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No presente trabalho, foram realizadas coletas em 10 municípios, do Estado do Rio de Janeiro, totalizando 645 amostras analisadas. Destas, 362 amostras foram de soro caprino e 283 amostras de soro ovino.

Das 283 amostras de soro ovino testados, a prevalência de animais soropositivos para o LVPR foi de 4,95% (14/283) (Tabela 6), o que se assemelha à prevalência de animais soropositivos observada em ovinos do Estado de São Paulo por FERNANDES et al., (2003). No Estado de Pernambuco a prevalência de 5,2% de soropositivos em ovinos de abatedouros observada por OLIVEIRA et al., (2006) corresponde à encontrada no presente trabalho. Assemelhando-se ainda com 1,07% de ovinos soropositivos observado por COSTA et al., (2007), também em rebanhos do Estado de Pernambuco. Uma baixa prevalência também foi encontrada por SOUZA et al., (2007) que observaram 0,5% de soropositivos em rebanhos ovinos em Juazeiro – Bahia.

ARAÚJO et al., (2004) encontraram uma prevalência semelhante à encontrada no presente trabalho, equivalendo a 4,93% das amostras estudadas, na região metropolitana de Fortaleza, Ceará.

Contudo, os resultados (4,95%) foram inferiores aos verificados por SCHALLER et al., (2000) e BAUMGARTNER et al., (1990) que pesquisando a presença de anticorpos contra Maedi-Visna na Suíça e na Alemanha, encontraram uma prevalência de 9 e 12%, respectivamente. E são ainda menores que a

prevalência encontrada por SILVA et al., (2002), no Rio Grande do Norte, que corresponderam a 30,2 % dos ovinos pesquisados para o LVPR.

Foram observadas diferenças significativas entre a prevalência do LVPR em ovinos nos municípios pesquisados (X2; P>0,05). Constatou-se maior prevalência (9,47%) no município de Campos (Tabela 6), justamente o maior produtor de ovinos (4.522 animais), segundo o IBGE (2006).

Tabela 6 – Distribuição da freqüência de ovinos testados para o LVPR em municípios do Estado do Rio de Janeiro, de acordo com a localização das propriedades

RESULTADOS DO TESTE

MUNICÍPIO PROP POS (FE) % SUS (FE) % NEG (FE) % TOTAL Campos J,L 9 (4,69) 9,47 14 (10,74) 14,74 72 (79,57) 75,79 95 Niterói M 0 (2,03) 0,0 2 (4,63 ) 4,87 39 (34,34) 95,13 41 Quissamã N,O 5 (4,79) 5,15 12 (10,98) 12,37 80 (81,23) 82,48 97 Maricá P 0 (0,84) 0,0 2 (1,92) 11,76 15 (14,24) 88,24 17 Araruama Q 0 (1,65) 0,0 2 (3,73) 6.06 31 (27,62) 93,94 33 TOTAL 14 (14) 4,95 32 (32) 11,30 237 (237) 83,75 283 *PROP (Propriedades); POS (n° de positivos); SUS (n° de suspeitos); NEG (n° de positivos); FE (Freqüência esperada)

** (X2

= 0,89; P>0,05)

As propriedades com maior número total de animais, e que foram classificadas na categoria grande, apresentaram uma maior prevalência (3,88%). Essa constatação pode ser justificada pelo maior número de animais, aumentando, assim, o contato entre os animais e as secreções genitais, respiratórias, bem como a urina e as fezes (Tabela 7). Apesar de ter um significado menor, a transmissão horizontal por fezes, saliva, secreções respiratória e urogenital, tem sido considerada importante, dependendo da situação particular de cada criação (ADAMS et al., 1983, PERETZ et al., 1993).

Tabela 7 - Classificação das propriedades de ovinos quanto à porcentagem de animais soropositivos

CATEGORIA Nº DE ANIMAIS PROPRIEDADE % DE ANIMAIS

SOROPOSITIVOS Propriedade pequena Até 80 animais P 0,0 Propriedade média 81 -- 150 animais J, M, N, Q 1,07 Propriedade grande Acima de 150 animais L, O 3,88

Somente foram encontrados ovinos positivos, dentre as mesorregiões estudadas, em propriedades que se encontravam na mesorregião Norte Fluminense, nos municípios de Campos dos Goytacazes (propriedades J e L) e Quissamã (propriedade O). Nas mesorregiões Metropolitana (propriedade M) e Baixada litorânea (propriedade P e Q), não foram observados animais positivos (Figura 1 e Figura 6).

Figura 6 – Prevalência de ovinos soropositivos nas 7 propriedades de municípios do Estado do Rio de Janeiro

Porcentagem (%)

Foram encontrados animais positivos em 42% das propriedades de ovinos estudadas (Figura 7). Esses valores ainda são diferentes dos observados por COSTA et al., (2007) em Pernambuco, que constataram que, em apenas 12% das propriedades estudadas, houve presença do LVPR.

42%

58%

Positivos Negativos

Figura 7 – Porcentagem de propriedades ovinas com pelo menos um animal positivo na sorologia para LVPR

A transmissão venérea da lentivirose deve ser considerada, pois esta já foi comprovada naturalmente e experimentalmente pela detecção de RNA viral no sêmen de caprinos experimentalmente infectados (TRAVASSOS et al., 1998), de caprinos naturalmente infectados (TRAVASSOS et al., 1999), de ovinos naturalmente infectados e de ovino experimentalmente infectado por LVPR e Brucela ovis (CONCHA-BERMEJILLO et al., 1996).

Apesar de nenhum reprodutor positivo para o LVPR ter sido encontrado, foram encontrados 02 reprodutores suspeitos, um na propriedade J e um na propriedade O (Tabela 8). Contudo, foi possível verificar a presença de animais positivos nessas propriedades , com uma prevalência de 9,67% de ovinos positivos na propriedade J e de 7,94% de animais positivos na propriedades O (Figura 6). Estudo realizado no Ceará por ALMEIDA et al., (2002) demonstraram uma prevalência de 50,9% de reprodutores soropositivos para o LVPR.

Tabela 8 - Diagnóstico sorológico do LVPR em reprodutores ovinos de propriedades em municípios do Estado do Rio de Janeiro

MUNICÍPIO PROPRIEDADE NUMERO DE REPRODUTORES TESTADOS NUMERO DE REPRODUTORES POSITIVOS NUMERO DE REPRODUTORES SUSPEITOS Campos J 04 0 01 Campos L 04 0 0 Niterói M 02 0 0 Quissamã N 01 0 0 Quissamã O 04 0 01 Maricá P 01 0 0 Araruama Q 02 0 0 TOTAL 18 0 02

Todas as propriedades de criação de caprinos estudadas apresentavam um sistema intensivo de criação em que os animais permaneciam estabulados a maior parte do tempo, as instalações eram elevadas ripadas, reduzindo o contato com as secreções urogenitais. As propriedades estudadas se destinavam exclusivamente à atividade leiteira.

A relação entre o LVPR e os ovinos da raça santa Inês e os caprinos da raça parda Alpina, toggenburg e saanen não foi avaliada neste trabalho. As coletas foram realizadas com animais da raça Saanen em sua maioria (Figura 4), tendo sido coletados também animais das raças Parda Alpina, Toggenburg e mestiços (Figura 5).

Das 362 amostras de soro caprino analisadas, 182 foram soropositivas para LVPR o que demonstra uma prevalência de 50,27% (182/362) (Tabela 9).

Tabela 9 – Distribuição da freqüência de caprinos testados para o LVPR em municípios do Estado do Rio de Janeiro, de acordo com a localização

das propriedades

RESULTADOS DO TESTE

MUNICÍPIO PROP POS FE % SUS FE % NEG FE % TOTAL BOM JARDIM A 10 (21,12) 23,82 5 (3,60) 11,90 27 (17,28) 64,28 42 CAMPOS I 11 (11,57) 47,82 5 (1,96) 21,73 7 (9,47) 30,45 23 ITAPERUNA G 15 (13,58) 55,55 2 (2,31) 7,42 10 (11,11) 37,03 27 NITERÓI F 16 (11,57) 69,56 0 (1,96) 0,00 7 (9,47) 30,44 23 N. FRIBURGO B,C,D 104 (84,96) 61,54 17 (14,48) 10,05 48 (69,56) 28,41 169 S.J.DA BARRA H 1 (7,54) 6,67 0 (1,28) 0,00 14 (6,18) 93,33 15 TERESÓPOLIS E 25 (31,67) 39,68 2 (5,39) 3,18 36 (25,94) 57,14 63 TOTAL 182 (182) 50,27 31 (31) 8,56 149 (149) 41,16 362 *PROP (Propriedades); POS (n° de positivos); SUS (n° de suspeitos); NEG (n° de positivos); FE (Freqüência esperada)

* (X2

= 6,34; P>0,05)

Prevalências elevadas também foram encontradas por MELO e FRANKE, (1997), que observaram uma prevalência de 40,7% na região da Grande Fortaleza, onde se concentra a maior parte da caprinocultura leiteira do Ceará.

SARAIVA NETO (1995), constatou uma prevalência de 17,6% (70/397) no Estado de Pernambuco, e 29,8% (615/2065) no Estado de São Paulo (FERNANDES, 1997). Em estudo sorológico de caprinos provenientes de criatórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará (ASSIS, 1994) verificou a presença de anticorpos para lentivírus de pequenos ruminantes (LVPR) em 33,3% (205/615), 29,7% (30/101), 27,5% (211/768) e 12,8% (15/117) em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará e Bahia, respectivamente. No Estado do Riode Janeiro, constatou-se uma prevalência de 22,68% (22/97) em amostras de soro caprino coletadas no período entre 1982 e 1988 e de 20% (29/145) em soros coletados no período entre 1993 e 1994 (CUNHA e NASCIMENTO, 1995).

CUNHA e NASCIMENTO, (1995) observaram prevalência em propriedades no Estado do Rio de Janeiro variando de 0 a 66%. Essa grande variação no número de soropositivos por propriedade também foi observada no presente trabalho, variando de 6,66 a 72,0% (Figura 8). Observa-se ainda uma maior freqüência para o município de Nova Friburgo (61,54%)(Tabela 9), também confirmada por CUNHA e NASCIMENTO, (1995) que obtiveram 66,00% (4/6) de soropositivos nesse município.

Figura 8 – Prevalência de caprinos soropositivos nas 9 propriedades de municípios do Estado do Rio de Janeiro

Foi possível observar ainda que 100% das propriedades estudadas, com rebanhos caprinos, apresentaram animais soropositivos (Figura 8). Sendo assim, foram encontrados animais soropositivos em todas as mesorregiões estudadas: Norte Fluminense (propriedades H e I), Noroeste Fluminense (propriedade G) e Metropolitana (Propriedade F). ASSIS (1994) também verificou a presença do LVPR em 100% das propriedades estudadas, numa pesquisa realizada em quatro propriedades leiteiras em Minas Gerais, duas na Bahia e três no Ceará. SILVA et al., (2005) verificou que 57,1% das propriedades testadas no Rio Grande do Norte apresentaram animais positivos.

Propriedades Porcentagem (%)

A distribuição da freqüência de caprinos soropositivos entre as propriedades estudadas foi de 35,65 % nas propriedades grandes, 6,89 % nas propriedades médias e 7,73 % nas propriedades pequenas (Tabela 10). Essa maior prevalência em propriedades grandes sugere um maior contato com as fontes de transmissão do LVPR e, com isso, maior disseminação da lentivirose no plantel. Pode-se inferir ,também, que existe maior dificuldade na realização das medidas profiláticas, levando-se em conta o grande número de animais por propriedade.

Tabela 10 - Classificação das propriedades de caprinos em relação ao tamanho e a porcentagem de animais soropositivos

CATEGORIA Nº DE ANIMAIS PROPRIEDADE % DE ANIMAIS

SOROPOSITIVOS Propriedade pequena Até 80 animais F , H , I 7,73 Propriedade média 81 -- 150 animais A , G 6,89 Propriedade grande Acima de 150 animais B , C , D , E 35,65

Foi possível observar uma maior freqüência de caprinos soropositivos em propriedades com grande número de animais e que não realizavam nenhuma medida de profilaxia (escore 1) (Tabela 11).

Pelo teste de correlação linear, observou-se uma correlação positiva (r=0,991) entre o maior numero de caprinos soropositivos e a ausência da utilização de medidas de profilaxia (escore 1), bem como uma correlação, também positiva, (r=0,972) entre o menor número de caprinos positivos e a utilização de medidas de profilaxia (escore2). Medidas tais como o tratamento térmico do leite e colostro, substituição do leite caprino e ovino e a separação das crias imediatamente após o nascimento (Tabela 11). Essa correlação é confirmada por ADAMS et al., (1983) que demonstraram que a principal via de transmissão do LVPR em caprinos é via digestiva, através do colostro e leite contaminados.

Tabela 11 - Resultado do diagnóstico sorológico em caprinos, de acordo com o tamanho da propriedade, o número de animais e a classificação quanto à utilização de medidas profiláticas, para pesquisa de anticorpos contra o LVPR

RESULTADOS DO TESTE CLASSIFICAÇÃO

Propriedade Tamanho Nº animais positivo negativo suspeito escore 1 escore 2

B grande 49 19 26 4 0 1 C grande 70 49 13 8 1 0 D grande 50 36 9 5 1 0 E grande 63 25 36 2 0 1 A média 42 10 27 5 0 1 G média 27 15 10 2 1 0 F pequena 23 16 7 0 1 0 h pequena 15 1 14 0 0 1 i pequena 23 11 7 5 1 0

(escore 1): Não realiza nenhuma das medidas profiláticas contra o LVPR.

(escore 2): Realizam tratamento térmico do leite e colostro ou substituição do leite caprino por bovino e separam as crias imediatamente após o nascimento.

* (0) fora da classificação; (1) dentro da classificação

Foram testados 28 reprodutores caprinos distribuídos em nove propriedades. Destes, 09 reprodutores apresentaram anticorpos para o LVPR (32,14%) (Tabela 12). SARAIVA NETO (1995) relatou a presença de 22,2% de reprodutores soropositivos em rebanhos leiteiros em Pernambuco, enquanto FERNANDES (1997), no Estado de São Paulo, verificou 17,9% dos reprodutores de reagentes para o LVPR. PINHEIRO et al., (1999) observaram 13,2% dos reprodutores leiteiros soropositivos nas principais regiões leiteiras do Ceará e distribuídos entre a região metropolitana de Fortaleza (18,5%) seguida pela região de Quixadá (12,5%) e de Sobral (8%). Posteriormente, observaram uma prevalência de 3,8% dos reprodutores soropositivos no Estado do Ceará (PINHEIRO et al., 2001). A presença de reprodutores positivos no rebanho tem grande influência na disseminação do LVPR, haja vista, que a transmissão natural já foi confirmada (TRAVASSOS et al., 1999).

Tabela 12 - Diagnóstico sorológico do LVPR em reprodutores caprinos de 9 propriedades do Estado do Rio de Janeiro

PROPRIEDADES NÚMERO DE REPRODUTORES TESTADOS NÚMERO DE REPRODUTORES POSITIVOS PORCENTAGEM DE POSITIVOS (%) A 5 1 20,0 B 3 1 33,3 C 3 1 33,3 D 1 1 100,0 E 7 3 48,85 F 3 0 0 G 3 2 66,6 H 2 0 0 I 1 0 0 TOTAL 28 9 32,14

No presente trabalho, a baixa prevalência em ovinos nos municípios estudados (Figura 9) pode ter acontecido devido ao sistema de exploração realizado nas propriedades de corte, baseadas no sistema extensivo de criação. Nesse sistema há um menor contato entre os animais, o que reduz a transmissão via secreções respiratórias, genitais, através de monta natural, bem como através das fezes e da urina. SILVA et al., (2002), observaram uma prevalência elevada (30,2%) em propriedades onde o sistema de criação adotado era o semi-extensivo. Pode-se inferir, também, que sendo todas as propriedades de corte, a idade da maioria dos animais era baixa, com exceção dos reprodutores e das matrizes. Dessa forma, como o LVPR é caracterizado por ser crônico, devido ao seu longo período de incubação (PEPIN, et al., 1998) a lentivirose tem maior prevalência em animais de idade adulta (ARSENAULT, et al., 2003). SILVA et al., (2002), observaram uma prevalência elevada (30,2%) em propriedades onde o sistema de criação adotado era o semi-extensivo.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Araruama Campos Maricá Niterói

Quissamã 0 9,47 0 0 5,15 6,06 14,74 11,76 4,87 12,37 93,94 75,79 88,24 95,13 82,48 P O R C E N T A G E M MUNICÍPOS

POSITIVO SUSPEITO NEGATIVO

Figura 9 – Distribuição da freqüência de ovinos testados para o LVPR de acordo com o municípios do Estado do Rio de Janeiro

A grande diferença na prevalência entre as duas espécies (Figura 9 e Figura 10) nos municípios estudados pode ser explicada pelo tipo de exploração realizada em cada um dos rebanhos. A caprinocultura leiteira intensiva muito tecnificada favorece a disseminação do vírus (PERETZ et al., 1993) devido às técnicas utilizadas para o aleitamento dos filhotes, ordenha mecânica, maior manipulação, utilização de aparelhos de uso comum.

Já a ovinocultura de corte é feita de forma extensiva não se realizando as técnicas de manejo típicas da caprinocultura leiteira, pois nesse tipo de exploração não há mistura de leite de várias lactantes, para o aleitamento dos filhotes. Tendo em vista que a mistura do leite pode aumentar a disseminação da doença caso o leite de fêmeas portadoras seja misturado ao leite de fêmeas sadias.

Outra justificativa para essa maior prevalência em caprinos pode ser devido ao tipo de exploração, em que os mesmos apresentavam idade média mais elevada que os ovinos, fato confirmado por ARSENAULT, et al., (2003) que demonstraram que a lentivirose tem maior prevalência em animais de idade adulta.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Bom Jardim Campos Itaperuna N. Friburgo Niterói

S. J. Barra Teresópolis 23,82 47,82 55,55 61,54 69,56 6,67 39,68 11,9 21,73 7,42 10,05 0 0 3,18 64,28 30,45 37,03 28,41 30,44 93,33 57,14 P O R C E N T A G E M

POSITIVO SUSPEITO NEGATIVO

Figura 10 – Distribuição da freqüência de ovinos testados para o LVPR de acordo com o municípios do Estado do Rio de Janeiro

É importante ressaltar que apesar da baixa prevalência nos rebanhos estudados, essa é a primeira detecção da presença de anticorpos para o LVPR em ovinos no Estado do Rio de Janeiro.

5. CONCLUSÕES

Diante dos resultados, pode-se verificar que o LVPR se encontra largamente disseminado em rebanhos caprinos do Estado do Rio de Janeiro, encontrando-se caprinos soropositivos nos rebanhos em todos os municípios analisados.

A utilização de medidas de profilaxia contra a lentivirose como o tratamento térmico do leite e colostro, separação das crias após o nascimento e o uso de substitutos para o leite reduzem a prevalência do LVPR nos rebanhos.

Embora quantitativamente baixa, a prevalência do LVPR em ovinos deve ser considerada importante, pois houve um crescimento de cerca de 50% na população ovina no Estado do Rio de Janeiro no período de 2000 a 2005.

Deve-se ainda ressaltar que este trabalho foi o primeiro a detectar a presença do LVPR em ovinos no Estado do Rio de Janeiro.

O conhecimento da condição sorológica dos rebanhos se faz necessário para o estabelecimento de medidas de controle que visem à redução da prevalência dessa virose em caprinos e que possa impedir disseminação do Lentivírus de Pequenos Ruminantes nos rebanhos ovinos do Estado do Rio de Janeiro.

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