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Realizou-se a análise estatística das amostras apresentadas no estudo, no sentido de “confirmar” as análises. Esta análise foi efetuada usando o software SPSS 22.0 (IBM® SPSS®, 2014).

As médias, no grupo experimental, nos rapazes e nas raparigas, são respetivamente 1,81±0,32 e 1,32±0,29 no pré-teste e 1,93±0,35 e 1,47±0,31 no pós-teste. No grupo de controlo, as médias dos rapazes e das raparigas são respetivamente 1,79±0,05 e 1,25±0,08 no pré-teste e 1,74±0,23 e 1,31±0,07 no pós-teste.

Para verificar a normalidade, aplicou-se o teste de Shapiro-Wilk verificando-se que todas as amostras eram normais (os valores de prova dados pelo SPSS eram todos superiores a 0,05).

Na análise dos resultados entre o grupo experimental e o grupo de controlo usou-se o teste T Student para comparar as amostras emparelhadas, por sexo em cada um dos grupos, experimental e de controlo.

As amostras emparelhadas no grupo experimental, nas raparigas, são significativas para o nível de significância de 5% (0.05), as médias do grupo experimental no pré-teste e no pós-teste das raparigas podem ser consideradas diferentes e os valores médios do pós-teste das mulheres do grupo experimental são maiores.

No grupo de controlo, a amostra nas raparigas é pequena demais para fazer comparações estatísticas. Porém, se fizermos as médias do grupo de controlo no pré-teste e no pós-teste não podem ser consideradas diferentes. As amostras emparelhadas no grupo de controlo, nas raparigas, não são significativas sendo a significância a favor da igualdade dos valores médios de 56,2% (>5%).

Nos rapazes, no grupo experimental as amostras emparelhadas são significativas pois o valor da significância é 2% (<5%). As médias do pré-teste e do pós-teste podem ser

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consideradas diferentes. Em média, os valores do pré-teste do grupo experimental podem ser considerados maiores do que os valores do grupo de controlo.

Quanto ao grupo de controlo, as médias no pré-teste e no pós-teste dos rapazes não podem ser consideras diferentes. As amostras emparelhadas no grupo de controlo, nos rapazes, não são significativas sendo a significância a favor da igualdade dos valores médios de 27% (>5%).

Em resumo, o tratamento efetuado com a bateria de exercício revelou que os alunos melhoraram as suas performances, do pré-teste para o pós-teste, no grupo experimental. Já no grupo de controlo não houve qualquer tipo de evolução entre o pré-teste e o pós-teste.

Tabela 1- Análise dos resultados entre o grupo experimental e o grupo de controlo para comparar as amostras emparelhadas

Género Rapariga

Tipo de ensaio Experimental Controlo

Teste Pré Pós Pré Pós

Tamanho da amostra 12 3

Média  Desvio padrão 1,32  0,29 1,47  0,31 1,25  0,08 1,31  0,07

Normalidade (Sig. > 0,05) 0,358 0,815 1,000 0,253 t de Student (amostras emparelhadas t. paramétrico) 2,870 -0,690 Valor de prova (Sig. 2 caudas < 0,05) 0,015* 0,562 Teste de Wilcoxon (z, Não Paramétrico) --- -0,447 Valor de prova (Sig. 2 caudas) --- 0,655 Género Rapaz

Tipo de ensaio Experimental Controlo

Teste Pré Pós Pré Pós

Tamanha da amostra 9 14

Média  Desvio padrão 1,81  0,32 1,93  0,35 1,79  0,05 1,74  0,23

Normalidade (Sig. > 0,05) 0,348 0,083 0,982 0,837 t de Student (amostras emparelhadas t. paramétrico) 2,887 -1,153 Valor de prova (Sig. 2 caudas < 0,05) 0,02* 0,270 Nota: *p < 0.05 **p < 0.1; ***p < 0.001

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Na análise dos resultados entre géneros, no grupo experimental e no grupo de controlo usou-se o teste T Student para comparar as amostras independentes.

O valor médio dos rapazes é maior que o das raparigas, tanto no pré-teste como no pós-teste e podem ser considerados diferentes em ambos os testes.

Em resumo, os valores dos rapazes são sempres maiores que os das raparigas, com ou sem aplicação da bateria de exercícios.

Tabela 2- Análise dos resultados entre géneros, no grupo experimental e no grupo de controlo para comparar as amostras independentes.

Grupo Controlo

Teste Pré Pós

Género Rapaz Rapariga Rapaz Rapariga

Tamanho da amostra 14 3 14 3

Média  Desvio padrão 1,79  0,19 1,31  0,07 1,74  0,23 1,25  0,08

Normalidade (Sig. > 0,05) 0,3982 1,000 0,837 0,253 t de Student (amostras independentes t. paramétrico) -4,214 -3,475 Valor de prova (Sig. 2 caudas < 0,05) 0,001* 0,003* Teste de Mann-Whitney (z, Não Paramétrico) -2,647 -2,586 Valor de prova (Sig. 2 caudas < 0,05) 0,008* 0,010* Grupo Experimental Teste Pré Pós

Género Rapaz Rapariga Rapaz Rapariga

Tamanho da amostra 9 12 9 12

Média  Desvio padrão 1,81  0,32 1,32  0,29 1,93  0,35 1,47  0,31

Normalidade (Sig. > 0,05) 0,348 0,358 0,083 0,815 t de Student (amostras independentes t. paramétrico) -3,650 -3,190 Valor de prova (Sig. 2 caudas < 0,05) 0,002* 0,005* Nota: *p < 0.05 **p < 0.1; ***p < 0.001

Os resultados obtidos nas amostras independentes vêm corroborar os resultados obtidos por Vasconcelos (2009) em que, tal como no presente estudo, os resultados dos rapazes são superiores aos das raparigas. Podemos dizer, que estes resultados estão

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relacionados com o facto, de os rapazes aos 14/15 anos se encontrarem no pico de desenvolvimento e durante este período, ganharem massa muscular, associada ao aumento da testosterona. Este aumento leva a que os índices de força, velocidade e resistência também aumentem (Ré, 2011).

Já nas raparigas os resultados mais baixos podem dever-se ao facto de que estas já passaram pelo seu pico de desenvolvimento e por volta dos 14/15 anos, têm um ganho de gordura corporal, devido ao aparecimento da menstruação, o que não favorece a execução de habilidades motoras (Ré, 2011).

Quanto às comparações entre os grupos experimental e de controlo, em que o grupo experimental teve melhor resultados do que o de controlo, pode dever-se à aprendizagem do movimento. Os alunos do grupo experimental, repetiram o gesto técnico durante 10 semanas, o que leva a um aperfeiçoamento da técnica e consequentemente a melhores resultados, enquanto o grupo de controlo apenas efetuou o gesto técnico duas vezes, com um intervalo também de 10 semanas.

Conclusões

O objetivo deste estudo era perceber se a bateria de exercícios ajudava a melhorar os resultados do teste de impulsão horizontal a longo prazo e perceber qual o sexo que tinha melhores resultados.

Assim sendo, ficou comprovado que a bateria de exercícios é eficaz pois notou-se uma melhoria no grupo experimental e não se notou nada no grupo de controlo. O sexo com melhores resultados foi o sexo masculino, pois teve sempre valores superiores ao sexo feminino, em todos os testes.

Para além disso, este estudo permite alertar os professores de educação física de que se retirarem 10 minutos todas as aulas para reforço muscular, podem promover melhorias significativas nos alunos e melhorar as suas capacidades e a sua saúde.

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Bibliografia

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Gomes, F. (2011) A influência do treinamento de força nos níveis de impulsão horizontal e vertical em goleiros de futebol de campo na fase da adolescência. Revista brasileira de futsal

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Linhares, R.; Matta, M.; Lima, J.; Dantas, P.; Costa, M. e Filho, J. (2009). Efeitos da maturação sexual na composição corporal, nos dermatóglifos, no somatótipo e nas qualidades físicas básicas de adolescentes. Arquivo Brasileiro Endocrinol Metab. v. 53, n. 1, p. 47-54.

Ré, A., (2011) Crescimento, maturação e desenvolvimento na infância e na adolescência: Implicações para o exporte. Motricidade, v. 7, n. 3, p. 55-67.

Vasconcelos, A. (2009). A influência de um programa em educação física no desenvolvimento motor das crianças da educação infantil. Universidade de Brasília. Dissertação de Mestrado.

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