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Ao realizar o estudo sobre a prevenção de acidentes de trabalho no laboratório de Química Geral – Ufersa/Caraúbas, foram observados pontos relativos às Normas de Segurança para os Laboratórios Didáticos da UFERSA (2017), além das Normas Regulamentadoras NR 6 e NR 15. Para tanto, pontos como comportamento dos trabalhadores, organização do ambiente, equipamentos e reagentes, foram também observados, Podendo-se destacar: as FISPQ’s; regras seguidas no laboratório e no trabalho; os EPI’s e EPC’s.

5.1 FICHA DE INFORMAÇÕES DOS PRODUTOS QUÍMICOS - FISPQ

A FISPQ é a mais importante orientação de segurança que pode ter no laboratório em estudo, pela razão da manipulação dos reagentes químicos. Pois é na FISPQ onde está contida toda a informação necessária. Caso ocorra um sinistro com a manipulação de um determinado reagente químico, têm-se as orientações a serem seguidas. Observa-se através da Figura 11, a conformidade que o laboratório se encontra.

Figura 11 – Local onde ficam armazenadas as FISPQ’s

A recomendação é que a pasta onde contém a FISPQ, deve estar em local de fácil acesso, onde todos (alunos, professores e servidores) possam ter livre acesso. Ela será o primeiro "socorro" a que recorreremos antes de ir ao hospital, se for o caso. .

5.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (NR 6)

Essa norma informa e explica cada equipamento para a proteção do trabalhador. No ambiente laboral estudado foi verificado, através da Figura 12, que o técnico utilizou os EPI’s de acordo com os agentes químicos que seriam manuseados para fazer cada solução. Depois de analisar essa NR, observou-se que boa parte dos pontos pertinentes dentro do laboratório, estavam sendo aplicados de forma coerente com os padrões exigidos para o trabalhador. Porém, existia EPI’s citados na sessão 3.3.2, no qual são mostrados na Figura 01 e 05, que se encontrava-se com sua data de validade vencida. Assim, já fere um ponto fundamental da NR, com relação ao uso de equipamentos dentro do prazo certo de eficácia do EPI.

A Figura. 12, ilustra o uso de dois EPI’s devidamente adequados para o preparo de uma solução simples, além de um auxílio do bastão de vidro para facilitar a diluição.

Figura 12 – Técnico preparando solução com agentes químicos, devidamente equipado

Já na figura 13, que além dos dois primeiros EPI’s ilustrados na Figura 12, teve o uso de um respirador purificador de ar, e ainda o auxílio da capela para exaustão de gases tóxicos.

Figura 13 - Técnico preparando solução com agentes químicos, devidamente equipado utilizando a capela.

Fonte: O autor.

Nesse sentido verifica-se que tem disponibilidade de EPI’s, porém ao analisar o CA de cada equipamento, alguns estão dentro da validade, outros não. Isso leva a uma discordância com a NR supracitada, já que impacta diretamente com o princípio da segurança do trabalhador.

5.2 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES (NR 15)

A NR 15 consiste nas atividades e operações insalubres que estejam acima dos limites de tolerância determinada nos anexos pertinentes a essa norma. Nesse trabalho foi observado os agentes químicos que se encontram no Anexo 11, no qual descreve os níveis de grau de insalubridade em mínimo, médio e máximo. Com base nessa classificação, os técnicos recebem um adicional de insalubridade, dependendo dos tipos de agentes químicos que eles se expõem. Assim, os mesmos recebem esse

adicional, por manusearem as substâncias que se enquadram no quadro do Anexo 11 da norma supracitada, e que se caracteriza como grau médio e máximo desse anexo. Os agentes químicos mais utilizados no Laboratório de Química da UFERSA – Caraúbas, são apresentados no Quadro 1 e as FISPQ’s encontram-se no Anexo.

Quadro 1 - Tabela de Limites de Tolerância

AGENTES QUÍMICOS Valor teto

Absorção também

p/pele

Até 48

horas/semana insalubridade a Grau de ser considerado no caso de sua caracterização ppm* mg/m3* * Acetona 780 1870 Mínimo Ácidoacético 8 20 Médio Ácidoclorídrico + 4 5,5 Máximo Ácidofórmico 4 7 Médio Álcooletílico 780 1480 Mínimo Álcoolmetílico + 156 200 Máximo Álcoolisopropílico + 310 765 Médio Clorofórmio 20 94 Máximo

Diclorometano (vide cloreto de metilino)

- - -

Éteretílico 310 940 Médio

Fenol + 4 15 Máximo

Tetrahidrofurano 156 460 Máximo

Tolueno (toluol) + 78 290 Médio

Xileno (xilol) 78 340 Médio

* ppm - partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado. ** mg/m3- miligramas por metro cúbico de ar.

Fonte: Adaptação do autor (BRASIL, 2015).

5.3 ORGANIZAÇÃO E GERENCIAMENTOS DOS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Para que não haja acidentes devido à uma má organização, existem algumas

recomendações de segurança citadas na seção 3.3.1.1, na qual informa várias regras a serem seguidas, e que foi observado o cumprimento de boa parte delas. Assim, pode-se verificar na Figura 14, a localização adequada do chuveiro e lava olhos, que são EPC’s, para casos de emergência. Porém, existe uma geladeira nas proximidades, no qual pode atrapalhar um pouco o acesso, além disso o chuveiro e o lava olhos encontram-se com vestígios de ferrugens. Desse modo, existe a desconformidade em parte, da norma.

Figura 14 – Chuveiro e lava olhos

Fonte: O autor

Outro EPC fundamental que deve sempre está presente no laboratório é o extintor de incêndio. Os extintores existem de vários tipos. Cada qual se enquadra em uma classificação, para cada tipo de incêndio, e que na FISPQ de cada produto químico, descreve qual tipo de extintor deve-se ser usado. É importante ressaltar que, existem determinados produtos químicos, que necessita de um tipo especial de extintor de incêndio para ser extinto o fogo. No entanto, em 90% dos reagentes químicos o extintor de CO2 ou de pó químico, são os extintores recomendados. Assim, pode-se verificar na Figura 15, a existência de três variedades de extintores. Contudo, existe uma grande importância que se tenha dentro do laboratório e fora dele, mas o ambiente laboral estudado só apresenta na parte de fora, e pode ser observado a existência uma discordância com a norma determinada.

Figura 15 – Extintores de incêndio localizados na parte de fora do laboratório

Fonte: O autor.

Já na Figura 16, pode-se observar grades nas janelas, algo que obstrui a ventilação que pode ser necessário no laboratório, e se ocorrer um incêndio, inviabiliza a saída se caso não for possível utilizar a porta, nesse sentido, tem-se mais uma discordância.

Figura 16 – Grades de proteção para janelas.

Na Figura 17, tem-se alguns agentes químicos armazenados da forma correta, contando a identificação do local, para facilitar sua busca, e a rotulação da forma correta para não ocorrer a mistura com outros indevidamente.

Figura 17 – Identificação e organização correta de agentes químicos.

Fonte: O autor

Na Figura 18, mostra-se uma irregularidade da forma de armazenamento das substâncias químicas. Mesmo com as identificações e rotulações dos agentes químicos, eles não deveriam estar nesse local. Por serem inflamáveis, o mais recomendado é que estejam em uma câmara fria, diminuindo a liberação de gases e os riscos de incêndio.

Figura 18 – Identificação e organização de agentes químicos inflamáveis.

Fonte: O autor

De acordo com as normas, as vidrarias devem ser bem limpas, e secas, cada qual, da forma adequada, nesse sentido foi verificado o cumprimento de tais normas. Na figura 19, está exposto um exemplo de identificação e armazenamento desses materiais, conforme as normas preditas.

Figura 19 – Vidrarias identificadas e armazenadas

Fonte: O autor

5.4 Comportamento dos trabalhadores

De acordo com o análise feita, os servidores comportaram-se da forma adequada, cumprido todos as exigências pertinentes dentro do ambiente laboral, para o bem estar daqueles que ali fizer uso do local.

5.5 Normas

Com as devidas observações no interior do laboratório, foi verificada aplicação de boa parte das normas utilizadas para a análise desse trabalho. Porém, houve desacordo em alguns pontos pertinentes com o intuito de precaver os acidentes de trabalho.

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