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Frequência e ritmo da publicação sobre controle de estímulos

Foram selecionados 120 artigos que apresentam um dos conceitos de controle de estímulos no título entre os artigos publicados no JABA ao longo

de 34 anos de sua publicação (1968-2002).11 A Figura 1 apresenta a curva

acumulada destes artigos por ano de publicação.

Por ano, o JABA começou publicando apenas um ou dois artigos sobre o tema, num ritmo inicialmente contínuo, com queda na taxa entre os anos de 1973 e 1976. Em 1977, último ano tendo Stewart Agras como editor, há um primeiro pico de artigos publicados - 8 artigos no total, o dobro do máximo publicado até então por ano.

No ano seguinte assume como editor Daniel O’Leary, e embora neste ano não haja publicações com os conceitos sobre controle de estímulos no

F ig u r a 1 : C u r v a a c u m u la d a d e a r t ig o s p u b lic a d o s n o J a b a c o m c o n c e it o s d e c o n t r o le d e e s t ím u lo s n o s t ít u lo s p o r a n o 0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 1 2 0 1 4 0 1968 1970 1972 1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 a n o s n ú m e ro d e a rt ig o s

título, no ano de 1979 há um novo pico de publicações – total de 7 artigos- que coincide com as 2 edições especiais publicadas por O’Leary sobre Medicina Comportamental e Diagnóstico Comportamental.

Apesar de O’Leary aceitar novas metodologias e teorias e da existência de duas edições especiais que se relacionam com outras áreas de conhecimento, a produção aplicada comprometida com conceitos derivados de pesquisas da análise experimental do comportamento é alta, pelo menos no que diz respeito ao tema controle de estímulos.

A partir de 1980 diminui novamente a produção de artigos sobre o tema, cessando completamente no ano de 1983. A desaceleração da curva acumulada vai até 1987, quando se inicia uma pequena aceleração (que coincide com a chefia editorial de Jon Bailey), e uma maior aceleração no início da década de noventa - durante a chefia editorial de Scott Geller, que no Looking Ahead de 1991, volume 24, número 2, pede, explicitamente, por artigos que falem sobre a avaliação de controle de estímulos em settings naturais (Geller, 1991).

Em 1994 há um novo pico de publicações (oito artigos ao longo do ano) durante a gestão de Nancy Neef. E um novo pico ocorre em 1998, o maior de todos na história do JABA – com dez artigos, durante a gestão de David Wacker.

Vale ressaltar que Nancy Neef, Charles Mace e David Wacker foram editores que explicitaram a importância da integração entre pesquisas básicas e aplicadas (Neef, 1993; Mace e Wacker, 1994). Isto pode ser comprovado na edição especial em 1994 “Integrando pesquisas básica e aplicada”, publicada durante a gestão de Neef, que teve como editores convidados Charles Mace e David Wacker, e pela continuidade de editoração do periódico nas mãos destes

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dois pesquisadores, que haviam apontado a possibilidade da integração principalmente nos estudos sobre controle de estímulos, choice e resistência a mudanças (Mace e Wacker, 1994).

Nos anos seguintes, há um ritmo contínuo de publicações até 2002, que apresenta uma baixa (apenas um artigo).

No entanto, estes dados são relativos a um único tema de pesquisa e, sabendo-se que houve diferentes quantidades de artigos publicados ao longo dos anos no JABA, é interessante observar a proporção de publicações sobre controle de estímulos em relação ao total de artigos em cada ano, como mostrado na Figura 2.

Nesta figura é possível observar que só não houve publicação sobre o tema controle de estímulos nos anos de 1968 e 1983. No ano de 1977, a grande quantidade de publicações sobre o tema controle de estímulos coincide com a grande publicação de artigos em geral no periódico. Em alguns

Figura 2: Número de artigos sobre controle de estímulos e número total de artigos publicados no

JABApor ano

0

20

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100

120

196819701972197419761978198019821984198619881990199219941996199820002002 ano n ú m e ro d e a rt ig o s artigos publicados no Jaba artigos sobre controle de estímulos no Jaba

momentos, é possível observar que o crescimento do número de publicações sobre controle de estímulos por ano ocorre simultaneamente a crescimentos de publicações em geral por ano, como nos casos dos anos de 1972, 1973 e 1974 e leve queda no ano de 1975. Ou, ainda, observa-se quedas tanto no total de artigos quanto nos artigos sobre o tema, como entre os anos de 1980 e 1983.

Para identificar melhor momentos de crescimento da área nas publicações do JABA, a Figura 3 apresenta a porcentagem de artigos sobre controle de estímulos em relação ao total de artigos publicados no JABA.

Aqui, identifica-se mais claramente os picos de maior número de publicações presentes na figura 1, os anos de 1977, 1979, 1994 e 1998. Ou seja, estes anos apresentaram números de publicações sobre controle de estímulos que ultrapassam as médias de publicação do tema por ano.

Quanto aos outros períodos, vemos que de 1969 a 1976 houve um percentual de artigos sobre a área que se manteve (em torno de 5%). Na década de oitenta há uma grande instabilidade dos percentuais: em alguns

F ig u ra 3 : P o rc e n t a g e m d e a rt ig o s s o b re c o n tro le d e e s tím u lo s e m re la ç ã o a o t o ta l d e a rt ig o s p u b lic a d o s n o J A B A p o r a n o 0 2 4 6 8 1 0 1 2 1 4 1968 1970 1972 1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 a n o p o rc e n ta g e m

anos há percentuais tão altos quanto o pico de 1977 (1984 e 1985 – período editorial de Iwata), e em outros anos há percentuais inferiores à média do começo da década de setenta chegando a 0 e 2% (nos anos de 1982, 1983 e 1987).

Após o ano de 1987, há um novo crescimento do percentual (quase 7%) e até o ano de 1993 é mantida uma média de 5% de publicações. No ano de 1994, o percentual é semelhante ao do ano de 1979 (em torno de 10%), superado apenas no ano de 1998 (13%).

Para identificar a relação da produção sobre o tema com os editores do JABA, a Figura 4 mostra estes mesmos dados (porcentagem de artigos sobre o tema em relação ao total de artigos no JABA), mas apresentados por períodos editoriais.

Como é possível observar, os períodos editoriais de maior produção sobre o tema foram os de: Stewart Agras (principalmente devido às publicações no ano de 1977), Brian Iwata (que apresentou dois anos com

F ig u r a 4 : P o r c e n ta g e m d e a rt ig o s s o b r e c o n tr o le d e e s tím u lo s p o r p e r ío d o s e d ito r ia is 3 ,3 6 5 ,1 3 5 ,2 1 6 ,1 9 5 ,6 4 3 ,0 1 6 ,4 8 4 ,1 7 5 ,0 4 6 ,8 1 8 ,8 5 ,9 7 1 ,9 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 Wol f Bae r Ris ley Agr as O'L eary Bar low Iwat a Bai ley Gel ler Nee f Wac ker Mac e Fish er e d ito r e s p o rc e n ta g e m

porcentagens de publicações maiores – 1984 e 1985), Nancy Neef (com ênfase de publicações no ano de 1994), David Wacker (com a maior porcentagem de publicação sobre controle de estímulos em 1998) e Charles Mace (que manteve uma média de 6% de publicações durante seus três anos como editor).

Autoria

A partir dos nomes dos autores que publicaram os artigos selecionados para análise, foi possível identificar quantos artigos cada autor (independente de ser primeiro autor, segundo, terceiro...) publicou sobre controle de estímulos no JABA. Entre os 261 autores, a grande maioria (83,52%) publicou apenas um artigo, 26 publicaram dois artigos (9,96%), nove publicaram três artigos (3,45%), quatro publicaram quatro artigos (1,53%), dois publicaram cinco artigos (0,77%), um autor publicou seis artigos (0,38%) e apenas um autor publicou oito artigos (0,38%).

Comparando-se estes dados aos de autoria no JEAB durante o período de 1990 a 1999, percebe-se que as porcentagens de autores publicando determinadas quantidades de artigos são próximas (Silva, 2000a). Mas, no caso do JABA, a porcentagem de autores publicando apenas um artigo excede a do JEAB (74,95%), e além disso no JEAB o autor que mais publicou artigos (Sidman com 16 artigos ao longo dos 41 anos de publicação analisados) publicou exatamente o dobro do número de artigos publicados pelo autor que mais publicou no JABA (Iwata com 8 artigos ao longo de 34 anos de publicação analisados).

Parece haver, dessa forma, uma produção menos centralizada no JABA: há mais autores publicando apenas um artigo e os autores que mais publicaram, publicaram menos artigos que os principais autores no JEAB.

Os autores que mais publicaram no JABA (autores que publicaram 3 ou mais artigos com conceitos de controle de estímulos no título), assim como seus respectivos números de publicações e instituições às quais estavam filiados nos anos em que publicaram os artigos no JABA estão na Tabela 1.

Tabela 1: Autores que mais publicaram artigos sobre controle de estímulos no JABA

Autor nº de artigos

Instituições às quais os autores estavam filiados nos anos em que Publicaram artigos sobre controle de estímulos no JABA

Iwata, B A 8 1976 – Kalamazoo Valley Multihandicap Center e Western Michigan University/1986 – Kennedy Institute e Johns Hopkins University School of

Medicine/1991- University of Florida

Mackay, H A 6 1991 - E K Shriver Center for Mental Retardation e Northeastern University

Baer, D M 5 1971 – University of Kansas

Stromer, R 5 1992 - E K Shriver Center for Mental Retardation e Northeastern University

Cuvo, A J 4 1977 – Southern Illinois University at Carbondale Krantz, P J 4 1993 – Princeton Child Development Institute McClannahan, L E 4 1993 – Princeton Child Development Institute

Piazza, C C 4 1991 – Kennedy Institute e Johns Hopkins University School of Medicine

Fisher, W W 3 1991 – Kennedy Institute e Johns Hopkins University School of Medicine

Garcia, E E 3 1971 – University of Kansas/ 1974 – University of Utah

Halle, J W 3 1979 – University of Kansas/ 1981- Pennsylvania State University/ 1991- University of Illinois at Urbana-Champaign

Kennedy, C H 3 1987 – University of California, Santa Barbara/ 1994 - University of Hawaii

Koegel, R L 3 1975 – University of California, Santa Barbara

Pace, G M 3 1986 - Kennedy Institute e Johns Hopkins University School of Medicine

Sidman, M 3 1974 - E K Shriver Center for Mental Retardation e Northeastern University/

1994 – New England Center for Autism Spradlin, J E 3 1979 – University of Kansas

Stokes, T F 3 1974 – University of Western Australia/ 1977 University of Manitoba/ 1988 – Carousel Services for Children and Families e University of South Florida

Entre os autores que mais publicaram no JEAB (Sidman, M., com 16 artigos; Thomas, D.R., com 12 artigos; Fields, L. , McMillan, D.E. e Rilling, M., com 8 artigos) apenas Sidman está entre os autores que mais publicaram artigos aplicados sobre o tema. Embora com poucos artigos na aplicação quando comparado aos primeiros da lista, Sidman se mantém como figura

importante na produção sobre controle de estímulo, sendo o único autor que produziu, em quantidade, trabalhos tanto em pesquisa básica quanto aplicada.

A Figura 5 apresenta as curvas acumuladas de publicações por autores que publicaram 4 ou mais artigos sobre controle de estímulos no JABA ao longo dos anos.

Durante a década de setenta o autor que predominantemente publicou mais no tema foi Donald Baer. Brian Iwata, apesar de ter uma publicação inicial em 1976, passa a publicar a maior parte de seus artigos entre os anos de 1986 e 1993. Acompanhando o ritmo de Iwata, está Mackay que aparece em segundo lugar como autor que mais publicou na área. Outro autor que iniciou suas publicações ainda na década de setenta é Anthony Cuvo, que passa a ter maior frequência de publicações no início da década de noventa.

F i g u r a 5 : C u r v a s a c u m u l a d a s d e p u b l i c a ç õ e s s o b r e c o n t r o l e d e e s t í m u l o s p o r a u t o r e s q u e m a i s p u b l i c a r a m a o l o n g o d o s a n o s 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1970 1972 1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 a n o s n º d e a rt ig o s Iw a t aM a c k a y B a e r S t r o m e r C u v o K r a n t z e M c C la n n a h a n P ia z z a

Patricia Krantz e Lee McClannahan sempre publicaram juntas e suas publicações assim como as de Cathleen Piazza e Robert Stromer apresentam-se na década de noventa.

Filiação Institucional

A Figura 6 apresenta curvas acumuladas de publicações pelas instituições às quais os autores foram e/ou são filiados ao longo dos períodos editoriais.

Na tabela 2 é possível identificar os editores durante cada intervalo de anos. F i g u r a 6 : C u r v a s a c u m u l a d a s d e a r t i g o s s o b r e c o n t r o l e d e e s t í m u l o s p u b l i c a d o s n o J A B A p o r i n s t i t u i ç ã o a o l o n g o d o s p e r í o d o s e d i t o r i a i s 0 2 4 6 8 1 0 1 2 1 4 1 6 1 9 6 8 -7 1 1 9 7 2 -7 4 1 9 7 5 -7 -7 1 9 7 8 -8 0 1 9 8 1 -8 3 1 9 8 4 -8 6 1 9 8 7 -8 9 1 9 9 0 -9 2 1 9 9 3 -9 5 1 9 9 6 -9 8 1 9 9 9 -0 1 2 0 0 2 p e r í o d o s e d i t o r i a i s n º d e a rt ig o s W e s t e r n M i c h i g a n U n i v e r s i t y K e n n e d y I n s t i t u t e J o h n s H o p k i n s U n i v e r s i t y S c h o o l o f M e d i c i n e U n i v o f F l o r i d a N o r t h e a s t e r n U n i v , B o s t o n e E K S h r i v e r C e n t e r f o r M e n t a l R e t a r d a t i o n U n i v o f K a n s a s S o u t h e r n I l l i n o i s U n i v e r s i t y P r i n c e t o n C h i l d D e v e l o p m e n t I n s t i t u t e U n i v o f C a l i f o r n i a , S a n t a B a r b a r a N e w E n g l a n d C e n t e r f o r

Tabela 2: Editores do JABA e seus respectivos períodos editoriais Anos Editor 1968-1970 Montrose Wolf 1971 Donald Baer 1972-1974 Todd Risley 1975-1977 Stewart Agras 1978-1980 Daniel O'Leary 1981-1983 David Barlow 1984-1986 Brian Iwata 1987-1989 Jon Bailey 1990-1992 Scott Geller 1993-1995 Nancy Neef 1996-1998 David Wacker 1999-2001 Charles Mace 2002- 2004 Wayne Fisher

Sem dúvida, a Universidade de Kansas tem sido, desde o início, a principal fonte de pesquisa sobre controle de estímulos. Quatro entre 10 artigos da Universidade de Kansas tiveram Baer como autor. Ainda na década de setenta, destaca-se também a Universidade da Califórnia, em Santa Barbara, que chega ao total de cinco artigos até o final da década de oitenta.

No início da década de noventa as publicações passaram a se originar de novas instituições (muitas que, até então, haviam publicado dois, um ou ainda nenhum artigo). Nesta década, algumas universidades passam a produzir pesquisas em conjunto com institutos voltados principalmente ao atendimento de indivíduos com problemas de desenvolvimento. Observa-se na Figura 7 que o segundo maior total de artigos na área provém do Kennedy Institute, um instituto que publicou muitos de seus artigos em conjunto com a Escola de Medicina da Universidade de John Hopkins, que aparece com o terceiro maior total de artigos, empatada com outra parceria de universidade e instituto. Esta outra parceria, a Universidade de Northeastern de Boston e o Eunice Kennedy Shriver Center for Mental Retardation, publicou sempre conjuntamente.

Diante da aceleração das curvas destas quatro instituições de pesquisa organizadas em duas parcerias de universidade e instituto para problemas de desenvolvimento entre 1990 e 1998, pode-se dizer que, em grande parte, elas representam a produção da década de noventa caracterizada pela integração entre prática (garantida nos institutos para problemas de desenvolvimento) e “teoria aplicada” (garantida pelas universidades), voltadas principalmente para resolução de problemas de desenvolvimento.

Houve ainda, na época, a produção relevante de outros institutos voltados a problemas de desenvolvimento, como a produção no Princeton Child Development Institute e no New England Center for Autism.

Grupos de pesquisa

É possível identificar alguns grupos de pesquisa sobre controle de estímulos a partir da análise da filiação dos sete pesquisadores que mais publicaram e a de seus co-autores.

Grupo de Iwata.

Há mais de um trabalho publicado por Iwata e Pace, estando os dois em diferentes universidades em ambos os trabalhos. Pode-se aqui levantar uma parceria de trabalho sobre o tema. Um grupo de pesquisa que parece surgir é o de Iwata, Zarcone, Smith e Mazalenski, todos da Universidade da Flórida, que publicaram dois artigos nos anos de 1993 e 1994. Como Iwata sempre está presente como segundo autor nestas publicações é possível que sejam publicações de trabalhos de orientando seus.

A Tabela 3 traz nomes dos co-autores de Iwata e suas filiações. Entre parênteses está a ordem de posição dos autores no artigo.

Tabela 3: Pesquisadores com quem Iwata publicou e suas respectivas filiações

Ano de publicação Filiação de Iwata Co-autor(es) Filiações 1976 Western Michigan (2º) Page (1º) Neef (2º) Western Michigan 1986 Kennedy Institute e John Hopkins Univ. (2º) Pace (1º) Edwards (3º) McCosh (4º)

Kennedy Institute e John Hopkins University

1991 Univ. of Florida (2º)

Rodgers (1º) Univ. of Florida 1993 Univ. of Florida (2º) Pace (1º) Cowdery (3º) Andree (4º) McIntyre (5º) Univ. of Florida Univ. of Florida

Univ. of Califórnia, Berkely Baltimore Univ. 1993 Univ. of Florida (2º) Zarcone (1º) Vollmer (3º) Jagtiani (4º) Smith (5º) Mazalenski (6º) Univ. of Florida Lousiana St. Univ. Baltimore Univ. Univ. of Florida Univ. of Florida 1994 Univ. of Florida (2º) Zarcone (1º) Smith (3º) Mazalenski (4º) Lerman (5º)

Kennedy Inst. E John Hopkins Univ. Univ. of Florida Univ. of Florida Univ. of Florida 1994 Univ. of Florida (2º) Shore (1º) Lerman (3º) Shirley (4º) Univ. of Florida 2000 Univ. of Florida (2º) Conners (1º) Kahng (3º) Hanley (4º) Worsdell (5º) Thompson (6º) Univ. of Florida

Em ambos os artigos de 1993, Iwata publica com pesquisadores de outras universidades, o que pode indicar teorias de práticas semelhantes sendo implantadas em diferentes regiões do país.

Grupo de Mackay. Na Tabela 4 são apresentados os pesquisadores com quem Mackay publicou, assim como suas respectivas filiações.

Tabela 4: pesquisadores com os quais Mackay publicou e respectivas filiações

Ano de publicação

Filiação de Mackay Co-autor(es) Filiações do(s) co-autor(es)

1991 E K Shriver Center e Northeastern Univ. (4º)

Dube (1º) McDonald (2º) McIlvane (3º)

E K Shriver Center e Northeastern Univ.

1992 E K Shriver Center e Northeastern Univ. (2º)

Stromer (1º) E K Shriver Center e Northeastern Univ. 1996 E K Shriver Center e Northeastern Univ. (2º) Stromer (1º) Howell (3º) McVay (4º) Flusser (5º)

E K Shriver Center e Northeastern Univ. E K Shriver Center e Northeastern Univ. E K Shriver Center e Northeastern Univ. Learning Center

1996 E K Shriver Center e Northeastern Univ. (2º)

Stromer (1º) Remington (3º)

E K Shriver Center e Northeastern Univ. Univ. of Southanpton

1997 E K Shriver Center e Northeastern Univ. (3º)

Geren (1º) Stromer (2º)

E K Shriver Center e Northeastern Univ. 1998 E K Shriver Center e

Northeastern Univ. (2º)

Stromer (1º) McVay (3º) Fowler (4º)

E K Shriver Center e Northeastern Univ.

Estes dados mostram que Mackay sempre pesquisou filiado ao Eunice Kennedy Shriver Center for Mental Retardation e à Universidade de Northeastern. Entre as seis publicações, Stromer fez parte de cinco ao longo de seis anos, apontando para uma parceria de pesquisa bem determinada. Nestes cinco artigos Mackay sempre aparece como o autor seguinte a Stromer. Entretanto, seria preciso conhecer melhor as relações de “subordinação” acadêmica para entender este dado.

Esta produção de Stromer e Mackay concentra-se na década de noventa, e estes dois nomes parecem indicar o principal grupo de pesquisa sobre o tema no Eunice Kennedy Shriver Center for Mental Retardation e na Universidade de Northeastern. Possivelmente são estes dois pesquisadores os responsáveis pela aceleração da curva de publicações destas instituições durante a década de noventa na Figura 6.

Grupo de Baer. Na Tabela 5 são apresentados os pesquisadores com quem Baer publicou, assim como suas respectivas filiações.

Tabela 5: pesquisadores com os quais Baer publicou e suas respectivas filiações

Ano de publicação

Filiação de Baer

Co-autor(es) Filiações dos co-autor(es)

1971 Univ. of Kansas (2º)

Garcia (1º) Firestone (3º)

Univ. of Kansas Wayne State Univ. 1974 Univ. of

Kansas (2º)

Stokes (1º) Jackson (3º)

Univ. of Western Australia Pyston Training Center 1977 Univ. of

Kansas (2º)

Stokes (1º) Univ. of Manitoba 1981 Univ. of Kansas (2º) Halle (1º) Spradlin (3º) Pennsylvania St. Univ Univ. of Kansas 1993 Univ. of Kansas (3º) Connell (1º) Carta (2º)

Juniper Gardens Children’s Project e Univ. of Kansas Juniper Gardens Children’s Project e Univ. of Kansas

Baer, grande responsável por estudos aplicados da análise do comportamento na Universidade de Kansas, assim como os dois autores antes aqui analisados, não é primeiro autor em nenhuma destas cinco publicações. Entre estas, duas foram produzidas com Stokes, que estava filiado em ambos os casos a universidades fora dos Estados Unidos. Na de 1974, Baer, que passava seu ano sabático na Universidade de Western Australia, orientou Stokes (Stokes e Baer, 1974).

Grupo de Cuvo. Cuvo, assim como os oito pesquisadores com quem publicou, desenvolveu pesquisas na Universidade de Southern Illinois em Carbondale. Apresenta dois artigos junto a Davis. Voltando à Figura 6, talvez seja possível identificar a grande influência de Cuvo nas publicações da Universidade de Southern Illinois, já que as datas destes artigos coincidem com períodos de alta produtividade da Universidade e que o autor está entre os que mais publicaram sobre o assunto.

Parceria de Krantz e McClannahan. Estas duas autoras publicaram artigos na década de noventa sempre juntas, sendo ambas filiadas ao Princeton Child Development Institute.

Grupo de Piazza. Piazza constituiu sua carreira no Kennedy Intitute e na Universidade de John Hopkins, publicando na década de noventa trabalhos sobre o tema no JABA, alguns destes em parceria com Fisher (atual editor do JABA que publicou três trabalhos entre os analisados por esta pesquisa).

É interessante observar que, embora Iwata tenha deixado o Kennedy Institute e a Universidade de John Hopkins antes da década de noventa e continuado suas pesquisas na Universidade da Flórida, estas duas instituições que trabalhavam em parceria permaneceram produzindo trabalhos com novos pesquisadores como Cathleen Piazza e Waine Fisher na década de noventa.

Tipos de Instituição

A quantidade de publicações produzidas por diferentes tipos de instituição é apresentada em curvas acumuladas ao longo dos períodos editoriais na Figura 7.

No início da década de setenta, a publicação filiada a universidades permanece alta e contínua, enquanto no final desta mesma ocorre uma desaceleração na produção e uma pequena aparição de pesquisas produzidas em institutos, hospitais e faculdades de medicina.

Nos anos oitenta a produção em universidades, embora menor do que na década anterior, se mantém estável. No entanto, começa a haver uma leve aceleração dos trabalhos produzidos em institutos, e a primeira pesquisa filiada a uma escola é publicada no final da década.

A partir de 1990, as curvas de universidades e institutos apresentam um crescimento quase semelhante, corroborando a afirmação do trabalho conjunto entre as mesmas nesta década. É neste mesmo período que a curva

F i g u r a 7 : C u r v a s a c u m u l a d a s d e p u b l i c a ç õ e s p o r t i p o d e i n s t i t u i ç ã o 0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 1 2 0 1 4 0 1 9 6 8 - 7 1 1 9 7 2 - 7 4 1 9 7 5 - 7 7 1 9 7 8 - 8 0 1 9 8 1 - 8 3 1 9 8 4 - 8 6 1 9 8 7 - 8 9 1 9 9 0 - 9 2 1 9 9 3 - 9 5 1 9 9 6 - 9 8 1 9 9 9 - 0 1 2 0 0 2 p e r í o d o s e d i t o r i a s q u a n ti d a d e d e a rt ig o s E s c o la s H o s p it a is I n s t i t u t o s F a c u l M e d ic i n a U n iv e r s id a d e

de faculdades de medicina distingui-se das outras, provavelmente devido à alta produção de trabalhos na faculdade de medicina da Universidade de John Hopkins.

Williams e Buskist (1981) observaram no JEAB a proporção de estudos filiados a faculdades de medicina e laboratórios independentes ao longo dos anos. Nos primeiros seis anos de publicação (até 1964) a proporção destes estudos chegava a aproximadamente a metade das publicações. Depois houve um contínuo decréscimo, chegando a 6% em 1981. Os autores levantaram duas hipóteses: 1) que, parcialmente, poderia se atribuir tal declínio a fatores similares aos responsáveis pelo declínio então recente no número total de diferentes filiações; e 2) que pesquisadores filiados ao governo, indústria e agências médicas têm de estar envolvidos com as necessidades práticas e imediatas de seus empregadores e/ou consumidores.

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