOFRÉ, D. et al. Evaluación de la exposición a ruído social em jóvenes chilenos. Rev. Otorrinolaringol. Cir. Cabeza Cuello, v.69, n.1, p.23-28,2009.

14 SHARGORODSKY, J. S. et al. Change in Prevalence of Hearing Loss in US Adolescents.

JAMA, v.304, n.7, p.772-8, 2010.

15 VOGEL, I. et al. Discotheques and the risk of hearing loss among youth: risky listening behavior and its psychosocial correlates. Health Educ. Res., v.25, n.5, p.737-47, 2010.

16 MUCHNIK, C. et al. Preferred listening levels of personal listening devices in young teenagers: Self reports and physical measures. Int. J. Audiol., v.51, p.287-93, 2011.

17 BEACH, E., WILLIANS, W., GILLIVER, M. Estimating Young Australian adults´ risk of hearing damage from selected leisure activities. Ear Hear., v.34, n.1,p.75-82, 2013.

18 TWARDELLA, D. et al. The prevalence of audiometric notches in adolescents in Germany: The Ohrkan-study. Noise Health, v.15, n.67, p.412-9, 2013.

19 WHO – World Health Organization (2011) Hearing loss due to recreational exposure to loud sounds – A review- World Health Organization. [Online.], disponível em: http://apps.

Mesas Temáticas - XXIII Seminário de Pesquisa

e XVIII Seminário de Iniciação Científica

20 SHAW, G. Noise-Induced Hearing Loss: What Your Patients Don´t Know Can Hurt Them.

The Hearing Journal, p.26-28, 2017.

21 WELCH, D.; FREMAUX, G. (2017) Why Do People Like Loud Sound? A Qualitative Study.

Int. J. Environ. Res. Public Health [Online.] disponível em: http://www.mdpi.com/1660-

4601/14/8/908

22 KNOBEL, K. A. B., LIMA, M. C. M. P. Effectiveness of the Brazilian version of the Dangerous Decibels(®) educational program. Int J Audiol., 53 Suppl 2:S35-42, 2014.

23 BRASIL. Decreto no. 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o Programa de Saúde na Escola e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil,

Brasília, DF, 05 dez. 2007. [Online.] disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato2007-2010/2007/decreto/d6286.htm

24 BRASIL. Portaria Interministerial no.1.055, de 25 de abril 2017. Redefine as regras e os critérios para adesão ao PSE. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília,

DF, 25 abr. 2017. [Online.] disponível em:http://www.cosemsrn.org.br/wp-content/ uploads/2017/04/portint1055.pdf

25 LOPES, F.C. Consulta de enfermagem na escola: perfil de saúde com enfoque na saúde auditiva do adolescente, 2013. Dissertação (Mestrado)- Universidade Tuiuti do

Paraná.

26 GONDIM, L.M.A. et al. Public Health Programs Strategies for Acoustic Education and Hearing Health Promotion to students in Southern Brazil. Proceedings of the 26th International Congress on Sound & Vibration (26ICSV), Montréal, Canadá, 2019.

Mesas Temáticas - XXIII Seminário de Pesquisa

e XVIII Seminário de Iniciação Científica

Documentos relacionados