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Resultados da Análise exploratória para o Construto Auto-eficácia

4.4 ANÁLISE FATORIAL EXPLORATÓRIA

4.4.1 Resultados da Análise exploratória para o Construto Auto-eficácia

Como pode ser observado na Tabela 11, nesta fase de análise, para o construto auto- eficácia financeira percebida, foram considerados válidos 583 questionários, ou 95,7% da amostra, sendo que 26 foram excluídos, pois, continham missings ou questões não respondidas. O programa exclui os dados com base no método listwise deletion, o qual exclui o respondente caso tenha alguma resposta faltando (SCHLOMER et al., 2010).

Tabela 11 – Resumo do Processamento dos Casos

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.

4.4.1.2 Testes KMO e de Bartlett

Tanto o teste KMO como o Bartlett indicaram a adequação dos dados para a realização da análise fatorial.

O resultado do teste KMO foi de 0,882, considerado um resultado muito bom de acordo com Field (2009). Portanto, de acordo com esse teste, a amostra tem uma consistência muito boa, indicando que o tamanho da mesma está adequado ao número de itens que fazem parte do instrumento de pesquisa utilizado para medir o construto auto-eficácia financeira

N %

Casos

Válidos 583 95,7

Excluídos 26 4,3

percebida. O resultado indica também que a proporção da variância dos dados que pode ser considerada comum a todas as variáveis indicadoras é elevada, ou seja, que pode ser atribuída a um fator comum.

Quanto ao teste de Bartlett, ele foi significante, com Qui-quadrado 2.128,867 (sig < 0,05), indicando que a matriz de correlação indica correlações significativas entre pelo menos algumas das variáveis, ou seja, os itens (questões) têm relação entre si, sendo, portanto, consistentes para a mensuração do construto.

Os resultados estão sintetizados na Tabela 12.

Os resultados encontrados por Gilligan (2012) ao aplicar a mesma escala para os estudantes universitários americanos foram de 0,912 para o teste KMO e sig< 0,05 para o teste Bartlett, com Qui-quadrado de 2368,00. Pode-se dizer que os resultados foram semelhantes na aplicação da escala para a amostra de estudantes americanos analisada por Gilligan (2012) e para a amostra de estudantes e brasileiros utilizada neste estudo.

Tabela 12 - KMO e Teste de Bartlett

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.

4.4.1.3 Variância Total Explicada, Matriz Fatorial e Alpha de Cronbach

A extração de fatores foi realizada pelo método Principal Axis Factoring. Foi extraído um único fator e os sete itens foram considerados importantes para a explicação do construto. A variância total explicada pelos itens da escala foi de 54,344%, ou seja, os itens, em conjunto, explicam mais de 50% do construto auto-eficácia financeira percebida. Ver Tabela 13.

No estudo de Gilligan (2012), o resultado da variância total explicada foi menor, tendo ficado em 49,10%.

Kaiser-Meyer-Olkin – Medida de Adequação da Amostra 0,882 Teste de Esfericidade de Bartlett

Qui-quadrado 2128,867 DF (grau de liberdade) 21

Tabela 13 – Variância Total Explicada

FATOR

AUTOVALORES INICIAIS SOMA DE EXTRAÇÃO DE CARGAS AO

QUADRADO TOTAL % DE VARIÂNCIA % ACUMULADO TOTAL % DE VARIÂNCIA % ACUMULADO 1 4,245 60,641 60,641 3,804 54,344 54,344 2 0,742 10,599 71,240 3 0,627 8,951 80,191 4 0,491 7,018 87,209 5 0,344 4,918 92,127 6 0,289 4,135 96,262 7 0,262 3,738 100

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.

Método de Extração: Principal Axis Factoring.

Na tabela 14, podem ser observadas as cargas fatoriais, as quais representam a importância de cada um dos indicadores na explicação do construto. Essas cargas ficaram entre 0,624 e 0,829, indicando resultados satisfatórios, uma vez que , segundo os padrões estatísticos, um fator é aceitável se sua carga estiver acima de 0,40.

Tabela 14 - Matriz Fatorial

ITENS CARGAS FATORIAIS

1 B1 0,648 B2 0,624 B3 0,726 B4 0,829 B5 0,749 B6 0,788 B7 0,775

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.

Como pode ser observado na Tabela 14, o item B4, descrito pela afirmação “graças à minha desenvoltura, sei como lidar com situações financeiras imprevistas” teve a maior carga fatorial, 0,829, indicando sua maior contribuição para a explicação do construto auto-eficácia financeira percebida. O segundo item mais importante foi o B6, representado pela afirmação “eu consigo me manter calmo quando enfrento dificuldades financeiras, porque posso confiar nas minhas habilidades para lidar com elas”, com carga fatorial de 0,788. O terceiro item mais importante, com carga de 0,775 foi o item B7, descrito pela afirmação “quando me confronto com problemas financeiros, em geral, consigo encontrar várias soluções para resolvê-los”. O quarto item em ordem de importância foi o B5, com carga de 0,749, o qual é representado pela afirmação “eu sou capaz de resolver a maioria dos problemas financeiros se fizer o

esforço necessário para isso”. O item B3, “tenho confiança de que, se necessário, eu poderia lidar de forma satisfatória com eventos financeiros inesperados” é o quinto mais importante, com carga fatorial de 0,726. O item B1, representado pela afirmação “sempre consigo dar um jeito de resolver problemas financeiros difíceis, se eu fizer o esforço necessário”, teve carga fatorial de 0,648, seguido pelo B2, “é fácil persistir em meus objetivos e realizá-los, independentemente da minha situação financeira”, com carga fatorial de 0,648.

Em Gilligan (2012), as cargas fatoriais ficaram entre 0,603 e 0,773. O item com a menor carga fatorial foi aquele representado pela afirmação que, em Português, foi representada por “é fácil persistir em meus objetivos e realizá-los, independentemente da minha situação financeira”. Ou seja, o item de menor carga fatorial foi o mesmo obtido na presente pesquisa. Quanto ao item de maior carga fatorial encontrado na pesquisa de Gilligan (2012) foi aquele representado pela afirmação “quando me confronto com problemas financeiros, em geral, consigo encontrar várias soluções para resolvê-los”, o qual, neste trabalho, representou a quarta carga fatorial mais elevada.

Quanto ao valor do Alpha de Cronbach, no presente estudo, o resultado foi de 0,890, indicando uma boa consistência dos itens para explicação do construto auto-eficácia, ou seja, que os itens da escala têm alta inter-correlação (Tabela 15). Em Gilligan (2012), o valor do Alpha de Cronbach ficou em 0,884.

Tabela 15 – Estatísticas de Confiabilidade

Fonte: Dados da pesquisa, 2014.

4.4.2 Resultados da Análise exploratória para o construto Considerações de