• Nenhum resultado encontrado

6.3.2 Resultados das avaliações institucionais realizadas

O tempo decorrido desde a avaliação institucional até ao ano de 2005 é de 11 anos, 9 anos e 3 anos para cada uma das instituições que a realizaram, conforme se encontra sintetizado na Tabela 5, o que permite formar dois conjuntos de respostas.

Tabela 5: Principais resultados obtidos com a avaliação

U RESPOSTAS

3

Os principais resultados obtidos foram: a) Restrições e Normas Institucionais:

Missão da universidade: Determinação de objectivos com uma clara implementação em termos temporais, que possibilite a definição da Missão da universidade de uma forma global. Sugestão: Discussão interna em cada faculdade, escola e serviço da sua própria missão. Fusão do sistema politécnico com o universitário: Aproveitar a existência dos dois subsistemas de ensino para o desenvolvimento e consolidação da própria estratégia da universidade e definir o processo dessa evolução, explorando ao mesmo tempo as sinergias destes dois subsistemas. Possibilidade da criação de uma instituição com um carácter único em Portugal.

Organização e governo: Excesso de organização, com a proliferação de comissões em demasia e alguns deles bastante amplos. Sugestão: Alteração aos estatutos com vista a reduzir o número de representantes eleitos para determinados órgãos (senado universitário e assembleia da universidade). Deverá ser acompanhado pelo estabelecimento de uma comunicação interna na organização que permita assegurar a participação de todos na tomada de decisão.

Recursos: Poucos recursos financeiros, o que não permite a concretização da sua Missão. Sugestão: Criação de um comité angariador de fundos que procure de forma sistemática apoios financeiros para determinados projectos. Bem como continuar a sua participação em projectos de investigação a nível nacional como internacional. Maior cooperação com países de língua portuguesa que possibilite a vinda de estudantes.

Avaliação e qualidade: Processo interno de avaliação com a participação de toda a comunidade académica e que permita um acompanhamento das conclusões retiradas de cada relatório de auto-avaliação a cada curso. Sugestão: Reforço das competências do gabinete de apoio à avaliação com vista a consolidar o papel da universidade e contribuir de forma decisiva para a realização dos seus objectivos.

b) Capacidade para mudança institucional:

Área pedagógica: Maior colaboração entre faculdades e escolas tanto nas actividades de investigação como no ensino – mobilidade interna dos estudantes; Reestruturação pedagógica dos cursos de acordo com a declaração de Bolonha; Uma maior transparência nas práticas de ensino; Publicação de um guia de aluno para cada faculdade e escola; Criação de um gabinete que tenha responsabilidade no desenvolvimento e treino de novas técnicas pedagógicas.

Apoio social: Apoiar os estudantes na procura de emprego; Gabinete que possibilite o contacto entre estudantes e empresas para a troca de informação e de postos de trabalho disponíveis.

Investigação: Importância de integrar a investigação com o ensino.

Internacionalização: Criar termos de equivalência entre os créditos obtidos no estrangeiro e os obtidos na universidade que facilite a mobilidade dos estudantes a nível internacional; Continuar a incentivar a internacionalização do programa de estudos; Apostar na captação de estudantes de outras partes do globo (América Latina, Ásia e África).

Relações externas: Continuar a fomentar contactos com outras universidades, a troca de estudantes e colaborar em projectos de investigação.

U RESPOSTAS

5

Serviu mais como efeito alavanca / como meio de mobilizar para reflectir e discutir as conclusões apresentadas pela avaliação. Serviu também como tomada de consciência do empowerment por parte de todos os órgãos directivos e tomada de consciência também de que o poder real é muito diferente do poder formal, nomeadamente porque os órgãos directivos muitas vezes são formados por docentes mais novos (poder formal), mas o poder real continua a ser detido pelos professores mais antigos.

9 Auto-consciência da realidade.

Um grupo é formado pelas duas instituições que tiveram a sua experiência há mais tempo (11 e 9 anos) e o outro é formado por aquela que teve a experiência mais recente (conforme respostas ao inquérito disponíveis nos Anexos II a X do presente trabalho). Abordam-se as duas perspectivas por se considerar que ambas são de uma riqueza extraordinária:

 Por um lado, é interessante analisar o que a distância de uma década permitiu consolidar e o que ficou retido na memória;

 Por outro, dispõe-se da oportunidade de relatar propostas de mudança actuais em resultado de uma avaliação institucional sem, contudo, querer extrapolar conclusões tendo em conta que se trata da experiência de uma única instituição (U9). A sua apresentação pode, pois, servir apenas como meio de reflexão a outras instituições. As instituições que tiveram a experiência de avaliação institucional na década de noventa referem que os principais resultados obtidos foram:

 Auto-consciência da realidade;

 Conduziu à mobilização e reflexão por parte dos actores institucionais da instituição;

 Percepção da eventual sobreposição do poder real relativamente ao poder formal. Por seu lado, a instituição que mais recentemente se sujeitou a uma avaliação institucional categoriza em dois grandes grupos os resultados obtidos, referindo em detalhe quer os pontos fracos quer as sugestões:

 Ao nível das restrições e das normas institucionais, sugere-se a definição clara de missão de cada serviço, a criação de um sistema único de ensino superior em Portugal, a racionalização do número de representantes eleitos em cada órgão, o aumento da

mobilidade e a angariação de fundos para novos projectos, bem como o reforço da reflexão interna sobre a avaliação de cada curso, com vista a consolidar a estratégia da universidade para que ela possa atingir os seus objectivos.

 Ao nível da capacidade para a mudança institucional, sugere-se a mobilidade interna e externa dos estudantes, a reestruturação pedagógica de acordo com a declaração de Bolonha, o apoio à inserção dos estudantes no mercado de trabalho e a preocupação com as saídas profissionais, salientando a importância de integrar a investigação com o ensino, bem como a captação de novos públicos.